quinta-feira, 31 de maio de 2018

Caminhoneiros deixam as estradas e vão a Brasília pressionar o governo

QUI, 31/05/2018 - 16:58

Foto: RS NORTE


“Os caminhoneiros autônomos estão chegando em Brasília. Não sei porque a mídia não está divulgando, mas já temos cerca de 300 caminhões chegando lá”. A informação é do motorista autônomo Moisés Oliveira. O movimento agora sai das estradas e vai para a capital federal.

Segundo o profissional, a liderança da categoria que esteve negociando com o governo “não soube se expressar” em relação às reivindicações do setor. Para Moisés, o fato de a movimentação dos caminhoneiros envolver muitos grupos diferentes dificulta a identificação de uma liderança em seu segmento e proporciona a ação de aproveitadores tentando impingir um caráter diferente dos reais objetivos da categoria.

“Depois da greve, muita gente começou a tirar proveito, porque sabe que a nossa classe não tem um discurso de direita ou de esquerda. A nossa classe é de chegar lá e fazer, não quer envolvimento político. A gente está levantando líderes para tentar conversar como governo de maneira mais adequada”, diz o caminhoneiro em entrevista a Marilu Cabañas, na Rádio Brasil Atual.

Segundo Moisés, a categoria dos autônomos é unida, porém tem dificuldade de articulação em função das distâncias e da logística. “Cada um está cada hora em um lugar, então fica difícil”, admite. Ele criticou ainda o assédio por parte de “gente de extrema direita” tentando emplacar o discurso da intervenção militar aproveitando-se da falta de informação de boa parte de seus companheiros. Nesse aspecto, diz o motorista, é que faltou a presença de movimentos sociais e esquerda, para fazer esse contraponto ante a desinformação.

Mas depois de 11 dias de paralisações e polêmica, o caminhoneiro considera que hoje a maioria não concorda com intervenção e tem até “raiva” do assunto. “Nosso desafio agora é estabelecer uma liderança com capacidade de negociar suas reivindicações.”

Nesta entrevista, Moisés fala também do dia a dia dos profissionais, os sofrimentos e dificuldades da vida de caminhoneiro. Descreve as diferenças de jornada e condições de trabalho em relação aos empregados celetistas de transportadoras. Menciona os perigos da estrada e a importância do trabalho para as economias locais. “Tem muitas cidades (no trajeto dos grandes percursos) que vivem da presença do caminhoneiro.”


Jornal GGN

PARA JUIZ, NÃO HÁ PROVAS IRREFUTÁVEIS DE QUE LULA TENHA PRATICADO CRIME

O doutor e juiz federal Silvio Luís Ferreira da Rocha participou do programa “A Batalha das Ideias" abordando o espetáculo do judiciário brasileiro quando investiga crimes de corrupção e os critérios utilizados na condenação de Luiz Inácio Lula da Silva. Para o juiz, não há provas irrefutáveis que o ex-presidente tenha praticado crimes; Assista a íntegra do programa 

31 DE MAIO DE 2018 

TV 247 - O doutor e juiz federal da terceira região de São Paulo, Silvio Luís Ferreira da Rocha, participou do programa “A Batalha das Ideias” desta quarta-feira (31) abordando o espetáculo do judiciário brasileiro quando investiga crimes de corrupção e os critérios utilizados na condenação de Luiz Inácio Lula da Silva. Para o juiz, não há provas irrefutáveis que o ex-presidente tenha praticado crimes.

Ferreira diz que existem dois modelos de magistrado. “O mais tradicional, quando o juiz se manifesta nos autos por intermédio das suas decisões, e outra proposta que dialoga com os meios de comunicação, além de fornecer esclarecimentos à mídia. Qual é o risco deste segundo modelo? Do juiz perder sua imparcialidade”, assevera.

O juiz condena a condução de certas investigações. “Quando um crime envolvendo corrupção é investigado, consequentemente torna-se um espetáculo para mídia e ganha destaque em toda sociedade, porque é algo incomum, mas o ideal seria não dar tal dimensão de atração, pois expõe a figura do investigado e a do réu, que ainda não teve a sua culpabilidade afirmada, ou seja, ataca a presunção de inocência, sendo prejudicial ao próprio Estado Democrático de Direito”, critica Ferreira.

Ele dá sequência às criticas condenando o formato das delações premiadas. “Ocorre à delação e a imprensa já sabe quem foi o delator, o que ele disse e quem foi o delatado”, relata Ferreira.

Ao analisar o processo que condenou o ex-presidente Lula, o magistrado considera que “não há provas irrefutáveis que Lula tenha praticado crime”, argumentando que deveria existir na peça acusatória provas concretas e não conceitos subjetivos. “A acusação o colocou como um chefe de uma organização criminosa na prática de atos de corrupção, naquele processo específico, Lula contaria com a ajuda de dois grandes operadores, que prestaram depoimentos e não incriminaram o ex-presidente. Na acusação de posse do Tripléx do Guarujá, deveria existir um registro de imóveis”, explica.

Inscreva-se na TV 247 e confira a entrevista com o juiz Silvio Luís Ferreira da Rocha

Gilmar, solta Paulo Preto e ‘Sensacionalista’ terá de mudar de slogan



POR FERNANDO BRITO · 31/05/2018




Ontem, no meio da tarde, o site de humor Sensacionalista publicou a imagem acima e a chamada: Paulo Preto é preso de novo e PSDB projeta sinal luminoso no céu chamando Gilmar Mendes.

Poucas horas depois, o operador de propinas dos tucanos paulistas estava, outra vez, solto por ordem do incontinente ministro do STF.

Nem cabe discutir os fundamentos jurídicos da decisão, porque não é nisso, claro, que ela se apoia.

Por muito menos que os R$ 113 milhões que teriam sido encontrados nas contas de Preto – Paulo Vieira de Souza – ou que o desvio de R$ 7,7 milhões, entre 2009 e 2011, durante o governo de José Serra, há gente presa há meses e um ex-presidente da República está enjaulado em Curitiba, embora lidere com folga todas as pesquisas de intenção de voto para as eleições de outubro.

Paulo Preto está solto, claro, por ser o “líder que não se deixa à beira da estrada”, desde que foi apontado, em 2010, como operador de propinas do PSDB.

Da tirada humorística que virou fato, a única coisa que ocorre é que o simpático site terá de mudar de slogan.

“Isento de verdade”, aquele que usa hoje, perdeu toda a graça.

Isenção, no Brasil, é que virou piada.


Tijolaço

Paulo Preto intimidou dois colaboradores e a mãe de um deles, aponta MPF

QUA, 30/05/2018 - 17:54
ATUALIZADO EM 30/05/2018 - 17:55


Jornal GGN - A prisão do ex-diretor da Dersa e operador do PSDB, Paulo Preto, nesta quarta-feira (30) tem relação com a acusação de uma testemunha, que ligou para o Ministério Público Federal de São Paulo, chorando e afirmando que tinha medo de depor. Mas este é o terceiro episódio.

