quinta-feira, 31 de março de 2016

terça-feira, 29 de março de 2016





PMDB TENTA RENASCER DAS CINZAS DA FOGUEIRA QUE ELE AJUDOU A ATEAR, DIZ MARINA


Ex-candidata à Presidência da República, Marina Silva ironiza a decisão do PMDB de sair do governo: "Em três minutos, apenas três minutos, e por unanimidade dos diretórios presentes, o PMDB abandonou o governo do qual foi o maior sócio e beneficiário nos últimos 13 anos. Nenhuma satisfação à sociedade, nenhum pedido de desculpas por ter sido igualmente responsável por tudo o que levou à situação atual, nenhuma autocrítica, nenhuma proposta. Apenas a jogada política"

29 DE MARÇO DE 2016 ÀS 19:43


247 - A ex-senadora e ex-candidata à Presidência da República Marina Silva criticou nas redes sociais a decisão do PMDB de abandonar o governo, oficializada nesta terça-feira (29).

Em seu perfil do Facebook, Marina escreveu que o PMDB "abandonou o governo do qual foi o maior sócio e beneficiário". "Nenhuma satisfação à sociedade, nenhum pedido de desculpas por ter sido igualmente responsável por tudo o que levou à situação atual, nenhuma autocrítica, nenhuma proposta", escreveu, completando que o partido agora tenta "renascer das cinzas da fogueira que ele mesmo ajudou a atear".

Leia a postagem na íntegra:

Em três minutos, apenas três minutos, e por unanimidade dos diretórios presentes, o PMDB abandonou o governo do qual foi o maior sócio e beneficiário nos últimos 13 anos. Nenhuma satisfação à sociedade, nenhum pedido de desculpas por ter sido igualmente responsável por tudo o que levou à situação atual, nenhuma autocrítica, nenhuma proposta. Apenas a jogada política supostamente magistral para tentar se descolar da crise política e reinventar-se como solução. Continua o mesmo e velho PMDB tentando renascer das cinzas da fogueira que ele ajudou a atear.


Brasil 24/7

Foram-se os que já não estavam. Dos políticos, só virá o golpe. Às ruas, pelo Brasil

aroeirapmdb
Sepultou-se a última quimera dos que acreditaram, a partir de certo momento, que o PMDB pudesse ser base de alguma coisa senão dos seus próprios apetites.
Nem mesmo nos momentos de prosperidade o foi sequer base confiável.
É certo que ainda ficarão alguns: uns por valor e honradez pessoal, como o Senador Roberto Requião, outros porque os interesses regionais talvez lhes convenham.
Mas não é hora de contar mais com que se possa ir adiante nesse caminho.
O PMDB é o partido de Eduardo Cunha e seu comando a ele pertence. Se Temer é o capitão golpista, seu cardeal é Cunha e é por isso que já se noticia o acordo que irá salvá-lo da cassação por corrupção para ser, já não de direito, mas de fato, o presidente da Câmara.
São os (ex) pequenos partidos, inflados com a “janela” que permitiu migrações que podem dar a Dilma o número necessário para evitar, dificilmente na comissão, mas possível ainda no plenário da Câmara, onde são necessários 2/3 dos votos.
Não é hora de tratar essa  questão, a da sobrevivência, como quem vai de borzeguins ao leito.
Rodrigo Vianna, no Escrevinhador,  embora um pouco otimista, comenta esta contabilidade.
Eu prefiro trilhar outro caminho, aquele que o PT sempre relutou em trilhar: o da afirmação de nossa identidade popular e, por ela, um esforço para mobilizar a população por um rumo para o país.
Só isso pode nos defender do golpe de Estado iminente e, se este vier, nos preparar para a resistência à uma nova situação que de estável não terá nada.
Não se ampliará a base política, embora seja vital (e difícil) que ela não se degrade ainda mais.
Mas se pode recuperar  parte da base social se o Governo passar a deixar de lado as hesitações e falar claramente à população quem são e o que pretende os golpistas.
A próxima batalha é dia 31, em duas frentes.
Na rua e na provável – embora hoje nada mais seja racional – decisão do Supremo destravando o absurdo feito por  Gilmar Mendes ao bloquear a posse de Lula.
Ato contínuo, é ele quem deve assumir as rédeas da luta política.
Talvez, por isso, não possamos exigir sua presença nos palanques.
Nem por isso, junto com as primeiras conversas, devam vir as primeiras medidas.
Que gritem, que chiem, que as obstaculizem no Parlamento.
O importante é que o povo brasileiro veja quem é quem e o que cada um quer.
Se pretendem tirar dos nossos votos o mandato que ele concedeu, que fique claro que não nos tirarão nem a alma nem as liberdades.
Um governo não pode cair sem se defender, do contrário não tem em si uma natureza popular.
Porque, se a tem, sua derrubada  é a queda dos interesses populares e das liberdades públicas.
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BLOOMBERG: TEMER TAMBÉM PODE SOFRER IMPEACHMENT


