sábado, 31 de julho de 2010
Serra perde vantagem de cinco pontos no Sudeste e só ganha no Sul
Na divisão geográfica do eleitorado, de acordo com dados da pesquisa Ibope divulgada nesta sexta-feira (30), a candidata Dilma Rousseff subiu de 32% para 37% no Sudeste e passou de uma desvantagem de cinco pontos para uma situação de empate técnico. José Serra do PSDB tem 35% no Sudeste, o maior colégio eleitoral do país.
No Nordeste, Dilma tem praticamente o dobro das intenções de voto do adversário (49% a 25%). Em um mês, sua vantagem na região se ampliou de 18 para 24 pontos. Já no Norte/Centro-Oeste, houve uma inversão de posições: o tucano liderava por 41% a 33% e agora perde por 40% a 33%. O Sul foi a única área em que Serra cresceu. Com 46% na região, sua vantagem sobre a adversária passou de sete para 15 pontos.
Na simulação de segundo turno, o Sul é a única região em que Serra ficaria à frente (50% a 38%) se a votação fosse realizada hoje. Dilma teria seu melhor resultado no Nordeste (55% a 32%) e ficaria com quatro pontos a mais que o rival no Sudeste e no Centro-Oeste.
Com a distância de quatro pontos, os candidatos podem estar empatados no limite da margem de erro – dois pontos a mais em um caso e dois pontos a menos no outro. É um resultado possível, ainda que estatisticamente improvável. Na pesquisa espontânea – modalidade em que os eleitores manifestam suas preferências antes de ler a lista de candidatos –, a vantagem da ex-ministra da Casa Civil chega a oito pontos (27% a 19%).
Dilma tem 11 pontos a mais que Serra no eleitorado masculino (44% a 33%), e empata com o tucano entre as mulheres (35% a 35%). No levantamento anterior, o tucano tinha uma vantagem de sete pontos no eleitorado feminino.
Na divisão do eleitorado por renda, Dilma tem vantagem maior entre os mais pobres. Ela lidera por 38% a 28% entre os eleitores cuja renda familiar é de até um salário mínimo. Na faixa de renda de cinco salários ou mais, a petista aparece com 40% e Serra, com 36%.
O tucano está à frente no quesito rejeição – 24% dos eleitores afirmam que não votariam nele de jeito nenhum. No caso de Dilma, 19% dão essa resposta. O Ibope também mediu a expectativa de vitória. Quase metade do eleitorado (47%) acha que a petista será a sucessora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para 32%, o vencedor será Serra.
Um balde de água fria na campanha tucana
Artur Virgílio
A notícia trazida pela pesquisa IBOPE/Rede Globo/O Estado de S.Paulo, de que Dilma Rousseff passou José Serra na região Sudeste é o grande balde de água fria na campanha tucana e confirma a avaliação de que a batalha do Sul é decisiva (leia o Destaque acima).
Os tucanos sabem que, principalmente pelos palanques estaduais que temos nos três Estados da área - Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul - e por Dilma ser dessa região, ela tem todas as condições de mudar o quadro e ganhar também aí.
Chama a atenção na pesquisa a força dos programas sociais e do governo Lula. Com sua aceitação, apoio e aprovação prova-se, mais uma vez, que esses programas, governo e o presidente da República constituem a condição fundamental para vencer as eleições com a idéia força da continuidade com mudanças.
Pesquisa desnuda metodologia do Datafolha
O eleitor entendeu e quer que Dilma seja o governo do prosseguimento das obras, projetos e programas do presidente Lula e ao mesmo tempo o governo que vai continuar mudando o Brasil.
Vamos deixar claro que, na nossa visão, essa pesquisa não significa necessariamente que a do Instituto Datafolha seja uma fraude ou uma manipulação. O IBOPE, na verdade, desnuda a metodologia do Instituto vinculado ao jornal Folha de S.Paulo, que apesar de sua negativa, apoia editorialmente Serra.
Além do fato de que a pesquisa Datafolha está marcada por distorções que favorecem o peso do eleitorado pró-Serra - um eleitorado mais conservador, urbano e elitista.
Blog do Zé Dirceu
A notícia trazida pela pesquisa IBOPE/Rede Globo/O Estado de S.Paulo, de que Dilma Rousseff passou José Serra na região Sudeste é o grande balde de água fria na campanha tucana e confirma a avaliação de que a batalha do Sul é decisiva (leia o Destaque acima).
Os tucanos sabem que, principalmente pelos palanques estaduais que temos nos três Estados da área - Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul - e por Dilma ser dessa região, ela tem todas as condições de mudar o quadro e ganhar também aí.
Chama a atenção na pesquisa a força dos programas sociais e do governo Lula. Com sua aceitação, apoio e aprovação prova-se, mais uma vez, que esses programas, governo e o presidente da República constituem a condição fundamental para vencer as eleições com a idéia força da continuidade com mudanças.
Pesquisa desnuda metodologia do Datafolha
O eleitor entendeu e quer que Dilma seja o governo do prosseguimento das obras, projetos e programas do presidente Lula e ao mesmo tempo o governo que vai continuar mudando o Brasil.
Vamos deixar claro que, na nossa visão, essa pesquisa não significa necessariamente que a do Instituto Datafolha seja uma fraude ou uma manipulação. O IBOPE, na verdade, desnuda a metodologia do Instituto vinculado ao jornal Folha de S.Paulo, que apesar de sua negativa, apoia editorialmente Serra.
Além do fato de que a pesquisa Datafolha está marcada por distorções que favorecem o peso do eleitorado pró-Serra - um eleitorado mais conservador, urbano e elitista.
Blog do Zé Dirceu
Ibope: Dilma ganha em todas as frentes
Tornada pública desde a tarde dessa 6ª feira (30.07), a pesquisa IBOPE/Rede Globo/O Estado de S.Paulo mostrando Dilma Rousseff (governo-PT-partidos aliados) ganhando a disputa presidencial de José Serra (PSDB-DEM-PPS) em todas as variáveis e itens pesquisados, é uma pá de cal na campanha da oposição.
Principalmente por Dilma já ter atingido esses patamares dois dias antes do início da série de entrevistas dos presidenciáveis no Jornal Nacional da Rede Globo (2ª próxima); a uma semana do primeiro debate entre eles (6ª próxima, na Rede Bandeirantes); e a pouco mais de duas semanas do início dos programas de propaganda eleitoral no rádio e TV em rede nacional (17 de agosto).
Pelas diferenças de metodologia entre os diversos institutos de pesquisa, era esperada uma vantagem de dois pontos percentuais para nossa candidata, o que seria uma média entre as sondagens eleitorais do Data Folha e do Vox Populi. Mas o fato é que essa pesquisa IBOPE deixa Dilma numa situação confortável em todas as variáveis em relação ao adversário Serra.
Ela ganha no voto estimulado e espontâneo; quanto a rejeição; a votação no 2º turno; sobre quem a população acredita que vencerá nesse 2º turno; entre as mulheres, homens e jovens; e com votação homogênea em todas as faixas de renda e etárias.
A pesquisa mostra Dilma ganhando de Serra hoje no voto estimulado - 39% a 35% - e no 2º turno - 46% a 40%. Por regiões, a sondagem eleitoral mostra nossa candidata na frente nas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste. A única exceção hoje é o Sul, mas também nessa região ela caminha para, pelo menos, um empate (leia post acima).
Blog do Zé Dirceu
sexta-feira, 30 de julho de 2010
A direita tenta dar golpe neste país a cada 24 horas, diz Lula em Porto Alegre
No comício de Dilma Rousseff (PT) e Tarso Genro (PT), realizado na noite de ontem (29), no Ginásio do Gigantinho, em Porto Alegre (RS), o presidente Lula saudou a militância entusiasmada, de pelo menos 10 mil pessoas, lembrando que a campanha eleitoral está apenas no começo e é um luta sem trégua.
Lula lembrou que, mesmo após vencer as eleições de 2002 e 2006, os adversários continuaram em campanha para derrubá-lo, e foi o apoio e a mobilização popular, que sempre garantiu sua sustentação política:
“A esquerda pensa que sabe fazer barulho. Mas foi no governo que nós aprendemos que se a esquerda faz oposição a direita tenta dar golpe a cada 24 horas neste país. Foram oito anos de provocações, de ataques, de infâmias. Essa elite brasileira que faz política às vezes de forma sórdida, não aquela que trabalha, ela agüentou o Getúlio Vargas governando esta país por 15 anos com autoritarismo, mas em quatro anos de democracia essa elite levou Getúlio a dar um tiro no coração. Mandei dizer a essa direita: Vocês mataram Getúlio, obrigaram João Goulart a renunciar, mas se vocês quiserem me enfrentar eu não estarei no meu gabinete lendo os jornais de vocês, estarei na rua conversando com o povo brasileiro”.
Lula disse também que os adversários estão tentando impedi-lo de fazer campanha para Dilma na TV: “Vocês sabem que os meus adversários estão fazendo tudo para impedir que eu apareça na TV apoiando o Tarso e a Dilma. Tem adversário que fala, 'o Lula é tão bonzinho que não deveria se meter nas eleições, ele é presidente e tem que ser o magistrado'. Quando eles estavam tentando me derrubar não me achavam magistrado”.
O presidente afirmou ainda que é hora de eleger Dilma: "Esse país não pode ser governado apenas com a sabedoria da cabeça. Tem que misturar a sabedoria com a sensibilidade do coração. E ninguém tem mais sensibilidade do que uma mãe."
Lula conversa por telefone com presidente eleito da Colômbia sobre crise com a Venezuela
Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou na manhã de hoje (31), por telefone, com o presidente eleito da Colômbia, Juan Manoel Santos, para tratar do desentendimento entre a Colômbia e a Venezuela.
O balanço da conversa foi positivo, afirmou o porta-voz da presidência, Marcelo Baumbach. “O presidente Lula considera que foi uma conversa bastante positiva e que ajudou nessa preparação para uma distensão do cenário.”
Na última semana, o assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, afirmou que a percepção brasileira era de que a posse de Santos facilitaria a retomada do diálogo entre Colômbia e Venezuela. Lula irá à Colômbia no próximo dia 7 para a cerimônia de posse do novo presidente.
Sobre as críticas feitas ontem por Uribe às declarações do presidente Lula sobre o conflito, o porta-voz reafirmou que Lula não irá comentar o assunto e que considera esse episódio superado.
O conflito entre a Venezuela e a Colômbia teve início na semana passada, quando o embaixador da Colômbia na Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Alfonso Hoyos, apresentou supostas provas sobre a presença de guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e do Exército de Libertação Nacional (ELN) na Venezuela.
Em seguida, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, qualificou de mentirosas as acusações e rompeu relações diplomáticas com a Colômbia. Para Chávez, as acusações são parte de uma "desculpa" para justificar a intervenção armada da Colômbia em seu país. Chávez acredita que essa intervenção conta com o apoio dos Estados Unidos.
