POR FERNANDO BRITO · 29/05/2017
O site de Lula anuncia que a KPMG enviou a Sérgio Moro ofício dizendo que, na auditoria que fez nas contas da Petrobras, não encontrou nada que pudesse ser considerado irregular em relação a Lula:
(…)a KPMG Auditores Independentes vem, respeitosamente, à presença de V.Exa, esclarecer que, durante a realização de auditoria das demonstrações contábeis da Petrobras, que abrangeu os exercícios sociais encerrados no período de 31.12.2006 e 31.12.2011, efetivada por meio de procedimentos e testes previstos nas normas profissionais de auditoria, não foram identificados pela equipe de auditoria atos envolvendo a participação do ex-presidente da república, Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, na gestão da Petrobras que pudessem ser qualificados como representativos de corrupção ou configurar ato ilícito”.
A Price, outra auditoria de abrangência mundial, já tinha dado o mesmo atestado a Sérgio Moro, referente ao período de 2012 a 2016, quando auditou as contas da estatal.
Mas, claro, duas auditorias internacionais, dirigidas por petistas da célula de Wall Street do partido não são nada perto do powerpoint de Deltan Dallagnoll.
A vinculação do triplex e do sítio de Atibaia aos contratos da Petrobras, entretanto, é essencial.
Só isso permite o enquadramento das ações nos tipos penais de lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
Do contrário, o máximo de que Lula pode ser acusado é de receber favores, o que comporta, no máximo, discussões éticas, não penais.
E em matéria de discussões éticas, em meio ao festival de malas, mochilas e corretagens imobiliárias, fica-se longe de atingir os objetivos da Lava Jato.
Tijolaço
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