Agência de notícias, referência no mercado de investimentos, diz que o vice-presidente, Michel Temer, tem várias características que seriam bem-vindas em um país atolado em uma recessão brutal - mas corre o risco de ser retirado do cargo por acusações relacionadas ao mesmo caso de impeachment formulado contra a presidente Dilma

29 DE MARÇO DE 2016 ÀS 11:56


(Bloomberg) - Com a presidente Dilma Rousseff parecendo ter chances cada vez maiores de enfrentar um impeachment até o início de maio, os investidores estão voltando suas atenções para o homem que a sucederia.

Michel Temer, o vice-presidente, tem várias características que seriam bem-vindas em um país atolado em uma recessão brutal. Aqueles que o conhecem melhor dizem que se trata de um pragmático amigável aos negócios que desenvolveu um talento especial, ao longo de uma carreira política de décadas, para forjar acordos com seus colegas parlamentares. Mas também há outra questão: ele corre o risco de ser retirado do cargo por acusações relacionadas ao mesmo caso de impeachment formulado contra Dilma. Espera-se que oPMDB, o partido de Temer e o maior do país, abandone a base do governo em reunião marcada para esta terça-feira.

Em apenas 30 anos desde seu retorno à democracia, o Brasil confiou duas vezes em seu vice-presidente para sair de uma crise. Em uma delas o país deu calote em suas dívidas e na outra acabou com a hiperinflação. Os investidores se perguntam se Temer será mais parecido com o vice-presidente José Sarney e seus problemáticos planos econômicos dos anos 1980 ou com o vice-presidente Itamar Franco, que lançou as bases para anos de crescimento e estabilidade nos anos 1990.

"Não haverá nenhum milagre, mas há mais tendência de alta aqui -- eu estou muito otimista", disse John Welch, economista do Canadian Imperial Bank of Commerce e observador do Brasil há longa data, que acredita que a sucessão de Temer seria um acontecimento bom. "Ele é agregador como Itamar, um construtor de consenso. Talvez não na medida em que o mercado quer, mas certamente muito melhor do que o que temos agora".

Com o maior déficit orçamentário da história, não haverá muito espaço para que Temer adote medidas de estímulo fiscal. Ele, contudo, agiria de forma mais efetiva para controlar os gastos do que Dilma, segundo Thiago de Aragão, sócio e diretor de estratégia da empresa de consultoria de risco político Arko Advice.

Mais importante do que isso, Temer poderia impulsionar a confiança do investidor, que está próxima de uma baixa histórica, com políticas que tirariam a mão pesada do governo sobre a economia dos 13 anos de governo do PT.

Um documento emitido pelo PMDB de Temer em outubro sustenta que o motor de crescimento do Brasil, baseado no consumo, se esgotou e precisa ser substituído por investimentos privados e ganhos de competitividade. O partido pede uma idade deaposentadoria mais elevada e o fim das vinculações constitucionais para alguns gastos para que se consiga uma melhor alocação de recursos.

Importância maior do setor privado

O partido já aprovou um projeto de lei no Senado reduzindo a importância da estatal Petrobras e permitindo uma maior participação do setor privado na indústria do petróleo. O PMDB também propõe a independência plena do Banco Central, com mandatos fixos para seus diretores, uma proposta há muito buscada pelos investidores, desconfiados da interferência do governo na política monetária.

