segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Cães podem farejar câncer de intestino em fase inicial


Um estudo publicado nesta segunda-feira, no site da revista médica "British Medical Journal", aponta que os cachorros são capazes de detectar câncer de intestino, pelo olfato, com grande nível de precisão. Mas a doença precisa estar na fase inicial.

Com base nas pesquisas, os autores revelam a existência de componentes químicos correspondentes aos tipos de câncer específicos que circulam pelo corpo humano, e que um cão é capaz de farejar.

Isto abriria, conforme uma equipe de analistas do Departamento de Cirurgia da Universidade de Kyushu, no Japão, a possibilidade de desenvolver testes para detectar a doença antes de alcançar outras partes do corpo.

Para chegar a esta descoberta, foi feita uma experiência com um cachorro labrador adestrado, que realizou, durante vários meses, testes de olfato com amostras de sedimentos de um grupo de indivíduos.

As mostras pertenciam a 48 pessoas diagnosticadas com câncer de intestino e a 258 voluntários que não tinham a doença ou haviam tido câncer no passado.

Aproximadamente metade das amostras de voluntários procedia de pessoas com pólipos de intestino que, embora benignos, são considerados precursores de câncer de intestino.

Em 6% dos testes, uma de cada dez das mostras procede de pessoas afetadas com outros problemas intestinais, como doenças inflamatórias do intestino, úlceras, diverticulite e apendicites.

As de câncer de intestino foram extraídas de pacientes que padeciam de vários níveis da doença, entre os quais nas fases iniciais.

O cachorro identificou com sucesso quais eram cancerígenas, e quais não eram, em 33 de 36 testes e em 37 de 38 verificações a partir de sedimentos, com as maiores taxas de detecção entre as extraídas das pessoas que tinham a doença na fase inicial.

Isto equivale, segundo o estudo, a 95% de precisão, em geral, para as mostras e 98% no caso das dos sedimentos, frente aos resultados obtidos pelas colonoscopias (exame de câncer no intestino) convencionais.

Os analistas indicaram que as amostras de fumantes e pessoas com outro tipo de problema, nos quais poderia pensar que esses fatores interfeririam ou poderiam mascarar outros cheiros, não representaram nenhum problema para o cachorro.

O estudo mostrou que existem cheiros específicos discerníveis exalados pelas células cancerígenas do corpo, uma teoria apoiada por outras pesquisas que apontam os cachorros como capazes de farejar câncer de bexiga, pele, pulmão, mama e ovário.

Os autores admitem que a utilização de cachorros para detecção de câncer é pouco prática e cara. Eles acreditam que essa descoberta abre caminho para desenvolver um sensor capaz de identificar componentes específicos.

Folha.com

Turistas brasileiros não encontram vagas em voos para deixar Egito

Roberta Lopes*
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Turistas brasileiros estão com dificuldades para deixar o Egito antes da data marcada para a sua saída. Segundo informações do Ministério das Relações Exteriores, esses turistas não estão encontrando vagas nos voos. Aqueles que estão deixando o país em data previamente marcada não têm encontrado problemas.

Segundo o ministério, não há uma estimativa de quantos turistas brasileiros estão no Egito. A embaixada sabe que há cerca de 100 brasileiros vivendo no Cairo, capital do país, a maioria mulheres casadas com egípcios.

Sindicatos egípcios convocaram greve geral para hoje (31) para pressionar pela renúncia do presidente Hosni Mubarak, em meio aos mais intensos protestos no país em três décadas. A greve foi convocada nas cidades do Cairo, de Alexandria, Suez e Port Said. O governo anunciou a ampliação do toque de recolher até as 8h (4h em Brasília) desta terça-feira, de acordo com informações da BBC Brasil. Inicialmente, o toque de recolher deveria terminar no domingo (30).

Segundo a oposição, os protestos vão continuar até que haja uma ampla reforma política e econômica no Egito. Os manifestantes dizem aceitar um governo de transição e querem a convocação de eleições diretas e transparentes. Na área econômica, querem medidas para combater o desemprego e incentivar a economia.

Cerca de 50 mil manifestantes continuavam reunidos na praça Tahrir, no centro do Cairo, na manhã desta segunda-feira, cercados por tanques do Exército e desafiando o toque de recolher imposto pelo governo. Os militares estão evitando atacar os manifestantes.

Em alguns bairros do Cairo e de outras cidades, moradores montaram barricadas, armados com bastões e facões para proteger de saques e vandalismo.

Desde a última terça-feira (25), várias organizações populares estão a frente dos protestos no Egito. Eles querem a renúncia do presidente Hosni Mubarak, que está no poder há mais de 30 anos. Estimam-se que cerca de 100 pessoas morreram e 2 mil foram feridas durante confrontos entre os manifestantes, a polícia e o Exército.

Agência Brasil

Produção de petróleo bate recorde e chega a 2,18 milhões de barris/dia em dezembro



Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A produção média de petróleo no Brasil atingiu recorde em dezembro do ano passado totalizando 2,18 milhões de barris diários. Esse volume ultrapassa em 4,4% o registrado um mês antes (2,09 milhões de barris por dia). Já na comparação com dezembro de 2009, houve aumento de 9,1%.

Os dados fazem parte do Boletim da Produção de Petróleo e Gás Natural, divulgado hoje (31) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Ainda segundo a nota, o país também registrou em dezembro do ano passado recorde na produção de gás natural, totalizando aproximadamente 69 milhões de metros cúbicos por dia. O resultado aponta elevação de 4,5% em relação aos 66,2 milhões de metros cúbicos diários produzidos em novembro de 2010. Já na comparação com o mesmo período do ano anterior, o crescimento foi de 14,5%.

Os principais responsáveis pelos incrementos na produção foram os campos de Jubarte, Cachalote e Marlim, todos da Petrobras, localizados na Bacia de Campos.

O documento traz ainda informações sobre a produção no pré-sal, que também aumentou em dezembro, quando foram registrados 65,2 mil barris diários e 2,312 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural.

A agência informou também que a queima do gás caiu em cerca de 11,4% em relação a dezembro de 2009 e em 2% na comparação com novembro de 2010. Desse total, 79,23% foram queimados na fase de produção de petróleo e 20,77% na fase de exploração nos testes de longa duração (TLDs).

Os campos marítimos responderam por 91,4% da produção do petróleo e por 75,7% do gás natural produzidos no país.

Ainda de acordo com a nota da ANP, 92,53% da produção de petróleo e gás natural do Brasil são provenientes de campos operados pela Petrobras. Dos 20 maiores campos produtores de petróleo e gás natural, em barris de óleo equivalente, dois são operados por empresas estrangeiras: Frade (Chevron) e Ostra (Shell), na Bacia de Campos.


Agência Brasil

Déficit da previdência cai 4,5% em 2010



Daniella Jinkings
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A Previdência Social registrou, em 2010, déficit de R$ 44,3 bilhões. De acordo com o resultado do Regime Geral da Previdência Social (RGPS), apresentado hoje (31), houve queda de 4,5% em relação ao déficit de R$ 46,4 bilhões registrado em 2009. Os valores foram corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

A arrecadação líquida da Previdência foi de R$ 217,52 bilhões no último ano, o que representa um crescimento de 10,7% em relação a 2009. De acordo com o Ministério da Previdência Social, foi a maior arrecadação desde 2001.

Outro crescimento relevante se deu em relação ao pagamento de benefícios previdenciários, o maior desde 2006. O pagamento de benefícios totalizou R$ 261,87 bilhões em 2010, aumento de 7,8% em relação a 2009.

De acordo com o secretário de Políticas de Previdência Social, Leonardo Rolim, o aumento da arrecadação previdenciária “foi resultado do crescimento econômico, da geração de emprego e do aumento da renda dos trabalhadores”. Além disso, a previdência do setor urbano fechou o ano com superávit de R$ 14,9 bilhões, 77% a mais que em 2009. A receita foi de R$ 212,6 bilhões e a despesa com pagamento de benefícios, de R$ 197,7 bilhões.

Se nas cidades a Previdência Social arrecada mais do que paga em benefícios, no campo a situação é inversa. A previdência rural registrou déficit de R$ 52 bilhões em 2010. A arrecadação foi de R$ 4,9 bilhões, apenas 0,3% maior que a registrada em 2009. Porém, as despesas com pagamento de benefícios foram de R$ 55,3 bilhões, um crescimento de 7,3% sobre os gastos do ano anterior.

“A previdência urbana é superavitária. Os número foram os melhores da década no ano de 2010. A previdência rural, realmente, tem um déficit muito grande que, inclusive, tem crescido nos últimos anos. Nossa Constituição deixa claro que a previdência rural deve ser custeada não apenas com as contribuições previdenciárias, mas com as demais contribuições da seguridade social”, explicou Rolim.

O secretário também fez um comentário sobre o impacto que o aumento do salário mínimo pode provocar nas contas da Previdência. “O impacto do aumento de cada real na Previdência Social é de R$ 180 milhões. Para fazermos uma projeção dos resultados da Previdência, dependemos do valor do salário mínimo. Só depois de aprovada a medida provisória pelo Congresso é que poderemos ter uma estimativa de resultado para o ano.”

Agência Brasil

Na Argentina, Dilma fala em fortalecer a América Latina no século 21



Yara Aquino

Enviada Especial


Buenos Aires – Ao lado da presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, a presidenta brasileira, Dilma Rousseff, afirmou que fez questão de eleger o país vizinho como destino para a primeira viagem internacional por considerar que Brasil e Argentina são cruciais para transformar “o século 21 em século da América Latina”.

“E estou falando necessariamente em transformar os povos brasileiro e argentino e também os [demais] da América Latina”, disse Dilma hoje (31) em pronunciamento à imprensa, na Casa Rosada, sede do governo argentino.

O crescimento, aliado à inclusão social dos povos dos países latino-americanos, marcou o discurso das presidentas. Dilma disse se sentir em um momento especial na Argentina e afirmou que os dois países vão aprofundar vínculos para construir um mundo melhor na região.

Cristina Kirchner disse, por sua vez, que as duas mandatárias têm em comum a visão de que a inclusão social deve ter protagonismo na condução das políticas de Estado. “Nós duas achamos que o crescimento e a soberania de uma nação devem ter como protagonista a inclusão social. O crescimento econômico só é bom se atingir a todos por meio da educação, da moradia.”