Lula diz que vai participar todos os dias dos programas de TV de sua candidata Dilma Rousseff
PORTO ALEGRE - Ao participar do comício da candidata petista à Presidência da República, Dilma Rousseff, em Porto Alegre, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfatizou que os opositores não vão conseguir tirá-lo da campanha. Lula reclamou do que ele chamou de tentativas de afastá-lo do palanque e disse que estará “todos os dias” no programa de televisão de Dilma.
“Eles vão ter que ver a minha cara todos os dias na televisão, pedindo voto para minha companheira Dilma Rousseff. Quero lembrar a vocês que isso que fizemos aqui [comício] é apenas o embrião do que vai ocorrer na campanha. A campanha está começando agora e espero voltar aqui mais vezes”, disse Lula.
Lula disse ainda que “os capitalistas” brasileiros nunca souberam conduzir a economia do país. “A elite não sabia o que era capitalismo. Precisou que um metalúrgico socialista chegasse ao poder para ensinar a fazer capitalismo neste país. Nós dissemos para o FMI [Fundo Monetário Internacional] que estávamos cansados de gritar 'fora FMI'. Devolvemos US$ 16 bilhões para eles e hoje eles nos devem US$ 14 bilhões que nós emprestamos para ajudar a salvar da crise as economias dos Estados Unidos e da Europa”.
“A mesma elite que levou Getúlio Vargas a dar um tiro no coração, matou Jânio Quadros e fez João Goulart renunciar. Eu disse a essa elite que eu não estarei no gabinete lendo o jornal deles, mas na rua, com o povo brasileiro que vai decidir o destino desse país”.
O presidente disse que sempre acreditou que Dilma iria construir um leque de alianças até maior do que ele conseguiu reunir nas suas campanhas de 2002 e 2006. “Dilma tem apoio de todas as centrais sindicais, da União Nacional dos Estudantes (UNE), dos estudantes secundaristas, de todas as conferências e movimentos. Eu vejo que ela continua construindo esses apoios”.
Lula disse que o PT gaúcho deve continuar com a política de alianças. “O PT aqui começou a perder quando começou a adotar uma postura de autosuficiência e de pouca humildade. Estou alegre de ver o nosso querido Collares [ex-governador pelo PDT] fazendo campanha para a Dilma e para o Tarso Genro”.
Pela primeira vez, Lula discursou depois de Dilma, que se mostrou mais descontraída no comício em Porto Alegre do que em eventos anteriores de campanha. Lula também buscou valorizar a mulher e disse que quem sabe “gerar, parir e administrar” outro ser humano terá sensibilidade suficiente para conduzir o país. “Gerir esse país não pode ser apenas com a sabedoria da cabeça. Tem que misturar a sabedoria da cabeça com a sensibilidade do coração”.
Do Jornal do Brasil
Lucro da Vale em três meses mais do que ela custou - Por Brizola Neto
O dia em que este país for, de novo, do povo brasileiro, ao menos a memória dos homens que entregaram, de mão beijada, a imensa riqueza do povo brasileiro representada pela Vale vai fazer companhia à de Joaquim Silvério dos Reis na galeria dos grandes traidores da brasilidade.
Saiu agora á noite o resultado semestral da Vale e só no segundo trimestre do ano ela deu lucros líquidos – líquidos! – de R$ 6,63 bilhões ou US$ 3,75 bilhões.
O valor é mais que os US 3,3 bilhões pelos quais ela foi vendida pelo Governo Fernando Henrique Cardoso.
Tentei, inutilmente, nesta legislatura, abrir uma CPI sobre esta privatização criminosa.
Se conseguir se eleito, voltarei à carga no ano que vem. E no outro, e no outro e no outro e enquanto eu puder.
quinta-feira, 29 de julho de 2010
O homem do lado de fora - Por Mauro Santayana
O rápido olhar para as notícias do mundo, nesta semana que anuncia agosto, dá a impressão de que o homem procura fugir de si mesmo, para longe de sua condição humana. A ciência anda em busca do truque de Deus, a famosa partícula de Bóson, e, nesse orgulhoso desafio, já consumiu, no acelerador de partículas do centro da Europa, mais de 10 bilhões de dólares. Esta mesma e orgulhosa ciência, que pretende reproduzir o momento exato da criação do Universo, ainda não foi capaz (ou não teve interesse) de salvar o homem da fome, das endemias e da insânia, que se manifesta, com maior gravidade, entre os grandes da Terra.
Da França, que um dia iluminou a Europa com sua razão, chega a notícia da mãe que matou, um após outro, seus oito filhos recém-nascidos, apesar de seu rosto sereno.
Ainda que o homem identificasse, no acelerador de partículas, o momento preciso do nascimento do Universo, de nada isso lhe valeria para guardar a memória de seu grande feito. Ao que dizem outras notícias, a vida, pelo menos a do homem e dos mamíferos superiores, parece caminhar para o fim. Segundo medições criteriosas, realizadas durante o século passado e na primeira década deste, diminuiu em 40% a existência dos fitoplânctons na superfície dos oceanos. Isso me lembra o sorriso irônico de um cientista brasileiro, em Estocolmo, na Primeira Conferência do Meio Ambiente – em 1972 – quando alguém vociferava, já então, contra a devastação da Amazônia, com o argumento de que a floresta era o “pulmão do mundo”. O pulmão do mundo, explicou o brasileiro, é o mar, porque mais da metade do oxigênio do planeta é produzido pelos plânctons. O mar, nestes últimos decênios, se tornou o grande depósito de lixo do planeta. No Pacífico, de acordo com o oceanógrafo norte-americano Charles Moore, calcula-se em 100 milhões de toneladas o mingau de plástico que cobre área equivalente a duas vezes os Estados Unidos, vagando entre a Califórnia e o Japão.
Há, silenciosa, outra armadilha contra o homem, na excitação do campo magnético, pelos novos instrumentos de produção e de telecomunicações. Apesar de todos os desmentidos dos fabricantes de aparelhos e das empresas mundiais interessadas, há suspeitas de que ela já esteja causando danos irreparáveis ao homem. De qualquer forma, há sempre o risco, advertido pelos físicos, entre eles o brasileiro Ubirajara Brito, de que, em qualquer momento, pode inverter-se o campo magnético da Terra ou ocorrer tempestade solar, como a de 1859, que venha a trazer o definitivo “apagão” de todos os computadores do mundo. Se isso ocorrer, provavelmente teremos que retornar ao ábaco, se houver ainda quem saiba usá-lo.
Não obstante todos esses avisos, o homem, desnorteado, tenta a fuga, mediante a presunção de que a ciência, e não a política, que é uma ciência moral – como a definiu Tomás de Aquino – poderá salvá-lo.
Nunca a política pareceu tão inútil, e jamais ela foi tão necessária quanto hoje. É exigida, a fim de reunir os homens, promover a discussão do que é preciso fazer para conservar a civilização e, mediante a solidariedade, extinguir o legado de Caim, que se manifesta em nosso tempo na aldeã de Villers-au-Tertre, na violência urbana, nos assassinatos em massa, nos crimes de Auschwitz, Hiroxima, My Lai; no Iraque, na Faixa de Gaza, em Guantánamo, no Afeganistão.
Nenhuma ata deste nosso tempo é tão assustadora quanto os 91 mil documentos militares do Afeganistão, com sua lista de crimes horrendos, cometidos em nome da pax americana.
PC Gusmão elogia Jonathan, mas não esquece das outras revelações do Vasco
Jonathan (foto) tem sido uma das gratas revelações do Vasco nos últimos jogos. O jovem atacante tem feito boa dupla ao lado de Nunes. Por isso, foi alvo de vastos elogios por parte do técnico Paulo César Gusmão. O comandante citou ainda outros valores do novato.
“Ele tem a qualidade, o dom que recebeu. E também tem uma orientação. A base do Vasco tem uma preocupação grande de formar grandes atletas e grandes cidadãos, pessoas de bem, que possam conviver em sociedade”, disse, complementando.
“Temos uma preocupação grande. Não só com ele, mas com todos. Queremos passar confiança e carinho, só que precisamos cobrar. O Jonathan aparece muito porque ele é um jogador de qualidade e de criatividade”, emendou.
PC Gusmão, porém, fez questão de citar outros jogadores revelados pelo clube, como o volante Rômulo e o lateral-esquerdo Carlinhos, que têm sido titulares. De acordo com o treinador cruzmaltino, o futuro do Vasco é o melhor possível. E tudo devido ao investimento nas divisões de base.
“Não podemos deixar de exaltar os outros, tanto o Rômulo, o Carlinhos, o Allan, o Max. A gente fica feliz é quando tem o brilho no olhar e você sente a fome pela oportunidade. É muito bacana ter o privilégio de lançar esses valores. Eu tenho certeza que o Vasco vai colher frutos”, encerrou.
A esquerda ganha quando soma, une - Por Emir Sader
Fidel foi sempre quem mais bateu nessa tecla. Contra os dogmatismos, os sectarismos, os isolacionismos, ele sempre reiterou que “a arte da política é a arte de unificar”, que a esquerda triunfou quando soube ganhar setores mais amplos, quando unificou, quando soube desenvolver políticas de alianças.
Foi assim que os bolcheviques se tornaram maioria, ao apelar aos camponeses para que tomassem as terras, realizando seu sonho secular de terra própria, mesmo se isso parecia estar em contradição com os interesses do proletariado urbano, que se propunha a socializar os meios de produção. Foi assim na China, com a aliança com setores do empresariado nacional, para expulsar o invasor japonês e realizar a revolução agrária. Foi assim em Cuba, quando Fidel soube unificar a todas as forças antibatistianas para derrubar a ditadura. Foi assim na Nicarágua, com a frente antisomozista organizada pelo sandinismo.
Como se trata de políticas de alianças,é preciso perguntar-nos sobre os limites dessas alianças e como se conquista hegemonia nessas alianças.
A arte da construção da uma estratégia hegemônica está, em primeiro lugar, em organizar solidamente as forças próprias, aquelas interessadas profundamente no projeto de transformações da sociedade. No nosso caso, de superação do neoliberalismo e de construção de uma sociedade justa, solidária, democrática e soberana.
O segundo passo é o de construir alianças com forças próximas, no nosso caso, com setores médios da sociedade, que tem diferenças com a grande massa popular, mas que podem somar-se ao novo bloco hegemônico, conforme as plataformas que se consiga elaborar.
Organizadas as forças próprias, somadas as aliadas, se trata de neutralizar as forças que não se somariam ao nosso campo, buscando isolar ao máximo as forças adversárias. Essa a arquitetura que pode permitir a vitória da esquerda, a organização do campo popular e a constituição de um novo bloco de forças no poder.
