
Nada de manchete na 1ª página. Não deste escândalo. Ao contrário do que faz com as decisões do Tribunal de Contas da União (TCU) contra o governo, a mesma Folha de S.Paulo que denunciou que o presidente do órgão, Benjamin Zymler, recebeu R$ 228 mil por palestras e cursos em órgãos públicos por ele fiscalizados, hoje coloca o assunto só em suas páginas internas.
Benjamin Zymler continuou atuando em processos de interesse dos contratantes e, registra a Folha de S.Paulo, em sessão com seus pares ontem à tarde, disse não ver conflito, incompatibilidade, ou ilegalidade nas palestras e cursos que ministrou, no dinheiro que recebeu e na continuidade do julgamento de processos relacionados aqueles que o pagaram.
O escândalo que envolve o tribunal, considerado o maior ninho de tucanos no país - por isso mesmo, uma usina de decisões contra o governo Lula nos últimos 8 anos - sequer é registrado nos outros jornais. Já a Folha o noticiou pelo 2º dia consecutivo, mas uma das soluções para evitar esse tipo de conflito ético, por exemplo, foi para o pé, o finalzinho da matéria de hoje.
Ela está expressa na nota em que a União dos Auditores Federais de Controle Externo propõe a adoção de algumas medidas para evitar conflito de interesse, como limitar o exercício de "magistério" por membros dessas atividades em "escolas de governo, para treinamentos de gestores e servidores de órgãos públicos".
Blog do Zé Dirceu
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