A testemunha é um homem que detalhou para os investigadores como funcionava o esquema de desvios em programas de reassentamento da Dersa. Ele prestou relatos ao MPF-SP em sala separada dos réus e teve a sua imagem protegida, sem divulgação.

Acusado de desviar R$ 7,7 milhões da estatal paulista, durante os governos tucanos de Geraldo Alckmin e José Serra (de 2009 a 2011), o ex-diretor era uma indicação que partia do PSDB e foi apontado como o operador dos esquemas ilícitos de propinas junto ao partido.

Nesta quarta-feira (30), por ordem da juíza Maria Isabel do Prado, da 5ª Vara Criminal Federal de São Paulo, Paulo Preto foi novamente preso. Detido no dia 6 de abril, no âmbitos das investigações, ele passou apenas um mês na prisão até conseguir um habeas corpus do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que garantiu a sua liberdade.

A chamada telefônica da testemunha aos procuradores de República foi feita no dia 17 de maio. O homem ligou chorando, mostrando medo de depor. Mas essa não foi a única testemunha que relata se sentir ameaçada em prestar informações sobre as acusações que recaem contra Paulo Preto. 

A primeira prisão, no dia 6 de abril, não se deu pela quantia que o operador teria desviado, pelos R$ 113 milhões repassados por Paulo a contas no exterior, nem pelos indícios levantados pela Lava Jato de depoimentos da Odebrecht, OAS, Andrade Gutierrez e do lobista Adir Assad. A urgência foi motivada pelas ameaças que o investigado fez a uma ex-funcionária da Dersa.

A testemunha, neste caso, admitiu inserir, a mando de Paulo Preto, falsos beneficiários nas planilhas que contabilizavam os pagamentos para desapropriações de casas devido às obras do trecho Sul do Rodoanel, da avenida Jacu-Pêssego e da ampliação da Marginal do Tietê, durante os governos tucanos de Alckmin e Serra, gerando um prejuízo de mais de R$ 7 milhões entre 2009 e 2011.

A ex-funcionária disse aos investigadores do MPF que recebeu ameaças de Paulo Preto pelo menos três vezes, de que sofreria represálias na Dersa e em sua vida pessoal caso levasse adiante as denúncias. Por causa disso, ela narra que mudou de casa com frequência, com medo. E, assim, a Lava Jato decidiu prender o investigado pela primeira vez em abril.

Agora, a mãe dessa colaboradora também narra que passou a receber trotes depois que a filha prestou depoimentos. A idosa, mãe da testemunha, disse que recebeu telefonemas com pessoas chorando. O caso também foi interpretado pelos investigadores como tentativa de Paulo Preto intimidar a colaboradora.

Com estes episódios, somado à ausência de Paulo em uma das audiências em que foi convocado, a Procuradoria da República pediu, novamente, a prisão do operador tucano, que foi aceito pela Justiça Federal de São Paulo, sendo concretizada pela Polícia Federal nesta quarta-feira (30).

Nota do LT - O Ministro Gilmar Mendes já autorizou a libertação de Paulo Preto


Jornal GGN

“CIRO É UM BOM QUADRO, MAS NÃO UM LÍDER”, DIZ LULA

Esta foi a frase dita pelo ex-presidente Lula aos deputados que o visitaram na última terça-feira, afastando qualquer possibilidade de uma aliança formal entre PT e PDT no primeiro turno das eleições de 2018; segundo a Vox Populi, Lula tem 39% das intenções de voto e venceria no primeiro turno

31 DE MAIO DE 2018 

247 – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva rechaçou a hipótese de aliança entre PT e PDT no primeiro turno das eleições presidenciais de 2018, segundo informa a colunista Mônica Bergamo. "Lula jogou um balde de água fria em deputados que foram visitá-lo na terça (29) e tentaram puxar assunto sobre o eventual apoio do PT a Ciro Gomes (PDT-CE). 'Ciro é um bom quadro. Mas não é um líder', disse o ex-presidente, encerrando o assunto", informa a jornalista.

"Ele ainda confessou: sem ninguém para conversar, passa a maior parte do tempo vendo TV. 'Até a Globo eu tô assistindo, gente!', disse, provocando risos. Em discursos públicos, ele sempre acusa a emissora de perseguir o PT", escreve Mônica em sua coluna.


Brasil 247

FUP PEDE SUSPENSÃO À GREVE APÓS DECISÃO DO TST

"A decisão do TST é claramente para criminalizar e inviabilizar os movimentos sociais e sindicais. Diante disso, a FUP orienta os sindicatos a suspenderem a greve", diz a FUP em nota nesta quinta-feira, 31; "Um recuo momentâneo e necessário para a construção da greve por tempo indeterminado, que foi aprovada nacionalmente pela categoria. Essa grave violação dos direitos sindicais será amplamente denunciada", diz a entidade

31 DE MAIO DE 2018 

247 - A Federação Única dos Petroleiros (FUP) defendeu nesta quinta-feira, 31, a paralisação da categoria contra a política de reajuste de preços da Petrobras e pela saída de Pedro Parente. 

No entanto, após a decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que declarou a ilegal a paralisação, e determinou multas de R$ 2 milhões aos sindicatos, a FUP decidiu sugerir a suspensão do movimento paredista. 

"A decisão do TST é claramente para criminalizar e inviabilizar os movimentos sociais e sindicais. Diante disso, a FUP orienta os sindicatos a suspenderem a greve. Um recuo momentâneo e necessário para a construção da greve por tempo indeterminado, que foi aprovada nacionalmente pela categoria. Essa grave violação dos direitos sindicais será amplamente denunciada", diz a entidade. 

"A pauta pela mudança da política de preços da Petrobrás é de todos os brasileiros, pois diz respeito à luta histórica contra a exploração do país, que desde os tempos de colônia vem tendo seus bens minerais espoliados pelas nações imperialistas. É assim que ocorre ainda hoje com o nosso petróleo. E por isso, a população está pagando preços absurdos pelo gás de cozinha e pelos combustíveis", afirma a FUP.

Leia a nota na íntegra:

Não nos calarão

Os petroleiros novamente deixam sua marca na defesa da soberania. A luta contra a privatização da Petrobrás ganhou a sociedade. A categoria colocou em debate os interesses que pautam a política de preços dos combustíveis, deixando claro o projeto da gestão Pedro Parente de sacrificar o povo brasileiro e a soberania do país para cumprir os ditames do mercado financeiro e das grandes corporações internacionais.

Antes do protesto legítimo dos caminhoneiros contra os preços abusivos do diesel, a FUP e seus sindicatos já haviam aprovado uma greve nacional para deter a escalada descontrolada de aumentos do gás de cozinha e dos derivados, cobrando a retomada da produção a plena carga das refinarias e o fim das importações de derivados.

