sábado, 24 de fevereiro de 2018

O crime organizado julga e executa. No Rio? Não, em São Paulo



POR FERNANDO BRITO · 24/02/2018




Já que o Rio é exposto ao Brasil e ao mundo como o inferno do crime organizado, não custa nada olhar para os lugares paradisíacos da segurança pública, como São Paulo.

Por exemplo, a notícia de hoje do Estadão:

A polícia acredita que a cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC) ordenou o assassinato de todos os participantes da execução de Rogério Jeremias de Simone, de 41 anos, e Fabiano Alves de Souza, de 38. A queima de arquivo já teria atingido três dos executores de Gegê e Paca. Dois outros estariam condenados à morte pela facção.
O primeiro a ser assassinado foi Wagner Ferreira da Silva, de 32 anos, o Waguininho ou Cabelo Duro. Ele foi morto a tiros de fuzis de calibre 5,56 mm e 7,62 mm por dois homens que vestiam coletes à prova de bala e balaclavas. Cabelo Duro foi alvejado depois de descer de um HB-20 na frente de um hotel na zona leste de São Paulo.
Além dele, a inteligência da polícia obteve informações de que o PCC executou ontem André Oliveira Macedo, o André do Rap. Um dos principais aliados de Cabelo Duro, que era o chefe da facção na Baixada Santista, André do Rap era o operador do embarque de cocaína para a Europa no Porto de Santos. A polícia também recebeu a informação de que o terceiro morto é um bandido conhecido como Nado.

Evidente que o autor deste blog não está querendo fazer um “Torneio Rio-São Paulo” de criminalidade e violência. Isso é mentalidade dos anos 60, que só sobrevive na cabeça dos que não entendem a regra básica de que onde está o capital está a capital.

Mas será que há algum tolinho que acredite que armas e drogas, no Rio de Janeiro entrem sem passar pelos “donos do crime” de São Paulo. Que uma organização criminosa capaz de mandar pistoleiros de helicóptero ao Ceará matar seus “dissidentes” não tem nada a ver com o segundo maior mercado de drogas e armas do país (menor apenas que o “local”) nada tem a ver com os esquemas criminosos daqui?

O mais curioso nisto tudo é que, menos de 24 horas depois das execuções mandadas fazer pela cúpula do tráfico, a polícia sabe de tudo, em detalhes.

E não acontece nada. A notícia mais importante é a da “ficha-selfie” indiscriminada nas favelas.

Interessante, não é?



Tijolaço

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