domingo, 11 de novembro de 2018

Villas Bôas diz que Exército esteve ‘no limite’ e que Lula solto poderia tirar militares do controle


Publicado por Kiko Nogueira
- 11 de novembro de 2018

Só alegria

O general Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército, explicou seu tuíte na véspera do julgamento de Lula pelo STF em entrevista à Folha de S.Paulo.

“Asseguro à Nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à Democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais”, escreveu ele em abril.

A chantagem de Viilas Bôas causou espécie aos democratas.

“No Estado de Direito, cada um tem o seu papel institucional: ao comandante do Exército não cabe interpretar a Constituição nem dizer o que é impunidade. Para isso existem os 3 Poderes”, lembrou Flávio Dino, governador do Maranhão.


“Eu reconheço que houve um episódio em que nós estivemos realmente no limite, que foi aquele tuíte da véspera do votação no Supremo da questão do Lula”, falou Villas Bôas à Folha.

“Ali, nós conscientemente trabalhamos sabendo que estávamos no limite. Mas sentimos que a coisa poderia fugir ao nosso controle se eu não me expressasse. Porque outras pessoas, militares da reserva e civis identificados conosco, estavam se pronunciando de maneira mais enfática (…).

Alguns me acusaram… de os militares estarem interferindo numa área que não lhes dizia respeito. Mas aí temos a preocupação com a estabilidade, porque o agravamento da situação depois cai no nosso colo. É melhor prevenir do que remediar.”

Um dos motivos por que tem muita gente boa querendo ir para o Uruguai é que, lá, o artigo 77 da Constituição estabelece que os militares em atividade deverão se abster de “fazer parte de comissões ou de clubes políticos, de subscrever a manifestos de partidos, de autorizar o uso de seu nome e, de modo geral, de executar qualquer outro ato público ou privado de caráter político, exceto o voto”.

O comandante em chefe do Exército, Guido Manini Ríos, ficou preso por 30 dias por ter criticado um projeto de lei.


Diário do Centro do Mundo   -   DCM

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