O sectarismo, o dogmatismo são caminhos de derrota segura. Afincar-se nos princípios, sem enfrentar os obstáculos para construir uma força vitoriosa, é ficar de bem consigo mesmo – “não trair os princípios”, defender a teoria contra a realidade -, centrar a ação na luta ideológica e não nas necessidades de construção política de uma alternativa vitoriosa. O isolamento e a derrota dessas vias no Brasil é a confirmação dessa tese.
Em uma aliança se perde a hegemonia quando se cede o essencial ao aliado, na verdade um inimigo a que se converte quem concede. FHC aliou-se ao então PFL, não para impor o programa do seu partido, mas para realizar o programa da direita – o neoliberal. Nessa aliança se impôs a hegemonia neoliberal. Uma força que se pretendia social democrata realizou um programa originalmente contraposto à sua natureza.
Lula fez uma aliança ampla – não apenas com o PMDB e outros partidos -, mas também com o capital financeiro, mediante a Carta aos brasileiros, o Meirelles no Banco Central e a manutenção do ajuste fiscal e do superávit fiscal, conforme as orientações levadas a cabo por Palocci. Neutralizou forças adversárias, que ameaçavam desestabilizar a economia, mediante ataque especulativo que já havia dobrado o valor do dólar durante a campanha eleitoral.
Ao longo do tempo, com as transformações operadas no governo, a hegemonia do projeto original do Lula foi se impondo. O tema do desenvolvimento passou a ser central, com um modelo intrinsecamente vinculado à distribuição de renda, ao mesmo tempo que a reinserção internacional se consolidou, privilegiando alianças com os governos progressistas da América Latina e com as principais forças do Sul do mundo. O Estado, por sua vez, voltou a ter um papel de indutor do desenvolvimento e de garantia das extensão das políticas sociais.
Os aliados políticos e econômicos continuaram a ter força e a ocupar espaços dentro do governo. A maioria parlamentar do PMDB ficou representada na política do agro negócio, os interesses do setor privado de comunicações, assim como os das FFAA – em três ministérios importantes no governo. Da mesma formal, a centralidade do capital financeiro no neoliberalismo garantiu uma independência de fato do Banco Central.
Esses espaços enfraqueceram a hegemonia do projeto original, mas permitiram sua imposição no essencial. O agronegócio teve contrapontos no Ministério de Desenvolvimento Agrário, a política de comunicações em iniciativas como a TV Brasil e a Conferencia Nacional de Comunicações, as FFAA no Plano Nacional dos Direitos Humanos, o Banco Central em ações indutoras sobre a taxa de juros e no papel determinante que políticas com o PAC, o Minha casa, minha vida.
As fronteiras das alianças e a questão da hegemonia provocaram tensões permanentes, pelos equilíbrios instáveis que provocam essas convivências. Mas, como se sabe, sem maioria no Congresso, o governo quase caiu em 2005. A aliança com o PMDB – com as contrapartidas dos ministérios mencionados – foi o preço a pagar para a estabilidade política do governo.
Um dos problemas originários do governo Lula foi que ele triunfou depois de uma década de ofensiva contra o movimento popular, que passou a uma situação de refluxo, tendo como um dos resultados a minoria parlamentar e de governos estaduais com que o governo Lula teve que conviver, mesmo depois da reeleição de 2006.
Por isso uma das disputas mais importantes este ano é o da correlação de forças no Parlamento, para garantir para um governo Dilma uma maioria de esquerda no Congresso, com dependência menor ali e na composição do governo. Assim se disputam os limites das alianças e a hegemonia.
Diferença fundamental na política de alianças de FHC e de Lula é a questão da hegemonia, da política levada adiante. A prioridade das políticas sociais – que muda a face da sociedade brasileira –, a nova inserção internacional do Brasil, o papel do Estado e das políticas de desenvolvimento – dão o caráter do governo Lula. As alianças devem viabilizar sua centralidade. A correlação de forças das alianças está em jogo nas eleições parlamentares deste ano.
Foi um governo em permanente disputa, com duas etapas claramente delineadas (Veja-se o artigo de Nelson Barbosa no livro “Brasil, entre o passado e o futuro”, organizado pelo Marco Aurélio Garcia e por mim, publicado pela Boitempo e pela Perseu Abramo.), com o ajuste fiscal predominando na primeira, o desenvolvimento econômico e social na segunda. A coordenação do governo realizada pela Dilma representou exatamente essa segunda fase, de que o seu governo deve ser continuação. O que não significava que as tensões apontadas não permaneçam. Mas elas podem ser enfrentadas numa correlação de forças mais favorável à esquerda e em um marco de uma nova grande derrota da direita, que abre espaço para um avanço estratégico do projeto de construção de uma sociedade justa, solidária, democrática e soberana.
Alguns dados comparativos dos governos FHC e Lula.
Geração de empregos:
FHC/Serra = 780 mil x Lula/Dilma = 12 milhões
Salário mínimo:
FHC/Serra = 64 dólares x Lula/Dilma = 290 dólares
Mobilidade social (brasileiros que deixaram a linha da pobreza):
FHC/Serra = 2 milhões x Lula/Dilma = 27 milhões
Risco Brasil:
FHC/Serra = 2.700 pontos x Lula/Dilma = 200 pontos
Dólar:
FHC/Serra = R$ 3,00 x Lula/Dilma = R$ 1,78
Reservas cambiais:
FHC/Serra = 185 bilhões de dólares negativos x Lula/Dilma = 239 bilhões de dólares positivos.
Relação crédito/PIB:
FHC/Serra = 14% x Lula/Dilma = 34%
Produção de automóveis:
FHC/Serra = queda de 20% x Lula/Dilma = aumento de 30%
Taxa de juros:
FHC/Serra = 27% x Lula/Dilma = 10,75%
Jabor não é mesmo tão raro assim
A 500 reais por cabeça, o Instituto Millenium fez o Fórum Democracia e Liberdade de Expressão, uma reunião de conservadores, empresários e até alguns parlamentares de esquerda, mas preocupados em não chocar tão distinta platéia. Uma das estrelas foi o comentarista da Globo Arnaldo Jabor, apavorado com a possibilidade da vitória de Dilma Roussef que, segundo ele, trará “uma infiltração infinita de formigas neste país”.
O livro do apocalipse jaboriano diz que “quem vai mandar no país é o Zé Dirceu e o Vacarezza”. Pobre Cândido Vacarezza, líder do PT na Câmara e um homem de temperamento que faz jus ao seu primeiro nome.
Disse que de comunista ele entendia, que cabeça de comunista é “de pedra” e não muda. Mas ressalvou a si: “eu sou um caso raro”.
O relato do encontro, que li no site de Rodrigo Vianna é um amontoado de sandices e, pior, revelador de que os executivos da mídia estão se descabelando como Jabor, aqui e na América Latina. O dono da Equavisa, do Equador, chegou a dizer que o presidente Rafael Correa “foi eleito pelas prostitutas”, para vocês terem uma idéia do nível. O liberalíssimo Reinaldo Azevedo, da Veja, encarnou Odorico Paraguassu e aconselhou:“A imprensa tem que acabar com o isentismo e o outroladismo, essa história de dar o mesmo espaço a todos”.
Enfim, o Brasil e o mundo estão na iminência de caírem sob o jugo comunista.
Que coisa, hein? E a 500 reais…
Grupo Beatrice
Superávit primário chega a R$ 40 bilhões no primeiro semestre
Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O superávit primário do setor público consolidado – governo federal, estados, municípios e empresas estatais – chegou a R$ 2,059 bilhões, em junho, e acumulou R$ 40,105 bilhões no primeiro semestre, informou hoje (29) o Banco Central (BC).
O resultado do mês passado é menor do que o registrado em junho de 2009 (R$ 3,376 bilhões). Já o primeiro semestre deste ano apresentou superávit primário maior do que o observado no mesmo período do ano passado (R$ 35,255 bilhões).
Nos primeiros seis meses do ano, o Governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência) contribuiu com R$ 24,767 bilhões, enquanto os governos estaduais com R$ 13,966 bilhões e os municipais com R$ 1,993 bilhão. As empresas estatais, excluída a Petrobras, apresentaram déficit primário de R$ 621 milhões.
Em 12 meses encerrados em junho, o superávit primário é de R$ 69,368 bilhões ou 2,07% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país.
O resultado primário é a diferença entre as receitas e as despesas, excluídos os juros da dívida pública. Ao serem incluídos os gastos com juros, tem-se o resultado nominal que, em junho, apresentou déficit de R$ 13,621 bilhões, contra R$ 10,130 bilhões registrados em igual período de 2009.
No primeiro semestre, o déficit nominal chegou a R$ 51,229 bilhões, contra R$ 43,682 bilhões no mesmo período do ano passado. Em 12 meses, encerrados em junho, o déficit nominal é de R$ 112,169 bilhões ou 3,35% do PIB.
Agência Brasil
Arnaldo Jabor no bolsa-caviar do tucano José Serra
José Serra, ultimamente, tem criticado o bolsa-família, repetindo velhos preconceitos da elite paulista de que trataria de um "bolsa-esmola" (como os demo-tucanos costumam chamar o programa).
José Serra anda dando prioridade a outro tipo de bolsa e a outro tipo de família "carente".
Arnaldo Jabor é aquele que vive de falar mal do governo Lula e bem do governo de Serra/FHC no Jornal da Globo.
Jabor é casado com Suzana Villas Boas, também uma globalete: apresenta o programa "Saia Justa" do GNT (canal das Organizações Globo).
Mas o casal não se satisfaz com os altos salários globais.
Contam com a providencial complementação de renda famíliar provida por José Serra.
Suzana Villas Boas presta assessoria à José Serra, recebendo para isso uma complementação de renda familiar ao casal Jabor.
É uma versão bolsa-família-de-elite-tucana, um bolsa-caviar, criada por José Serra, para os "pobrezinhos" jornalistas da mídia corporativa.
Assim o contribuinte paulista cumpre sua sina de sustentar o projeto do "CANDIDATO" Serra (a revista cita Serra como candidato e não como governador) em GANDAIAS como essas, descritas na revista de fofocas "Quem", da editora Globo, também das Organizações Globo.
Grupo Beatrice
Estradas de Serra desmancham - Por José Dirceu
Vejam vocês, o candidato da oposição, José Serra (PSDB-DEM-PPS), fez mais um ataque ao governo federal, agora às estradas. Dessa vez em entrevista ao programa local "Minas Urgente", da TV Bandeirantes de BH. Escolheu o tema por oportunismo, porque Minas é o Estado que mais tem rodovias federais.
Só lhe falta autoridade moral para isso. Publiquei aqui notícia da vistoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP) em 67 rodovias, quando ficou constatado que 70% delas já apresentam defeitos - afundamentos, trincas no asfalto, remendos, buracos, desgaste e outros problemas. Nada menos que 2/3 dessas estradas são vicinais concluídas ou reformadas por Serra até julho de 2009. Ou seja, 70% das rodovias feitas por Serra não duram nem um ano.
