POR FERNANDO BRITO · 17/05/2017
Meia hora de gravação, feita no dia 24 de março, no Hotel Unique, em São Paulo, são o epitáfio de Aécio Neves na cena politica brasileira.
O Globo narra os detalhes:
“Joesley pergunta como poderia fazer a entrega das malas com os valores. “Se for você a pegar em mãos, vou eu mesmo entregar. Mas, se você mandar alguém de sua confiança, mando alguém da minha confiança”, propôs o empresário”
Aécio foge do flagrante pessoal, mas a gravação o entrega, inclusive com uma ameaça de assassinato:
O senador respondeu: “Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação. Vai ser o Fred com um cara seu. Vamos combinar o Fred com um cara seu porque ele sai de lá e vai no cara. E você vai me dar uma ajuda do caralho”
Frederico Pacheco de Medeiros, ex-diretor da Cemig, nomeado por Aécio, e um dos coordenadores de sua campanha a presidente em 2014 foi filmado em uma das quatro entregas de R$ 500 mil.
O dinheiro foi entregue a Mendherson Souza Lima, secretário parlamentar do senador Zezé Perrella (PMDB-MG) que o transportou para Belo Horizonte. Daí, para a conta da Tapera Participações Empreendimentos Agropecuários, de Gustavo Perrella, filho de Zeze Perrella.
Cumpre-se a profecia de Aécio Neves, feita na gravação: “tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação”.
Aécio não precisa de delação.
Está morto.
Tijolaço
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