Diante da situação caótica em que se encontra o país, desgovernado e refém das imposições do mercado que manda e desmanda na Petrobrás, uma empresa que é estratégica para a nação, os petroleiros não poderiam se omitir. E, como em outros momentos da história, se levantaram e enfrentaram os desmandos do Tribunal Superior do Trabalho, que mesmo ciente de que a greve de advertência da categoria não causaria riscos de desabastecimento, tomou a decisão arbitrária e política de decretar a ilegalidade do movimento, assumindo o golpe e agindo como um tribunal do capital.

Os petroleiros não recuaram e seguiram em frente, ganhando a solidariedade dos movimentos sociais e de várias outras categorias, dentro e fora do país. A população veio junto e apoiou a greve, pois sofre os efeitos do desmonte da Petrobrás, que vão muito além da disparada dos preços do gás de cozinha e dos combustíveis. A privatização conduzida por Pedro Parente, os desinvestimentos, a transferência para a Ásia das encomendas de plataformas e navios desmontaram a indústria nacional, aumentaram o desemprego em massa e fizeram o PIB despencar.

O TST joga o jogo do capital e não deixaria barato a greve dos petroleiros. As multas diárias de R$ 500 mil saltaram para R$ 2 milhões, acrescidas da criminalização do movimento. O tribunal cobrou da Polícia Federal investigação das entidades sindicais e dos trabalhadores, em caso de desobediência. Essa multa abusiva e extorsiva jamais seria aplicada contra os empresários que submetem o país a locautes para se beneficiarem política e economicamente. Jamais seria imposta aos empresários que entregam patrimônios públicos, aos que destroem empregos e violam direitos dos trabalhadores.

A decisão do TST é claramente para criminalizar e inviabilizar os movimentos sociais e sindicais. Diante disso, a FUP orienta os sindicatos a suspenderem a greve. Um recuo momentâneo e necessário para a construção da greve por tempo indeterminado, que foi aprovada nacionalmente pela categoria. Essa grave violação dos direitos sindicais será amplamente denunciada.

Estamos diante de mais um desdobramento do golpe que fragiliza cada vez mais as instituições e o Estado Democrático de Direito. O enfrentamento é de classe e precisa da união de toda a sociedade.

A pauta pela mudança da política de preços da Petrobrás é de todos os brasileiros, pois diz respeito à luta histórica contra a exploração do país, que desde os tempos de colônia vem tendo seus bens minerais espoliados pelas nações imperialistas. É assim que ocorre ainda hoje com o nosso petróleo. E por isso, a população está pagando preços absurdos pelo gás de cozinha e pelos combustíveis.

Os petroleiros saem da greve de cabeça erguida, pois cumpriram um capítulo importante dessa luta, ao desmascarar os interesses privados e internacionais que pautam a gestão da Petrobrás. O representante da Shell que o mercado colocou no Conselho de Administração da empresa já caiu. O próximo será Pedro Parente.

Sigamos em frente, pois a defesa da Petrobrás é a defesa do Brasil.



Brasil 247

quarta-feira, 30 de maio de 2018

Segurança dá a Moro indícios de que Lula não é dono do sítio de Atibaia

QUA, 30/05/2018 - 20:55


Jornal GGN - Folha de S. Paulo publicou na noite desta quarta (30) uma matéria informando, no antepenúltimo paragráfo, que o tenente Valmir Moraes da Silva, segurança de Lula, soube "desde o primeiro momento" que o sítio de Atibaia pertence ao empresário Fernando Bittar, e não ao ex-presidente.

O jornal, contudo, destacou na manchete a declaração de Valmir deu a Sergio Moro sobre o número de finais de semana em que Lula esteve no espaço: foram 72 ao longo de 4 anos (de 2012 a 2015). Um ano tem cerca de 52 finais de semana.

A publicação denota que Valmir relatou a Moro situações que indicam que Lula não era dono do sítio. Uma delas é o fato de que o petista costumava fazer uma mala com roupas e utensílios para levar para ao sítio nos finais de semana, e sempre voltava com tudo para sua residência, em São Bernardo do Campo.

Ele também afirmou que quando havia problema no sítio, "a mulher de Lula, Marisa Letícia, dizia para ligar para o empresário [Bittar]", dono do espaço.

No final da matéria, o jornal diz que o filho de Lula e um dos donos do sítio procuraram Valmir para discutir a instalação de câmeras de segurança.

A Lava Jato de Curitiba acusa Lula de ter recebido reformas no sítio como vantagem indevida da Odebrecht e OAS. Os procuradores afirmam que esses favores têm conexão com contratos na Petrobras.


Jornal GGN

CÂMARA DEVE INSTALAR CPI SOBRE MÁFIA DAS DELAÇÕES

Pedido encabeçado pelo líder do PT, Paulo Pimenta, e diversas lideranças de outros partidos foi protocolado nesta quarta na Câmara dos Deputados; CPI deve apurar esquemas de venda de proteção em delações premiadas por parte de advogados e delatores da Operação Lava Jato, conforme denúncias feitas pelo advogado Rodrigo Tacla Duran e a partir de acusações de que o advogado Antonio Figueiredo Basto recebeu propina para proteger doleiros; "Queremos fazer uma investigação sobre a chamada indústria da delação", diz Pimenta

30 DE MAIO DE 2018 

247, com informações do PT na Câmara- Foi protocolado nesta quarta-feira (30), na Câmara dos Deputados, requerimento de pedido de instalação de Comissão Especial de Inquérito para investigar esquemas de venda de proteção em delações premiadas por parte de advogados e delatores no âmbito da Operação Lava Jato e em investigações anteriores. Os deputados conseguiram 191 assinaturas (o mínimo é 171). A instalação da comissão depende agora do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

O pedido, encabeçado pelos líderes Paulo Pimenta (PT-RS), Arthur Lira (PP-AL), Baleia Rossi (MDB/SP), Júlio Delgado (PSB/MG), André Figueiredo (PDT/CE), José Rocha (PR/ BA), Orlando Silva (PCdoB/SP), Chico Alencar (PSOL/RJ), Weverton Rocha (PDT/MA) e José Guimarães (PT/CE), é assinado também por mais 181 parlamentares. A instalação da CPI só depende do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

“Queremos fazer uma investigação sobre a chamada indústria da delação”, disse o líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta Segundo ele, há hoje um verdadeiro esquema criminoso em torno da Operação Lava Jato, com a criação de um “suspeito mercado de delações”, tanto para reduzir penas como para evitar o comprometimento de suspeitos. Segundo o parlamentar, trata-se de uma articulada estrutura de “venda de proteções, em relações subterrâneas entre juízes, procuradores e advogados”.

Taxa de proteção - O ponto de partida para a CPI são as delações dos doleiros Vinícius Claret, o Juca Bala, e Cláudio de Souza, integrantes do esquema comandado por Dario Messer, chamado de “doleiro de todos os doleiros”. Em suas delações, ambos acusam o advogado Antonio Figueiredo Basto, um dos maiores especialistas do País em colaborações premiadas, de cobrar uma “taxa de proteção” de US$ 50 mil mensais (cerca de R$ 185 mil) de outros integrantes do esquema.