As presidentas reafirmaram a proximidade entre Brasil e Argentina. Cristina Kirchner lembrou o caminho trilhado pelos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Néstor Kirchner (falecido no ano passado) para aprofundar as relações bilaterais. Agora, acrescentou, elas darão continuidade a essas ações.

“Eles constituíram um relacionamento diferente que deu frutos e deve ser aprofundado como falamos na reunião que tivemos a sós. Isso deve significar também o aprofundamento da integração produtiva entre Brasil e Argentina”, afirmou a presidenta argentina. Ao final do discurso, ela ressaltou que a união Brasil e Argentina será ainda maior.

Dilma afirmou que os acordos assinados entre os dois países, durante sua visita a Buenos Aires, reforçam os vínculos já existentes e que a cooperação vai beneficiar o Brasil e a Argentina. “Abrimos um caminho de cooperação para beneficiar as economias argentina e brasileira, a fim de criar uma integração de plataformas produtivas e de construir cada vez mais o bem-estar de nossos países.”


Agência Brasil

domingo, 30 de janeiro de 2011

Dilma governa sem discriminar adversários



Pela 3ª vez - já o havia feito durante a campanha eleitoral no ano passado e no discurso de posse no Congresso Nacional dia 1º pp. - a presidenta Dilma Rousseff externou a sua posição republicana de aceno à oposição, sua determinação de administrar sem discriminar governador, prefeito ou qualquer outro adversário político.

"Nós não fazemos distinção de governador, de prefeito, que seja de oposição ou de situação", disse a presidenta após encontro com o governador gaúcho, Tarso Genro, no Palácio Piratini, em Porto Alegre. Ela reforçou que em seu governo vai ter um bom relacionamento e fará parcerias com os governadores da oposição.

Que contraste com a forma de governar do tucanato de São Paulo e Minas Gerais! Que diferença de tratamento, em comparação com o conferido pelos governadores do PSDB paulista e mineiro aos prefeitos do PT nos dois Estados!

Nenhum centavo, nada de obra, repasse, convênio

É só conferir no Orçamento desses Estados, particularmente durante o governo de José Serra (2006-abril de 2010). Ano a ano, nos 16 que governam São Paulo (encaminham-se para completar 20 anos ) e nos 12 que, com Eduardo Azeredo e Aécio Neves governaram Minas (encaminham-se para 16 anos no Estado), prefeito do PT passou a pão e água. Nenhum centavo, nada de obra, repasse, convênio...

Aliás, a imprensa noticia amplamente que a administração Geraldo Alckmin nomeou um Secretário para Assuntos Metropolitanos, o deputado federal Edson Aparecido (PSDB-SP), da cozinha do governador, exatamente com o objetivo de organizar a oposição ao PT na região da Grande São Paulo.

É que o PT governa aí quase cinco milhões de habitantes e caminha para se consolidar nas eleições municipais de 2012 nos que já administra e em muitos outros dos 39 municípios que compõem a região metropolitana. Geraldo podia aproveitar e elaborar uma política metropolitana contra inundações. Ele está há quase 20 anos no governo e administra como se essa região não existisse.

Blog do Zé Dirceu

Berlusconi, uma caricatura latino-americana



O Brasil concedeu refúgio político ao escritor e ex-militante político Cesare Battisti, negando a extradição pedida pelo governo italiano. Battisti ainda está preso à espera da libertação a ser concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na volta do recesso a partir de 3ª feira próxima. Tudo decidido dentro do mais estrito respeito às leis. Mas, a Itália quer continuar a alimentar a polêmica.

Agora veio uma carta do presidente da Itália, Giorgio Napolitano, para a presidenta Dilma Rousseff cobrando uma decisão sobre o que já está decidido: pedindo a extradição de Césare Battisti. Na resposta a chefe do Estado brasileiro reitera que manterá a deliberação de seu antecessor, o presidente Lula, de conceder refúgio político e não extraditar o escritor.

Só pode ser mesmo coisa do governo direitista, neofascista do 1º ministro fanfarrão Sílvio Berlusconi! Cada vez mais o governo Berlusconi se parece com uma ditadura latino-americana, com um presidencialismo ditatorial e oligárquico.

Ele mantém controle e censura à mídia, usa o poder para fins pessoais e empresariais, aprova leis que eliminam a autonomia e independência do Judiciário e do Ministério Público, tudo para consolidar seu poder centralizador sobre a imprensa e favorecer os negócios de seu grupo empresarial e dos amigos.

Como vemos uma perfeita caricatura das antigas ditaduras familiares e oligárquicas latino-americanas.

Blog do Zé Dirceu

Mubarak e camarilha perto do fim


A tirania do presidente do Egito, Hosni Mubarack, e de sua camarilha, está no fim. Os povos árabes - particularmente sua juventude - acordaram e foram às ruas. Da Tunísia, duas semanas atrás, o rastilho de pólvora da insurreição popular alastrou-se pelo Egito, Iêmen, Jordânia, Argélia, Marrocos, Arábia Saudita...

No Cairo, o que assistimos ontem, foi uma revolta popular tão extensa e forte que o povo se misturou com os tanques. Acompanhei atentamente, aguardei, mas não vi uma condenação internacional dessa violência sem precedentes - lançar tanques contra o povo. Mas, lembrei-me das cenas dos tanques soviéticos invadindo Praga em 1968. Uma intervenção amplamente condenada pela mídia ocidental.


No Egito o povo não se intimidou

Enfrentou as tropas militares e policiais, não saiu das ruas e incendiou os símbolos do regime ditatorial exigindo a renúncia do ditador egípcio e o fim do domínio de sua família - seu filho, Gamal, já havia sido escolhido pelo pai como sucessor - sobre essa imensa nação e grande civilização.

As reinvidicações são claras e a renúncia do gabinete (de Mubarak) e a promessa de reformas não vão deter a luta pelos objetivos buscados pela ampla frente espontânea que reúne toda oposição nesse momento. Ela pede o fim do estado de emergência vigente desde 1981; a renúncia de Hosni Mubarak; convocação de eleições livres para o Parlamento depois da dissolução do atual; uma ampla reforma eleitoral; uma Assembléia Nacional Constituinte; e novas eleições presidenciais.

Como se vê uma agenda necessária, ampla e unitária, para por fim ao regime e não apenas reformá-lo, como pretendem os Estados Unidos. Eles financiaram sua existência e dão uma ajuda de US$ 1,5 bi por ano - US$ 45 bi nos últimos 30 anos - para manter exatamente as forças armadas e policiais que oprimem o povo egípcio e que ontem saíram às ruas obedecendo às ordens do ditador.

Chegou a hora dos regimes ditatoriais árabes!

Espero que essa imensa rebeldia popular não se esgote apenas na derrubada dos ditadores, mas que inicie uma época de mudanças em todos os países daquela região - começando pela feudal Arábia Saudita - e que realize amplas reformas econômicas e sociais para além da democracia.

Nossa torcida só pode ser para que estas rebeldias populares ponham um fim às ditaduras familiares e monárquicas, ao controle por pequenas minorias das riquezas do petróleo e possibilitem, inclusive, uma saída para a questão Palestina - que deve e precisa ser apoiada - e um reencontro entre os povos árabes.

Blog do Zé Dirceu

Algo de podre no sistema bancário-financeiro


Agora, depois da porta arrombada, governo, Banco Central (BC) e o sistema que o constitui correm atrás do prejuízo. O relatório do BC (leiam nota abaixo) já foi encaminhado à Polícia Federal (PF), que já abriu inquérito para investigar os crimes financeiros cometidos pelos executivos à frente do comando do PanAmericano até o fim do ano passado.

Mas, fica a pergunta que não quer calar, de jeito nenhum - ou melhor, várias perguntas -: como foi possível o BC, as empresas de auditoria, a Receita Federal, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) deixarem passar tudo isto? Que sistema possibilitou que todos estes órgãos não soubessem, ou fiscalizassem corretamente, ou não auditassem como deviam os balanços e a contabilidade do Banco PanAmericano?

Como e por que demoraram tanto tempo para descobrir isso, já que executivos do próprio banco admitem que estas práticas ocorriam já há 3 ou 4 anos?

Algo de podre acontece em nosso sistema de controle do BC, nas empresas de auditoria e no sistema bancário-financeiro em matéria de controle e fiscalização. Isto, e o silêncio cúmplice com o qual a mídia contempla a cobertura da nossa área bancária-financeira, explica tudo.

Blog do Zé Dirceu

Rombo do PanAmericano pode ser de R$ 4 bi



Estarrecedor, para dizer o mínimo, a quantidade de fraudes praticadas no Banco PanAmericano, do empresário Sílvio Santos, e o volume de dinheiro nelas envolvido. Não é nada dos R$ 2,5 bi inicialmente divulgados e que constituem o total concedido em novembro pp. pelo Fundo Garantidor de Crédito para cobrir o rombo.

As fraudes praticadas no PanAmericano podem atingir R$ 4 bi, apontam as últimas investigações!

Relatório preliminar do Banco Central (BC), reservado, mas ao qual o Valor Econômico teve acesso, aponta para desequilíbrio patrimonial de R$ 2,0786 bi no banco e de mais R$ 312,4 milhões na PanAmericano Administradora de Cartões de Crédito - só aí, R$ 2,39 bi somados.

Ao mesmo tempo, enquanto o banco de Sílvio informava ao BC um total de R$ 1,60 bi em carteiras de crédito cedidas, os bancos compradores dessas carteiras adiantavam que esse total era de R$ 5,59 bi. O PanAmericano também registrava informações conflitantes sobre essas carteiras em seus balanços.

Enquanto em alguns destes elas eram apresentadas como cedidas, em outros voltavam a fazer parte da carteira de créditos do banco, mas sem registro de recompra dos créditos. Resultado: por este relatório do BC os ativos inexistentes no balanço do banco, por causa dessas operações, somam R$ 1,4 bi

Blog do Zé Dirceu

Uma cruzada contra o Brasil


Uma ampla e articulada campanha, que nada tem de espontânea, consolida-se na mídia e quer que o Brasil corte gastos sociais, reduza salários, controle seu crescimento econômico e o aumento do emprego, da renda, e da demanda agregada. Querem sangue. Parece não estarem vendo o que está acontecendo no mundo. Verdadeira cruzada, esta campanha agora ganha destaque internacional com as afirmações contidas em relatório com cheiro de mofo do FMI. Objetivo? Quando o clamor popular se transformar em oposição ao governo, derrotá-lo nas urnas, ou nas já conhecidas campanhas cívicas moralistas. A última eleição, a campanha eleitoral do ano passado, foi um pequeno trailer disso.