Fora o fato de que no governo de FHC/Serra - ele foi ministro por oito anos - não se recuperou, restaurou ou construiu rodovias. Nem ferrovias e portos. Muito menos aeroportos. Quando assumimos essa infraestrutura do país estava toda sucateada. Mas, na entrevista, além de criticar as condições das rodovias Serra defendeu sua política de concessões rodoviárias.
Vale uma comparação: na política de concessão adotada pelo governo Lula vence a concorrência o concessionário que propuser a cobrança do menor pedágio; na tucano-paulista, a empresa que oferece mais alto preço pela estrada. Por esse metodo de Serra o concessionário, óbvio, precisa se ressarcir com pedágio.
Dai a montagem de quase 300 praças de cobrança de tarifa nas estradas paulistas nos 3,5 anos de gestão Serra - uma a cada 40 dias. Outra opção sugerida por ele, além das concessões, é a transferência das rodovias federais para os Estados. Ele fala sério? Porque o governo deles transferiu as vias gaúchas para o Estado e a governadora tucana Yeda Crusius, sua aliada, as devolveu a União!
Um contraponto bem fundamentado
Sobre esse tema-polêmica suscitada por Serra, recomendo a leitura de artigo do especialista em Logística e Transporte, José Augusto Valente, publicado no portal T1. Ele mostra que as rodovias paulistas em que o usuário paga alto pedágio são as melhores do país, e aquelas sob responsabilidade do governo do Estado, as piores.
Com base na pesquisa rodoviária da CNT/2009, sobre 87.552 km de nossas rodovias, Valente afirma que "considerando apenas os números relativos à pavimentação e à sinalização, a malha rodoviária nacional (federal e estaduais, concedidas e com operação estatal) melhorou muito nos últimos anos. E graças aos elevados investimentos realizados pelo governo federal, pelas concessionárias e pelos governos estaduais, via recursos próprios e repasses da CIDE".
Em seu texto ele constata, ainda, que "a malha rodoviária nacional melhorou, e como o modal rodoviário é o de maior participação na matriz de transporte de cargas, foi possível ao Brasil crescer de 2002 para cá". Já "as rodovias estaduais de São Paulo, consideradas as melhores do país, lideram o ranking de custo anual de acidentes, com R$ 3,3 bi." Não deixem de ler o Valente no portal T1.
DNIT do candidato, exemplo pra lá de infeliz
Tucanos criaram o órgão e ele ficou inexistente... O tucano candidato a presidente pela coligação conservadora PSDB-DEM-PPS, José Serra, é infeliz ao apontar o Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (DNIT) como exemplo de má administração federal, como o fez em entrevista à Band Minas (post acima). Justamente esse órgão?
O DNIT foi criado por FHC para desviar a atenção dos escândalos de corrupção no então Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) na gestão tucano-peemedebista do Ministério dos Transportes. Mas até chegarmos ao governo em 2003, nunca funcionou. Quando assumimos, o DNIT era só papel e edifício.
Serra acusou o governo federal de ser "totalmente loteado entre políticos". Afirmou que "a prioridade deixa de ser o interesse nacional e passa a ser o político daqui ou dali. O DNIT atua sem planejamento, com estradas caras e critérios puramente político-partidários. Isso comigo vai acabar."
Na falta de um novo, discurso velho
Com as declarações, Serra deve ter se espelhado em suas políticas nos postos por onde passou, particularmente no governo de São Paulo. Foi o governador mais discriminador que o Estado já teve. Administra com mapa político-partidário na mão. Prefeitos e políticos do PT e da oposição passaram seus 3,5 anos de governo a pão e água. Verba só para aliados. Aliás, já seguia essa prática nos quatro anos (1983-1986) em que foi secretário de Planejamento da gestão tucana de Franco Montoro.
Reconheço que "de loteamento" ele entende. Em São Paulo temos o exemplo recente da premiação por ele de cargos para os próximos do ex-governador Orestes Quércia (PMDB), candidato a senador na coligação PMDB-DEM-PPS-PMDB. Quércia e cia foram premiados com vários "lotes" na máquina do Estado assim que Serra deixou o Palácio, num acerto em que o novo governador tucano, Alberto Goldman fez as nomeações para disfarçar e Serra continuar com esse discurso hipócrita de campanha.
Quércia ganhou, também, vários cargos na prefeitura da capital paulista em troca do apoio que deu na reeleição ao parceiro de Serra, o prefeito Gilberto Kassab (DEM-PSDB), de quem indicou a vice, Alda Marco Antônio (PMDB). Todas indicações políticas.
Como acabar com nomeações, se ele não acabou em São Paulo? Pelo contrário, foi a prática que mais adotou em 1 ano e quatro meses como prefeito da Capital e 3,5 anos como governador. Ele e todos os governos tucanos pelo país. Lotam as máquinas públicas de milhares de tucanos e aliados. É só ler o Diário Oficial dos município e Estados que governam e conferir, com nome e cargo, os apaniguados com os quais abarrotam a máquina pública por onde passam. Serra à frente.
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Governo Central registra superávit primário de R$ 631,5 milhões em junho
Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Depois de registrar resultado negativo em maio, as contas do Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) voltaram a ter superávit em junho. Segundo números divulgados há pouco pelo Tesouro Nacional, o superávit primário do Governo Central somou R$ 631,5 milhões no mês passado, contra déficit de R$ 517,9 milhões no mês anterior.
No primeiro semestre, houve superávit de R$ 24,8 bilhões, cerca de R$ 6,3 bilhões a mais que o registrado no mesmo período do ano passado, quando o superávit primário tinha sido de R$ 18,5 bilhões. Em junho de 2009, o Governo Central havia registrado déficit primário de R$ 618,2 milhões.
Para cumprir a meta de superávit primário de R$ 40 bilhões até agosto, o Governo Central terá de economizar R$ 15,3 bilhões nos próximos dois meses. Caso não consiga alcançar a meta, o governo terá de recorrer ao mecanismo que permite o abatimento de gastos com obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Parte do resultado observado nos seis primeiros meses do ano deve-se à aceleração dos gastos, que subiram 18,2% de janeiro a junho, mais do que a alta de 17,2% observada no mesmo período de 2009. O crescimento foi puxado pela alta nos investimentos, que totalizaram R$ 20,6 bilhões na primeira metade do ano e avançaram 71,6% na comparação com o mesmo período do ano passado.
As despesas com custeio (manutenção da máquina pública) cresceram 22,4% no primeiro semestre deste ano, praticamente no mesmo ritmo observado nos seis primeiros meses de 2009, quando a expansão havia sido de 22,7%. Os gastos com pessoal desaceleraram e cresceram 8,4% de janeiro a junho, contra 21% registrado no mesmo período do ano passado.
Apesar da alta no acumulado do ano, os investimentos encerraram o primeiro semestre com desaceleração. O crescimento, que havia sido de 116% até março, caiu para 89% em abril, 80% em maio e encerrou junho em 72%.
As despesas com o PAC nos seis primeiros meses do ano alcançaram R$ 8,9 bilhões, alta de 85% na comparação com os mesmos meses de 2009. Esse crescimento era de 108% de janeiro a abril e de 89% no acumulado do ano até maio.
O superávit primário é a economia de recursos para pagar os juros da dívida pública. Os resultados de hoje (28) referem-se ao Governo Central. Amanhã (29), o Banco Central divulgará os dados referentes ao setor público consolidado, que também englobam os estados, municípios e estatais.
Agência Brasil
O conceito de superávit primário
O superávit primário é o resultado positivo das contas públicas, excluindo a rubrica juros. Esses recursos são usados para o pagamento dos juros e, quando superiores a eles, são usados para a quitação de parte das dívidas. Nesse caso, temos um exemplo de superávit nominal, o que tende a reduzir o montante da dívida pública.
Impostos, tributos e lucros de estatais são algumas das principais receitas públicas. O pagamento de salários, manutenção de prédios públicos, investimentos em infra-estrutura, juros e gastos de custeio são as principais despesas públicas. O resultado entre essas receitas e despesas nem sempre é positivo, levando o governo a cobrir a diferença via emissão de divisas ou de moeda.
A dívida pública, como qualquer empréstimo, gera obrigações de pagamento de juros, que variam de acordo com a modalidade contratada entre o credor (detentor dos títulos públicos) e o devedor (o Estado em suas diversas esferas). Para o pagamento desses juros, o devedor pode contratar mais dívida, ampliando o estoque dessa no mercado (artifício denominado "Rolagem" da dívida), bem como emitir moeda (gerando pressão inflacionária) ou ainda conter as despesas de forma a obter resultado positivo. Nesse último caso, há o chamado superávit primário, que pode ser (ou não) suficiente para cobrir todo o custo de juros referente a dívida do governo.
Como é calculado o superávit primário
O resultado primário (superávit ou déficit) pode ser calculado de duas maneiras: 1) Apuram-se todas as receitas não financeiras (ou seja, exceto aquelas provenientes de juros recebidos) e se subtrai desse total todas as despesas não financeiras. Um resultado positivo indica que houve superávit primário e, se negativo, houve déficit. Esse método é conhecido como "acima da linha" e, no Brasil, é calculado pelo Tesouro Nacional, mas apenas para o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência social e Banco Central). 2) A outra maneira de calcular o resultado primário, chamada "abaixo da linha", é verificando qual foi a variação da dívida do Governo e quanto dessa variação foi decorrente de juros. Se a dívida ao final de um período menos os juros pagos nesse período for maior que aquela existente no começo do período, constata-se um déficit primário. Caso contrário, há um superávit primário. No Brasil, o resultado abaixo da linha é calculado pelo Banco Central para todo o Setor Público (incluídos estados, municípios, DF e empresas estatais). As metodologias Acima e Abaixo da Linha são propostas pelo Fundo Monetário Internacional por meio dos Manuais de Estatísticas de Finanças Públicas.
Dilma: Oposição não pode enganar o eleitor e dizer que é aliada de Lula
A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, disse hoje (28) que é lamentável a postura de membros da oposição no Nordeste que agora querem se fazer de aliados do governo Lula. Segundo ela, a oposição (PSDB e DEM) passou os últimos sete anos criticando e tentando impedir as ações da gestão petista.
“Eu acho que não é correto esse tipo de atitude [negar que fez oposição], porque ao longo do governo do presidente Lula eles fizeram uma oposição sem tréguas. Eles foram contra projetos", afirmou, durante entrevista coletiva na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em Natal.
Projetos como o Prouni beneficiam estudantes de baixa renda e foram combatidos à exaustão pelos partidos de oposição no Congresso Nacional. "O DEM entrou no Supremo Tribunal Federal contra o Prouni, pedindo que se declarasse inconstitucional o programa”, lembrou.
