Lula e Dmitri Medvedev
Basta ler os jornais para ver que a visita do nosso presidente ao Irã se transformou num dos mais importantes acontecimentos no cenário internacional e no principal fato político e diplomático na crise de hoje, entre o Irã e os Estados Unidos, apoiado pela Rússia, China, França, Alemanha e Grã Bretanha, ainda que com divergências entre eles sobre as sanções e punições pretendidas por Washington contra Teerã.
A expectativa é de que o Irã atenda aos apelos do Presidente Lula e chegue a um acordo com a comunidade internacional evitando as sanções e o agravamento das relações entre eles e da situação no Oriente Médio. Tudo ao contrário do que previam e torciam nossa oposição e midia.
Depois essa escala na Rússia, onde se encontra em visita oficial desde ontem e se reuniu com o presidente Dmitri Medvedev, o presidente Lula segue para o Irã depois de amanhã (domingo). Leva a proposta da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) de que Teerã envie seu urânio para outro país, recebendo de volta o combustível enriquecido em até 20%, evitando estoque para fins militares.
Em declarações feitas já na Europa, o chefe do Estado brasileiro estimou em 90% as chances de êxito do acordo que vai propor. Só espero que caso o presidente fracasse na sua missão diplomática nossa midia não transforme sua ação em uma derrota.
Não seria uma interpretação correta porque, na prática, seus esforços de negociação nos colocaram no centro da agenda da questão nuclear, segundo nosso interesse nacional e estratégico, e transformaram o Brasil, de fato, em um interlocutor da comunidade internacional também nesse tema decisivo para o futuro da paz e da humanidade.
Foto: Ricardo Stuckert/ABr
Do blog do Zé Dirceu
sexta-feira, 14 de maio de 2010
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