O dinheiro, segundo pessoas que acompanham o caso, seria para proteger outros participantes de futuras delações, conforme matéria publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo. Em 2004, Basto intermediou a colaboração do doleiro Alberto Youssef no caso Banestado, esquema criminoso que funcionou durante o governo tucano Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) que escoou US$ 32 bilhões para o exterior de forma ilegal. Homologada pelo juiz Sérgio Moro, foi a primeira delação premiada do Brasil nos moldes atuais, mas ninguém foi punido e Yousseff continuou agindo normalmente como doleiro. 

Para Paulo Pimenta, os últimos fatos envolvendo Moro e seu entorno só confirmam as denúncias do advogado Tacla Durán, hoje residente na Espanha. Ele tem farta documentação que coloca em xeque não apenas a totalidade das delações dos executivos da Odebrecht no âmbito da Lava Jato, mas também de todas as denúncias construídas a partir dessas delações e de outros dados coletados a partir de sistemas de informações da empreiteira.

Entre outros fatos, Durán denunciou o chamado “esquema Zucolotto”, em que o advogado Carlos Zucolotto – amigo próximo do juiz Sérgio Moro, ex-sócio de sua esposa, Rosângela Moro, e padrinho de casamento do casal – teria funcionado como intermediador do seu acordo de delação com o Ministério Público. Disse ainda que o amigo da família Moro foi autor de uma proposta de redução de US$ 10 milhões na multa a ser cobrada de Durán, caso ele fizesse um pagamento de US$ 5 milhões “por fora”, além de um abrandamento de pena – de regime fechado para domiciliar.

Leia aqui a íntegra do requerimento.



Brasil 247

GILMAR MANDA SOLTAR PAULO PRETO NOVAMENTE

Economistas: ‘jênio” Parente deixa Petrobras ociosa e quer subsidiar diesel de fora?



POR FERNANDO BRITO · 30/05/2018




Nada menos que 25 professores de Economia da UFRJ divulgaram hoje um manifesto onde denunciam que o Governo vai subsidiar, por conta dos acordos feitos para cessar a greve dos caminhoneiros, em pelo menos R$ 3 bilhões a importação de diesel, enquanto Pedro Parente mantém um índice de 31% nas refinarias nacionais e faz a petrobras exportar petróleo bruto.

O texto, arrasador, mostra que o discurso de “eficiência” de Pedro Parente só se sustenta graças a “jornalistas amigos” e como se tornará insustentável em qualquer debate aberto, como o que pode acontecer na “CPI do Parente“, caso o Senado de fato a instale:

Recentemente, o Conselho de Administração da Petrobras, negligenciando os efeitos danosos da volatilidade no preço do petróleo para a atividade econômica, decidiu manter os preços dos combustíveis alinhados com os preços dos derivados no mercado internacional, independentemente dos custos de produção da companhia. Com essa política, a empresa passou a repassar os riscos econômicos da volatilidade dos preços para os consumidores com o objetivo de aumentar os dividendos de seus acionistas. A crise provocada pela reação dos caminhoneiros a essa política é fruto desse grave equívoco.

Para superar essa crise, é indispensável rever essa política. No entanto, o governo decidiu preservá-la, propondo um subsídio para o diesel com reajustes mensais no seu preço. O governo estima que essas medidas custarão R$ 13 bilhões aos cofres públicos até o final do ano, dos quais mais de R$ 3 bilhões serão gastos para subsidiar o diesel importado. O ministro Guardia justificou essa medida econômica heterodoxa como necessária para preservar a competitividade do diesel importado.

O Brasil importou 25,4 milhões de barris de gasolina e 82,2 milhões de barris de diesel no ano passado, porém exportou 328,2 milhões de barris de petróleo bruto. Na prática, esse petróleo foi refinado no exterior para atender o mercado doméstico, deixando nossas refinarias ociosas (31,9%) em março de 2018. Nesse processo, os brasileiros pagaram os custos da ociosidade das refinarias da Petrobras e aproximadamente US$ 730 milhões anuais pelo refino de seu óleo no exterior. Não é racional que o Brasil subsidie diesel importado para absorver a capacidade ociosa de concorrentes comerciais.

A Petrobras foi criada para garantir o suprimento doméstico de combustíveis com preços racionais. Não é razoável que o presidente da Petrobras declare que o petróleo produzido no Brasil é rentável a US$ 35 dólares/barril e proponha oferta-lo aos brasileiros a US$ 70/barril.

Assinam a nota os os professores do Instituto de Economia da UFRJ: Adilson de Oliveira; Ary Barradas; Carlos Frederico Leão Rocha; David Kupfer; Denise Lobato Gentil;Eduardo Costa Pinto; Fernando Carlos; Isabela Nogueira; João Saboia; João Sicsú; José Eduardo Cassiolato; José Luís Fiori; Karla Inez Leitão Lundgren; Lena Lavinas Lucia Kubrusly; Luiz Carlos Prado; Luiz Martins; Marcelo Gerson Pessoa de Matos; René Carvalho; Ronaldo Bicalho e Victor Prochnik


Tijolaço

BRENO ALTMAN: TEMER TEM QUE CAIR JÁ E SOLUÇÃO TERÁ QUE VIR DAS RUAS

O jornalista e editor do portal Opera Mundi, Breno Altman, ressalta a importância da mobilização popular para retirar o País da grave crise gerada pelo golpe; "Temer tem que cair já e solução terá que vir das ruas. A greve dos petroleiros precisa se transformar numa greve geral", defende; assista à íntegra de sua entrevista à TV 247

30 DE MAIO DE 2018 

TV 247 - O jornalista e editor do portal Opera Mundi, Breno Altman, concedeu entrevista à TV 247 nesta quarta-feira (30) ressaltando a importância da mobilização popular para retirar o País da grave crise gerada pelo golpe. "Temer tem que cair já e solução terá que vir das ruas", opina.

Altman observa a tensão nos setores da direita. "O golpe apodreceu e gerou consequências no governo, intensificando e antecipou a crise. Temer começou a negociar a cabeça de Pedro Parente, presidente da Petrobras, cogitando substituí-lo. O lado golpista está completamente desequilibrado", avalia.

Ele considera que só existe uma liderança capaz de construir um bloco de forças dentro do campo democrático. "Essa pessoa seria Lula, mas ele está preso, as eleições presidenciais não serão democráticas. O governo temer tem que cair e tem que ser agora, a solução tem eu vir das ruas", conclama Breno Altman.

Altman afirma que a esquerda precisa ampliar suas alianças e criar condições que impeça a continuidade do governo Temer. "Essa solução não nascerá do golpe, o Brasil não vive uma situação de normalidade. É preciso transformar a greve dos petroleiros numa greve geral", salienta.

O jornalista conclui a entrevista citando três bandeiras fundamentais na luta pelo regresso democrático. "Fora Temer, antecipação das eleições e o direito de Lula ser candidato, fora disso não teremos saída", encerra. 

