POR FERNANDO BRITO · 19/05/2017
Está evidente que a notícia da renúncia de Michel Temer, dada ontem por Ricardo Noblat, era uma espécie de aviso prévio ao presidente golpista que está sendo demitido hoje pelas Organizações Globo.
A explicação de que Temer “desistiu de desistir”, ontem, por solidariedade à legião de seus ministros que perderia o foro privilegiado não resiste a um fato: ele próprio perderia o foro privilegiado e, possivelmente, teria o destino de Eduardo Cunha.
A “casa” já o tinha avisado e fez com que o “aviso” fosse registrado de público.
A deposição de Temer é o sinal para uma temporada de violências que está há muito articulada e encontra na saída do presidente odiado pela população a cobertura para seus atos de força.
Hoje já surgiram as acusações a Dilma e Lula, como sempre na base do “eles sabiam” e sem nenhum elemento para provar. Ao contrário do que ocorre com Temer e Aécio, não há provas. As tais contas que o empresário da JBS menciona são dele e operadas por ele, segundo suas próprias alegações.
Mas este sujeito, agora, mesmo com as notícias de falcatruas até com especulação com o dólar e ações da própria empresa depois se legitima na mídia para ser o grande “mensageiro da verdade”.
Todos os episódios que levaram à queda de Temer foram, antes de públicos, do conhecimento do grupo Globo.
E o “Supremo” do Jardim Botânico tomou as decisões.
Tijolaço
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