Em depoimento à CPI do BNDES, presidente do banco, Luciano Coutinho, afirmou que nunca houve ingerência do ex-presidente Lula e do ex-ministro José Dirceu, principalmente para beneficiar países, desde que ele assumiu a presidência do banco, em 2007; Coutinho disse também que não há empréstimos a "fundo perdido" para Cuba e que todos os financiamentos estão adimplentes
27 DE AGOSTO DE 2015 ÀS 14:03
Da Agência Câmara - O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, disse nesta quinta-feira, 27, em depoimento à CPI que investiga o banco estatal na Câmara, que nunca houve ingerência do ex-presidente Lula e do ex-ministro José Dirceu, principalmente para beneficiar países, desde que ele assumiu a presidência do banco, em 2007.
Questionado pelo deputado João Gualberto (PSDB-BA), ele disse que os empréstimos feitos a empresas que operam com exportações para Cuba, Angola e Venezuela somam aproximadamente R$ 6 bilhões. Segundo ele, todos os empréstimos estão adimplentes. "O BNDES não participa de tratativas no exterior para obtenção de contratos", disse Coutinho.
O deputado Gualberto disse estranhar a coincidência entre os países financiados pelo BNDES e os convênios de cooperação na área social assinados pelo Instituto Lula, do ex-presidente, que privilegia países latino-americanos e africanos.
Coutinho disse também que todas as operações externas do BNDES passam por uma avaliação de risco do país beneficiado. "As decisões do banco são pautadas por um processo rigorosamente impessoal, sem qualquer motivação política", disse Coutinho em resposta à pergunta do relator da comissão, deputado José Rocha (PR-BA).
Ele disse que as operações com Angola e Cuba, antes classificadas como secretas, por decisão ministerial, foram "desclassificadas" e estão disponíveis no site do BNDES.
Frigorífico
Questionado sobre a compra, pelo BNDESPar, braço de participações acionárias do banco, de ações do frigorífico Independência, ele afirmou que a decisão foi tomada com base em análise do balanço da empresa e com lastro em auditoria externa.
No final de 2008, o BNDESPar injetou R$ 250 milhões no frigorífico para comprar 21,8% do capital da holding Independência Participações S.A.. O grupo Independência entrou em recuperação judicial em fevereiro de 2009, três meses após o aporte da BNDESPar.
"O que ocorreu depois foi uma rápida deterioração da empresa", afirmou o presidente do banco. Segundo ele, o banco não contrata uma operação de empréstimo ou acionária sem avaliar as condições de balanço e cadastrais da empresa que será beneficiada.
Brasil 24/7
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