POR FERNANDO BRITO · 27/08/2015
O senador José Serra vai se sentir “em casa” amanhã.
Será o mais ilustre convidado da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro, a Amcham.
Na pauta, nada de estímulo à compra de produtos brasileiros, transferência de tecnologia, capacitação de pessoal ou investimentos na nossa indústria. Nenhum apelo para que não se aumente a taxa de juros do Federal reserve, desestabilizando mais ainda a economia mundial.
Não, o tema é “o futuro do pré-sal”.
O nosso, claro.
Eles só pensam “naquilo”
Sabe aquela porcaria que não está valendo nada e praticamente se inviabilizou com a queda nas cotações mundiais do barril?
Aquela droga que está atrapalhando a vida da Petrobras, obrigando a empresa brasileira a ter de investir pesadamente e se endividar para fazer frente ao imenso desafio de explorar uma reserva que é só a maior do mundo entre as descobertas recentes?
Uma empresa que podia estar cuidando, como as outras, de retrair-se enquanto passar a tempestade do “shale oil” e da retração da demanda chinesa, não é?
Entre outras ideias “pai d’égua”, amanhã Serra terá a oportunidade de defender estas obviedades, que justificam seu projeto de lei (o PLS 131) que tira da Petrobras o controle destas jazidas.
E é bom que o faça.
Afinal, um senador deve estar sempre em contato com a sua “base”, prestando contas do que faz e pretende ainda fazer em seu benefício.
Tijolaço
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