Os representantes do México, do Equador e de Cuba na 8ª Conferência de Revisão do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), em Nova York, defenderam na última quarta (5) que sejam intensificados os esforços para o desarmamento e o fim dos arsenais nucleares
Para os mexicanos, a Organização das Nações Unidas (ONU) deveria fixar um prazo para que isso ocorra, os equatorianos sugerem que os israelenses assinem o TNP e os cubanos recomendam que o limite para a conclusão das medidas seja 2025.
O representante do México na conferência, embaixador Claude Heller, apelou para que haja mais esforços com o objetivo de se cumprir as Metas do Milênio, aumentando a transparência de informações e as medidas que visam ao fim dos arsenais nucleares, além das decisões sobre a redução de emissões de gases – que contribuem para as alterações climáticas.
“O México apoia a criação de um sistema das Nações Unidas para acompanhar a fiscalização [que visa ao fim] de arsenais nucleares, sistemas de entrega, material atômico e despesas forças nucleares”, afirmou Heller.
O representante do Equador na conferência, embaixador Francisco Carrión Mena, pediu ao governo de Israel para aderir “o mais rápido possível” ao Tratado de Não Proliferação Nuclear. Para o equatoriano, é fundamental ainda que os israelenses e coreanos se disponham a colocar suas usinas sob o controle do sistema de salvaguardas da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea).
Segundo ele, a Índia e o Paquistão devem aderir ao acordo para estabelecer uma outra zona livre que ameaça o Sul da Ásia.
Carrión Mena apelou ainda para que seja estabelecida uma proibição total de testes nucleares e destacou a urgência de se conseguir a adesão universal ao pacto, incluindo os países que dispõem de armas nucleares.
O representante de Cuba na conferência, Pedro Núñez Mosquera, afirmou que o desarmamento nuclear é uma questão de “prioridade máxima”. Ele lamentou a lentidão dos progressos para a eliminação total dos arsenais. Segundo ele, não há mais espaço para “delongas ou desculpas que são inaceitáveis” para a não adoção das medidas.
O cubano sugeriu ainda a criação de uma Zona Livre de Armas Nucleares no Oriente Médio e disse que, para alcançar esse objetivo, Israel deve aderir ao TNP, e submeter as suas instalações nucleares a salvaguardas abrangentes da Aiea. As informações são das Nações Unidas e do jornal oficial cubano, o Granma.
Fonte: Agência Brasil
sexta-feira, 7 de maio de 2010
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