O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, está de volta a Cuba, onde será submetido à segunda fase do tratamento contra o câncer.
Segundo Chávez, as sessões de quimioterapia começam neste domingo e ele ficará fora do país "por alguns dias".
Antes de deixar a venezuela, Chávez delegou parte de suas funções ao vice-presidente do país, Elias Jaua, e ao ministro das Finanças, Jorge Giordani.
O presidente venezuelano retirou um tumor na região pélvica, mas o governo guarda segredo sobre a gravidade da doença. Oficialmente, ele ainda planeja concorrer à reeleição no fim de 2012.
Embarcando
Logo antes de embarcar no avião em Caracas, Chávez disse que estava em clima de luta.
"Amanhã eu começo o tratamento de quimioterapia e vamos dar o melhor de nós", disse ele.
"Não é hora de morrer. É hora de viver."
No sábado, o parlamento venezuelano decidiu permitir que Chávez se ausentasse do país para o tratamento. Em discussões por vezes acaloradas, a oposição pediu que Chávez permitisse que o vice assumisse seu lugar.
O presidente negou os pedidos, dizendo que "vai voltar muito melhor" do que está agora, mas ainda assim anunciou, pela primeira vez em 12 anos de poder, estar delegando a outros integrantes do governo algumas de suas funções.
Desde que voltou da primeira fase do tratamento, no dia 4 de julho, Chávez, de 56 anos, reduziu sua carga de trabalho por ordens médicas.
Segundo analistas, algumas pessoas se surpreenderam com a escolha do presidente de voltar a Cuba em vez de continuar o tratamento em casa, mas a forte ligação de Chávez com o ex-líder cubano Fidel Castro, o primeiro a notar que ele não estava bem, e a possibilidade de se recuperar longe da mídia tornariam Cuba um local mais atraente para o tratamento.
Apesar da doença, Chávez tem mantido ativa a sua conta no Twitter, com várias mensagens por dia, e fez várias aparições na televisão, discursando para militares, indo à missa e participando de uma reunião de gabinete. Seus discursos, no entanto, têm sido mais curtos.
Durante seus 12 anos de governo, Hugo Chávez conseguiu o apoio da camada mais pobre da população venezuelana através do investimento em programas sociais, mas o país enfrenta problemas como inflação alta, apagões frequentes e a falta de moradia popular.
BBC Brasil
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