TER, 30/06/2015 - 09:06
Jornal GGN - A defesa do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, apresentou na segunda-feira (29) ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) um pedido para que seja aberta investigação para apurar os vazamentos de informações da Operação Acrônimo, que tenta descobrir desvios de recursos para campanhas do PT em 2014. Como a Operação ocorre em segredo de justiça, o STJ não confirmou o recebimento da petição. O advogado de Pimentel, entretanto, admitiu a iniciativa a jornais de Minas Gerais.
Desde que a Operação Acrônimo chegou à esposa de Pimentel, a jornalista Carolina Oliveira, documentos e informações sigilosas têm sido diariamente publicados por revistas, jornais e citados nas TVs. Além da apuração dos vazamentos, Pimentel pediu acesso à cópia do material apreendido na primeira fase operação, quando agentes federais entraram na antiga residência de Carolina, em Brasília.
Segundo informações da colunista Mônica Bergamo (Folha), o governador também enviou carta aos parlamentares do PT, que se reuniram com o ex-presidente Lula em Brasília, na segunda. "Nela, Pimentel diz que 'o evidente abuso da autoridade policial está claramente atropelando as garantias individuais'. Em outro trecho, ele diz que há uma 'escalada de ilegalidades' nos processos que envolvem partidos políticos, parlamentares, empresários e ocupantes de cargos públicos", escreveu o jornal.
A defesa do petista disse a um jornal mineiro que “os vazamentos foram feitos de maneira dolosa ao governador com o objetivo de instrumentalizar o Poder Judiciário." Para os advogados, "a versão vazada destacava uma parte da acusação do delegado da Polícia Federal que não correspondia a todas as denúncias", publicou O Estado de Minas.
Em reunião na semana passada, a executiva do PT decidiu convocar o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para explicar a insubordinação da Polícia Federal não só na Operação Acrônimo, mas também na Operação Lava Jato.
Jornal GGN
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