terça-feira, 6 de julho de 2010
Jornalões apoiaram a ditadura, agora posam de democratas - Por José Dirceu
Nossa mídia, os jornalões particularmente, há meses batem na tecla de que o governo Lula ao manter relações diplomáticas e comerciais com países como o Irã e da África é conivente com a violação dos direitos humanos nessas nações, o que não passa de um sofisma.Não há no mundo um país sequer que não mantenha relações com outros a partir desse critério, o que não significa - pelo contrário - concordância com o regime deste ou daquele pais, nem leniência ou conivência com a violação dos direitos humanos ou com ditaduras. Essa mesma imprensa que apoiou o golpe militar de 64 e depois se viu submetida à censura prévia, agora dá um novo passo e quer condenar à visita do presidente Lula a oito países da África como se fosse apoio a ditaduras ou a governos que se auto-perpetuam no poder, quando todos os desenvolvidos mantêm relações econômicas e diplomáticas com eles, sem prejuízo da posição política de cada um.
Todo apoio ao STF quanto aos planos de saúde
Publicado em 06-Jul-2010
Todo apoio e força aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que em suas sentenças estão determinando aos planos de saúde privados que reembolsem o Sistema Único de Saúde (SUS) pelo atendimento por este prestado em seus hospitais públicos a clientes desses convênios médico-hospitalares. Levantamento publicado pelo Folhão hoje dá conta de que já são sete as sentenças dos ministros nesse sentido nos últimos meses, todas obrigando ao ressarcimento.
Vamos ver se agora acaba o processo de "empurroterapia" - como denominou muito apropriadamente a dra. Ligia Bahia, coordenadora do Laboratório de Economia Política da Saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) especialista no assunto. Afinal, a lei que obriga esse pagamento é de 1998 - 12 anos atrás! - e nunca foi cumprida pelos convênios médicos.
Desde então eles recorrem à Justiça e com as mais ladinas manobras protelam o pagamento mesmo que a lei e as decisões judiciais sejam mais do que claras a respeito. Perdem os recursos a que dão entrada em todas as instâncias judiciais, mas vão recorrendo às superiores.
Convênios são meros biombos para ganhar dinheiro
Quando a questão chega aos tribunais, atuam para que as decisões se encaminhem para os períodos proxímos aos recessos do Judiciário, quando então sempre conseguem um pedido de vistas ou outra medida que joga a decisão para a frente, indefinidamente.
Assim, chegamos a essa situação em que, conforme levantamento publicado hoje pela Folha, as operadoras privadas devem ao SUS R$ 2,6 bi - e isso correspondente só ao período de atendimento da rede pública feito entre os anos de 2003 e 2007 e não aos 12 de vigência da lei de ressarcimento que as operadoras não cumprem.
Seus advogados alegam que a lei é inconstitucional porque saúde é um "direito de todos" e um "dever do Estado". Então por que montam essas arapucas chamadas de convênios médicos que cobram fortunas mensalmente de seus associados se não pretendem atendê-los?
Quando instituíram esse biombo para tomar dinheiro, esse sistema de planos de saúde privados a intenção já era essa, encaminhar os associados para a rede pública a qualquer doença que eles apresentem, ou dizer que "essa" o convênio não cobre? Pretendiam apenas embolsar a mensalidade do cliente?
Petrobras, líder mundial em investimento
Publicado em 06-Jul-2010
Entra dia, sai dia, e os questionamentos sobre a Petrobras, suas descobertas no pré-sal, refinarias em construção, recordes de produção, investimentos, ação no exterior, não saem de cartaz - ou melhor, da mídia e das primeiras (páginas) dos jornalões. Em sua torcida contra e sempre muito aplaudida por aqueles que tentaram privatizar nossa maior estatal e não conseguiram - nem mudar o nome dela para Petrobrax, como tentaram, vingou - a imprensa faz contorcionismos para dar tudo sempre com um viés negativo.
Hoje anunciam que a empresa-orgulho nacional, com a exploração do pré-sal e as cinco refinarias que constrói ou amplia (no Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Rio) torna-se pelo terceiro ano consecutivo a campeã de investimentos entre as maiores petroleiras do mundo.
Nossa estatal programa investir este ano US$ 44 bi, 57% a mais, por exemplo, que a Exxon e a Shell separadamente (US$ 28 bi cada uma). O plano global recém aprovado prevê investimentos de US$ 224 bi no período de 2010/2014 - uma média de US$ 44,8 bilhões por ano.
Sindicalista dá de 10 a 0 em executivo tucano
Do total previsto, 95% serão aplicados no Brasil. Só a área de exploração e produção ficará com US$ 118,8 bi desse total, ou seja, a maior parte. Assim, mais da metade dos US$ 224 bi, vai para as áreas de prospecção e produção e o restante para as de refinarias, transporte, comercialização, gás, eletricidade e petroquímica.
Mas o que dizem os jornais? Que esses investimentos só serão viáveis se a empresa conseguir até setembro aprovar o seu plano de capitalização de US$ 50 bi. Isso é que é puxar para baixo! No que depender da mídia e do tucanato será difícil, porque eles estarãoas 24 hs do dia rabalhando para que ela não tenha êxito nessa empreitada.
Quer saber porque isso acontece? Porque, na prática, toda essa ação e planos de capitalização e investimento da Petrobras constituem a prova de que os sindicalistas no comando da estatal sabem administrar empresas de uma forma muito melhor que os doutores do tucanato. E estes, em sua parceria de sempre com a mídia, não se conformam.
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