Em sinal de apoio a Temer, Aécio Neves, o segundo colocado na eleição presidencial de 2014, baixou o tom de seus pedidos por novas eleições e agora está apoiando o processo de impeachment que colocaria o vice-presidente no cargo. Temer reuniria o apoio de parlamentares de centro e de partidos de oposição para formar um governo de unidade nacional capaz até de aprovar algumas reformas constitucionais, disse o senador Tasso Jereissati, do PMDB.

Ajudando a cimentar esse apoio, legisladores do PMDB dizem que Temer, de 75 anos, se retiraria em 2018, dando a Aécio e a outros uma chance no principal cargo do país.

Não concorrerá

"Ele tomaria o compromisso de não ir para reeleição", disse o senador Raimundo Lima, do PMDB, em entrevista. "Já falou não só pra mim, falou inclusive para membros da oposição".

A assessoria de imprensa de Temer preferiu não comentar sobre a política econômica de um possível governo de unidade nacional, mas disse que ele tem discutido o cenário político e as propostas econômicas do PMDB.

Contudo, Temer enfrenta uma série de armadilhas que poderiam fazer dele um presidente tampão até 2018 ou até mesmo forçá-lo a deixar o cargo. Os partidos de oposição pediram que o Tribunal Superior Eleitoral anulasse a reeleição de 2014 de Dilma, argumentando que a campanha foi financiada por propinas da Petrobras. Se o TSE decidir a favor deles, Temer, ex- companheiro de chapa de Dilma, também poderia cair, provocando eleições gerais ou uma votação indireta para presidente no Congresso.

"Temer será uma segunda Dilma", disse Paulo Santos, que participou dos protestos contra o governo em Brasília, neste mês, para expressar sua insatisfação com a corrupção generalizada. "Precisamos de novas eleições".

Esse sentimento - de que o Brasil pode não estar caminhando para águas mais calmas e que mais políticos podem cair - reverbera entre os traders também. Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio na Treviso Corretora de Câmbio em São Paulo, disse que o mercado está tenso. "Parece que não vai sobrar ninguém", lamentou.


Brasil 24/7

Viomundo encontra Paula Marinho e dona da mansão de Parati nos papéis da Lava Jato

paulaviomundo
A Globo notificou os blogueiros por ligarem-na à mansão irregular na Praia de Santa Rita, em Parati.
Provamos que a empresa de fachada Agropecuária Veine Patrimonial,  que tem a propriedade formal da casa, dividiu o mesmo endereço com a FN5, companhia de não se sabe o que formada por Paula, neta, e João Roberto, filho de Roberto Marinho.
Novamente, disseram que estavam ali por acaso e que o endereço – Rua Bulhões de Carvalho, 296/601, pertencia ao hoje ex-marido de Paulo, Alexandre Chiapetta de Azevedo, que recebeu o Estádio de Remo da Lagoa para fazer seu complexo de negócios Lagoon em circunstâncias – serei prudente – inusuais, por uma sombria concessão de Marcello Alencar, renovada por Garotinho.
Agora, entre os papéis apreendidos pela Lava Jato na Mossack-Fonseca, uma empresa de montagem de companhias fantasmas, que visavam atingir Lula no caso do apartamento no Guarujá, o que apareceu foi outra coisa.
O Viomundo encontrou, manuscrita, a anotação do nome de Paula Marinho ao lado de quantias e  de três empresas panamenhas envolvidas criadas pela Mossack-Fonseca.
Registram-se ali a Plus Hodings, sócia – no papel – do Lagoon, a Juste – cuja registrante inicial é a mesma Lúcia Cortes Pinto, primeira “sócia” (de fachada, também) da Veine e a Vaincre LLC, atual detentora da empresa da mansão.
É imperdível a leitura do excelente trabalho do Viomundo.
Aqui, também há mais informações, que devo aos esforço de amigos que as estão levantando.  E quando o furacão passar, sempre de forma documentada, publicarei.
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Janot joga para a platéia: Lula será ministro, mas caso segue com Moro

POR FERNANDO BRITO · 28/03/2016



O “jogo para a platéia” é das coisas que mais desmoralizam os agentes do Estado no campo judicial.

Rodrigo Janot pariu uma monstruosidade jurídica, segundo a Folha:

Em manifestação enviada ao STF (Supremo Tribunal Federal), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu que o ex-presidente Lula seja empossado como ministro da Casa Civil, mas que as investigações da Lava Jato envolvendo o petista fiquem sob o comando do juiz Sérgio Moro.