Segundo ela, a oposição tem o direito de fazer as criticas que quiser, pois vivemos num país democrático, mas não é correto que se tente enganar o eleitor. “Eu fico indignada com o que aconteceu nesse período. E não é possível que hoje, perto das eleições e quando o governo Lula tem uma aprovação significativa, eles venham posar de civilizados e dizer que fizeram oposição civilizada."
Dilma acrescentou: "Eles [os partidos de oposição] eram contra o governo Lula do primeiro dia, e no último dia ainda serão. Se aqui eles fazem isso [dizer que não são contra] eu lamento muito porque não é correto com o eleitor”, disse.
Dilma afirmou que a oposição foi sempre claramente contra os programas do governo Lula e lembrou do tempo que eles chamavam o Bolsa Família de “bolsa esmola”.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Brasil vence Rússia chega ao título e se torna o maior campeão da Liga Muindial
A seleção masculina de vôlei venceu a Rússia por 3 a 1 na noite deste domingo, em Córdoba, na Argentina e conquistou pela nona vez a Liga Mundial. O Brasil chegou às finais após vencer Cuba por 3 a 1 no sábado (24), e sabia que tinha um grande desafio pela frente. Para isso, mesmo sem Leandro Vissoto - que saiu machucado na partida semifinal -, contou com força máxima no ataque e a experiência de Dante, um dos destaques da partida.
Num jogo equilibrado, o Brasil venceu o primeiro set por 25 a 22 em 30min, explorando o bloqueio russo e abusando das largadas na quadra adversária. Apesar do placar apertado, a seleção esteve sempre à frente e cedeu à pressão e reclamação de alguns atacantes russos, que reclamaram muito da marcação do juiz em algumas bolas. A torcida brasileira, que ocupou uma pequena parte da arquibancada, fez barulho para ajudar a levantar o time, que parecia ainda tímido frente aos potentes ataques de meio de quadra da equipe européia.
No segundo set, com o placar ainda apertado, o Brasil levou uma pequena vantagem sobre os russos, com as boas defesas do líbero Mário e as subidas de Lucão à rede. Bruno também entrou ao final, para tentar um precioso ponto de saque. Mas num erro da seleção russa, a seleção fechou os 2 a 0, em 26min.
Um pouco mais tranquilo, o time brasileiro deixou escapar o terceiro set por 25 a 16. Giba entrou para reforçar a rede, mas foi bloqueado logo em sua primeira tentativa. A Rússia colecionou bloqueios - chegou a oito, ao longo do set, contra apenas um brasileiro. A etapa foi encerrada com um saque para fora da quadra da equipe brasileira, em apenas 15min.
O quarto set começou nervoso, com uma leve vantagem para a equipe russa. O Brasil se recuperou num ataque de Dante, mas a Rússia fechou o primeiro tempo técnico, com 8 a 6. A seleção passou a cometer erros infantis e novamente permitiu que a Rússia abrisse dois pontos de vantagem, variando as jogadas e superando o bloqueio do time de Bernardinho.
Com ataques potentes e forçando o saque, Brasil e Rússia disputaram, ponto a ponto, o final do quarto set. Mas Dante fez toda a diferença, com bolas certeiras na quadra russa e bloqueios fundamentais, como o do 24º ponto brasileiro.
Num jogo equilibrado, o Brasil venceu o primeiro set por 25 a 22 em 30min, explorando o bloqueio russo e abusando das largadas na quadra adversária. Apesar do placar apertado, a seleção esteve sempre à frente e cedeu à pressão e reclamação de alguns atacantes russos, que reclamaram muito da marcação do juiz em algumas bolas. A torcida brasileira, que ocupou uma pequena parte da arquibancada, fez barulho para ajudar a levantar o time, que parecia ainda tímido frente aos potentes ataques de meio de quadra da equipe européia.
No segundo set, com o placar ainda apertado, o Brasil levou uma pequena vantagem sobre os russos, com as boas defesas do líbero Mário e as subidas de Lucão à rede. Bruno também entrou ao final, para tentar um precioso ponto de saque. Mas num erro da seleção russa, a seleção fechou os 2 a 0, em 26min.
Um pouco mais tranquilo, o time brasileiro deixou escapar o terceiro set por 25 a 16. Giba entrou para reforçar a rede, mas foi bloqueado logo em sua primeira tentativa. A Rússia colecionou bloqueios - chegou a oito, ao longo do set, contra apenas um brasileiro. A etapa foi encerrada com um saque para fora da quadra da equipe brasileira, em apenas 15min.
O quarto set começou nervoso, com uma leve vantagem para a equipe russa. O Brasil se recuperou num ataque de Dante, mas a Rússia fechou o primeiro tempo técnico, com 8 a 6. A seleção passou a cometer erros infantis e novamente permitiu que a Rússia abrisse dois pontos de vantagem, variando as jogadas e superando o bloqueio do time de Bernardinho.
Com ataques potentes e forçando o saque, Brasil e Rússia disputaram, ponto a ponto, o final do quarto set. Mas Dante fez toda a diferença, com bolas certeiras na quadra russa e bloqueios fundamentais, como o do 24º ponto brasileiro.
Lula parabeniza a seleção brasileira de volei que conquistou 9º título na Liga Mundial
Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva parabenizou hoje (26) a seleção brasileira de vôlei pelo nono título da Liga Mundial conquistado ontem (25) diante da Rússia em Córdoba na Argentina. Com a vitória, o vôlei brasileiro tornou-se o recordista em títulos da competição ultrapassando a Itália.
Em nota, Lula afirmou que a seleção comandada pelo técnico Bernardinho “encheu todos os brasileiros de orgulho” e que “o país do futebol, aos poucos, se transforma também no país do voleibol”.
O presidente disse ainda esperar que a título da Liga Mundial sirva de incentivo para os atletas brasileiros que se preparam para a Olimpíadas de 2016, que ocorrerá no Rio de Janeiro.
“Esse sucesso extraordinário é resultado de muito trabalho, muita determinação, e espero que continue inspirando todos os atletas brasileiros para que, na Olimpíada de 2016, no Rio, tenhamos muitas medalhas de ouro. Quero parabenizar a equipe de vôlei, a comissão técnica e todos aqueles que, de alguma forma, contribuem para as vitórias da nossa seleção”.
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva parabenizou hoje (26) a seleção brasileira de vôlei pelo nono título da Liga Mundial conquistado ontem (25) diante da Rússia em Córdoba na Argentina. Com a vitória, o vôlei brasileiro tornou-se o recordista em títulos da competição ultrapassando a Itália.
Em nota, Lula afirmou que a seleção comandada pelo técnico Bernardinho “encheu todos os brasileiros de orgulho” e que “o país do futebol, aos poucos, se transforma também no país do voleibol”.
O presidente disse ainda esperar que a título da Liga Mundial sirva de incentivo para os atletas brasileiros que se preparam para a Olimpíadas de 2016, que ocorrerá no Rio de Janeiro.
“Esse sucesso extraordinário é resultado de muito trabalho, muita determinação, e espero que continue inspirando todos os atletas brasileiros para que, na Olimpíada de 2016, no Rio, tenhamos muitas medalhas de ouro. Quero parabenizar a equipe de vôlei, a comissão técnica e todos aqueles que, de alguma forma, contribuem para as vitórias da nossa seleção”.
sábado, 24 de julho de 2010
Brasil derrota Cuba e vai para a final da Liga
Em uma partida disputadíssima, o Brasil conquistou ontem sua vaga na final da Liga Mundial de Vôlei ao derrotar a seleção de Cuba por 3 a 1 (parciais de 21-25, 25-19, 25-21 e 25-21). O adversário da seleção comandada por Bernardinho vai ser a Rússia, e a grande decisão será realizada hoje, às 21 horas (de Brasília).
Mantendo a tradição de jogos difíceis entre as duas equipes, os pontos foram disputados um a um. A seleção brasileira começou perdendo e se manteve atrás no placar durante todo o primeiro set, com muitos erros de ataque. Cresceu, e conseguiu vencer os próximos três sets, aproveitando os erros de saque do adversário e garantindo importantes pontos com o bloqueio.
A última vez que os dois times se enfrentaram foi na Copa dos Campeões no final do ano passado, também com vitória brasileira, por 3 sets a 2.
Amanhã, antes da grande final será disputada a medalha de bronze, às 17h30.
Com tranquilidade. Conquistar a outra vaga da final da Liga foi tarefa fácil para a Rússia. A equipe bateu a Sérvia por 3 sets a 0 na partida também realizada ontem, em Córdoba (com parciais de 26-24, 25-15 e 25-20).
A disputa foi acirrada somente no primeiro set, mas a equipe errou menos e conseguiu fechar em 26 a 24. Nos dois outros sets, soberania absoluta da Rússia, que se destacou nos bloqueios - foram 16 pontos ao todo no jogo, contra apenas quatro do adversário. O principal jogador do time na competição, Mikhaylov, foi também a grande estrela da partida, marcando impressionantes 21 pontos.
Uma das mais tradicionais seleções no vôlei, a Rússia não avançava à decisão da competição desde 2007, quando foi derrotada pelo Brasil.
Brasil, Turquia e Irã retomam negociações sobre pograma nuclear
Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Um mês e meio depois que o Conselho de Segurança das Nações Unidas impôs uma série de sanções ao Irã, o Brasil e a Turquia voltam a discutir sobre o programa nuclear iraniano. Os ministros das Relações Exteriores iraniano, brasileiro e turco têm um almoço marcado para amanhã (25), em Istambul, na Turquia. Antes, os ministros brasileiro Celso Amorim e o turco, Ahmet Davutoglu, têm uma reunião separada.
Diplomatas brasileiros que acompanham o assunto afirmaram à Agência Brasil que o almoço entre os representantes dos três países é uma resposta a um pedido do ministro das Relações Exteriores do Irã, Manuchehr Mottaki. Ao final do encontro, os chanceleres deverão conceder uma entrevista coletiva.
A conversa ocorre no momento em que o Irã é alvo de uma série de medidas restritivas impostas não só pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, como também pelos Estados Unidos, pelo Canadá e também pela União Europeia. As restrições atingem diretamente as áreas comercial e militar do Irã. A iniciativa é uma punição ao governo iraniano por suspeitar que há produção de armas atômicas.
Em 17 de maio, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e o iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, além do primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, fecharam um acordo para tentar encerrar o impasse em torno do programa nuclear. Pelo acordo, o Irã envia 1,2 tonelada de urânio enriquecido a 3,5% para a Turquia. Em troca, no prazo de até um ano, receberá 120 quilos do produto enriquecido a 20%.
Porém, a maior parte da comunidade internacional rejeitou o acordo optando pela adoção de sanções ao Irã. Uma das justificativas é que no mesmo momento em que se negociava o acordo o Irã avisou que enriqueceria o urânio a 90%, o que teoricamente poderia ser aplicado na fabricação de armamentos.
