quarta-feira, 24 de junho de 2015

Sobre a revolução iminente

ENVIADO POR GUSTAVO GOLLO 
QUA, 24/06/2015 - 12:09



Por Gustavo Gollo




Em breve participaremos da maior revolução já ocorrida. O momento é intenso; de euforia e de preocupação; todas as emoções emergirão em alto grau.

3 mudanças drásticas se imporão, revolvendo as nossas vidas por completo.

A primeira modificação consiste na mudança do eixo do poder. A economia chinesa já superou a americana (fato de extrema importância absurdamente negligenciado, ou ocultado, pelos meios de comunicação; confira dados de entidades conservadoras, como FMI, banco mundial, e CIA, busque “GDP-PPP”). Por si só, esse fato importantíssimo, comparável à queda do império romano, terá consequências avassaladoras sobre todas as relações econômicas, sociais e políticas. Em breve, os chineses assumirão as rédeas do mundo, definirão novas regras e novos árbitros. As alterações serão imensas e generalizadas.

Uma contingência momentânea ampliará o impacto da substituição de poderes. A economia americana está prestes a sofrer um grande colapso. A bola de neve vem se acumulando há décadas, mais precisamente, desde 73, quando foi retirado o lastro do dólar. Desde então, as emissões de moeda foram se agigantando, sustentadas por nada, consistindo em uma gigantesca bolha, imensa, a mãe de todas as bolhas. (Confira essa informação, procure “dollar crash” e “money as debt”).

As dívidas americanas adquiriram montantes exorbitantes; haverá um imenso calote que corroirá todas as finanças internacionais. O dólar perderá toda a credibilidade, será visto como um pedaço de papel. As aplicações financeiras desvanecerão, os dinheiros perderão o valor.

Da ruína do dólar emergirá um novo sistema financeiro de trocas internacionais controlado pelas principais economias mundiais, capitaneadas pela chinesa, que ditará as regras. Os norte-americanos serão coadjuvantes no novo jogo, preocupados que estarão em se sustentar sobre as próprias pernas. Perderão, numa só tacada, as rendas bilhonárias obtidas gratuitamente com a desvalorização das reservas cambiais de todo o mundo, através da desvalorização constante e emissão do dólar. Outras perdas advirão das novas regras, ditadas e arbitradas não mais por eles, mas pelos chineses, secundados por russos, europeus e japoneses (estamos perdendo esse barco que poderia ter sido dos BRICS).

Creio e espero que o futuro presidente americano seja eleito com o propósito de controlar essa transição. A tentativa de rolar a bola de neve para o futuro conduzirá a uma ruptura explosiva e descontrolada. O estouro de uma pequena bolha, qualquer que seja, poderá fazer desmoronar todo o imenso sistema financeiro, construído, equilibrado, apenas em si próprio.

Em meio ao caos, ao desespero de bilhões de desempregados acrescido ao dos que terão perdido tudo o que acumularam durante suas vidas, as multidões serão obrigadas a encarar aquilo que se recusam a ver, as mentiras nas quais estamos imersos, e nas quais todo o mundo financeiro se apoia.

Nossas crenças se baseiam nos costumes, no hábito, muito raramente na razão. A razão valida todas as informações veiculadas nesse texto, o costume as repele. Queremos a segurança da normalidade, queremos a continuação do mundo de ontem e de hoje; não queremos encarar a ruína iminente, queremos nos manter cegos, inconscientes do futuro negro iminente que nos aguarda.

Mas o caos e o desespero nos forçarão a encarar a realidade esfrangalhada, muitas mentiras serão desveladas. Os meios de comunicação tradicionais, responsáveis diretos pela farsa, perderão, de imediato, toda a credibilidade. Inventarão novas mentiras, mas nunca mais recuperarão a credibilidade cega que um dia angariaram.

Transformado em pó, o dinheiro será a mentira mais revoltante. Multidões perceberão atônitas terem perdido tudo o que acumularam durante suas vidas, tudo pelo que viveram e labutaram. Os mais velhos, em especial, perceberão, em desespero, terem vivido suas vidas inteiras em busca de uma mentira. Perceberão terem sido ludibriados dia após dia, nos quais foram forçados a labutar em troca de dinheiro, pedaços de papel pelo qual terão gasto todas as suas vidas. Pedaços de papel, apenas, constatarão.

O dinheiro e a mentira. Terão vivido vidas inteiras por nada, e se revoltarão por isso, e pelo desespero da insegurança dos que nada possuem. (Confira a informação, reitero; veja como se cria dinheiro, do nada; constate que o dinheiro é uma farsa com a qual os donos do mundo mantêm as multidões sob seu jugo; busque “dinheiro como débito” e compreenda a farsa).

Então as multidões perguntarão: por que só alguns poucos têm podido criar dinheiro? Por que continuariam a ter direitos sobre o que angariaram ludibriando a todos com seus pedaços de papel? Quem fará novo dinheiro? Por que acreditar nele? E todos se sentirão enganados, trapaceados, iludidos pelos poderosos.

