quinta-feira, 3 de março de 2011

COPOM se reúne e dá ao país o de sempre: juros mais altos



Como era esperado, reunião do Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central (BC) encerrada nesta 4ª feira e os juros ficam 0,50% mais altos - a taxa Selic salta de 11,25% ao ano para 11,75%.

Tudo como o mercado, rentistas e especuladores queriam. Ontem mesmo, eles já anunciaram aos quatro cantos que haverá, no mínimo, mais duas altas este ano, de 0,50% na melhor das hipóteses. E terminaremos 2011 com a Selic por volta de 13%, exatamente como eles querem.

O mais, agora, é a taxa Selic mais alta e o maior serviço da dívida interna, mais capitais externos, maior valorização do real, mais reservas e maior custo de sua manutenção, mais déficit e endividamento externo...

Repercussões na política econômica e de desenvolvimento

Tudo em nome - ou sob o pretexto - de trazer a inflação para a meta e reduzir o crescimento econômico para 4,5% ou mesmo para os 3,5%, que eles tanto querem. E a inflação, em 6% nos últimos 12 meses, está dentro da meta de 4,5% e da banda de mais 2% para cima ou para baixo.

Agora, é aguardar e ver como a política do BC vai repercutir nos preços e no crescimento da economia, porque é evidente que o aperto monetário e fiscal, além das restrições ao crédito, com certeza, terá repercussões graves em médio prazo na política econômica e de desenvolvimento do país.

Em outras palavras, do COPOM e do BC ontem, tivemos o de sempre. Não deixem de ler, também, por muito elucidativo, o artigo do Alberto Tamer publicado no Estadão de hoje sob o título "Juro ajuda mas não segura a inflação".


Blog do Zé Dirceu

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