Blog do Zé Dirceu

Brasil quer explorar as chamadas "terras raras"


Danielle Nogueira, O Globo

O Brasil está disposto a entrar em um mercado bilionário dominado pela China e que é fundamental para a produção de aparelhos de alta tecnologia, como laptops, iPods e até mísseis.

Técnicos do governo avaliam o potencial do país para explorar as chamadas terras raras, conjunto de 17 elementos químicos encontrados em jazidas minerais e que há até pouco tempo não passavam de siglas na tabela periódica.

A ideia é consolidar um programa de pesquisa e desenvolvimento para minerais estratégicos, entre eles terras raras, além de traçar uma radiografia dos consumidores nacionais e identificar potenciais produtores.

Assim, o governo pretende retomar a atividade - que hoje não representa sequer 1% da produção mundial - num segmento em que o país já foi líder global.

Hoje, os chineses respondem por 97% da produção internacional, com 120 mil toneladas por ano.

Blog do Noblat

Área ocupada por favelas encolheu nos últimos 2 anos


Natanael Damasceno, O Globo

A área ocupada por favelas na cidade está diminuindo.

A constatação é de técnicos do Instituto Pereira Passos, que analisaram um levantamento aerofotográfico do Rio. Realizado pela prefeitura, o trabalho revela que, pelo segundo ano consecutivo, as comunidades perderam terreno.

De acordo com os técnicos, as imagens mostram que cerca de 392 mil metros quadrados de terrenos ocupados de forma irregular foram recuperados nos dois últimos anos. Um espaço equivalente a 47 campos de futebol, bem distribuído por todas as áreas da cidade.

Segundo o prefeito Eduardo Paes, o fato é inédito e seria uma consequência direta da política de reassentamento de famílias que moram em áreas de risco.

Blog do Noblat

Os primeiros 30 dias - Marcos Coimbra


Faz sentido avaliar o primeiro mês de um governo? É possível tirar alguma conclusão de apenas 30 dias de trabalho?

Pela nossa experiência, esse começo pode ou não ser relevante. Às vezes, nele já são perceptíveis as principais características que o governo terá. Em outras, as coisas mudam tanto pelo caminho que ninguém nem se lembra do início.

O balanço deste começo de governo Dilma é claramente positivo. Ela confirma o que se esperava que faria de bom e surpreende de maneira sempre favorável. Até seus desafetos ficam com dificuldade de criticá-la.

Todos tinham a expectativa de que seu governo fosse de continuidade, mesmo quem não a desejava. Havia sido esse o compromisso que ela e Lula assumiram antes e durante a campanha, e não honrá-lo depois da eleição seria uma quebra de palavra.

A permanência de vários ministros e a ausência de anúncios bombásticos de novas políticas nunca foram problemas para a presidenta e seu governo. Apesar da incompreensão de parte de nossa “grande imprensa”, era isso que a opinião pública esperava que fizesse. Surpresa seria se ela se recusasse a continuar a trabalhar com seus antigos colegas de ministério e se achasse que era preciso começar do zero nas políticas de governo (algo que nem Serra faria se tivesse ganho).

Mas Dilma está dando à ideia de continuidade um conteúdo inesperado. Tudo que fez até agora mostra que, mantendo seu espírito, ela vai além da continuidade mecânica, em que as coisas ficam congeladas, imutáveis. Como se não pudessem ser melhoradas.

Veja-se o caso da educação, que andou na berlinda nas últimas semanas, em função das confusões do SiSU. Aparentemente, nela teríamos uma continuidade ortodoxa, pois permaneceu o ministro e foi mantida a política.

Mas o que vemos é que Dilma está fazendo, na educação, uma continuidade que se poderia chamar crítica. O ministro lá está, a política não mudou, mas, ao mesmo tempo, muita coisa ficou diferente.

Os problemas do SiSU não foram maiores que outros parecidos, na educação ou em outras áreas. Mas é possível que o MEC nunca tenha sido tão cobrado quanto neste mês de janeiro. A razão é que, no Planalto, estava alguém que não se satisfez com a explicação de que o ocorrido era “normal”.

Esse tipo de continuidade tem alguns pré-requisitos. Em primeiro lugar, exige uma instância acima dos ministros capaz de acompanhar o que cada um faz, em base cotidiana. Em segundo, que esteja disposta a intervir celeremente, antes que os problemas aumentem. Em terceiro, que tenha autoridade e energia para consertar equívocos e demitir responsáveis.

Tudo isso aconteceu no MEC em apenas 30 dias, prazo no qual, no passado recente, nada teria acontecido, pois todos (presidente, ministro e equipe) estariam ainda “tomando pé das coisas”. Ninguém cobraria de ninguém o que Dilma cobrou de Fernando Haddad e do ex-presidente do Inep (defenestrado por causa das antigas trapalhadas no Enem e das novas no SiSU0.

No episódio, temos o lado bom da continuidade (pois o fato do ministro ter permanecido tornou mais fácil a solução) e um estilo próprio de levá-la a cabo. Dilma continua com parte da equipe e o estoque de programas que herdou de Lula, aprovados pela quase unanimidade do país. Mas os dirige à sua maneira, corrigindo rumos e trocando pessoas sempre que achar necessário (e vai achar mesmo, pois se mantém informada sobre aquilo que o governo faz).

Há quem se queixe de que Dilma está “confinada” no Planalto, que só se preocupa com reuniões internas, relatórios e em sabatinar auxiliares. Que é “séria demais” e que dá pouca atenção à imprensa e ao lado festivo da Presidência.

Nada disso é problema para a opinião pública. Quem votou nela não a imaginava igual a Lula no comportamento pessoal. Quem não, apenas quer que ela trabalhe.

São apenas 30 dias, mas marcaram um bom começo.

Marcos Coimbra é sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi

Blog do Noblat

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Governo Central registra superávit de R$ 78,9 bilhões em 2010


Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil

Brasília – As contas do Governo Central (Banco Central, Tesouro Nacional e Previdência Social) registraram superávit de R$ 78,966 bilhões em 2010 e cumpriram a meta estabelecida para o ano, de 2,15% em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), com ajuda da capitalização da Petrobras e da retomada do crescimento econômico. Os números foram divulgados hoje (28) pelo Tesouro Nacional.

O resultado do ano ficou em 2,16% do PIB e é superior em 0,92 ponto percentual ao do ano anterior. Em 2009, o resultado do Governo Central ficou em R$ 39,436 bilhões ou 1,24% do PIB.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, comemorou o resultado. “A meta de 2010 para o Governo Central está cumprida. Cumprimos a meta cheia. Agora, em relação aos estados e municípios, não acredito que eles vão cumprir totalmente e vai faltar alguma coisa para completar os 3,1% [do PIB], que se dará com uma parte do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento]”, disse ao deixar o ministério com destino a São Paulo.

O resultado de todo o setor público só deverá ser conhecido na próxima segunda-feira (31) quando os números serão divulgados pelo Banco Central.

Mantega destacou ainda que o resultado representa uma melhoria do governo. Segundo ele, em 2009 e 2010, o governo fez o que o Fundo Monetário Internacional (FMI) sugeriu: uma política de combate à crise com o aumento de investimentos e gastos para poder recuperar o país.

O ministro disse ainda que o governo vai cumprir a meta cheia de 2011 de 3% do PIB para o setor público consolidado.


Agência Brasil

Reformas política e tributária devem ser aprovadas ainda em 2011, prevê petista


Em entrevista à TV Câmara nesta quarta-feira (26), o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) afirmou que caberá ao Congresso brasileiro a missão de entregar à população brasileira as reformas política e tributária.

De acordo com o petista, que assume na próxima semana a liderança do partido na Câmara, este é um momento estratégico para a discussão, já que existe uma convergência entre a base aliada e a oposição sobre a necessidade e urgência das duas reformas.
"Estes são os dois grandes temas do Congresso Nacional para a legislatura que se inicia semana que vem. Sabemos que estes dois temas são uma prioridade para a presidenta Dilma, mas é importante ressaltarmos que esta é uma missão para o Parlamento e não para o Executivo resolver", afirmou.

De acordo com o Paulo Teixeira, há pesquisas que revelam que cerca de 80% dos parlamentares desejam as duas reformas. "Temos que aproveitar essa grande oportunidade de convergência para dar conta desta importante pauta para o País", complementou Paulo Teixeira.

O parlamentar explicou que a reforma política deverá ser incremental, aproveitando os aspectos positivos e descartando os negativos. "Queremos fazer mudanças que garantam racionalidade ao processo eleitoral brasileiro, a partir do acúmulo que existe no Brasil. Não podemos alterar todo o sistema político para cair no desconhecido. Temos que manter aspectos positivos e alterar os negativos, para fortalecer todo os sistema político', disse.

Já sobre a reforma tributária, Paulo Teixeira espera que as mudanças assegurem uma tributação mais justa, que estimule a contratação de trabalhadores formais. "Nossa tributação desestimula a contratação de pessoas. Temos que ver onde a tributação é ineficiente, e melhorá-la", acrescentou.

www.ptnacamara.org.br

Petista teme “AI 5” mineiro que calaria a Assembléia Legislativa


Texto publicado no site do PT de Minas Gerais

O governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia (PSDB), assinou na última semana a Lei delegada 182 que determina a criação de 1.314 cargos comissionados no Estado. Isso significa um impacto anual na folha de R$ 54 milhões, segundo informou a secretária de Planejamento do Estado, Renata Vilhena. Essa é uma das quatro leis delegadas já editadas pelo governador. Mais uma vez, os tucanos no poder em Minas Gerais se utilizam do resquício do regime militar chamado de Lei Delegada para governar do jeito que sabem: muito poder e dinheiro concentrado nas mãos do governo, imprensa calada e a sociedade muda.

A Lei Delegada é enviada pelo governador à Assembleia Legislativa de forma que, se aprovada, os deputados estaduais abrem mão da sua função de fazer e editar leis para que ele crie leis sem ser impedido. Assim, do alto da sua prática antidemocrática, Anastasia pode promulgar e editar leis como bem quiser. Mas essa não é uma atitude isolada do governador, esse é o modo tucano de agir em Minas Gerais. O ex-governador Aécio Neves em seus dois mandatos implementou a Lei Delegada e editou mais de 130 leis, governando como bem quis.