“Para determinar que investigações criminais e possíveis ações penais referentes a atos imputáveis ao senhor Luiz Inácio Lula da Silva praticados até a data de sua posse no cargo de ministro de Estado Chefe da Casa Civil da Presidência da República permaneçam no primeiro grau de jurisdição, ressalvadas possíveis causas de modificação de competência previstas na legislação processual penal”, diz o parecer.

Janot não poderia obstar a nomeação de Lula – esta proeza já é “padrão Gilmar” – porque ele sequer é indiciado em processo judicial.

Mas também não pode revogar, numa canetada, o a alínea “C” do Art. 102 da Constituição:

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:

I – processar e julgar, originariamente:

c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter permanente;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)

Ora, a menos que a República do Paraná, a toque de caixa, providencie a formulação de denúncia e a sua imediata aceitação por Sérgio Moro ( em condições normais, seria impensável que um juiz fizesse isso, mas hoje e com Moro…) Lula nem sequer é objeto de ação penal, portanto não está sendo sequer processado, mas investigados.

A investigação, sim, não é invalidada pela nomeação, mas o “processar e julgar” é exclusivo do STF.

Moro sabe disso. Janot sabe disso. O STF inteiro, até o porteiro, sabe disso.

Só o que vai conseguir, se conseguir – por já não haver juízo no STF – é manter algumas semanas ou meses o caso com Moro, porque até mesmo o recebimento da denúncia é, como marco inicial do processo, privativo do STF.

O que Janot quer mostrar? Que só Sérgio Moro é juiz sério no Brasil?

O que quer provocar, um arreganho de um juiz sabidamente destemperado, mandando o japonês da Federal – ah, o japonês não pode mais, porque já está confirmado que é contrabandista – ao Palácio do Planalto, para conduzir Lula de novo a depor?

A independência do Procurador Geral é perfeitamente capaz de resistir ao peso de sua recondução pela Presidente, mas não resiste a um holofote e a uma manchete: “Janot decide que Lula é de Moro”!

Não estamos diante de um procedimento judicial, mas a uma operaç~~ao regida pela necessidade de agradar a mídia.

E deixar o país num clima de confusão, onde quem faz o que quer é o homem que Janot chama de corrupto e delinquente: Eduardo Cunha.


Tijolaço

Lula, Aécio e o "janotismo", por Weden

segunda-feira, 28 de março de 2016

Novo “listão” não tem Lula ou Dilma. Por isso, o “sigilo seletivo” da Globo. Veja o vídeo




POR FERNANDO BRITO · 28/03/2016



No clima de terrorismo político que estamos vivendo seria demais esperar que o Domingo de Páscoa sem bombas.

A nova lista da Odebrecht, anunciada – mas não mostrados os mais de 500 nomes que contém – com estardalhaço ontem no Fantástico (veja o vídeo abaixo) é antiga não só nos papéis, quase todos dos anos 80 e início dos 90, como na sua revelação. A papelada foi entregue à CPI da Petrobras pelo petista Jorge Solla (BA) em setembro do ano passado.

Nada mais pode ter de sigilosa, porque sigilo só se justificaria se contivessem indícios de crimes passíveis de investigação e punição o que, pela data, é impossível, pela prescrição.

Ou será que a “privacidade” ardorosamente defendida pela Globo se deve ao fato de que não apenas não há na lista nem Lula, nem Dilma ou qualquer integrante do PT, mas abundam tucanos, demistas (a Odebrecht sempre foi uma aliada do “carlismo” na Bahia) e peemedebistas. Mortos e vivos e muito vivos.

O UOL publicou alguns dos nomes, tão discretamente que a maioria nem viu, em reportagem de Pedro Costa, Flávio Costa, Fabiana Maranhão e Ricardo Marchesan.

Entre eles, o do presidente do Tribunal de Contas da União – cujo relatório serve de base para o pedido de impeachment de Dilma Rousseff. Na matéria, há também Arthur Virgílio e Antonio Imbassahy, figurões do PSDB, Edson Lobão e Jader Barbalho, idem no PMDB e toda a família Sarney, com os codinomes Filhote, Filhão e Princesa: Sarney Filho, Fernando e Roseana. Ah, e Fernando Collor, por certo, o “Mel”.