Inscreva-se na TV 247 e confira a entrevista com Breno Altman:

O desastre americano da Petrobras, por André Araújo

ENVIADO POR ANDRE ARAUJO TER, 29/05/2018 - 07:23


O desastre americano da Petrobras, por André Araújo

As empresas estatais de petróleo foram criadas para exercer uma função estratégica na economia de seus países. São 13 estatais que estão entre as 20 maiores petrolíferas do mundo, sendo que nesta lista as 4 primeiras são estatais. O objetivo central para o qual essas companhias existem é atender às necessidades econômicas DE LONGO PRAZO de seus países, fazem parte da politica de Estado, da defesa de seus recursos energéticos, ao mesmo tempo que geram compras e empregos no Pais. Elas são, portanto, instituições nacionais e não simples firmas comerciais e são geridas como um fundamental ativo de cada Pais.

O critério vale tanto para países que dependem da exportação de petróleo como a Arabia Saudita (SAUDI ARAMCO), Kuwait (KUWAIT OIL CO.), Irã (NIOC-NATIONAL IRANIAN OIL CO.), Iraque (IRAQ NATIONAL PETROLEUM CO.), Angola (SONANGOL), como de paises emergentes de economia diversificada como México (PEMEX), Algéria (SONATRACH), Rússia (RUSSNEFT), chegando a países ricos como a Noruega onde opera a grande estatal de petróleo, a STATOIL, são companhias que servem a um projeto nacional , não podem servir ao mercado financeiro ao mesmo tempo porque as estratégias e os objetivos são completamente diferentes.


Ao listar a PETROBRAS na Bolsa de Nova York, o grupo de neoliberais que dominava o Governo FHC pretendia exatamente isso, tirar o papel estratégico da PETROBRAS, já que para essa ideologia até a própria noção de Projeto Nacional era obsoleta. Para o mercado financeiro global a única referência é o lucro, nacionalismo é coisa do passado, o mercado é tudo, analise que a História desde 2008 já demonstrou que é uma fantasia de lunáticos.

A função de servir a um projeto nacional foi a razão para ser criada a PETROBRAS em 1953, por iniciativa de um Presidente com ampla visão de Estado, o maior estadista brasileiro do Século XX, Getúlio Vargas. A criação teve ENORME oposição dos chamados “círculos conservadores”, avôs dos atuais neoliberais, com Eugênio Gudin à frente, apoiado pela mídia de então, como o jornal O GLOBO, os Diários Associados de Assis Chateaubriand e outros. A reação violenta da DIREITA de então esteve no pano de fundo da campanha contra Vargas, que no ano seguinte o levou ao suicídio, usando o velho e conhecido instrumento da Direita, a CRUZADA MORALISTA operada por uma “campanha anti-corrupção" contra um homem que não deixou herança além de um pequeno apartamento na Tijuca.

Vargas criou a PETROBRAS para proteger o Brasil da dependência total da importação de combustíveis dominada pelas “majors” de então, especialmente Esso, Shell, Gulf e Texaco, que garantiam ao governo que NÃO HAVIA PETROLEO NO BRASIL, usando como prova o chamado Relatório Link. Walter Link era um geólogo americano que não encontrou vestígios de petróleo no Brasil, relatório que era usado pela direita como arma contra a criação da Petrobras, lembrando que Vargas criou na mesma época o BNDE e a ELETROBRAS.

A PETROBRAS foi obra da visão de grandes brasileiros e foi imensamente fortalecida no Governo Militar de 64, esse crédito deve ser colocado na conta dos Presidentes militares, um dos quais, Geisel, foi também presidente da Petrobras. Nessa trajetória, a PETROBRAS construiu 11 refinarias, milhares de quilômetros de oleodutos e gasodutos, enormes estações de tancagem e distribuição, uma grande frota de navios tanques, fábricas petroquímica e de fertilizantes, explorou gás na Bolívia para o qual se construiu um gasoduto binacional de 3.800 quilometros e explorou petróleo na África e no Iraque, tornando-se ao fim do Século XX a 8ª empresa de petróleo do mundo.

O PRIMERIO GRANDE ATAQUE Á PETROBRAS

O governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso desviou completamente a Petrobras de seu papel estratégico, o que é uma ironia, a família Cardoso esteve na linha de frente pela criação da Petrobras em 1953. FHC se cercou completamente de um circulo de “neoliberais cariocas” formados na PUC Rio e com cursos nos EUA, com fé cega no mercado e inimigos da existência de empresas estatais achando que todas deveriam ser privatizadas já que na ideologia fanática deles o “mercado tudo resolve”, algo que não se acredita nem nos Estados Unidos. Esse grupo conhecido hoje como “Casa das Garças“ incluía nomes depois mediáticos, entre os quais Pedro Parente, todos com uma visão muito particular de Pais que começava no Leblon e terminava em Nova York.

Em função dessa ideologia privatista, não havendo condições politicas para vender a PETROBRAS porque isso jamais passaria no Congresso, conseguiram montar a primeira etapa de um projeto para a privatização futura da PETROBRAS, abrir seu capital para estrangeiros e listar as ações na Bolsa de Nova York. Para o público tudo foi vendido como coisa boa e moderna mas foi um DESASTRE para a Petrobras que NÃO LEVANTOU CAPITAL, apenas deu liquidez em dólar a ações já emitidas.

O Brasil pagou um altíssimo preço por essa alegada vantagem. A PETROBRAS ficou submetida à LEGISLAÇÃO AMERICANA, ninguém informou isso ao distinto publico na época mas, para os privatistas, era a glória deixar a PETROBRAS vulnerável ao Governo dos EUA, historicamente inimigo de empresas estatais de petróleo e aliado deles. Os neoliberais levaram a Petrobras à boca do lobo, enfraqueceram a governança da companhia em beneficio do estrangeiro.

Foram as empresas estatais de petróleo que impuseram as duas grandes crises do petróleo do Século XX com altas coordenadas de preço e são essas empresas que comandam, através de seus governos a OPEP, o cartel que controla a produção e comercialização de petróleo no mundo, uma estrutura de grande peso politico, um dos players do poder mundial de hoje.

Está claro portanto que as EMPRESAS ESTATAIS DE PETROLEO tem um papel estratégico na geopolítica do mundo atual, não são descartáveis como querem fazer crer os neoliberais brasileiros mal informados e mal intencionados que estão vendendo a PETROBRAS em pedaços sob a alegação de que o mercado tudo resolve e que empresa estatal é coisa do passado.

Na esteira dessa caminhada para vender a PETROBRAS, o Governo FHC colocou na presidência da companhia figuras do mercado financeiro que não entendiam nada de petróleo mas entendiam de Bolsa de Nova York, como Francisco Gros, diretor no Brasil do banco Morgan Stanley e Henri Philippe Reichstul, um francês e economista especializado em café que só conhecia gasolina no posto, depois sócio do Banco SRL. A ideia do grupo SEMPRE foi privatizar a companhia. Até globalizar o nome tentaram, nasceu a PETROBRAX, um nome bonito para americanos, criado por uma consultoria de marcas para tirar o caráter brasileiro e nacional da empresa mas a reação popular foi negativa e a ideia abandonada.