Para a surpresa da oposição, o governador Anastasia já promulgou quatro novas leis delegadas que novamente modificam o aparato do Estado. A bancada do PT votou contra e está trabalhando para que essas leis sejam revogadas com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade
(Adin) contra o projeto de resolução do Executivo. “Eles modificaram a máquina administrativa do Estado em desfavor dos servidores públicos que foram muito prejudicados. Hoje nós temos servidores que valem mais que o outro. Aqueles que são apadrinhados pelo governador tucano ganham mais e trabalham menos do que aqueles que não são”, afirmou o deputado líder da bancada do PT, Rogério Correia.

Dentre as novas leis promulgadas, Anastasia cria um Escritório de Prioridades Estratégicas ligado diretamente ao seu gabinete. “Com esse escritório ele cria um Estado paralelo com toda a estrutura que já existe no Estado, o que nos faz pensar que faz parte do plano tucano de transformar Aécio Neves em presidente do Brasil, usando mais uma vez o dinheiro público e o aparato do Estado”, disse Rogério. Com relação à função do novo escritório, o líder do PT afirma que não passa de um espaço para apadrinhar mais tucanos dentro da máquina.
“Queremos saber o que esse escritório vai discutir, além de fazer política por politicagem e guardar lá seus apadrinhados; vai ficar discutindo o que é prioridade, e não é estratégia, e o que é estratégia e não é prioridade”, ironizou o deputado.

De acordo com a lei, o governador só pode editar e criar novas leis delegadas até o dia 31 de janeiro, porém, com alguns ganchos, não é assim que funciona: dentro das leis ele coloca adendos que podem ser modificados durante os quatro anos de governo. “Parece que para os tucanos o céu é o limite. Ele coloca nas leis artigos dizendo que ele poderá fazer decretos-leis para aperfeiçoar aquilo que ele já modificou. Ou seja, ele vai continuar governando de forma ditatorial sem a Assembleia Legislativa”, alerta o líder da bancada. Rogério disse que lembra a ditadura militar o que o chefe do Executivo está fazendo em Minas. “Ficamos preocupados. Já são quatro leis, a ditadura militar fez quatro atos institucionais, o quinto foi o que fechou o Brasil. Nós estamos com medo do “AI 5” do Anastasia fechar a Assembleia Legislativa. A base dele não está preocupada com isso, mas nós que gostamos da democracia estamos muito preocupados”, alerta Correia.

Para salvar e ajudar as vítimas das chuvas no norte de Minas, o governador não se preocupou em editar ou criar leis, pelo contrário, só ofereceu R$ 3 milhões de ajuda do Estado e foi pedir mais R$ 70 milhões para a presidenta Dilma. “Se o governador utilizasse os 54 milhões que vão para os novos cargos comissionados, ele sanaria os problemas das enchentes, mas além de criar novas leis ele não presta esclarecimentos dos gastos”, disse o deputado.

O PTMG irá fazer uma serie de reportagens sobre as novas leis delegadas do governo tucano.

Saiba mais sobre o Diretório do PT em Minas Gerais: http://www.ptmg.org.br/

Maria do Rosário pede explicação a FHC sobre arquivos da ditadura



A ministra da Secretaria dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, rebateu declarações do ex-presidente, Fernando Henrique Cardozo, para quem os arquivos da ditadura já não existem mais. “A primeira coisa que pretendo fazer é uma pergunta, respeitosamente, ao ex-presidente Fernando Henrique. Li nos jornais esta semana que o ex-presidente disse que não existem arquivos. Preciso saber exatamente se houve alguma destruição no período dele, que ele tenha tomado conhecimento”, afirmou Maria do Rosário.

Ela participou da cerimônia alusiva ao Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, realizada em Porto Alegre, com a presença da presidenta Dilma Rousseff.

Na última terça (25), FHC disse ser a favor da abertura dos arquivos, mas que “não vão achar nada”. O ex-presidente afirmou que os militares teriam informado que não existem mais documentos. “Essa é a questão mais grave. Pode ser que descubram documentos. Mas, oficialmente, pode abrir à vontade que não vão achar nada”, afirmou FHC, que alegou ter assinado por engano o decreto que prolongou por 50 anos o sigilo sobre os arquivos.

Segundo Maria do Rosário, as declarações de FHC são relevantes. “Se ele como ex-presidente diz que não existem, é muito preocupante”, disse a ministra. Questionada pela reportagem do iG, ela negou estar cogitando a possibilidade de que os arquivos tenham sido destruídos. “Não cogito. Mas ao ouvir o ex-presidente, gostaria de saber porque ele fez um pronunciamento dizendo que não existem arquivos”, respondeu.

A ministra defendeu a quebra do sigilo sobre documentos da ditadura militar, “como forma de conciliação nacional”, e disse que não existem mais divisões internas no governo federal. “Não existem duas posições de governo. Os ministérios dos Direitos Humanos, da Defesa e da Justiça seguem a linha e a concepção da presidenta. Encerramos qualquer etapa de cisão. Vamos trabalhar juntos e encontrar soluções para os problemas nacionais”, completou.

Último Segundo

Não haverá cortes no PAC e economia vai continuar crescendo, diz Dilma


A presidenta Dilma Rousseff declarou, nesta quinta-feira (27), durante o anúncio da doação de seis mil moradias pelo programa Minha Casa, Minha Vida para os desabrigados da região serrana do Rio de Janeiro, que o governo manterá o controle da inflação e que o país continuará crescendo. “Não negociaremos com a inflação e vamos manter a economia crescendo sistematicamente”, enfatizou.

Ela afirmou também que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) não sofrerá cortes ou interrupção de verbas para que o governo federal atinja a meta de superávit primário.

"Nós não vamos, nós não vamos, vou repetir três vezes, nós não vamos contingenciar o PAC. Nós não vamos contingenciar o PAC", disse Dilma,referindo-se a um termo técnico usado para tratar de bloqueio de recursos.

Tema recorrente nos discursos da presidenta, a redução da desigualdade voltou a ser abordada por ela. “Um país só é, de fato, rico, se formos capazes de reduzir a desigualdade regional e a desigualdade social. Essa redução é uma combinação entre uma taxa determinada de crescimento econômico e políticas de governo”, explicou.

No evento, em um breve discurso, Dilma afirmou que tragédias como a do Rio de Janeiro, não podem voltar a acontecer. “Não podemos deixar que se repitam catástrofes dessa dimensão. Nós todos temos, hoje, ainda mais, conhecimento do que é necessário fazer para evitar isso”.

À noite, em Porto Alegre (RS), durante cerimônia alusiva ao Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, Dilma classificou o genocídio nazista como “uma das mais lamentáveis violências do homem contra o homem na história da Humanidade”. Segundo a presidente, “o holocausto abriu no mundo uma determinada prática de trato do opositor político que consiste, em calá-lo, mas não apenas silenciá-lo ou derrotá-lo em uma guerra, trata-se de reduzi-lo, através da tortura, da dor e da morte lenta, como aquela praticada nos campos de concentração”. Assista.

Holocausto

Após cumprir agenda no Rio de Janeiro, a presidenta Dilma Rousseff foi a Porto Alegre (RS) participar da cerimônia alusiva ao Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. Na ocasião, a presidenta homenageou o povo judeu que, segundo ela, soube manter viva a integridade, por meio de uma resistência cultural e religiosa vibrante e insubordinável.

“O holocausto não é nem nunca será só um momento histórico. O holocausto abre no mundo uma determinada prática de trato do opositor político, que consiste em calá-lo, mas não apenas silenciá-lo, trata-se silenciá-lo através de sua redução a sub-humanidade, através da tortura, da dor e da morte lenta (…). Não se confunda o dever da memória com a passividade da simples lembrança. A memória expressa a firme determinação de impedir que a intolerância e a injustiça se banalizem no caminho da humanidade”, disse.

A presidenta Dilma lembrou que o povo brasileiro, endossado pela Constituição Federal e as legislações a ela associadas, rejeita qualquer tipo de discriminação e de preconceito e celebra a primazia dos Direitos Humanos sobre quaisquer outros direitos. A presidenta foi clara ao reafirmar o compromisso de seu governo como um incansável defensor desse valores de igualdade, dignidade humana e respeito aos direitos humanos.

Em seu discurso, a presidenta lembrou as seis milhões de vítimas do holocausto e declarou que não é mais possível que o mundo aceite o ódio, a xenofobia e a intolerância. Segundo ela, o Brasil é exemplo pela diversidade de seu povo e a convivência pacífica e harmônica no território nacional.

A presidenta lembrou que desde 1948 o país defende junto à ONU a paz no Oriente Médio e reafirmou que o Brasil continuará pensando na paz e negociando pela paz e pelos direitos humanos, guias de seu governo.

“Nós não somos um povo que odeia, que respeita o ódio. Eu tenho a honra de dar continuidade a um governo que lutou nos últimos oito anos pela afirmação da paz, em especial no Oriente Médio (…). Nós acreditamos que é nosso dever não compactuar com nenhuma forma de violação dos direitos humanos em qualquer país, inclusive o nosso”, disse.

PT

Escândalo no TCU sai com discrição na FSP



Nada de manchete na 1ª página. Não deste escândalo. Ao contrário do que faz com as decisões do Tribunal de Contas da União (TCU) contra o governo, a mesma Folha de S.Paulo que denunciou que o presidente do órgão, Benjamin Zymler, recebeu R$ 228 mil por palestras e cursos em órgãos públicos por ele fiscalizados, hoje coloca o assunto só em suas páginas internas.

Benjamin Zymler continuou atuando em processos de interesse dos contratantes e, registra a Folha de S.Paulo, em sessão com seus pares ontem à tarde, disse não ver conflito, incompatibilidade, ou ilegalidade nas palestras e cursos que ministrou, no dinheiro que recebeu e na continuidade do julgamento de processos relacionados aqueles que o pagaram.

O escândalo que envolve o tribunal, considerado o maior ninho de tucanos no país - por isso mesmo, uma usina de decisões contra o governo Lula nos últimos 8 anos - sequer é registrado nos outros jornais. Já a Folha o noticiou pelo 2º dia consecutivo, mas uma das soluções para evitar esse tipo de conflito ético, por exemplo, foi para o pé, o finalzinho da matéria de hoje.

Ela está expressa na nota em que a União dos Auditores Federais de Controle Externo propõe a adoção de algumas medidas para evitar conflito de interesse, como limitar o exercício de "magistério" por membros dessas atividades em "escolas de governo, para treinamentos de gestores e servidores de órgãos públicos".