Depois dos vazamentos seletivos, agora temos a temporada do sigilo seletivo.

Embora eu creia que logo a lista estará nos jornais, na TV Globo, por “respeito à privacidade” e “falta de tempo”, como ocorreu com a primeira lista, é que não vai estar.

Também da parte do juiz Sérgio Moro, tão cioso do princípio da publicidade dos processos que manda divulgar correndo os grampos feitos sobre o ex-presidente Lula, nada virá.

A não ser que se anime a antecipar o segundo passo do golpe – a história ensina que não são raros os golpes dentro de golpes – e já ir abrir caminho para o governo dos homens de preto.

PS: A Globo também não deu a declaração da ex-funcionária da Odebrecht que guardou as listas por mais de uma década, Conceição Andrade, que está no UOL: “É preciso traçar um paralelo, mostrar que isso é antigo. Alguns desses crimes podem até estar prescritos, mas isso tudo mostra que o esquema vem de bem antes. A saída é reforma, não é demonizar o PT”



Tijolaço

ABC (UFABC) Tudo o que você precisa saber sobre o golpe



28 de Março de 2016
IGOR FUSER

É preciso avisartod@s @sbrasileir@s, informar de um modo tão claro e objetivo que até as carrancas do Rio São Francisco tenham conhecimento de que:

1.O pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff não tem NADA A VER com a Operação Lava Jato, nem com qualquer outra iniciativa de combate à corrupção. Dilma não é acusada de roubar um único centavo. O pretexto usado pelos políticos da oposição para tentar afastá-la do governo, a chamada "pedalada fiscal", é um procedimento de gestão do orçamento público de rotina em todos os níveis de governo, federal, estadual e municipal, e foi adotado nos mandatos de Fernando Henrique e de Lula sem qualquer problema. Ela, simplesmente, colocou dinheiro da Caixa Econômica Federal em programas sociais, para conseguir fechar as contas e, no ano seguinte, devolveu esse dinheiro à Caixa. Não obteve nenhum benefício pessoal e nem os seus piores inimigos conseguem acusá-la de qualquer ato de corrupção.

2.O impeachment é um golpe justamente por isso, porque a presidente só pode ser afastada se estiver comprovado que ela cometeu um crime - e esse crime não aconteceu, tanto que, até agora, o nome de Dilma tem ficado de fora de todas as investigações de corrupção, pois não existe, contra ela, nem mesma a mínima suspeita.

3.Ao contrário da presidenta Dilma, os políticos que pedem o afastamento estão mais sujos que pau de galinheiro. Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que como presidente da Câmara é o responsável pelo processo do impeachment, recebeu mais de R$ 52 milhões só da corrupção na Petrobrás e é dono de depósitos milionários em contas secretas na Suíça e em outros paraísos fiscais. Na comissão de deputados que analisará o pedido de impeachment, com 65 integrantes, 37 (mais da metade!) estão na mira da Justiça, investigados por corrupção. Se eles conseguirem depor a presidenta, esperam receber, em troca, a impunidade pelas falcatruas cometidas.

4.Quem lidera a campanha pelo impeachment é o PSDB, partido oposicionista DERROTADO nas eleições presidenciais de 2014. Seu candidato, Aecio Neves, alcançar no tapetão o mesmo resultado político que não foi capaz de obter nas urnas, desrespeitando o voto de 54.499.901 brasileiros e brasileiras que votaram em Dilma (3,4% mais do que os eleitores de Aecio no segundo turno).

5.Se o golpe se consumar, a oposição colocará em prática todas as propostas elitistas e autoritárias que Aécio planejava implementar se tivesse ganho a eleição. O presidente golpista irá, com toda certeza, mudar as leis trabalhistas, em prejuízo dos assalariados; revogar a política de valorização do salário mínimo; implantar a terceirização irrestrita da mão-de-obra; entregar as reservas de petróleo do pré-sal às empresas transnacionais (como defende o senador José Serra); privatizar o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal; introduzir o ensino pago nas universidades federais, como primeiro passo para a sua privatização; reprimir os movimentos sociais e a liberdade de expressão na internet; expulsar os cubanos que trabalham no Programa Mais Médicos; dar sinal verde ao agronegócio para se apropriar das terras indígenas; eliminar a política externa independente, rebaixando o Brasil ao papel de serviçal dos Estados Unidos. É isso, muito mais do que o mandato da presidenta Dilma ou o futuro político de Lula, o que está em jogo na batalha do impeachment.

