Tem razão o ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardoso, em sua justificativa e razões pelas quais não acredita em uma piora nas relações entre Brasil e Itália por conta do caso Cesare Battisti. O presidente Lula concedeu ao escritor e ex-militante político italiano refúgio no Brasil, negando-se a extraditá-lo conforme pedia o governo de Roma.
"Os italianos são um povo irmão dos brasileiros e não creio que uma decisão dessa natureza, que se coloca como de soberania de países, implique em uma deterioração de relações construídas historicamente de uma forma tão sólida" entre os dois países, assinalou o ministro Martins Cardoso.
Perfeito em suas previsões. O que está errado, distorcido e manipulado é o noticiário da mídia brasileira hoje sobre a votação de uma moção, dita do Parlamento Europeu (sede em Estrasburgo - França), em que é pedido, ou recomendado de novo ao governo brasileiro que reveja a decisão de não extraditar Battisti.
A moção não é exatamente, e nunca foi, do Parlamento Europeu. Foi apresentada por neofascistas italianos, o que os jornais não dizem, como também não registram que ela foi aprovada só por 11% dos 736 membros da Casa, numa sessão-fantasma em que estavam presentes apenas 83 deputados.
Blog do Zé Dirceu
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