Blog do Zé Dirceu

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Quadrilha aplicava golpe do DPVAT


Dois advogados e um empresário, acusados de fazerem parte de uma quadrilha que aplicava o golpe do seguro obrigatório - indenização para vítimas de acidentes de trânsito - foram presos na tarde de anteontem em Juiz de Fora, na Zona da Mata. O grupo é suspeito de se apropriar indevidamente de seguros e indenizações liberados pelo Estado.

Segundo o delegado Rodolfo Rolli, na foto acima, as investigações tiveram início a partir de denúncias de pelo menos pessoas que se entraram com o pedido de indenização, através do escritório Assistência às Famílias Vítimas de Trânsito (Afavat), em Juiz de Fora, mas que não receberam os valores liberados. A polícia suspeita que o número de vítimas seja maior e o prejuízo, milionário.

Após investigações, os advogados Domingos Savio de Gusem, de 50 anos, e Alexandre Freitas Silva, de 31, foram presos em um escritório de advocacia, no centro de Juiz de Fora, durante o cumprimento de mandados de busca, apreensão e prisão temporária, na tarde de anteontem. O empresário, Sandro Ricardo Moreira Alves dos Santos, de 38 anos, também foi preso.

A polícia investiga ainda a participação de uma escrivã da Polícia Civil de Juiz de Fora no esquema. Ela foi afastada das atividades."Essa escrivã autenticava papéis que não eram da competência dela, como laudos de exame de corpo delito e documentos do SUS para eles", disse o delegado.

As quatro vítimas que acionaram a polícia de Juiz de Fora contaram que procuraram o escritório em busca da obtenção de indenizações do seguro. Mas, após conseguirem sentenças favoráveis, os advogados não avisam os clientes. " Como as vítimas assinavam procurações, os valores iam direto para contas particulares dos envolvidos ou para a conta do escritório", explicou Rolli. O valor somado das quatro ações, segundo ele, chega a R$ 200 mil.

Suspeita-se de que o grupo age também em São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro, já que uma grande quantidade de documentos apreendidos no local podem ser de vítimas de outros Estados. Outros advogados envolvidos são procurados pela polícia.

Apreensão
Foram apreendidos computadores e uma grande quantidade de papéis e documentos. "Cerca de 99% dos processos do escritório tratavam de seguro DPVAT. O curioso é que pelo menos oito deles eram de vítimas da Bahia, onde há escritório de DPVAT, mas os processos eram impetrados em Juiz de Fora", afirmou o delegado.

Os envolvidos podem responder por estelionato, apropriação indevida, formação de quadrilha e falsificação de documentos públicos e particulares. Nenhum representante da Afavat foi encontrado para falar do assunto.

Super Notícia

Folha perde a liderança em circulação


Por Altamiro Borges
Depois de 24 anos de hegemonia absoluta, o jornal Folha de S.Paulo perdeu a liderança de maior periódico em circulação no país. A informação, que deve ter tirado o sono da famiglia Frias e de alguns dos seus “calunistas” de plantão, foi divulgada na coluna “Em pauta”, do boletim Meio & Mensagem desta segunda-feira (24).
Segundo explica, ainda faltam alguns dados relativos a dezembro para que o Instituto Verificador de Circulação (IVC) feche seu balanço com o desempenho dos jornais brasileiros em 2010. Mas, nos números já finalizados, a principal novidade é a perda de liderança da Folha, que era o diário de maior circulação no país desde 1986.
Crescimento dos jornais “populares”
Embora já tivesse perdido a liderança em alguns meses, esta foi a primeira vez que o jornal sucumbiu no consolidado de um ano. O topo do ranking em 2010 foi do Super Notícia, título popular de Belo Horizonte. Enquanto a Folha manteve estabilidade, na casa dos 294 mil exemplares por edição, o Super Notícia cresceu 2%, atingindo média de 295 mil.
Meio & Mensagem publicou o ranking dos dez jornais de maior circulação em 2010 e suas respectivas médias por edição:
1º) Super Notícia: 295.701;
2º) Folha de S. Paulo: 294.498;
3º) O Globo: 262.435;
4º) Extra: 238.236;
5º) O Estado de S. Paulo: 236.369;
6º) Zero Hora: 184.663;
7º) Meia Hora: 157.654;
8º) Correio do Povo: 157.409;
9º) Diário Gaúcho: 150.744;
10º) Lance: 94.683.
Algumas razões do declínio
O declínio da Folha, que é consistente há vários anos – o jornal já chegou a ter um milhão de exemplares nas edições de domingo nos anos 1980 –, tem várias causas. A principal, que afeta toda a mídia impressa, no Brasil e no mundo, é o forte crescimento da internet, que permite maior volume de informações e maior interatividade e retira leitores dos jornalões tradicionais.
Fruto do florescimento desta nova mídia também houve a multiplicação, no mundo inteiro, dos jornais gratuitos e “populares”, a preços mais acessíveis. Os próprios monopólios midiáticos têm investindo neste novo filão para compensar a perda de leitores nos diários decadentes. São estes títulos “populares” que hoje explicam o tímido aumento da circulação de jornais no país.
Há ainda a perda de credibilidade da velha mídia. O sociólogo Emir Sader fala em “crise de moral” e o jornalista Pascual Serrano, em “crise de identidade”. A Folha, com seu falso ecletismo, engole seu próprio veneno. Ao qualificar a ditadura brasileira de “ditabranda” ou publicar uma ficha policial fajuta de Dilma Rousseff, ela é descartada por seus leitores mais críticos. Azar dela!

(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.


Blog do Miro e Conversa Afiada

ProUni bate recorde e tem mais de 1 milhão de inscritos

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Programa Universidade para Todos (ProUni) registrou um recorde de inscrições — ao todo, 1.048.631 alunos concorrem a 123.170 bolsas de estudo, sendo 80.520 integrais e 42.650 parciais (50% da mensalidade). Os números, de acordo com o Ministério da Educação, superam os 822 mil registrados no ano passado — a maior marca até então.

Para participar do ProUni, é preciso ter cursado todo o ensino médio em escola pública ou estabelecimento privado com bolsa integral. É necessário ainda ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2010 e atingido o mínimo de 400 pontos na média das cinco provas e não ter tirado zero na redação.

O candidato pode escolher até três cursos, elegendo uma prioridade. A lista dos pré-selecionados em primeira chamada será divulgada na próxima sexta-feira (28). Esses estudantes deverão comprovar informações nas instituições de ensino até 4 de fevereiro. No dia 11 de fevereiro, será divulgada a lista dos pré-selecionados em segunda chamada, com prazo de comprovação de documentos até 17 de fevereiro.

Caso ainda haja bolsas disponíveis, o Ministério da Educação abrirá um novo período de inscrições entre os dias 21 e 24 de fevereiro, com divulgação da primeira lista de pré-selecionados em 27 de fevereiro. Quem já tiver conseguido uma bolsa na primeira etapa de inscrições não poderá participar da disputa.

Agência Brasil

Em visita à Argentina, Dilma conversa com Cristina Kirchner, reúne ministros e visita museu


Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A presidenta Dilma Rousseff inaugura sua agenda internacional no próximo domingo (30) ao chegar a Buenos Aires (Argentina) por volta das 18h30. Na segunda-feira (31), Dilma cumprirá uma intenso dia de compromissos. Pela manhã, ela se reúne com a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, em seguida haverá uma reunião ampliada com ministros argentinos e brasileiros.

Antes do almoço no dia 31, Dilma e Cristina assinam uma série de atos de parceria e, por fim, fazem uma declaração conjunta à imprensa. Assessores da presidenta brasileira negociam para que ela consiga visitar o Museu da Memória – construído em homenagem às vítimas da ditadura da Argentina (1976-1983). Só em Buenos Aires, há três monumentos em homenagem às vítimas do período militar.

Na Argentina, Dilma consolidará o estilo da política externa do seu governo, baseado na valorização das relações regionais e da América do Sul, em especial. A ideia é negociar a ampliação das parcerias nas áreas de energia elétrica e nuclear, projetos de desenvolvimento social e tecnologia digital, assim como investimentos no setor de mineração.

A visita à Argentina será a primeira viagem da presidenta ao exterior dando início a uma série que inclui o Peru, em fevereiro, Paraguai e Uruguai, em março. Para a visita a Buenos Aires, Dilma estará acompanhada por uma comitiva de ministros e assessores de várias áreas – economia, desenvolvimento social, energia, tecnologia e relações exteriores.

Antes de voltar para o Brasil, no começo da noite de segunda-feira (31), Dilma deve visitar o Museu da Memória Aberta construído no antigo prédio da Escola de Mecânica Armada, onde funcionava um centro de tortura em Buenos Aires. O local era um dos mais temidos pelos críticos e resistentes à ditadura. Essa visita, porém, está apenas planejada e não confirmada.

Organizações de direitos humanos da Argentina estimam que cerca de 30 mil pessoas, incluindo jovens e crianças, desapareceram na ditadura. Um dos movimentos mais famosos no mundo é o liderado pelas Mães e Avós da Praça de Maio. São mulheres que defendem a punição dos envolvidos no período da ditadura e buscam informações sobre filhos e netos desaparecidos.

No último dia 10, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, reuniu-se com a presidenta argentina e nove ministros. As autoridades do Ministério do Planejamento da Argentina informaram que os governos dos dois países devem aprovar propostas para avançar na construção do complexo hidrelétrico de Garabi – entre Corrientes (Argentina) e o estado do Rio Grande do Sul. A meta é que as obras comecem 2012 e futuramente sejam gerados 2,9 mil megawatts.

O comércio entre Brasil e Argentina é intenso e só em 2010 registrou US$ 32,9 bilhões – favoráveis ao Brasil. Desde o final do ano passado, os argentinos vivem um período conturbado da economia. Pouco antes da passagem do ano, houve registros de desabastecimento de combustíveis nos postos de gasolina e também falta de alguns tipos de mercadorias nas prateleiras dos supermercados, assim como ocorreram apagões.

Agência Brasil

Belo presente para São Paulo


Não podia ser melhor. No dia em que a capital comemorava seus 457 anos, a Petrobras anunciou nova descoberta de óleo de boa qualidade nos reservatórios do pré-sal, no poço Carioca-Nordeste, na Bacia de Santos. Com isto, o Estado receberá mais royalties no futuro para investir em São Paulo em educação, saúde, cultura, inovação e, principalmente, em infraestrutura.