6.É um engano supor que a economia irá melhorar depois de uma eventual mudança na presidência da república. Todos os fatores que conduziram o país à atual crise continuarão presentes, com vários agravantes. A instabilidade política será a regra. Os líderes da atual campanha golpista passarão a se digladiar pelo poder, como piranhas ao redor de um pedaço de carne. E Dilma será substituída por um sujeito fraco, Michel Temer, mais interessado em garantir seu futuro (certamente uma cadeira no Supremo Tribunal Federal) e em se proteger das denúncias de corrupção do que em governar efetivamente. A inflação continuará aumentando, e o desemprego também.

7.No plano político, o Brasil mergulhará num período caótico, de forte instabilidade. A derrubada de uma presidenta eleita, sacramentada pelo voto, levará o país em que, pela primeira vez desde o fim do regime militar, estará à frente do Executivo um mandatário ilegítimo, contestado por uma enorme parcela da sociedade.

8.O conflito dará a tônica da vida social. As tendências fascistas, assanhadas com o golpe, vão se sentir liberadas para pôr em prática seus impulsos violentos, expressos, simbolicamente, nas imagens de bonecos enforcados exibindo o boné do MST ou a estrela do PT e, de uma forma mais concreta, nas invasões e atentados contra sindicatos e partidos políticos, nos ataques selvagens a pessoas cujo único crime é o de vestir uma camisa vermelha. O líder dessa corrente de extrema-direita, o deputado Jair Bolsonaro, já defendeu abertamente, num dos comícios pró-impeachment, que cada fazendeiro carregue consigo um fuzil para matar militantes do MST.

9.Os sindicatos e os movimentos sociais não ficarão de braços cruzados diante da truculência da direita e da ofensiva governista e patronal contra os direitos sociais durante conquistados nas últimas duas décadas. Vão resistir por todos os meios – greves, ocupações de terras, bloqueio de estradas, tomada de imóveis, e muito mais. O Brasil se tornará um país conflagrado, por culpa da irresponsabilidade e da ambição desmedida de meia dúzia de políticos incapazes de chegar ao poder pelo voto popular. Isso é o que nos espera se o golpe contra a presidenta Dilma vingar.

10.Mas isso não acontecerá. A mobilização da cidadania em defesa da legalidade e da democracia está crescendo, com a adesão de mais e mais pessoas e movimentos, independentemente de filiação partidária, de crença religiosa e de apoiar ou não as políticas oficiais. A opinião de cada um de nós a respeito do PT ou do governo Dilma já não é o que importa. Está em jogo a democracia, o respeito ao resultado das urnas e à norma constitucional que proíbe a aplicação de impeachment sem a existência de um crime que justifique essa medida extrema. Mais e mais brasileiros estão percebendo isso e saindo às ruas contra os golpistas. Neste dia 31 de março, a resistência democrática travará mais uma batalha decisiva.

É essencial a participação de todos, em cada canto do Brasil, todos precisamos sair às ruas, em defesa da legalidade, da Constituição e dos direitos sociais. Todos juntos! O fascismo não passará! Não vai ter golpe!

PS: O texto incorpora trechos de artigos de Jeferson Miola e de Fabio Garrido.


Brasil 24/7

IBSEN PINHEIRO: IMPEACHMENT NÃO VAI PASSAR

Policial que denunciou Aécio é encontrado morto






POLICIAL QUE DENÚNCIOU AÉCIO É ENCONTRADO MORTO EM BELO HORIZONTE




Lucas Gomes Arcanjo, policial civil de Belo Horizonte, MG, foi encontrado morto, neste sábado (26), em sua casa. Segundo o site Debate Progressista, o PM foi visto com uma gravata amarrada no pescoço na janela de seu quarto. 


