sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Escândalo no TCU sai com discrição na FSP
Nada de manchete na 1ª página. Não deste escândalo. Ao contrário do que faz com as decisões do Tribunal de Contas da União (TCU) contra o governo, a mesma Folha de S.Paulo que denunciou que o presidente do órgão, Benjamin Zymler, recebeu R$ 228 mil por palestras e cursos em órgãos públicos por ele fiscalizados, hoje coloca o assunto só em suas páginas internas.
Benjamin Zymler continuou atuando em processos de interesse dos contratantes e, registra a Folha de S.Paulo, em sessão com seus pares ontem à tarde, disse não ver conflito, incompatibilidade, ou ilegalidade nas palestras e cursos que ministrou, no dinheiro que recebeu e na continuidade do julgamento de processos relacionados aqueles que o pagaram.
O escândalo que envolve o tribunal, considerado o maior ninho de tucanos no país - por isso mesmo, uma usina de decisões contra o governo Lula nos últimos 8 anos - sequer é registrado nos outros jornais. Já a Folha o noticiou pelo 2º dia consecutivo, mas uma das soluções para evitar esse tipo de conflito ético, por exemplo, foi para o pé, o finalzinho da matéria de hoje.
Ela está expressa na nota em que a União dos Auditores Federais de Controle Externo propõe a adoção de algumas medidas para evitar conflito de interesse, como limitar o exercício de "magistério" por membros dessas atividades em "escolas de governo, para treinamentos de gestores e servidores de órgãos públicos".
Blog do Zé Dirceu
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