Essa leviandade de submeter a PETROBRAS à Lei Americana já custou US$2,95 bilhões pagos por conta de acordo sumário e sem maiores discussões com os ACIONISTAS MINORITARIOS AMERCANOS, antes mesmo de qualquer sentença, o mesmo valor que vai custar o acordo com 2 milhões de caminhoneiros em greve em maio de 2018. O Governo e a mídia tratam esse valor da concessão aos caminhoneiros como um terremoto financeiro que vai abalar o Brasil mas quando o MESMO VALOR foi pago a achacadores americanos DISFARÇADOS DE “ACIONISTAS MINORITARIOS” a mesma mídia e o mesmo governo fizeram cara de paisagem.

Ainda está pendente a MULTA do Departamento de Justiça contra a PETROBRAS, processo montado no Brasil com a ajuda de delatores brasileiros e plena colaboração com procuradores americanos que vieram até Curitiba interrogá-los, sem que o Governo brasileiro exercesse qualquer pressão diplomática sobre o Governo americano, algo perfeitamente normal e admitido em Washington, a PETROBRAS deixou a coisa correr solta e fácil.

No caso dos acionistas minoritários QUE NÃO SÃO ACIONISTAS INOCENTES, são fundos “”ABUTRES” que compram ações para processar empresas, é o negocio deles, conduzido por escritórios de advocacia especialistas nessa trapaça, um dos mais conhecidos é a Rosen Law Firm, esse tipo de processo comum nos EUA onde é tratado como “negócio de mau cheiro” em Wall Streetm foi conduzido com displicência e ar de desimportância, apesar de ter custado mais de DEZ BILHÕES DE REAIS à Petrobras, que chora tostões quando se trata de óleo diesel.

No Brasil, a mídia desinforma dizendo que e PETROBRAS apenas compensou velhinhas aposentadas do Oregon, sem expor a máfia das “class actions” que até meninos de Nova York conhecem como um dos negócios mafiosos de Wall Street. A Petrobras pagou o acordo bilionário com grande alegria e satisfação do dever cumprido, sob aplausos das Miriam Leitão e da mídia brasileira, que elogiaram a presteza e correção da Petrobras com seus “acionistas” estrangeiros tão virtuosos e bonzinhos que acreditaram na empresa, coitados.

A submissão da Petrobras à Lei Americana foi um dos dois maiores erros do Governo FHC pelos quais estamos pagando caro hoje. O segundo erro desse governo, na mesma linha de ‘ VAMOS AUMENTAR A COMPETIVIDADE “ foi o PROER, o programa de reorganização do sistema bancário que levou à absurda concentração do setor em três bancos particulares, quando, em 1990 no Brasil tinham 600 bancos. Banco com grandes redes e nichos especiais de mercado, como o BAMERINDUS, que atendia pequenos empresários, com problemas perfeitamente sanáveis foram forçados à venda para banco estrangeiro, Pedro Malan tinha fascínio por estrangeiros porque iriam “modernizar” a economia, coisa de vira-lata comum a todos os “neoliberais cariocas” que adoram qualquer coisa ou pessoa não-brasileira, porque tem horror do Brasil como nação, o Brasil é o atraso, o estrangeiro é a modernidade.

Na mesma linha liquidou-se o segundo maior banco do Pais, o histórico BANESPA, por causa de problemas em algumas operações. Foi liquidado s vendido a estrangeiros, sob protestos do governador Mario Covas, um homem integro que disse ser absurdo liquidar um banco daquele porte por causa de algumas operações pequenas mal liquidadas. Na mesma safra de loucura ideológica, foram liquidados outros bancos públicos importantes como Estado do Paraná, Crédito Real de Minas Gerais, Estado de Minas Gerais, perdendo o Pais uma grande rede de bancos regionais que impulsionavam a economia brasileira, mesmo que com eventuais erros de gestão, comuns também a bancos privados por todo o planeta.

O GOVERNO DO PT

Os governos de Lula e Dilma cometeram GRAVES erros na gestão da Petrobras, coloque-se na conta do débito MAS, em compensação, cometeram acertos IMENSOS, que os “neoliberais cariocas” jamais ousariam. O grande acerto foi investir pesadamente no PRÉ-SAL, acreditando nesse projeto quando os neoliberais e sua mídia vassala diziam que o pré-sal era uma fantasia.

Se nomearam diretores ruins também trouxeram para o comando do pre-sal o pai dessa ideia, o engenheiro Guilherme Estrella, dirigente que foi desde o inicio a alma do pre-sal, detestado pelos neoliberais. Então a gestão do PT teve erros e um grande ACERTO, o pre-sal.

A PETROBRAS jamais esteve quebrada, sempre teve crédito nos mercados internacionais por toda a gestão do PT. Dois anos antes da Era Parente a PETROBRAS fez seis emissões de bônus no mercado internacional com demanda três a cinco vezes maior do que a oferta, inclusive fez uma emissão de CEM ANOS de prazo, algo que só super “blue chips”, só empresas “prime” conseguem vender e essas emissões de bônus pré- Era Parente foram lideradas pelos maiores nome da banca global, como J.P. MORGAN e DEUTSCHE BANK, que jamais patrocinariam uma empresa quebrada. Já fizemos dois artigos específicos sobre essa lenda da “Petrobras quebrada” que é a base justificadora da VENDA DE ATIVOS A QUALQUER PREÇO da gestão Parente. A PETROBRAS jamais esteve remotamente quebrada porque seu fluxo de caixa em reais e em dólares se manteve estável por todo o período entre 2014 e 2016.

Empresas de petróleo com GRANDES RESERVAS dificilmente quebram, mesmo nos piores cenários, o que nem de longe jamais aconteceu com a Petrobras, que sempre teve fila de ofertas de crédito de bancos e países para todas suas necessidades de curto e longo prazo.

Mas o “mito da PETROBRAS quebrada” era necessário para o projeto Pedro Parente de liquidação de ativos a jato, afinal ele dizia que a empresa estava super endividada, mas isso não o impediu de pré- pagar uma divida com o Banco J.P.Morgan CINCO ANOS antes do prazo. Não só essa. A Petrobras antecipou o pagamento de empréstimos porque estava com caixa folgado MAS era essencial espalhar a ideia da “Petrobras falida”, tarefa com que contou com o suporte fundamental do Grupo GLOBO, especialmente de Miriam Leitão e seu time de Sardenbergs, Borges, Cruzes, Camarottis, todos como um coral de sapos repetindo o mantra. Aliás a própria direção da Petrobras ao repassar essa ideia de “Petrobras quebrada” operou CONTRA A IMAGEM da companhia, um pecado imperdoável para dirigentes de empresas, que jamais devem jogar contra a empresa para beneficiar seu projeto pessoal.