No entanto, o governo Ahmadinejad nega todas as suspeitas. O presidente e assessores informam que o programa nuclear iraniano tem fins pacíficos. Há planos para a utilização de fabricação de medicamentos e geração de energia. Mas os Estados Unidos e parte da comunidade internacional não confiam nestas informações.
Com isso, em 9 de junho, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas com o apoio da maioria dos integrantes aprovou as sanções ao Irã. Apenas o Brasil e a Turquia votaram contrariamente às medidas. O Líbano se absteve. O governo brasileiro lamentou a decisão informando que as restrições não colaboram para a construção do diálogo e só incentivam a tensão no cenário internacional.
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Um mês e meio depois que o Conselho de Segurança das Nações Unidas impôs uma série de sanções ao Irã, o Brasil e a Turquia voltam a discutir sobre o programa nuclear iraniano. Os ministros das Relações Exteriores iraniano, brasileiro e turco têm um almoço marcado para amanhã (25), em Istambul, na Turquia. Antes, os ministros brasileiro Celso Amorim e o turco, Ahmet Davutoglu, têm uma reunião separada.
Diplomatas brasileiros que acompanham o assunto afirmaram à Agência Brasil que o almoço entre os representantes dos três países é uma resposta a um pedido do ministro das Relações Exteriores do Irã, Manuchehr Mottaki. Ao final do encontro, os chanceleres deverão conceder uma entrevista coletiva.
A conversa ocorre no momento em que o Irã é alvo de uma série de medidas restritivas impostas não só pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, como também pelos Estados Unidos, pelo Canadá e também pela União Europeia. As restrições atingem diretamente as áreas comercial e militar do Irã. A iniciativa é uma punição ao governo iraniano por suspeitar que há produção de armas atômicas.
Em 17 de maio, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e o iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, além do primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, fecharam um acordo para tentar encerrar o impasse em torno do programa nuclear. Pelo acordo, o Irã envia 1,2 tonelada de urânio enriquecido a 3,5% para a Turquia. Em troca, no prazo de até um ano, receberá 120 quilos do produto enriquecido a 20%.
Porém, a maior parte da comunidade internacional rejeitou o acordo optando pela adoção de sanções ao Irã. Uma das justificativas é que no mesmo momento em que se negociava o acordo o Irã avisou que enriqueceria o urânio a 90%, o que teoricamente poderia ser aplicado na fabricação de armamentos.
No entanto, o governo Ahmadinejad nega todas as suspeitas. O presidente e assessores informam que o programa nuclear iraniano tem fins pacíficos. Há planos para a utilização de fabricação de medicamentos e geração de energia. Mas os Estados Unidos e parte da comunidade internacional não confiam nestas informações.
Com isso, em 9 de junho, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas com o apoio da maioria dos integrantes aprovou as sanções ao Irã. Apenas o Brasil e a Turquia votaram contrariamente às medidas. O Líbano se absteve. O governo brasileiro lamentou a decisão informando que as restrições não colaboram para a construção do diálogo e só incentivam a tensão no cenário internacional.
Mano Menezes é oficialmente o novo técnico da Seleção Brasileira
SÃO PAULO - Mano Menezes acaba de anunciar que será o novo técnico da Seleção Brasileira. Por volta das 20h desta sexta-feira (23), o presidente da CBF, Ricardo Teixeira entrou em contato com o técnico do Corinthians e fez um convite formal para que ele assumisse o comando da amarelinha.
"Para todo o Brasil, a partir de agora eu digo que oficialmente aceito o convite do presidente Ricardo Teixeira." Assim Mano anunciou que será o novo comandante da seleção canarinho.
O anúncio foi feito em entrevista coletiva no Parque São Jorge, em São Paulo. De acordo com Mano, Teixeira pediu para que ele assumisse o comando da seleção e do projeto de renovação da seleção para a Copa do Mundo do Brasil em 2014. Os dois tiveram uma longa conversa por telefone onde as dúvidas foram esclarecidas.
O técnico será apresentado oficialmente na segunda-feira (26), no Rio de Janeiro. Até domingo ele treina o Timão. "Pretendo conduzir com prioridade o Corinthians até domingo e a partir de segunda-feira falar sobre seleção e comissão técnica", afirmou.
Ronaldo, Dentinho e Roberto Carlos, entre outros jogadores do Corinmthians apareceram durante a coletiva para parabenizar o técnico.
O próximo passo do novo técnico é preparar a lista de convocados para o próximo joga da seleção. O Brasil tem um amistoso contra os Estados Unidos no dia 10 de agosto e, de acordo com as regras da Fifa, a lista dos convocados tem que ser anunciado com, pelo menos, 15 dias de antecedência. Por ordem de Teixeira, a lista deve ter, somente, jogadores que atuam no Brasil.
JB Online
Datafolha insiste em empate: 37% a 36%
Praticamente ao mesmo tempo em que o Vox Populi identificou vantagem de 8 pontos de Dilma Rousseff sobre José Serra, o instituto Datafolha não constatou, a rigor, nenhuma mudança nas intenções de voto dos dois candidatos.
Ouvidos 10.905 eleitores em 379 municípios, de 20 a 23 de julho, o instituto aponta que Serra e Dilma continuam tecnicamente empatados.
Na pesquisa anterior, realizada em 30 de junho e 1º de julho, o Datafolha atribuiu 39% a Serra e 37% a Dilma. Agora, informa que Serra obteve 37% e Dilma 36%. Nos dois casos a diferença ficou dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais. Marina Silva (PT) obteve 10%.
Eleições estaduais
Os resultados publicados hoje pela Folha de São Paulo incluem dados sobre a eleição de governador em sete estados e no Distrito Federal. Apontam a liderança de Tarso Genro (RS), Sérgio Cabral (RJ), Hélio Costa (MG), Eduardo Campos (PE), Geraldo Alckmin (SP), Jaques Wagner (BA) e Joaquim Roriz (DF). No Paraná o Datafolha identificou empate técnico (leia detalhes na próxima página).
É o seguinte o placar do Datafolha para as eleições estaduais:
* Rio Grande do Sul: Tarso Genro (PT) 35% e José Fogaça (PMDB) 27%
* São Paulo: Geraldo Alckmin (PSDB) 49% e Aloízio Mercadante (PT) 16%
* Minas Gerais: Hélio Costa (PMDB) 44% e Antonio Anastasia (PSDB) 18%
* Rio de Janeiro: Sérgio Cabral (PMDB) 53% e Fernando Gabeira (PV) 18%
* Bahia: Jaques Wagner (PT) 44% e Paulo Souto (DEM) 23%
* Pernambuco: Eduardo Campos (PSB) 59% e Jarbas Vasconcelos (PMDB) 28%
* Distrito Federal: Joaquim Roriz (PSC) 40% e Agnelo Queiroz (PT) 27%
No Datafolha pesquisa espontânea mostra preferência do eleitorado por Dilma
Mesmo trazendo o empate técnico entre José Serra e Dilma Roussef, a pesquisa Datafolha divulgada hoje traz informações importantes: Dilma tem potencialmente a seu favor as respostas dos 4% que declaram querer votar no presidente Lula; outros 3% respondem ter intenção de escolher o "candidato do Lula" e 1% quer um "candidato do PT". Assim, temos 8% de votos que podem e devem, em sua maioria, migrar para Dilma, que na espontânea está na frente, 21% a 16%. Fora isso, Serra caiu 3%. No item rejeição Serra perde também e, pior, sua rejeição cresceu 2%, para 26%, enquanto a de Dilma caiu 1% e tem agora 21%. No segundo turno, Dilma tem 46% e Serra 45%. São números que expressam a metodologia do Datafolha, única entre os institutos de pesquisa brasileiros.
Já o Vox Populi traz Dilma na frente com 8% de votos, 41% para nossa candidata e 33% para Serra. No segundo turno, Dilma tem 46% e Serra, 38%; na espontânea, Dilma tem 28% e Serra 21%. Lula tem os mesmos 4% do Datafolha e na rejeição, Serra tem 24% e Dilma 17%. Como vemos são números parecidos e próximos na espontânea, mas totalmente diferentes na estimulada, o que, partindo da boa fé e rigor técnicos dos institutos só pode ser explicado pela metodologia de cada instituto, sendo que a da Datafolha está mais próxima de uma margem de erro maior.
Numa simulação de segundo turno, o cenário repete o de maio, com Dilma numericamente à frente de Serra, mas dentro da margem de erro: a petista tem 46% contra 45% do tucano.
Uma análise dos dados
Se queremos buscar uma explicação para a pesquisa Datafolha, ela está no título da matéria: “Serra e Dilma mantêm empate a 25 dias da TV”. Na estratégia e avaliação, desenho da conjuntura tucana, Serra ficaria na frente até o horário eleitoral, e com uma diferença grande. A própria Folha e seus editorialistas, articulistas e redatores nos cansaram com suas análises dirigidas, segundo as quais, Dilma não subiria e Lula não transferiria votos para ela, muito menos o PT; que era uma candidata inviável.
Fizeram de tudo contra a aliança com o PMDB e há mais de um ano a linha editorial do jornal foi dirigida, com as matérias tentando inviabilizar essa aliança. Depois, em segundo plano, com o PSB. Agora o jornal expressa seu desejo: que cheguem pelo menos empatados no horário de TV e Rádio dia 17 de agosto. Como vemos já admitem que Dilma e Serra estão pelo menos empatados. Mas a pesquisa Vox Populi e as ruas dizem o contrário.
Nas pesquisas espontâneas, Dilma está na frente e aumenta a cada semana a diferença, o que explica a radicalização e agressividade de Serra e de sua campanha, a busca desesperada de um falso escândalo e a posição de vítima, quando na verdade Serra tem que responder pelas políticas tucanas no Brasil de FHC. E, em São Paulo, não pode fugir da aliança com o DEM, um partido que lhe retira toda autoridade para falar em ética; não tem vice, e cada dia seu discurso fica mais a direita, abrindo um enorme espaço para o crescimento da candidatura de Dilma Roussef.
Em agosto não começa apenas o horário de TV, começam os debates e a campanha toma conta das ruas, portanto, sem cantar vitória vamos nos preparar para ocupar as ruas, vencer os debates e na TV propor ao Brasil dar continuidade a era Lula com mudanças.
Nos estados, pesquisas apontam ampla vantagem para PT e aliados
Nos principais Estados as pesquisas favorecem amplamente os candidatos do PT ou apoiados pelo PT. No Rio de Janeiro, Cabral tem 35% à frente de Gabeira; em Minas, Helio Costa está 26 pontos à frente de Anastásia; no Sul Tarso Genro está 8% à frente de José Fogaça; e na Bahia, com 44% das intenções de voto, Jaques Vagner venceria no primeiro turno. Em Pernambuco, Eduardo Campos lidera com 30% na frente de Jarbas Vasconcelos. Somente em São Paulo, o candidato Geraldo Alckmin tem 33% à frente de Mercadante (ele 49%, Mercadante 16%, Skaf, 2%, Russomanno, 11%, e outros 4%).
