POR FERNANDO BRITO · 19/12/2016
Do Valor, agora há pouco:
A defesa do ex-presidente da Câmara dos Deputados e ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) afirmou, em petição protocolada no STF (Supremo Tribunal Federal), que o parlamentar sofre “pressão” e “desumana violência psíquica” para que celebre um acordo de delação premiada na Operação Lava-Jato.
O parlamentar recorreu ao STF para pedir a suspensão de sua transferência da Superintendência da Polícia Federal de Curitiba (PR) para o Complexo Médico Penal do Paraná. O pedido dos advogados foi distribuído nesta segunda-feira ao ministro Teori Zavascki. A transferência foi determinada na sexta-feira pelo juiz federal Sergio Moro, da 13ª vara, a pedido da PF, que apontou superlotação na cadeia.
Cunha está preso na PF paranaense desde 19 de outubro sob suspeita de recebimento de propina relativa a negócios na Petrobras. Segundo os advogados de Cunha, a PF também pediu a transferência de outros dois presos, Léo Pinheiro, ex-executivo da construtora OAS, e João Cláudio Genu, ex-assessor do PP (Partido Progressista).
Porém, “curiosamente”, só a de Cunha foi deferida, “inobstante ser o preso provisório mais recentemente recolhido ao cárcere e, para perplexidade geral, o único dos três custodiados que não sofreu responsabilização penal, ou, melhor dizendo, juízo de culpa definitivo”.
Cunha sinaliza o valor de sua delação.
Tijolaço
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