A reportagem, de página inteira, relata que, após crescer 7,5% em 2010, a economia brasileira encerrou o ano passado com um crescimento estimado de menos da metade disso, acompanhado de um aumento da inflação - esta, chamada de "inimigo histórico do país".
Além disso, assinala o FT, na área política a presidente "enfrentou uma série de escândalos de corrupção que ameaçaram desestabilizar sua incômoda coalizão". Mas o jornalão britânico reconhece que, mesmo assim, a popularidade da chefe do governo brasileiro cresceu, por conta da percepção pública sobre sua reação às denúncias.
5,2% de desemprego
"Talvez seu maior desafio seja devolver a economia aos altos níveis de crescimento", assinala o jornalão britânico. Os economistas argumentam que "a rápida desaceleração vem expondo as limitações estruturais da economia brasileira", diz o texto, observando que a maioria dos brasileiros ainda não sente a desaceleração, graças a uma taxa de desemprego de 5,2% em novembro, mantida em seus menores níveis históricos, e a um aumento recente de 14% no salário mínimo determinado pelo governo. Claro, o fato é citado para, logo em seguida, ser questionado: "A questão é se o país pode alcançar taxas de crescimento maiores do que a média de 4% que conseguiu na década passada".
O FT diz que os economistas por ele ouvidos - os mesmos consultados pela grande mídia nacional, com certeza - dizem que o Brasil tem que fazer os 'consertos difíceis' necessários para melhorar sua competitividade de longo prazo. “Seu sistema tributário é notoriamente pesado, e mais gastos são necessários em educação, treinamento, pesquisa e desenvolvimento e em infraestrutura. Os investimentos, 19% do PIB, estão muito aquém das necessidades do país e dos níveis da China e da Índia", conclui o jornal.
Avanços fantásticos
Venhamos e convenhamos. O que interessa é que crescemos e a inflação ficou dentro da meta mais a banda. Criamos empregos e o governo aprovou no Congresso leis não apenas para enfrentar a crise, como a Desvinculação das Receitas da União (DRU), mas obteve avanços fantásticos. Entre eles está novo super-CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). A nova legislação aprovada em dezembro aumenta a segurança jurídica e a previsibilidade das empresas e dos negócios. Rege que as fusões e aquisições agora sejam submetidas às autoridades de defesa econômica antes de serem consumadas.
Blog do Zé Dirceu
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