Mas há muito recall na votação de Alckmin, candidato em 2006 e 2008. Nas últimas duas eleições Genoino e Mercadante tiveram 32% de votos e é improvável que não repita a votação histórica do PT em SP, um terço do eleitorado, assim, ainda podemos ter surpresas em São Paulo, com um segundo turno.
Fatos concretos derrubam discurso de campanha de Serra
No discurso de campanha, dirigido ao empresariado, o candidato tucano à Presidência da República, José Serra, voltou a dizer que, caso seja eleito, vai focar a gestão na produção como forma de fortalecer a economia e imprimir uma nova ordem tributária. Parece que Serra esqueceu que seu partido, no governo FHC, aumentou em 7% a carga tributária e deixou o país sem reservas e endividado no exterior.
O governo FHC duplicou a dívida pública e nos deixou uma taxa Selic - juros reais - em dobro da que existe hoje. Lula negociou e aprovou, em 2004, uma reforma tributária com todos os governadores que foram com ele entregar a proposta no Congresso Nacional. Fez o mesmo com a proposta que está parada na Câmara por obstrução tucana.
Ao fazer o discurso – falando de desindustrialização e pregando uma nova ordem tributária – o candidato também esquece que foi a política de FHC a mais anti-produção dos tempos recentes do país. Isso sem falar no Estado de São Paulo, que tem sido governado por mais de duas décadas pelos tucanos, e lidera o ranking de burocracia para a abertura de negócios no país, como mostra levantamento da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), divulgado nos jornais de hoje. O estudo revela que os pesquisadores precisaram fazer 102 ligações para reunir todos os dados, sobre custos, taxas e procedimentos; e creditam o excesso de burocracia a falta de pessoal qualificado. Será essa a base da política industrial e da reforma tributária num eventual governo Serra?
Do blog do Zé Dirceu
Fluminense impede Muricy e CBF convida Mano para a Seleção
A CBF (Confederação Brasileira de Futebol), por meio de seu presidente Ricardo Teixeira, estendeu nesta sexta-feira (23) à noite um convite para o treinador Mano Menezes (foto) assumir o comando da Seleção Brasileira.
De acordo com a entidade, que já havia se reunido com Muricy Ramalho pela manhã, o hoje técnico do Corinthians deve responder sobre a proposta na manhã deste sábado, depois de comandar as atividades preparatórias de seu clube para a 11ª rodada do Brasileirão. O time enfrenta o Guarani neste domingo, em São Paulo.
Em comunicado, a CBF afirmou que Mano Menezes é um dos três nomes que a entidade estudou para a sucessão de Dunga, cujo contrato expirou após a Copa do Mundo da FIFA África do Sul 2010, na qual o Brasil caiu nas quartas-de-final.
“Conversei com muitas pessoas, assisti a debates em vários programas esportivos e ouvi torcedores também para chegar a três nomes”, afirmou Teixeira. “O que determinou a escolha foi o entendimento de que é necessária uma imediata renovação na Seleção Brasileira, o que Mano Menezes já iniciará na convocação para o amistoso dia de agosto contra os Estados Unidos”.
Caso Menezes aceite o cargo, ele já pode fazer sua primeira convocação à frente da Seleção na próxima segunda-feira. A expectativa por parte da entidade é a aposta em novos nomes para a equipe, já de olho na formulação de uma equipe para a Copa do Mundo da FIFA 2014, que será disputada em casa.
“O mais importante na escolha é o senso comum da importância da renovação que será posta em prática. Tenho a absoluta confiança de que esse trabalho será feito com sucesso nessa trajetória que terminará em 2014”, afirmou o dirigente.
Segundo comunicado da CBF, Menezes é visto como a figura certa para esse planejamento de reformulação da Seleção, depois de suas bem-sucedidas passagens por Grêmio e Corinthians, pelo qual foi campeão paulista e da Copa do Brasil no ano passado. “Ele marca sua trajetória pelo equilíbrio e tem como característica o fato de aproveitar e lançar jovens jogadores”, disse o texto.
Parreira na mira do Corinthians
Carlos Alberto Parreira é a primeira opção da diretoria do Corinthians para a vaga de Mano Menezes. A negociação do clube com o técnico que comandou a equipe da África do Sul na última Copa do Mundo começou no meio da semana, quando a saída de Mano parecia iminente.
O treinador Adilson Batista, cuja negociação esfriou após os contatos com Parreira, é mantido como uma espécie de carta na manga para o caso de as conversas não evoluírem.
Nem mesmo o fato de Parreira ser pretendido também pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que gostaria de contratá-lo como coordenador do departamento de seleções, parece preocupar os dirigentes corintianos. No Parque São Jorge a aposta é de que a ótima identificação do treinador com o clube será suficiente para convencê-lo a aceitar o desafio.
Essa identificação à qual os dirigentes se referem trata-se da passagem de Parreira pelo clube na temporada 2002. Naquela oportunidade, o Corinthians ficou muito próximo de conquistar a tríplice coroa, pois foi campeão do Torneio Rio-São Paulo, da Copa do Brasil e vice-campeão brasileiro.
Contrariando todas pesquisas, Datafolha aponta empate técnico entre Dilma e Serra
SÃO PAULO - Os candidatos à Presidência José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) permanecem tecnicamente empatados, segundo pesquisa Datafolha realizada entre os dias 20 e 23 de julho e publicada neste sábado, 24, pelo jornal Folha de S. Paulo. O tucano aparece com 37% das intenções de voto, contra 36% de Dilma. Marina Silva, do PV, tem 10%. A margem de erro é de dois pontos porcentuais.
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Ciro Gomes diz que irá apoiar a eleição de Dilma "sem vacilação"
O deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) declarou seu apoio à candidata presidencial Dilma Rousseff, da coligação "Para o Brasil Seguir Mudando" e lamentou não estar concorrendo às eleições deste ano como planejado. "Gostaria muito de ser (candidato à presidência da república). Mas mais importante que isso é o nosso País. Então estou apoiando a Dilma. Não tem vacilação", disse Ciro.
"Aquela gente que no passado quase arrebenta o Brasil, a turma do Fernando Henrique, nunca mais", afirmou Ciro em entrevista à TV Cidade, de Fortaleza, afiliada da Rede Record, na noite de quinta-feira (22).
O deputado federal pelo PSB no Ceará ainda disse ter sofrido uma "rasteira", quando seu partido retirou sua candidatura à presidência da República. "A direção do meu partido deu corda na minha candidatura até a véspera, e na véspera tiraram meu tapete", afirmou. Porém, Ciro reforçou que essa fase passou e que ainda vai conseguir seu objetivo: "Tenho saúde, tenho 52 anos e (vocês) ainda vão me ver presidente do Brasil".
Ciro aproveitou e comentou o apoio de sua ex-mulher, a senadora Patrícia Saboya (PSB), à candidata do PV Marina Silva. "Ela é independente, como toda mulher cearense, não quer nem saber se eu apoio a Dilma (...) a Marina é uma grande brasileira", disse.
Comentarista de TV
Ciro aproveitou a entrevista para dizer que vai ser comentarista político na própria TV Cidade, em Fortaleza. Ele fará comentários diários sobre política, economia, violência e drogas, entre outros temas. A estreia de Ciro como comentarista ainda não tem data definida.
Os comentários do deputado serão veiculados em um dos programas de maior audiência da emissora, o Cidade 190, telejornal policial e comunitário, apresentado por dois radialistas que também atuam na política: o vereador de Fortaleza licenciado Vitor Valim (PHS-CE) e o deputado estadual Edson Silva (PSB-CE), que em 1988 perdeu para Ciro as eleições para a prefeitura da capital cearense.
O editor-chefe do programa, José Filho, disse que a escolha de Ciro deve-se à sua "credibilidade" e que os comentários terão cerca de cinco minutos. Segundo José Filho, na próxima segunda-feira a equipe vai se reunir com o deputado para acertar os detalhes.
A TV Cidade não informou se ele receberá cachê. A assessoria de Ciro Gomes disse que o deputado ainda não sabe detalhes da sua participação, como formato, salário ou data de estreia.
O dono do Grupo Cidade de Comunicação, da qual a emissora faz parte, é o empresário Miguel Dias de Souza, que ocupa a segunda suplência na candidatura ao Senado do deputado federal Eunício Oliveira (PMDB-CE).
Sobre a função de comentarista, Ciro disse que não vai se meter em "politiquinha pequena" e que pode até mudar de ramo. "O jornalismo é um elemento ainda mais importante para a democracia do que a militância política que eu faço", disse o deputado na entrevista.
O ataque desesperado de Serra contra Pimentel
Enviado por luisnassif, sex, 23/07/2010 - 16:03
Por Bento Jr
E o ataque de hoje do Serra ao Pimentel(foto)? Será que tem algo que ver com Aécio, ou foi só mais uma "bala perdida"?
Se ele queria atacar só o PT, qual o sentido de botar nome nos bois?
De O Globo
Serra acusa PT; Dilma nega ligação
Ex-governador acusa Fernando Pimentel; Lula se diz decepcionado com tucano
João Guedes
O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, culpou ontem dirigentes do PT pela quebra do sigilo fiscal do tucano Eduardo Jorge Caldas. Em entrevista a jornalistas da Rádio Gaúcha e do jornal Zero Hora, Serra acusou o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel de coordenar a ação.
— É estratégia do PT. Eles tinham montado um grupo de dossiê sujo. Quando fui eleito governador em São Paulo, no primeiro turno (em 2006), o então candidato (do PT) Mercadante montou um dossiê e foram pegos com a boca na botija, com R$ 1,7 milhão, que ninguém explicou a origem, que era para comprar o depoimento de alguém. Isso é jogo sujo e o PT estava montando isso agora. E foi descoberto inclusive contratando ex-delegado, tudo coordenado por um personagem de importância no PT que é o atual candidato ao senado de Minas Gerais, o Fernando Pimentel. Ele é o organizador disso. Não é um zé ninguém dentro de PT.
Para Serra, o PT vem valorizando a declaração de seu candidato a vice, Indio da Costal, sobre uma eventual ligação do PT com as Forças Armadas Revolucionárias Colombianas (Farcs), para tirar o foco da quebra de sigilo.
— Ele (Indio) falou isso para uma pergunta e fizeram uma onda tremenda. Mas por quê? Porque ficou evidente a quebra do sigilo fiscal do dirigente do PSDB. Crime contra a Constituição.
Em entrevista à TV Record, o presidente Lula se disse decepcionado com Serra:
— Fico triste quando vejo um homem da história do Serra dizer que o PT é ligado às Farc, fico triste. Porque o mínimo que esperava do Serra é que ele respeitasse o PT. Porque o Serra sabe que a gente tem afinidade histórica, a gente pode ter divergência político-ideológica agora, mas ele jamais poderia dizer uma insanidade dessa contra o PT, jamais.