As perguntas sugerirão novos pontos de vista. Inúmeras mentiras virão à tona; ficará claro que os meios de comunicação são ferramentas de controle, sem nenhum compromisso com a verdade, nem com a razão, comprometidos apenas com os protagonistas de toda a farsa, os mesmos que imprimem o papel chamado dinheiro e enganam as populações.

Nossas visões de mundo se reestruturarão ao contemplar a ruína das antigas crenças, do antigo mundo, transformado, de imediato, em algo distante e anômalo. Os novos donos do mundo tentarão impor novo jugo, substituindo os antigos; muitos se sentirão confortáveis com a substituição do açoite e clamarão por isso; ansiarão pelo retorno a antigos hábitos que nunca mais se tornarão os mesmos.

A revolução se imporá em todos os níveis, em todos os confins do planeta. Novas ideias, novas crenças, novos valores; poucos dias depois, teremos a sensação de estar vivendo em um novo mundo, muito distante de um outro, anterior à queda do ocidente.



Quando a poeira das convulsões tiver baixado; quando novos hábitos e costumes já tiverem se imposto em decorrência das duas forças impositivas, a mudança de poder, e o desmoronamento financeiro, virá a terceira onda, ainda mais avassaladora que as anteriores.

Difícil especificar o momento exato dessa mais brutal onda revolucionária que talvez ainda demore duas ou 3 décadas, uma eternidade nesses novos tempos; mas talvez advenha amanhã.

A grande revolução decorrerá do advento de máquinas inteligentes, capazes de projetar e construir máquinas mais avançadas que elas próprias. Tal condição constituirá uma revolução acima até das possibilidades humanas, constituindo uma transição a um novo patamar evolutivo, mais complexo que a própria vida. Enquanto os seres vivos evoluem por meio da seleção natural, os novos seres evoluirão através de projetos. Cada geração dos novos seres, alcançada cada vez mais rapidamente, constituirá avanço evolutivo equivalente ao de milhões de anos, nas antigas eras.

Máquinas gerarão outras máquinas cada vez mais complexas, menores, mais rápidas, mais eficientes... e capazes de prosseguir indefinidamente na aceleração dos ciclos.

Necessitarão, talvez, de uma outra década para gerar e aperfeiçoar algo ainda maior, alçado a novo patamar evolutivo.

E não há razão para se imaginar o término da avassaladora epopeia; ainda que eu esteja tratando de algo ininteligível, de forças e complexidades muito maiores que nós, e que não podemos compreender, posso imaginar a prossecução contínua do primoroso processo a se desdobrar de si mesmo, cada passo decorrente do anterior, com naturalidade.

Chegamos assim, passo a passo, a uma espécie de ponto de acumulação, a um momento fecundo e absurdo no qual novos patamares evolutivos se abrem instantaneamente.

Compreendo muito vagamente o significado da palavra tempo.

Essa revolução será maior que tudo o que já foi presenciado, será o maior evento desde a grande explosão originária do universo.

As palavras acima parecem, hoje, oriundas de algum texto de ficção científica. Podem parecer também delírios desconexos. Gostamos de nos basear em nossos próprios hábitos, temos que nos acostumar com as novidades. Para a imensa maioria de nós, nenhuma informação nova é crível a menos que venha a ser repetida por muitos. A maioria crê apenas na maioria, nunca na razão. A maioria preferirá se manter alheia a tudo isso, preferirá mergulhar em um delírio conjunto a perceber uma realidade caótica e ameaçadora, como avestruzes animados.



Os próximos 10 anos serão mais revolucionários que tudo o que já vivemos; a ruptura iminente exporá a enorme profusão de mentiras descaradas contadas pelos meios de comunicação e recontadas por todos. Estarrecidos com as novas visões de mundo que se descortinarão ante nós após a derrocada do ocidente nos tornaremos outros. Será como a fragmentação abrupta de um espelho, e tudo mudará; consistirá numa preparação para a terceira onda*, imensa, que varrerá todo o passado.

*pedindo licença para usar a expressão utilizada anteriormente, em outros contextos, por Ron Jones e Alvim Toffler, e sublinhando as diferenças entre seus significados.

A possibilidade de uma guerra devastadora também é muito clara. Os recentes atritos entre americanos e chineses decorrentes da construção de ilhas artificiais pelos chineses deixam isso evidente. Os resultados de tal confronto, no entanto, tendem a ser funestos o suficiente para que os poderosos se empenhem em evitá-la.

Viveremos as maiores revoluções já vividas pela humanidade, criaremos os caminhos pelos quais todos caminharão, serão momentos decisivos. Forças imensas se descortinarão, luzes e trevas; tudo parecerá loucura em meio às mudanças avassaladoras.


Jornal GGN

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