O líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS), afirmou que a decisão de Sérgio Moro em não pedir exoneração do cargo de magistrado mesmo após aceitar ser o ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro (PSL), optando por tirar férias, além de contrariar a Lei Orgânica da Magistratura, possibilita, na prática, que ele permaneça à frente dos processos da Lava Jato, incluindo os referentes a Lula, denotando sua conotação político-partidária em insistir na criminalização do ex-presidente; "Se alguém tinha dúvida, a ida de Moro para o novo governo mostra isso", afirmou
13 DE NOVEMBRO DE 2018
247 - O líder do PT na Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta (RS), afirmou que a decisão de Sérgio Moro em não pedir exoneração do cargo de magistrado mesmo após aceitar ser o ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro (PSL), optando por tirar férias, além de contrariar a Lei Orgânica da Magistratura, possibilita, na prática, que ele permaneça à frente dos processos da Lava Jato, incluindo os referentes ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo Pimenta, a decisão de Moro em tirar férias termina por impedir que o Tribunal Regional Federal da 4º Região designe seu sucessor, confirmando que ele teria agido com interesse político e partidário durante o período eleitoral como quando autorizou a divulgação da delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci há apenas uma semana do primeiro turno da eleição presidencial, afetando diretamente a campanha de Fernando Haddad (PT) e beneficiando o adversário Jair Bolsonaro. "Se alguém tinha dúvida, a ida de Moro para o novo governo mostra isso", afirmou Pimenta.
O PT ingressou com uma representação junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em função do que considera atuação política e partidária de Moro. O parlamentar também acusou Moro de manipular processos contra Lula, além do referente ao sítio de Atibaia- que resultou na condenação do ex-presidente por "atos indeterminados", tese que inexiste no Direito brasileiro.
Para Pimenta, o caso "é absurdo" e deveria tramitar na Justiça no interior de São Paulo, pois não tem nada a ver com a Petrobras, o pivô da Lava Jato. Nesta quarta-feira (14), Lula será ouvido em Curitiba pela juíza Gabriela Hardt, substituta de Sergio Moro, sobre o processo do sítio em Atibaia.
"Não há qualquer prova contra Lula, o que há é a necessidade permanente de Moro de atacar a honra do ex-presidente e desconstruir sua trajetória política", afirmou.
Brasil 247
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