Seus governantes, atuais e futuros, quando os royalties chegarem ficam na obrigação de aplicar maciçamente nessa área e minorar a tragédia em que a cidade vive há décadas, passando por inundações praticamente todos os anos na temporada das chuvas de verão. As de agora castigam São Paulo já há dois meses e provocaram quase 30 mortes, as quatro últimas na noite do domingo.

Para isto é preciso que suas autoridades passem a dar prioridade ao social, o que todos nós sabemos, não é o forte dos tucanos que se encaminham para 20 anos à frente do governo do Estado - Geraldo Alckmin é governador pela 3ª vez - e de seus parceiros de governo, como o DEM do prefeito paulistano Gilberto Kassab. O prefeito continua DEM-PSDB até março próximo, depois vai mudar para o PMDB.

A cegueira dos que fazem oposição por oposição

É preciso que se preocupem não apenas com déficits, cortes de gastos e de investimentos, e contingenciamentos orçamentários, marcas tão comuns de todos os governos tucanos, e executem efetivamente as obras antienchentes que há anos mantém no papel. Ou, como no caso dos parceiros Gilberto Kassab/Geraldo Alckmin/José Serra, aplicam menos da metade do que destinam originalmente nos orçamentos anuais.

A descoberta da Petrobras, por outro lado, só reforça nossa posição reiteradas vezes registrada aqui nesse blog, de que todo esforço do governo, legal, administrativo, ou financeiro, seja do Orçamento da União, seja do BNDES para apoiar a empresa é bem vindo e pouco, dada sua importância para nossa economia e para o país estrategicamente.

Só não vê quem não quer, quem torce contra o Brasil ou, por puro despeito, faz oposição por oposição ao governo do PT.

Blog do Zé Dirceu

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Deu no jornal hoje



Três semanas à frente do Palácio da Liberdade e o governador tucano Antônio Anastasia já decidiu inchar a máquina pública de Minas com mais 1.314 cargos comissionados (de preenchimento sem concurso) nos próximos quatro anos, 60% deles de nomeação imediata, já neste 2011.


A decisão de Anastasia, que se reproduz a cada início de governo, e praticamente em todos os Estados do país, reproduz a falta que fazem as reformas política e administrativa que ponham em vigor a posição que temos e defendemos no PT desde a Assembléia Nacional Constituinte de 1988: que estes cargos de confiança sejam preenchidos por funcionários de carreira, concursados.

Em Minas, o acréscimo de funcionários sem concurso na máquina representa 7% no total de comissionados no Estado. Deve ser o "choque de gestão" criado pelo ex-governador, agora senador eleito Aécio Neves (PSDB-MG).

Deve ser coisa do "choque de gestão" criado por Aécio

Preenchimento de cargos sem concurso publico, publicidade/propaganda excessivas às custas do erário público e legislar (governar) por decreto são marcas da gestão Aécio e de governos tucanos em geral.

Aliás, seu tal choque de gestão, "vendido" a todo o país como fórmula miraculosa de governar, nada mais é do que demissão de funcionários, enxugamento de máquina pública e corte de gastos e investimentos, principalmente nas áreas sociais, obsessões tucanas.

Foi adotado aqui em São Paulo, ainda que sem esse nome, pelo ex-governador José Serra (PSDB), assumida e orgulhosamente também pela governadora Yeda Crusius (PSDB) no Rio Grande do Sul e onde mais houve ou há governo tucano.

Em tempo: eu sei que Minas tem um novo Centro Administrativo Tancredo Neves, mas continuo escrevendo o nome da antiga sede do governo, Palácio da Libderdade, porque liberdade é algo arraigado no DNA mineiro.

Blog do Zé Dirceu

André Mehmari e Hamilton de Holanda tocam "Gismontipascoal"

La Jornada: Partido único nos Estados Unidos


O grande romancista e ensaísta Gore Vidal repetiu durante anos: temos um só partido, um partido essencialmente do empresariado estadunidense, com duas alas de direita, uma chamada os democratas, outra chamada os republicanos .E como para comprovar o que disse o escritor, esta semana, o presidente Barack Obama, nomeou a Jeffrey Immelt, executivo-chefe da mega-empresa multinacional General Electric (GE) para encabeçar uma comissão executiva para propor iniciativas a fim de gerar empregos.
Na semana passada, Obama nomeou William Daley - ex- alto executivo do banco J.P. Morgan Chase que como secretário de Comércio de Bill Clinton foi o principal promotor do Tratado de Livre Comércio da América do Norte- como seu novo chefe de gabinete. Todo analista e o noticiário ressaltou as movimentações como uma mensagem de amizade com a cúpula empresarial e financeira do país.

O senhor Obama indicou que depois de dois anos em que sua resposta à crise econômica e seu impulso à lei da saúde o definiram diante de muitos eleitores como um liberal de grande governo, agora busca refazer-se como um progressista pragmático amistoso com os negócios, reportou o New York Times.Immelt, republicano, autorizou mais de 10 milhões em contribuições de sua empresa para atos comemorativos do centenário do nascimento de Ronald Reagan cuja administração impulsionou a reforma neoliberal que muitos economistas, inclusive seu ex-chefe de orçamento, David Stockman, criticam por detonar a crise crônica da dívida e o déficite fiscal desse país durante os últimos 30 anos.

Em seu informe anual à nação programado para a próxima terça-feira, segundo o que a Casa Branca divulgou aos meios de comunicação, Obama enfatizará a competitividade dos Estados Unidos e ressaltará o papel do setor privado na geração de emprego e na promoção do comércio internacional. Para isso, oferecerá ainda mais incentivos às empresas, incluindo possivelmente mais reduções de impostos, e promovendo a aprovação de mais tratados de livre comércio, especificamente os pendentes com a Coreia do Sul e o Panamá.

Sua mensagem ao Congresso, terá uma ênfase diferente ao enfrentar uma maioria republicana no controle da câmara que reduz sua margem de manobra política para propor iniciativas de estímulo econômico através de maior gasto governamental. Enquanto isso, Obama e sua equipe estão somando-se à posição empresarial, e à liderança do Partido Republicano, ao identificar o déficite fiscal e a dívida nacional como o tema de maior prioridade no país.

Por sua vez, duas famosas figuras do Partido Democrata, os recém-eleitos governadores Jerry Brown, da Califórnia, e Andrew Cuomo, de Nova Iorque, declararam guerra aos funcionários públicos, inclusive ao professorado, ao afirmar que o pagamento de pensões, benefícios de saúde e outras obrigações são o inimigo da política fiscal sadia e que reduzi-los ou anulá-los é a única maneira de superar os enormes déficites que enfrentam os governos estaduais e municipais, posições aplaudidas pela cúpula empresarial.

Ou seja, segundo essa visão, os funcionários públicos, os professores, os desempregados, os que mais necessitam de assistência econômica, são os culpados pelo déficit e a dívida e os financistas e empresários que se encarregaram, junto com os políticos neoliberais, de levar o país a este desastre, são os que se encarregarão de resgatar o país… do desastre que eles provocaram.

Embora tanto Obama e seus democratas como a liderança republicana insistam em que promovem a redução do gasto público e não aumentar impostos porque o povo o exige, as pesquisas comprovam quase o oposto. Esta semana uma sondagem da CBS News/New York Times registrou que a maioria se opõe às reduções nos gastos para programas sociais básicos como o Seguro Social ou Medicare (o programa de seguro de saúde para os idosos), e até estão dispostos a aceitar mais impostos para manter viáveis esses programas.

Isto apesar de que também uma maioria prefere maiores reduções nos gastos do governo que um incremento de impostos para resolver o déficite. De fato, 55 por cento é a favor da redução da despesa pública cortando fundos para o Pentágono. Ou seja, o contrário do que propõem as cúpulas políticas dos dois partidos.

Talvez isto explique por que amplas maiorias não confiam nos líderes de nenhum dos dois partidos diante desta crise. Una pesquisa do Pew Research Center feita no mês passado registrou que 72 por cento estão insatisfeitos com as condições nacionais, que quase seis em cada 10 pessoas creem que está aumentando o fosso entre pobres e ricos enquanto que poucos creem que os políticos em Washington resolverão os problemas para o bem das maiorias.

Na última pesquisa desse mesmo instituto sobre o tema, em abril do ano passado, somente 22 por cento confiavam no governo. A taxa de aprovação do Congresso permaneceu em torno de 25 por cento durante os últimos anos. A pesquisa da CBS News registra que 52 por cento opinam que Obama não tem as mesmas prioridades dos entrevistados.

Isto é, os representantes do povo em Washington, de ambos os partidos, simplesmente não representam as opiniões do povo nem compartilham seus interesses. As grandes diferenças sobre política econômica que supostamente distinguem um partido do outro estão desaparecendo e cada dia se torna mais claro que há uma palavra de ordem para a cúpula política em Washington: o que é bom para os empresários é bom para o país. Não se necessita mais do que um partido para expressar isso.

Portal Vermelho

O medo que os conservadores têm de ruptura na nossa economia


Menos de uma semana após o Banco Central aumentar a taxa Selic, voltaram à cena - ou continuam - as velhas políticas ortodoxas sobre inflação, poupança e investimentos, juros e gastos públicos, cantadas em verso e prosa por nossa midia. Basta ver artigos, editoriais e matérias em O Globo e no O Estado de São Paulo no fim de semana.

Seus arautos querem mais juros, uma meta de inflação menor e mais investimentos e poupança. Tudo isso num cenário de crise internacional e de guerra cambial e comercial, com os Estados Unidos e a Europa ainda em marcha lenta na recuperação de suas economias e a China a nos pressionar com uma avalanche de investimentos e produtos subsidiados, quando não protegidos por operações de dumping.

Nesse cenário pregar que nossa economia deve crescer menos e criar menos vagas formais, para evitar o pleno emprego, como defendem José Roberto Mendonça de Barros - um dos expoentes do tucanato - em artigos que publica frequentemente na Folha e no Estadão (neste, um artigo ontem), e outros economistas, equivale a não realizar as reformas e mudanças conceituais que precisamos para encarar os novos tempos da economia mundial.

Contradição, incoerência e desastre

O que precisamos, de fato, é fazer a reforma tributária. E aprofundar as melhorias na gestão pública, priorizar a educação e a inovação, aprofundar a agenda tecnológica e da política industrial, dar continuidade aos investimentos do PAC e as concessões, agora de aeroportos.