A LENDA DA PETROBRAS QUEBRADA FOI FUNDAMENTAL PARA JUSTIFICAR A VENDA RAPIDA DE ATIVOS EM CLIMA DE LIQUIDAÇÃO

A GESTÃO PEDRO PARENTE

É uma gestão que é um retorno da trajetória do governo FHC, sua missão é uma só, privatizar a PETROBRAS, seja de qual jeito for, uma “privatização branca” vendendo ativos a toque de caixa a preços de liquidação , é vender por vender porque diz que precisa pagar divida, grossa mentira, a PETROBRAS tem ANTECIPADO o pagamento de dividas que iriam se vencer anos à frente, empresa que faz isso está com dinheiro sobrando, nunca esteve quebrada, a desculpa todavia é necessária para justificar vendas de ativos fundamentais sem licitação.

Mas na crise dos combustíveis que gerou a greve dos caminhoneiros os pecados foram muito maiores. DOLARIZOU-SE o preço dos combustíveis na bomba por dois motivos:

Primeiro, a gestão Parente AUMENTOU SUBSTANCIALMENTE a importação de diesel e gasolina com finalidades sinistras, estimular a concorrência CONTRA A PETROBRAS para que esses concorrentes fiquem incentivados para comprar as refinarias da Petrobras que ele quer vender rápido. Parente está OPERANDO CONTRA A PETROBRAS para cumprir seu plano ideológico de privatizar a empresa, essa é sua missão, está descumprindo sua missão de administrador de companhia a favor de um outro projeto que não é o da empresa.

A segunda razão e poder dizer aos acionistas americanos que os preços de venda de combustível seguem o padrão-dolar e assim garantem paridade cambial para as receitas e dividendos da PETROBRAS, atender aos interesses dos acionistas estrangeiros é crucial e prevalece sobre os interesses do Pais a quem a PETROBRAS deveria servir.

O PREÇO DO DIESEL

O preço de diesel está sendo calculado como se o barril do petróleo estivesse cotado no mercado internacional a 140 dólares, quase o dobro da cotação atual, a aberração do preço do diesel na bombas NÃO É POR CAUSA DOS IMPOSTOS, é por causa da politica de dolarização da Petrobras, que agora quer fazer crer que o problema são os impostos e não ela.

Essa anomalia merece uma “ CPI PARA INVESTIGAR A POLITICA DE PREÇOS DA PETROBRAS” que é francamente lesiva ao Pais e benéfica aos acionistas minoritários estrangeiros, aqueles para os quais a PETROBRAS está sendo administrada em primeiro lugar.

Um gestor de empresa executar uma politica ideológica PARA CRIAR CONCORRENTES visando atender a um projeto politico fora da empresa vai contra os interesse do Pais, do Estado acionista controlador, de seus consumidores e de seus empregados, é uma gestão CONTRA os interesses da empresa, segundo a Lei das Sociedades Anônimas.

O PROJETO DE LIQUIDAÇÃO DA PETROBRAS

Esse “projeto” de desmonte, liquidação e venda a preços mínimos da PETROBRAS vem do Governo FHC, quando foi testada mudança do logo para PETROBRAX, visando tirar a marca nacional do nome, tentaram e não passou pela barreira politica, houve uma forte reação popular que indicava uma impossibilidade legal para a privatização naquele momento.

Com a queda do governo Dilma abriu-se de repente uma janela imprevista para tocar o “projeto Petrobras New York”, que começou em 1998 com a irresponsável venda de 36% das ações da União na Bolsa de Nova York, ações velhas que não renderam nenhum capital novo para a empresa e o dinheiro obtido pela União foi para o orçamento geral e prontamente gasto nas despesas de custeio, venderam a joia da coroa para pagar o vinho.

Esse passo desastroso colocou a PETROBRAS sob a jurisdição americana, o que até agora já custou muito caro à Petrobras e ao Pais, como já demonstramos.

Nesta etapa 2016-2018 o “projeto Petrobras New York” teve ações preparatórias para levar adiante o projeto de desmonte, liquidação e venda da empresa, a saber:

- A demonização da empresa pela Lava Jato, visando mostrá-la como um antro de corrupção apenas esquecendo que durante o governo petista a produção do pré-sal deu um salto e a empresa não parou de investir no aumento de sua produção de cru, tornando o Brasil PRATICAMENTE AUTO SUFICIENTE EM PETRÓLEO. A “escandalização” sobre corrupção na PETROBRAS derrubou a cotação das ações, não foi a corrupção e sim o escândalo, a corrupção deveria ter sido combatida e processada, como fez a Halliburton na mesma época, sem que suas ações fossem afetadas minimamente, O COMBATE À CORRUPÇÃO NÃO FOI USADO COMO ARMA POLITICA.

- A propagação da lenda PETROBRAS QUEBRADA pelo Sistema Globo, completa falsificação da realidade porque nesse período o FLUXO DE CAIXA se manteve estável, o ENDIVIDAMENTO era compatível com o balanço, o mercado internacional se ofereceu para comprar os bônus novos da empresa em volume três a quatro vezes maior que o ofertado, inclusive bônus de cem anos de prazo e o MERCADO SECUNDÁRIO manteve firme a cotação dos bônus já emitidos, nesse período a PETROBRAS não teve qualquer problema de crédito apesar da campanha da GLOBO e da própria nova gestão da PETROBRAS visando demolir o credito e a imagem da empresa, que inclusive pagou dividas a se vencer em 2022 com o banco JP Morgan.

- O desmonte proposital da cadeia integrada entre produção, refino, transporte e distribuição, QUEBRANDO CRIMINOSIMENTE a unidade fundamental do Sistema Petrobras, desintegrando suas operações que levaram décadas para montar e que são essenciais para qualquer grande companhia de petróleo, ativos que integrados valiam 200 bilhões de Reais, aos pedaços foram vendidos por 27 bilhões, a DESINTEGRAÇÃO NÃO TEM JUSTIFICATIVA ECONÔMICA e foi uma ação temerária da atual gestão que mereceria uma ação contra os administradores pela Lei das Sociedades Anônimas por dilapidação do patrimônio da empresa.

- A atual gestão passou a direcionar a produção do pré-sal para venda como petróleo bruto, o que tem menor valor, invés de refiná-lo em suas próprias refinarias e para suprir o mercado nacional, sua função principal, e invés disso passou a COMPRAR combustível de terceiros no mercado americano, a preços internacionais, levando à ociosidade suas refinarias e elevando em 56% os preços no mercado interno em apenas um ano, medidas sem lógica comercial, encarecendo o “mix” de preços da companhia, ao mesmo tempo deixando ociosas suas próprias refinarias, AÇÕES QUE NÃO TEM JUSTIFICATIVA ECONÔMICA à luz de uma gestão racional de empresa. A lógica seria produzir combustível a partir de sua própria extração e refiná-lo em suas próprias refinarias e só comprar no mercado externo o complemento que não fosse possível produzir no Pais, volume que pelos números deveria estar entre 10 e 15% das necessidades do mercado brasileiro e não 80% como se dá no diesel.

