SEX, 26/05/2017 - 06:57
Jornal GGN – O juiz de primeira instância Sergio Moro, absolveu hoje, quinta-feira, 25, Claudia Cruz, mulher de Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara e do PMDB do Rio. Ela era acusada pela força-tarefa do Ministério Público Federal por lavagem de dinheiro e evasão fraudulenta de divisas. Segundo Moro, em sua sentença, o motivo foi por “falta de prova suficiente de que agiu com dolo” mesmo com conta na Suíça com mais de US$ 1 milhão, supostamente vindo de propina recebida por Cunha, seu marido.
Na sentença Moro diz: “Absolvo Cláudia Cordeiro Cruz da imputação do crime de lavagem de dinheiro e de evasão fraudulenta de divisas por falta de prova suficiente de que agiu com dolo”.
Segundo a Procuradoria da República, na denúncia contra Cláudia, esta quantia em conta na Suíça garantia à apontada “uma vida de esplendor no exterior”. Pelo rastreamento de seu cartão de crédito, foram levantados gastos com roupas de grife, sapatos e despesas em restaurantes em Paris, Roma e Lisboa.
A ação teve início a partir de contrato de aquisição, pela Petrobras, dos direitos de participação de campo de petróleo na República do Benin, na África, da CBH – Compagnie Beninoise des Hydrocarbures Sarl. O levantamento apontava para Cunha, que teria recebido pagamento de propina na faixa de 1,3 milhão de francos suíços, ou US$ 1,5 milhão. Este dinheiro, segundo o Ministério Público, foi uma parcela do recebido por Eduardo Cunha neste contrato, e teria sido repassada à conta na Suíça, denominada de Kopek, que tem como titular Cláudia Cruz.
Na mesma ação eram réus Jorge Luiz Zelada, ex-diretor da Petrobras da Área Internacional, João Augusto Rezende Henriques e Idalecio Oliveira, empresário português proprietário da CBH.
Moro condenou Zelada por corrupção passiva e seis anos de prisão. O que acresce sua pena, já que foi condenado em outra ação da Lava Jato. O empresário Idalecio Oliveira, pagador de propina, foi absolvido.
O juiz de primeira instância também condenou João Augusto Henriques, suposto operador de propinas do PMDB, com sete anos por corrupção e lavagem de dinheiro. Mas o absolveu do crime de evasão fraudulenta de divisas.
O Ministério Público, em sua denúncia, apontou Cláudia Cruz como única controladora da conta em nome da offshore Kopek, e utilizou o dinheiro para pagamento de contas de cartão de crédito, num volume superior a US$ 1 milhão, por sete anos, de 2008 a 2014. Apontou ainda que este montante gasto é incompatível com os salários e o patrimônio lícito de Cunha.
Esta conta de Cláudia Cunha teria sido alimentada por três contas pertencentes a Eduardo Cunha.
O advogado de Cláudia Cruz entendeu que, com isso, “fez-se justiça”.
Com informações do Estadão/blog do Fausto Macedo
Jornal GGN
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