Não podemos, ao mesmo tempo, tomar medidas para combater a valorização do câmbio e aumentar os juros, já que elas se anulam. Da mesma maneira nunca devíamos cortar gastos públicos e elevar a taxa Selic (de juros básicos, desde a semana passada elevada para 11,25%), já que esta alta amplia as despesas com o serviço da dívida interna, o que anula o esforço fiscal do corte de gastos.

Assim, o corte será mesmo insuficiente se restrito à área do custeio administrativo, e a situação passa a exigir o impossível do ponto de vista político e social: o corte nos gastos sociais e o congelamento dos salários e benefícios da previdência social, quando não do salário mínimo.

Blog do Zé Dirceu

A revisão da compra de navios


Da Folha

Após caças, Dilma revê compra de navios

Negócio para patrulha oceânica estimado em R$ 10 bilhões será revisto pela presidente por conta de aperto fiscal

Programa da Marinha tem como principal foco a proteção das áreas do pré-sal; não há prazo para decisão do governo

VALDO CRUZ
DE BRASÍLIA
IGOR GIELOW
SECRETÁRIO DE REDAÇÃO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Depois da compra de caças da FAB, agora é a vez de um grande programa da Marinha entrar em reavaliação pelo governo Dilma Rousseff por conta da situação fiscal do país. Trata-se da aquisição de 11 navios para patrulha oceânica, um negócio estimado em R$ 10 bilhões.

Dilma pediu para reavaliar o programa, que vinha sendo tocado pelos almirantes desde o meio do ano passado.

São cinco navios-patrulha oceânica de 1.800 toneladas, mais cinco fragatas de escolta e um navio de apoio logístico. No foco, a proteção das áreas do pré-sal.

Conforme a Folha adiantou na semana passada, Dilma pediu para deixar gastos com a compra de pelo menos R$ 10 bilhões em caças pela Aeronáutica para 2012.

Ela está preocupada com a sinalização de mais gastos em momento de contenção de despesas, e na questão de imagem -tal anúncio logo após a mortandade no Rio poderia soar mal.

Assim, Nelson Jobim passa pelo segundo revés seguido após ficar na Defesa.

Parte de seu sucesso como ministro, efetivamente o primeiro a ter poder político sobre as Forças em 11 anos de pasta, passa pela "entrega" das promessas aos militares.

As duas decisões, segundo assessores de Dilma, não significam perda de prestígio de Jobim no Planalto.

A presidente avalia como fundamental o trabalho do ministro, mas acredita que, neste momento, é preciso reavaliar todo tipo de gasto.

Não há dúvidas, por exemplo, sobre a necessidade dos navios no futuro próximo. Mas havia dúvidas sobre a rapidez do processo, que já estava em fase de avaliação final pela Marinha.

Nos bastidores, franceses reclamaram que o processo favorecia os italianos porque, além dos navios de patrulha, foram incluídos no pacote barcos auxiliares que eles não previam construir.

Inicialmente, a empresa francesa DCNS só oferecia fragatas, na esperança de fazer parte do maior do acordo militar Brasil-França de 2009, que comprou mais de R$ 20 bilhões em submarinos e helicópteros.

O problema é que com a questão do terrorista Cesare Battisti, que Lula recomendou ficar no Brasil no último dia de seu governo, o Parlamento italiano retaliou negando-se a ratificar um acordo militar que permitiria a transferência tecnológica desejada para os navios, essencial para o negócio.

O acordo deve acabar saindo, mas por ora os italianos estão desabilitados.

Ainda assim, na Marinha há resistência à entrada dos franceses, que já têm suculentos pedaços do mercado militar naval brasileiro.

No acordo Brasília-Paris, toda a frota submarina futura do Brasil será de origem da mesma DCNS, um acerto de cerca de R$ 20 bilhões.

Aumentam as chances de britânicos, com um produto consagrado, e alemães, com a experiência de intercâmbio tecnológico com a Marinha.

Italianos e britânicos seguem fortes. Correm por fora os sul-coreanos, que têm uma oferta atrativa, mas cuja distância dos estaleiros implica custos na entrega dos primeiros navios.

A Marinha espera colocar no acordo que parte da construção das fragatas será no país, mas sabe que as primeiras unidades virão de fora obrigatoriamente.

Blog do Luis Nassif

As corvetas suecas



Duas corvetas suecas stealth da classe “Visby”, HMS Helsingborg and HMS
d, já estão em serviço na Royal Swedish Navy, como parte da Terceira Flotilha, baseada em Karlskrona.

Construídas pela Kockums, as “Visby” incorporam tecnologias stealth para operações litorâneas. Suas características têm atraído a atenção de outras Marinhas. Os navios são construídos com fibra de carbono.

Elas agora fazem parte da força de reação rápida da Suécia, projetadas primariamente para operar no Báltico, embora possam participar também de missões internacionais em zonas litorâneas.

Graças às suas características avançadas, as “Visby” são muito difíceis de detectar por radar, sonar e por infravermelho, oferecendo com isso muitas vantagens táticas. Como nas aeronaves stealth, esses navios têm a vantagem de detectar outros navios de guerra primeiro e por isso podem atirar primeiro (ver o segundo vídeo abaixo).

As “Visby” são alvos difíceis de serem travados por mísseis antinavio e podem escapar de ataques mais facilmente em nuvens de chaff.

Mas é possível às “Visby” sair do modo “stealth” em operações internacionais, a fim de mostrar bandeira por instantes e depois “desaparecer” em seguida.

http://www.naval.com.br/blog/2010/01/24/duas-visby-ja-estao-operacionais/

Blog do Luis Nassif

Lula, por André Singer e Gianotti

Por Eugênio José Zoqui

Bom dia Nassif e Leitores,

Vale a pena ver a análise do Legado Lula por José Arthur Giannotti e André Singer feita pelo Instituto Moreira Salles:

A chamada foi no Estadão

Ver em http://vimeo.com/17894116

Gostaria também de fazer um pequeno comentário. Logo no início o Prof Giannotti argumenta que pode-se criar uma classe média "mixa" mais preocupada com seu cotidiano. É uma pena ouvir isto deste renomado cientista social, uma vez que a ascensão das classes E e D para a classe média, alcançada nos últimos anos, ainda é pouca diante do desafio. Ser esta classe média mixa, preocupada com a escola das crianças, a prestação da casa e a violência das cidades ainda é sonho para quem se preocupa com simples sobrevivência. É triste e pobre esta análise, oriunda mais do preconceito intelectual de classes do que da análise da realidade. É esta a raiz da incompreensão da sociedade pelo PSDB e pelo Prof Giannotti. É sempre a análise da senzala pelo olhar da casa grande.

Comentário

Me lembra os tempos de militância juvenil, em que se dizia que dar esmola atrasava a revolução.

Desentendimento: lulismo (Bloco 01) from IMS - Instituto Moreira Salles on Vimeo.



Blog do Luis Nassif

Bill Withers - Ain't No Sunshine

O aniversário de Tom Jobim



Por Xeine

Quem faz aniversário junto com São Paulo???

O maior músico que o Brasil já teve!

Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim

by wikipédia

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B4nio_Carlos_Jobim

Antônio Carlos JobimOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim (Rio de Janeiro, 25 de janeiro de 1927 — Nova Iorque, 8 de dezembro de 1994), mais conhecido como Tom Jobim, foi um compositor, maestro, pianista, cantor, arranjador e violonista brasileiro.

É considerado um dos maiores expoentes da música brasileira e um dos criadores do movimento da bossa nova. É praticamente uma unanimidade entre críticos e público em termos de qualidade e sofisticação musical.



Biografia

Nascido no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro, Tom mudou-se com a família no ano seguinte para Ipanema, onde foi criado. A ausência do pai, Jorge de Oliveira Jobim, durante a infância e adolescência lhe impôs um contido ressentimento, desenvolvendo no maestro uma profunda relação com a tristeza e o romantismo melódico, transferido peculiarmente para as construções harmônicas e melódicas. Aprendeu a tocar violão e piano em aulas, entre outros, com o professor alemãoHans-Joachim Koellreutter, introdutor da técnica dodecafônica no Brasil.

Vida pessoal

No dia 15 de outubro de 1949, Antônio Carlos Jobim casou-se com Thereza de Otero Hermanny (1985), com quem teve dois filhos, Paulo (n. 1950) e Elizabeth (1957).

Em 30 de abril de 1986,[1] ele casou-se com a fotógrafa e vocalista da Banda Nova, Ana Beatriz Lontra,[2] que tinha a mesma idade de sua filha Elizabeth. Tom e sua segunda esposa tiveram dois filhos juntos, João Francisco (1979-1998[3][4]) e Maria Luiza (1987).[5]

Declarou em entrevista à TV Globo, em 1987, que o Rio de Janeiro onde viveu sua infância era muito diferente do Rio que se encontrava na época da entrevista.

Trajetória profissional

Pensou em trabalhar como arquiteto, chegando a cursar o primeiro ano da faculdade e até a se empregar em um escritório, mas logo desistiu e resolveu ser pianista. Tocava em bares e boates em Copacabana, como no Beco das Garrafas no início dos anos 1950, até que em 1952 foi contratado como arranjador pela gravadoraContinental, onde trabalhou com Sávio Silveira. Além dos arranjos, também tinha a função de transcrever para a pauta as melodias de compositores que não dominavam a escrita musical. Datam dessa época as primeiras composições, sendo a primeira gravada "Incerteza", uma parceria com Newton Mendonça, na voz de Mauricy Moura.

Depois da Continental, foi para a Odeon. Entretanto, não tinha tanto tempo para se dedicar à composição, que lhe interessava mais. É nesse época que compõe alguns sambas, em parceria de Billy Blanco: Tereza da Praia, gravada por Lúcio Alves e Dick Farney pela Continental (1954), Solidão e a Sinfonia do Rio de Janeiro. Tereza da Praia o primeiro sucesso. Depois disso, ocorreram outras parcerias, como com a cantora e compositora Dolores Duran, na canção Se é por Falta de Adeus.

