SEG, 28/03/2016 - 22:07
ATUALIZADO EM 28/03/2016 - 23:53
Recentemente, foi divulgado que, para chegar à PGR, Rodrigo Janot fez dedicada campanha, contratando até assessoria de imprensa e marketing. Lançou-se a uma caça aos votos como um político profissional se lança a uma campanha para uma vaga no Legislativo. Para ganhar a confiança de Dilma, prometeu não ser partidarista, parcial, se comportar da mesma maneira com Chicos e Franciscos. Não queria ser visto como o promíscuo procurador anterior.
Jà no cargo, mostrou-se o avesso da imagem que tentou passar. Janot vem sistematicamente bloqueando investigações contra Aécio Neves e outros tucanos. Na única investigação que abriu, pediu arquivamente sem ouvir a principal testemunha, mas nunca fez qualquer esforço para evitar que Lula fosse vítima das armações da sua "forçatarefa".
Procuradores parciais, exibicionistas, vazadores midiáticos contumazes, nunca receberam qualquer advertência, a não ser quando eles próprios denunciaram que Janot sabia das escutas ilegais contra a Presidência da República. Escreveu uma carta cheia de sofismas e citações rocambolescas de figuras históricas - em rasas indiretas para Lula - mas logo depois mostrou-se negligente quando seus procuradores confessaram publicamente o tipo de extorsão que praticavam contra Marcelo Odebrecht: "só vale delação se for contra Lula".
Agora, em mais um capítulo de uma atuação "interessada", diz não ver problemas em Lula ser ministro - e quem vê, se não seus inimigos? - mas pede que as investigações contra ele continuem em Curitiba. E ainda se refere a uma suposta "prática inusual" da Presidência. Uma prática inusual, possivelmente, é não coibir grampos criminosos contra a Presidência da República, e espetacularização das investigações. Num país sério, ele mesmo, Janot, estaria sob investigação.
Aliás, Janot poderia fazer o mesmo com Aécio, seu protegido. Mandá-lo para Curitiba. Alías, talvez até abra processo fake contra o ex-governador mineiro para poder justificar uma investigação contra Dilma e Lula, utilizando-se do material das escutas ilegais para isso.
O certo é que "janotismo" pode ser um novo verbete politico destes sombrios. Substantivo masculino; "atuação de quem simula imparcialidade"; falsa neutralidade"; "modo de ação disfarçadamente partidária". (cf. janotismo, "rigor ao vestir-se")
O substantivo difere de um outro, o "gilmarismo", mas é considerado por muitos um tipo de comporamento mais nocivo.
Jornal GGN
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