Acompanho, como todo o Brasil, com muita tristeza e apreensão, a tragédia que assola hoje o Rio de Janeiro, com maior gravidade em três cidades de sua região serrana, com 114 mortos em consequência de deslizamentos de encostas e soterramentos provocados pelas fortes chuvas que caem no Estado.
É desoladora a dimensão que as consequências das chuvas, atinge no Estado. Nesse quadro dantesco do Rio, o que chama a atenção é a fragilidade e o despreparo dos governos nos três níveis - municipal, estadual e federal. De uma vez por todas precisamos iniciar já as obras contra enchentes que só têm ficado no papel ou nos orçamentos. É preciso um esforço imediato - agora, antes que a tragédia venha a se repetir - que leve ao início da remoção de toda a população moradora em áreas de risco.
O drama se repete ano a ano - com maior força no Rio e em São Paulo - e nós continuamos com o grave problema de o país, à raríssimas exceções, não contar com uma defesa civil que mereça esse nome. Sem demérito de se reconhecer o heroísmo dos bombeiros e garis, dos servidores públicos, policiais civis e PMS, particularmente em sua ação nessas horas.
Estas tragédias não podem nem devem continuar a se repetir. São inaceitáveis. Não podem mais acontecer. O Brasil espera dos governos obras e recursos para por um fim a esse estado de calamidade pública. Afinal, ele decorre, em grande parte, por responsabilidade de administrações que não investiram recursos - ou não o fizeram em montante suficiente - em obras de infraestrutura, e da falta de políticas de ocupação do solo, inexistentes ou desrespeitadas.
Blog do Zé Dirceu
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
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