Em 1956 musicou a peça Orfeu da Conceição com Vinícius de Moraes, que se tornou um de seus parceiros mais constantes. Dessa peça fez bastante sucesso a canção antológica Se Todos Fossem Iguais a Você, gravada diversas vezes. Tom Jobim fez parte do núcleo embrionário da bossa nova. O LP Canção do Amor Demais (1958), em parceria com Vinícius, e interpretações de Elizeth Cardoso, foi acompanhado pelo violão de um baiano até então desconhecido, João Gilberto. A orquestração é considerada um marco inaugural da bossa nova, pela originalidade das melodias e harmonias. Inclui, entre outras, Canção do Amor Demais, Chega de Saudade e Eu Não Existo sem Você. A consolidação da bossa nova como estilo musical veio logo em seguida com o 78 rotações Chega de Saudade, interpretado por João Gilberto, lançado em 1959, com arranjos e direção musical de Tom, selou os rumos que a música popular brasileira tomaria dali para frente. No mesmo ano foi a vez de Sílvia Telles gravar Amor de Gente Moça, um disco com 12 canções de Tom, entre elas "Só em Teus Braços", "Dindi" (com Aloysio de Oliveira) e "A Felicidade" (com Vinícius).

Tom foi um dos destaques do Festival de Bossa Nova do Carnegie Hall, em Nova York em 1962. No ano seguinte compôs, com Vinícius, um dos maiores sucessos e possivelmente a canção brasileira mais executada no exterior: "Garota de Ipanema". Nos anos de 1962 e 1963 a quantidade de "clássicos" produzidos por Tom é impressionante: "Samba do Avião", "Só Danço Samba" (com Vinícius), "Ela é Carioca" (com Vinícius), "O Morro Não Tem Vez", "Inútil Paisagem" (com Aloysio), "Vivo Sonhando". Nos Estados Unidos gravou discos (o primeiro individual foi The Composer of Desafinado, Plays, de 1965), participou de espetáculos e fundou sua própria editora, a Corcovado Music.

O sucesso fora do Brasil o fez voltar aos EUA em 1967 para gravar com um dos grandes mitos americanos, Frank Sinatra. O disco Francis Albert Sinatra e Antônio Carlos Jobim, com arranjos de Claus Ogerman, incluiu versões em inglês das canções de Tom ("The Girl From Ipanema", "How Insensitive", "Dindi", "Quiet Night of Quiet Stars") e composições americanas, como "I Concentrate On You", de Cole Porter. No fim dos anos 1960, depois de lançar o disco Wave (com a faixa-título, Triste, Lamento entre outras instrumentais), participou de festivais no Brasil, conquistando o primeiro lugar no III Festival Internacional da Canção(Rede Globo), com Sabiá, parceria com Chico Buarque, interpretado por Cynara e Cybele, do Quarteto em Cy. Sabiá conquistou o júri, mas não o público, que vaiou ostensivamente a interpretação diante dos constrangidos compositores.

Aprofundando seus estudos musicais, adquirindo influências de compositores eruditos, principalmente Villa-Lobos e Debussy, Tom Jobim prosseguiu gravando e compondo músicas vocais e instrumentais de rara inspiração, juntando harmonias do jazz (Stone Flower) e elementos tipicamente brasileiros, fruto de suas pesquisas sobre a cultura brasileira. É o caso de "Matita Perê" e "Urubu", lançados na década de 1970, que marcam a aliança entre sua sofisticação harmônica e sua qualidade de letrista. São desses dois discos Águas de Março, Ana Luiza, Lígia, Correnteza, O Boto, Ângela. Também nessa época grava discos com outros artistas, como Elis e Tom, com Elis Regina, Miúcha e Tom Jobim e Edu e Tom, com Edu Lobo.

Valendo-se ainda do filão engajado da pós-ditadura, cantou, ainda que com uma participação individual diminuta, no coro da versão brasileira de We are the world, o hit americano que juntou vozes e levantou fundos para a África ou USA for Africa. O projeto Nordeste Já (1985) abraçou a causa da seca nordestina, unindo 155 vozes num compacto, de criação coletiva, com as canções Chega de mágoa e Seca d´água. Elogiado pela competência das interpretações individuais, foi no entanto criticado pela incapacidade de harmonizar as vozes e o enquadramento de cada uma delas no coro.

Túmulo de Tom Jobim no Cemitério São João Batista, RJ

Em 1987, lançou Passarim, obra de um compositor já consagrado, que pode desenvolver seu trabalho sem qualquer receio, acompanhado por uma banda grande, a Banda Nova. Além da faixa-título, Gabriela, Luiza, Chansong, Borzeguim e Anos Dourados (com Chico Buarque) são os destaques. Em 1992 foi enredo da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira. Seu último álbum, Antônio Brasileiro, foi lançado em 1994, pouco antes da sua morte, em dezembro, de parada cardíaca, quando estava se recuperando de um câncer de bexiga no Hospital Mount Sinai, em Nova Iorque.[6]

Algumas biografias foram publicadas, entre elas Antônio Carlos Jobim, um Homem Iluminado, de sua irmã Helena Jobim, Antônio Carlos Jobim - Uma Biografia, de Sérgio Cabral, e Tons sobre Tom, de Márcia Cezimbra, Tárik de Souza e Tessy Callado.

Antônio Carlos Jobim era doutor «honoris causa» pela Universidade Nova de Lisboa / Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, por volta de 1991.

O Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro foi renomeado Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão - Antônio Carlos Jobim ' junto ao Congresso Nacional por uma comissão de notáveis, formada por Chico Buarque, Oscar Niemeyer, João Ubaldo Ribeiro, Antônio Cândido, Antônio Houaiss e Edu Lobo, criada e pessoalmente coordenada pelo crítico Ricardo Cravo Albin.[carece de fontes]

Composições consagradas[editar]Discografia[editar]Álbuns de estúdio[editar]Solo

* http://bits.wikimedia.org/skins-1.5/vector/images/bullet-icon.png?1); padding: 0px;"> The Composer of Desafinado, Plays (Verve, 1963)
* Antonio Carlos Jobim (Elenco, 1964), reedição brasileira do álbum acima, com capa e título diferentes.
* The Wonderful World of Antonio Carlos Jobim (Warner, 1964)
* A Certain Mr. Jobim (Warner, 1965)
* Antonio Carlos Jobim (Elenco (de Aloysio de Oliveira), 1965)
* Wave (A&M/CTI, 1967)
* Stone Flower (CTI, 1970)
* Tide (A&M/CTI, 1970)
* Matita Perê (Philips, 1973)
* Jobim (MCA, 1973), reedição estadunidense do álbum acima, com capa e título diferentes. A diferença é que contém uma faixa a mais: "Waters of March".[7]
* Urubu (Warner, 1975)
* Terra Brasilis (Warner, 1980)
* Passarim (PolyGram, 1987)
* Antonio Brasileiro (Columbia, 1994)
* Inédito (BMG, 1995)

Com parcerias ou como contribuidor

* http://bits.wikimedia.org/skins-1.5/vector/images/bullet-icon.png?1); padding: 0px;"> O Pequeno Príncipe (Festa, 1957), um audiolivro cuja trilha sonora foi composta por Jobim.
* Sinfonia do Rio de Janeiro (Continental, 1954), parceira com Billy Blanco.
* Orfeu da Conceição (Odeon, 1956)
* Canção do Amor Demais - Elizete Cardoso (Festa, 1958)
* Amor de gente moça - Silvia Telles (Odeon, 1959)
* Chega de Saudade - João Gilberto (Odeon, 1959)
* Por tôda a minha vida - Lenita Bruno (Festa, 1959)
* Brasília - Sinfonia da Alvorada (Columbia, 1960)
* O Amor, o Sorriso e a Flor - João Gilberto (Odeon, 1960)
* João Gilberto - João Gilberto (Odeon, 1961)
* Getz/Gilberto - Stan Getz, João Gilberto (Verve, 1963)
* Jazz Samba Encore! (MGM/Verve, 1963)
* Caymmi Visita Tom (Elenco, 1965), parceria com Dorival Caymmi e seus filhos, Danilo Caymmi, Dori Caymmi e Nana Caymmi
* Garota de Ipanema - vários intérpretes (Philips, 1967), trilha sonora do filme homônimo.
* Francis Albert Sinatra & Antonio Carlos Jobim (Reprise, 1967)
* The Adventurers (Paramount, 1970), trilha sonora do filme homônimo.
* Sinatra & Company - Frank Sinatra e Antonio Carlos Jobim (Reprise, 1971)
* Elis & Tom (PolyGram, 1974), parceria com Elis Regina.
* Miucha & Antonio Carlos Jobim - vol. I (RCA, 1977), parceria com Miúcha.
* Miucha & Tom Jobim - vol. II (RCA, 1979), parceria com Miúcha.
* Edu & Tom (PolyGram, 1981), parceria com Edu Lobo.
* Gabriela (RCA, 1983), trilha sonora original do filme Gabriela, Cravo e Canela.
* O Tempo e o Vento (Som Livre, 1985)

Compactos

* http://bits.wikimedia.org/skins-1.5/vector/images/bullet-icon.png?1); padding: 0px;"> Disco de bolso - O Tom de Tom Jobim e o tal de João Bosco (Zen Editora, 1972)

Álbuns ao vivo

* http://bits.wikimedia.org/skins-1.5/vector/images/bullet-icon.png?1); padding: 0px;"> Tom, Vinicius, Toquinho, Miucha - gravado ao vivo no Canecão, Rio de Janeiro (Som Livre, 1977)
* Rio Revisited - Tom Jobim & Gal Costa (Verve/Polygram, 1989)
* Tom Canta Vinícius (Universal, 2000)
* Em Minas ao Vivo: Piano e Voz (Biscoito Fino, 2004)
* Ao Vivo em Montreal (Biscoito Fino, 2007)

Compilações

* http://bits.wikimedia.org/skins-1.5/vector/images/bullet-icon.png?1); padding: 0px;"> Antonio Carlos Jobim: Composer (Warner, 1995)
* Sinatra-Jobim Sessions (WEA, 1979)
* Meus Primeiros Passos e Compassos (Revivendo, 1997)
* Raros Compassos (Revivendo, 2000), lançado em três volumes.

Álbuns de tributo

* http://bits.wikimedia.org/skins-1.5/vector/images/bullet-icon.png?1); padding: 0px;"> The Antonio Carlos Jobim Songbook (Verve, 1994) - interpretado por vários artistas, como Ella Fitzgerald, Oscar Peterson e Dizzy Gillespie, incluindo algumas músicas de álbuns que Tom Jobim participou, como o álbum Getz/Gilberto e The Composer of Desafinado, Plays.
* Jobim Sinfônico (Biscoito Fino, 2002) - OSESP
* Songbook Antonio Carlos Jobim (Lumiar, 1996) - interpretado por vários artistas e lançado em 5 volumes.

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