domingo, 18 de julho de 2010

Uma agressão gratuita da SIP ao presidente - Por José Dirceu


Um ataque grosseiro, absurdo, absolutamente gratuito, essa declaração de Alejandro Aguirre, presidente da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), de que o presidente Lula "não pode ser chamado de democrático", é uma ameaça a democracia e tenta aprovar no Congresso leis que limitam a liberdade de imprensa.

A Venezuela, segundo o falatório de Aguirre é o país da América Latina onde mais claramente se expressa a tendência de interferência do governo na mídia. Já o que mais caracteriza do governo do presidente Lula, na opinião de Aguirre, é sua proximidade com os presidentes os governos de esquerda do continente - Hugo Chávez, da Venezuela, Evo Morales, da Bolívia e Cristina Kirchner, da Argentina (leia nota abaixo).

E o pior dessa história: A Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo ao darem guarida a esta declaração (e o Estadão a leva para manchete da 1ª página) sem a contestarem e sem questionarem o autor transformam-se em verdadeiros panfletos e retratam bem sua credibilidade - zero.

Que lei o presidente Lula tentou aprovar limitadora da liberdade de imprensa que, no Brasil, é garantida pela Constituição? Aguirre quer embasar suas declarações, ainda, na forma como é usada publicidade oficial e nas relações do governo do Brasil com os da Venezuela, Bolívia e Argentina.

O que há de errado na distribuição da publicidade oficial? Que ponto em torno de seu uso pode ser levantado como exemplo de antidemocrático? Pelo contrário, a grita é porque o governo descentralizou essa publicidade, há décadas despejada só nos grandes conglomerados de comunicação e agora, no governo Lula, distribuída igualitariamente pela mídia de todo o país, inclusive a do interior.

Sem comentários. Lula disse tudo

"Há uma premeditação para me tirarem da campanha, para impedir que eu ajude a Dilma. Querem me inibir para que eu finja que não a conheço. Até botaram uma procuradora no meio para fingir que eu não a conheço." A constatação é do presidente Lula, feita no cumprimento de "compromisso privado" (como constava em sua agenda), a participação no início da noite de ontem, no Rio, do primeiro comício de Dilma Rousseff, sua candidata, do governo, do PT e dos partidos aliados na sucessão na Presidência da República. Ao contrário do que querem fazer crer os jornais, a concentração foi um sucesso - a PM calculou em 15 mil o número de participantes.

Há uma premeditação para me tirarem da campanha, para impedir que eu ajude a Dilma. Querem me inibir para que eu finja que não a conheço. Até botaram uma procuradora no meio para fingir que eu não a conheço." A constatação é do presidente Lula, feita no cumprimento de "compromisso privado" (como constava em sua agenda), a participação no início da noite de ontem, no Rio, do primeiro comício de Dilma Rousseff, sua candidata, do governo, do PT e dos partidos aliados na sucessão na Presidência da República.

Ao contrário do que querem fazer crer os jornais, a concentração foi um sucesso - a PM calculou em 15 mil o número de participantes. Só o temporal que começou por volta das 19h fez parte do público ir embora. Foi o primeiro dos cinco grandes comícios organizado para Dilma ir ao encontro da população e há mais quatro programados para esse mês e o próximo, com a presença do presidente Lula: Recife (23/7); Curitiba (30 ou 31/7); Belo Horizonte (6 ou 7/8); e São Paulo (13 ou 14/8).

"Vou dizer - prosseguiu o presidente da República na Cinelândia - do fundo da minha alma: não tinha amizade por essa mulher até pouco tempo antes de entrar na Presidência. Ela ganhou a minha confiança. Ao indicar a Dilma é como se eu colocasse as minhas duas mãos no fogo, a minha alma em jogo. Sei da competência dela. Esta mulher com cara de anjo já foi torturada e tomou choque elétrico. Mas ela não guarda mágoa. Ela não quer viver o passado. Quer construir o futuro do Brasil".

Dilma, por sua vez, ironizou a indicação do vice adversário, escolhido como vocês se lembram, a fórceps e num processo marcado por uma trapalhada geral. "Meu vice (o presidente da Câmara, deputado Michel Temer, do PMDB-SP) não caiu do céu, não é improvisado. É competente e capaz".

Nesse encontro com o eleitorado carioca, ela reafirmou seu compromisso de continuar "trilhando o caminho que o presidente Lula ensinou", de continuidade às ações do atual governo. "Vou cumprir o legado que o presidente Lula nos deixou. Vamos seguir o caminho da transformação e da mudança", garantiu manifestando, também, sua confiança de que os brasileiros não permitirão a volta do "atraso, do desemprego, da estagnação e da desigualdade".


Obras da Copa, um cala-boca à oposição

O presidente Lula lança nesta 2ª feira (19) uma série de projetos para a modernização dos portos e aeroportos brasileiros para a Copa-14. O programa será lançado já com os prazos estabelecidos pela União e cidades-sedes para as obras.

Só a Infraero gastará mais de R$ 6 bi em 16 aeroportos - 12 deles em cidades-sede de jogos consumirão R$ 5,5 bi desse montante, sendo R$ 2 bi apenas no Aeroporto Internacional de São Paulo (Cumbica). O aeroporto de Brasília receberá R$ 748 milhões. O governo vai aplicar outros R$ 750 milhões na melhoria de portos, e abrirá uma linha de financiamento no valor de R$ 2 bi, via BNDES e fundos constitucionais, para a construção de novos hotéis.

Na cerimônia 2ª feira governantes dos Estados e cidades-sede assinarão termos aditivos ao contrato de responsabilidades que cada governo assinou em janeiro pp. para a realização das obras nos estádios e as relativas ao transporte urbano.

Agora, o governo federal formalizará os projetos para aeroportos e definirá a atribuição de cada governo a ser cumprida com dinheiro da União. O presidente Lula deve assinar na solenidade, também uma Medida Provisória (MP) autorizando a elevação do teto da dívida dos governos locais, para acelerar financiamentos.

O governo federal dá, assim, um cala-boca na oposição e na exploração que parte da mídia faz nos últimos dias, afirmando que estariam atrasadas ou "faltaria tudo" em relação as obras de preparação para o Brasil sediar a Copa de 2014.

Nenhum comentário:

Postar um comentário