Familiares descartam a possibilidade de suicídio. Como Arcanjo era muito conhecido por denunciar políticos tucanos em MG, há também a probabilidade de ter sido uma retaliação. Inclusive, o policial já tinha sido vítima de 4 atentados em respostas às denúncias que fazia. O caso ainda está em investigação.


Veja acima o vídeo com denúncias a Aécio Neves (PSDB/MG), que tornou o policial conhecido.


MSN   

EM CARTA, LOBÃO PEDE DESCULPAS A CHICO, CAETANO E GIL POR SER “DESONESTO”

Conhecido nas redes sociais por seus depoimentos polêmicos, o cantor e compositor Lobão surpreendeu após publicar, neste domingo de Páscoa (27/3), uma carta aberta de perdão a Caetano Veloso, Chico Buarque e Gilberto Gil. O trio participou do programa “Altas Horas”, da TV Globo, exibido neste sábado (26/3), e opinou sobre o atual cenário político brasileiro, além das passeatas e manifestações, que ocorrem por todo o país.
“Se estou eu, lutando pela verdade dos fatos, por alguma razoabilidade nos gestos, por justiça, honestidade intelectual, tolerância e entendimento, cabe a mim adotar esse rigor, antes de mais nada, a mim mesmo e por isso mesmo venho a público pedir minhas desculpas por ter sido, durante todos esses anos, desonesto a diminuir o talento de vocês três por pura birra, competição, autoafirmação ou até, vá lá, uma discordância genuína quanto a princípios ideológicos, políticos e metodológicos”, justificou Lobão.
Na carta, o músico convocou o trio para uma conversa de “pessoas crescidas, que estão nessa luta por um Brasil mais justo, cada um a sua maneira, com toda disposição para melhorar as condições do país em todos os sentidos”. Ele também escreveu sobre a admiração que tem pelos três cantores: “Vocês fazem parte, queira eu ou não, do meu DNA artístico e afetivo, do meu imaginário poético e são sim, artistas muito fora da curva ,tanto na excelência das canções com na criatividade ,na beleza e na inspiração de seus versos”.
Lobão encerra o texto dizendo que cooperará “com humildade e dedicação” por um Brasil melhor,e que não há razão nem espaço para conflitos,convulsões sociais nem revoluções. “A transformação se dá através do crédito moral, do afeto e de uma nova aliança, que permeará esse novo e maravilhoso Brasil que se vislumbra. Topam?”, convocou.
Carta Aberta para Caetano, Gil e Chico
Caros amigos ,
Decidi escrever uma carta aberta a vocês por inúmeros motivos, mas confesso que dentre todos esses tais motivos que me moveram ,estava lá ,para minha surpresa, no fundo do meu peito a me gritar, o maior e mais importante deles todos: O meu amor por vocês.
Não poderia haver momento mais emblemático, um domingo de Páscoa, me permitir( não sem alguma resistência) ser flagrado em minhas próprias contradições.
Pois bem: na madrugada de hoje ,tomei fôlego e sintonizei o programa do Serginho Groissmann no intuito(um tanto beligerante) de verificar as declarações do Caetano que vazaram na imprensa sobre as passeatas, a situação política etc e tal, imaginando colher não somente o que foi dito, mas como foi dito ,gesticulado e contextualizado.
Até então, o clima era de afiar unhas e dentes.
Contudo, algo muito possante tomou conta de mim, uma força estranha foi me conduzindo para áreas da minha memória afetiva e quando dei por mim, estava lá eu olhando para a TV inundado de carinho e amor , com um enorme sentimento de parentesco por aquelas duas figuras( Caetano e Gil) que há tantos anos venho me digladiando e divergindo.
Essa tal força estranha também dragou uma outra figura, na tela ausente, para a ribalta do meu coração, o Chico.

E a partir daquele instante me vi numa tremenda sinuca de bico: Se estou eu, lutando pela verdade dos fatos, por alguma razoabilidade nos gestos, por justiça, honestidade intelectual, tolerância e entendimento, cabe a mim adotar esse rigor, antes de mais nada, a mim mesmo e por isso mesmo venho a público pedir minhas desculpas por ter sido durante todos esses anos ,desonesto a diminuir o talento de vocês três por pura birra, competição, autoafirmação ou até, vá lá, uma discordância genuína quanto a princípios ideológicos ,políticos e metodológicos.

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