sexta-feira, 14 de maio de 2010

Paz duradoura depende de ordem econômica internacional justa e equitativa

A visita que fará a Teerã, no próximo domingo, foi o assunto principal para os jornalistas que acompanham a viagem do presidente Lula a Moscou. Durante declaração de imprensa, no Kremlin, com o presidente da Rússia, Dimitri Medvedev, a jornalista Tânia Monteiro, do jornal O Estado de S. Paulo, indagou sobre qual a nota – de zero a dez – que dariam sobre as chances de Lula ser bem sucedido no encontro que terá com o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. O presidente russo apostou em 30%. Lula disse que Medvedev estava muito pessimista e afirmou que as chances de sair-se bem sucedido seriam de 99,9%.

“Irei a Teerã, nos próximos dias, confiante no poder do diálogo e da persuasão. Mas a paz que desejamos só será duradoura se forjarmos uma ordem econômica internacional justa e equitativa”.

O encontro com Medvedev foi o terceiro compromisso de agenda do presidente Lula em Moscou. Durante o almoço oferecido pelo governo russo, Lula presenteou o ex-goleiro Lev Yashin, conhecido como “Aranha Negra”, com uma camisa da seleção brasileira. Ele explicou que, apesar de a Rússia não ter jogadores conhecidos mundialmente, Yashin é o grande nome do esporte russo. Ele se destacou pelas defesas arrojadas.

No discurso, proferido por ocasião do comunicado à imprensa, Lula destacou que nesta semana comemoram-se os 65 anos do fim da Segunda Guerra mundial e que sua visita à Russia ocorre num momento muito especial. “Soldados russos e brasileiros derrotaram as forças da barbárie e da destruição. Mas a humanidade nunca esquecerá a amplitude do sacrifício e a coragem do povo russo naquele momento decisivo da história”, destacou.

Mais adiante, o presidente brasileiro assegurou que estava em Moscou também para celebrar aquilo que classificou como “uma nova aliança entre os nossos países”. “Rússia e Brasil compartilham a aspiração de construir um mundo de paz e democracia, com oportunidade de crescimento econômico e justiça social. Sabemos que, para atingir esses objetivos, necessitamos uma governança global à altura dos desafios de um mundo multilateral e multipolar. Mas, para superar dogmas e temores que dificultam o convívio entre as nações, reduzem os espaços de cooperação e colocam riscos inaceitáveis, é preciso forjar novas realidades e novas mentalidades”, afirmou.

Lula lembrou que no cenário mundial atual as ameaças se multiplicam, como o aquecimento global, a insegurança energética e o terrorismo transnacional. Além disso, como enfocou, as velhas mazelas ainda persistem como a pobreza extrema, a violência, a intolerância. Isso leva à necessidade “de termos organizações multilaterais vigorosas. Mas o que vemos é inércia e resistência a mudança”.

O presidente brasileiro lembrou também que, em 2010, são comemorados os 182 anos do estabelecimento do marco diplomático Brasil-Rússia. “Isso explica porque a primeira Escola do Teatro Bolshoi no exterior esteja no Brasil”. Lula deu ênfase à proposta de atingir, em 2010, um fluxo comercial de US$ 10 bilhões.


Blog do Planalto

Um comentário:

  1. Agora é: "nunca na história do mundo"!
    Dá-lhe Lula!!!
    O Nobel da paz está chegando para desmoralizar de vez com o PIG (partido da imprensa golpista).
    Saindo vitorioso ou não, a intenção foi de um verdadeiro estadista mundial em busca da paz.
    Esse é o meu presidente! Sempre nos dando orgulho de ser brasileiros.
    Bom Dilma!

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