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, voltou a negar envolvimento com o vazamento de dados fiscais e disse que tentam prejudicá-la eleitoralmente com o episódio.
Por Gustavo Belic Cherubine
Isso não é coisa de raposa, é de gente séria:
Pimentel emitiu a seguinte nota:
NOTA À IMPRENSA
Repudio com veemência as declarações do candidato à presidência, José Serra, concedidas à imprensa ontem, 22, as quais fazem referências ao meu nome como articulador de uma operação inexistente e a qual repilo com a convicção dos meus 40 anos de trajetória política. Lamento que a oposição encontre discurso eleitoral apenas em acusações infundadas e ilações morais contra membros do PT. Há dias, o candidato da oposição tem demonstrado desequilíbrio ao disparar insinuações caluniosas e ultrapassar os limites da responsabilidade de quem se declara um homem público experiente e preocupado com as questões maiores do Brasil. As declarações são falsas e caluniosas, compatíveis apenas com o desespero dos que não se conformam com o fato de que o Brasil mudou para melhor nos últimos oito anos, e vai continuar mudando com a vitória da nossa candidata nas eleições.
As mentiras, as injúrias e as calúnias são armas de quem não quer, ou não tem preparo, para o debate democrático de idéias e de propostas. Não desceremos a este nível. Afirmo que tomarei as providências judiciais cabíveis a fim de resguardar a minha honra e a minha história de militância e de luta pelos direitos democráticos neste País.
Fernando Pimentel
23 de Julho de 2010
Do blog do Nassif
Sobre o governo Aécio
Enviado por luisnassif, sex, 23/07/2010 - 18:28
Por Filipe Mazzini
Nassif
vejo sempre vc falando do Aécio como um político promissor. Sou mineiro, e no início do primeiro mandato de Aécio, trabalhei por quase 2 anos como consultor do INDG na criação de um esctriório de projetos na secretaria de planejamento para realizar a gestão dos projetos estruturadores definidos para o estado.
Neste tempo em que estive lá, quase nada saía do papel. Presencie um total distanciamento do governador na execução das políticas de estado. Durante o tempo em que estive lá presenciei uma única reunião de resultados com o governador. Como constumávamos dizer, passamos o baton no porco. Não tínhamos resultados para apresentar mas inflacionamos o que tínhamos. Ou seja, não percebo Aécio como um político capaz de executar as idéias que defende. Acredito que ele brilha mais no campo da retórica do que de levar a cabo as idéias.
E como cidadão Belo Horizontino, nesses quase 8 anos de governo, não vi Minas avançar. Não vi novas empresas de porte chegarem, não vi grandes investimentos, não vi o emprego aparecer. Hoje trabalho no Rio de Janeiro porque foi onde, como engenheiro, tive oportunidade. Realmente gostaria de estar vivendo nas Gerais do meu corção. Talvez se Aécio tivesse sido um político comprometido com Minas, poderia estar lá hoje!
Blog do Nassif
Vox Populi mostra Dilma com 8% de vantagem sobre Serra
Marcos Chagas
Reportér da Agência Brasil
Pesquisa do instituto Vox Populi, encomendada pela Rede Bandeirantes e o portal IG, mostrou hoje (23), que na pesquisa estimulada a candidata Dilma Rousseff (PT), da coligação Para o Brasil Seguir Andando, abriu uma vantagem de 8% das intenções de votos sobre seu principal adversário, José Serra (PSDB), da coligação O Brasil Pode Mais. Dilma tem 41% da preferência dos entrevistados e Serra, 33%. A candidata Marina Silva, do Partido Verde, aparece em terceiro lugar, com 8%.
Neste cenário, os votos em branco e nulos somaram 4% e 13% dos entrevistados ainda não sabem em quem votar. Na pesquisa espontânea, de acordo com o Jornal da Band, Dilma está com 28%; Serra com 21% e Marina Silva com 5%. Em um eventual segundo turno entre a petista e o tucano, a Dilma Roussef teria 46% e Serra 34%.
O maior índice de rejeição, de acordo com a pesquisa Vox Populi, recai sobre José Serra, com 24%, 20% disseram que não votariam em Marina Silva e 17% rejeitam Dilma Rousseff.
A margem de erro é de 1,8 ponto. Esta é a primeira pesquisa divulgada após a oficialização das candidaturas à Presidência. Ela foi feita entre os dias 17 e 20 de julho, e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número 19.920/10. Foram feitas 3.000 entrevistas em 219 cidades de todas as regiões do país.
Da Agência Brasil
Desempenho pífio em entrevista á TV Brasil
Foi oposto ao de Dilma Rousseff (na 4ª feira pp.) o desempenho do presidenciável da oposição, José Serra (PSDB-DEM-PPS), na entrevista ao programa "3 a 1" exibido nessa 5ª feira pela TV Brasil. Serra alternou momentos em que falou baixo e parecia desinteressado em relação às perguntas, com outros em que parecia sonolento - ele é notívago.
Embora não fosse debate - um confronto direto com Dilma - acho que o adversário esqueceu a conclusão dos analistas políticos de que John Kennedy ganhou a eleição presidencial norteamericana de 1960 porque na última entrevista conjunta dele com o adversário Richard Nixon, este passou na rede de TV imagem pior e nem se barbeara.
O fato é que o primeiro bloco inteiro de Serra no "3 a 1", dedicado a reforma política, foi morno. O candidato empregou clichês para colocar que a mudança vai reduzir os gastos das campanhas eleitorais - e só. Mas, a redução de custos de campanha é apenas um dos pontos do amplo leque de inovações que o país precisa e a reforma política vai trazer. No ar, Serra manteve uma expressão de quem estava ali por pura obrigação e não para dialogar com o eleitor.
Candidato reivindica paternidade do que não é seu
Como os entrevistadores perguntaram pouco, o candidato discursou o tempo todo. Ponto interessante: quando a jornalista Tereza Cruvinel perguntou-lhe o que ele mudaria primeiro num eventual governo tucano, Serra respondeu: “Acabaria com o loteamento (de cargos)”. Essa é a prioridade de um chefe de Estado? Um presidente responsável não estaria preocupado com assuntos básicos como Saúde, Educação, Segurança e Geração de Renda?
No mais, a repetição de lugares comuns. Ele já abordou e na certa continuará a repetir que no Brasil pobre paga mais imposto que rico; o problema das drogas avançou muito nos últimos 10 anos; o Governo (atual) é fraco no Congresso Nacional e só tem essa imagem de forte (quase 80% de apoio e aprovação populares atestados pelas pesquisas) por causa da popularidade do presidente Lula.
Chamou-me atenção, ainda, o fato dele afirmar que criou o Bolsa Família - não sei se referia-se aos 3,5 anos em que foi governador de São Paulo ou aos oito anos em que foi ministro do presidente Fernando Henrique. Eles costumam dizer que nesse período de governo FHC/Serra criaram o Bolsa Escola, que consideram embrião do Bolsa Família.
O que é incoerente e um contrassenso porque sempre criticaram este programa do governo Lula. Chamariam de "bolsa esmola", como fazem nos ataques que nos dirigem, um programa que eles teriam criado?
Distrital pregado por tucano é ruim para o país
Não dá para deixar passar sem uma análise mais detalhada a entrevista que o candidato da oposição a Presidência da República, José Serra (PSDB-DEM-PPS) concedeu à TV Brasil, exibida na 5ª feira. A implantação do voto distrital puro, defendida por ele, seria nociva. Adotá-lo num pais como o Brasil e da forma como quer Serra é o fim das minorias e a volta do bipartidarismo que vigorou durante a maior parte da ditadura militar.
O candidato do PSDB e aliados da oposição falou sobre as reformas política e tributária. Sem dizer, óbvio, que seu partido votou contra a reforma política já aprovada pelo Senado, e que a reforma tributária está até hoje na Câmara por decisão do próprio Serra. Ele pressionou e mobilizou aliados contra a proposta por considerar que ela contraria o interesse de São Paulo, o que não é verdade.
Serra retoma a questão da extinção da CPMF - na virada de 2007/2008 - para dizer que ela não foi aprovada por causa da obstrução de um deputado do PMDB. Não é verdade. A manutenção da CPMF nos termos então propostos pelo governo não foi mantida por pura e simples decisão do PSDB-DEM-PPS que articulados com a FIESP e a direita conservadora do país decidiram extinguí-la via Congresso Nacional. Ao votar pelo seu fim, retiraram da Saúde e do Orçamento Geral da União mais de R$ 40 bi/ano.
A extinção da CPMF pela oposição tinha outro propósito nunca explicitado por ela: o interesse real era evitar, por exemplo, a continuidade do uso pela Receita Federal dos dados cruzados da CPMF e do Imposto de Renda para combater a sonegação. E mais do que isso, combater a lavagem de dinheiro, trabalho possibilitado pelo imposto extinto. Essa é a verdade nua e crua sobre o fim da CPMF.
Do blog do Zé Dirceu
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Copom fixa aumento da taxa Selic em 0,5 ponto
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual. Com o aumento, a taxa que irá vigorar pelos próximos 45 dias sobe de 10,25% para 10,75% ao ano.
Este foi o terceiro reajuste do ano para uma taxa que começou 2010 em 8,75%, o nível mais baixo desde a criação do Copom, em 1996.
Em nota divulgada após a quinta reunião do colegiado de diretores do BC, o Copom afirmou que “avaliando a conjuntura macroeconômica e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic para 10,75% ao ano”.
A nota acrescenta ainda que “considerando o processo de redução de riscos para o cenário inflacionário que se configura desde a última reunião do Copom, e que se deve à evolução recente de fatores domésticos e externos, o comitê entende que a decisão irá contribuir para intensificar esse processo”.
Impactos no crédito
O aumento da Selic não deve, porém, provocar maior impacto nas taxas de juros das operações de crédito do mercado, de acordo com Miguel José Ribeiro de Oliveira, da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).
Ele afirmou que algumas instituições financeiras já anunciaram que não vão reajustar suas taxas de juros, em razão da queda nos índices de inadimplência e da maior competição no sistema financeiro. Ele acrescentou que se houvesse correção plena, de acordo com o aumento da Selic, o efeito no mercado seria muito pequeno.
De acordo com as contas da Anefac, o Brasil tem a taxa de juros mais alta do mundo, entre os países industrializados e aqueles em desenvolvimento. Está acima de 5% reais, descontada a inflação projetada para os próximos 12 meses, embora os juros praticados pelos bancos sejam bem mais altos ainda.
Considerando-se uma cesta de seis linhas de crédito oferecidas às pessoas físicas (juros do comércio, cartão de crédito, cheque especial, crédito direto ao consumidor, empréstimo pessoal no banco e empréstimo em financeira) a taxa média atual, de 6,90% ao mês ou 122,71% ao ano, aumentaria para 6,94% ao mês ou 123,71% ao ano.
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