A DESINTEGRAÇÃO e a PREFERENCIA POR IMPORTAÇÃO só tem lógica se o objetivo for o de vender toda a empresa em PEDAÇOS, deixando uma casca vazia, como ocorreu com a TELEBRAS e ao fim realizar um LEILÃO de liquidação para o pré-sal.

Em resumo, a atual gestão da PETROBRAS está contra os interesse do Brasil, do Estado acionista controlador, dos consumidores, dos empregados e da própria empresa.

A atual gestão da PETROBAS é uma continuação da politica neoliberal privatista do Governo do PSDB na gestão FHC, representando uma traição aos eleitores de 2014 que votaram pelo fortalecimento da PETROBRAS e não de seu desmonte, liquidação e venda.

Essa é a raiz do atual movimento dos caminhoneiros e de suas consequências e reflexos.


Jornal GGN

Paulinho da Força vai em cana

Jovair é o canalha que relatou o impeachment da Dilma

publicado 30/05/2018

Jovair lê o relatório que pede aos canalhas para derrubar uma presidenta honesta (Créditos: Valter Campanato/Agência Brasil)


Da Fel-lha:



A Polícia Federal deflagrou nesta quarta (30) operação para desarticular organização suspeita de fraudar a concessão de registros sindicais no Ministério do Trabalho. ​Segundo fontes com acesso às investigações, entre os alvos estão os deputados federais Paulinho da Força (SDD-SP), Jovair Arantes (PTB-GO) e Wilson Filho (PTB-PB), cujos partidos controlam a pasta.


(...) Por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal), estão sendo feitas buscas nos gabinetes dos congressistas e no ministério, em Brasília, além das sedes dos partidos e de centrais sindicais. Paulinho lidera a Força Sindical. (...)


Na petição enviada ao STF, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, apontou a existência de um esquema criminoso estruturado em cinco núcleos de atuação: administrativo, político, sindical, captador e financeiro.


Ela explicou que pagava-se R$ 4 milhões pela liberação de um único registro sindical. Desde 2017, parte dos integrantes do grupo criminoso responde a uma ação por improbidade administrativa em andamento na Justiça Federal, em Brasília. (...)


Em tempo: Paulinho da Força também é conhecido, no ABC do C Af, como Pauzinho do Dantas.d



Conversa Afiada

"Prender Temer e soltar Lula", ao vivo na Globo!

Trabalhador de Caruaru faz repórter tremer



Conversa Afiada

PARENTE AFRONTA O PAÍS E AUMENTA GASOLINA EM MEIO À CRISE

EDITORIAL DA FOLHA: TEMER É UM CADÁVER ENTRONADO

O jornal Folha de S. Paulo faz seu editorial mais violento contra o governo Temer. Diz que Temer já deveria estar fora do cargo há muito tempo e que se tornou um cadáver entronado; para o jornal, a permanência de Temer é o “aviltamento da Presidência da República”

30 DE MAIO DE 2018 

247 – O jornal Folha de S. Paulo faz seu editorial mais violento contra o governo Temer. Diz que Temer já deveria estar fora do cargo há muito tempo e que se tornou um cadáver entronado. Para o jornal, a permanência de Temer é o “aviltamento da Presidência da República”.

O tom do editorial é inédito para o governo Temer. Faltou pouco para a Folha usar a palavra “golpista”. O editorial desanca o trio de ministros que compõem a cúpula do governo neste momento: Padilha, Jungmann e Marun. Acusam-nos de “torrarem uma dinheirama” dos contribuintes em acordos fracassados.

"Os três ministros —Eliseu Padilha (Casa Civil), Raul Jungmann (Segurança Pública) e Carlos Marun (Secretaria de Governo)— encarregados de gerir a crise falaram bem mais que agiram, negociaram com quem não podia cumprir o assinado, porque não comandava a massa parada nas rodovias, e torraram uma dinheirama dos contribuintes em acordos fracassados. O Brasil tem 13,4 milhões de desempregados, entre outros desafios sociais dessa magnitude. Não parece fazer sentido gastar bilhões, que o Tesouro terá de tomar emprestados a juros de mercado, com centenas de milhares de caminhoneiros em dificuldade, mas empregados.

Se o governo não consegue fazer frente a forças que chantageiam os consumidores e impor um mínimo de racionalidade às negociações, o governo é desnecessário. A mesma fatia assoberbante de brasileiros que apoia a paralisação dos caminhoneiros, no Datafolha, rejeita pagar a conta das concessões, que virá sob a forma de mais impostos ou com o corte de gastos."



Brasil 247

OPERADOR DO PSDB, PAULO PRETO É PRESO NOVAMENTE

O engenheiro Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da Dersa e apontado como operador do PSDB em campanhas eleitorais, voltou a ser preso nesta quarta-feira, 30, após descumprir decisão judicial; dono de quatro contas na Suíça onde foram encontrados US$ 34 milhões, Paulo Preto havia sido solto no último dia 11 após ter habeas corpus concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes

30 DE MAIO DE 2018 

SP 247 - O engenheiro Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da Dersa e apontado como operador do PSDB em campanhas eleitorais, voltou a ser preso nesta quarta-feira, 30, após descumprir decisão judicial.

Suspeito de participar de desvio de recursos públicos durante obras do governo do PSDB no estado de São Paulo entre os anos de 2009 e 2011, durante os governos de José Serra, Alberto Goldman e Geraldo Alckmin, Paulo Preto havia sido solto no último dia (11) após ter habeas corpus concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.

Depois que foi nomeado diretor do Dersa (empresa responsável por obras rodoviárias de São Paulo) pelo então governador de São Paulo José Serra, em 24 de maio de 2007, Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, abriu quatro contas no banco Bordier & Cie, em Genebra, segundo consta em documento enviado ao Brasil pelas autoridades suíças. Entre os anos de 2007 e 2009 – governo Serra – essas contas receberam “numerosas entradas de fundos”.

“As quatro contas tinham um saldo de US$ 34,4 milhões quando Souza, conhecido como Paulo Preto, decidiu transferir os recursos da Suíça para as Bahamas, no começo de 2017. 

Na Suíça, o ex-diretor da Dersa já estava sob investigação das autoridades que cuidam do combate à lavagem de dinheiro e corria o risco de ter os R$ 121 milhões sequestrados pelas autoridades. Souza foi preso em 6 de abril pela Operação Lava Jato em São Paulo, sob acusação de ter desviado R$ 7,7 milhões na obra do Rodoanel Sul, o que seus advogados negam.”


Brasil 247

AFASTAMENTO DE PARENTE É URGENTE, DIZ ZARATTINI

O deputado federal pelo PT, Carlos Lula Zarattini, diz que a saída de Pedro Parente da Petrobrás se tornou quase unanimidade no país e na Câmara: "há uma posição muito forte dentro da Câmara, que pede o afastamento urgente de Pedro Parente da presidência da Petrobras; não é uma posição só do PT; é uma posição de muitos parlamentares, dos mais diversos partidos"

30 DE MAIO DE 2018 

Do site O PT na Câmara - O líder em exercício da Bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara, deputado Carlos Lula Zarattini (PT-SP), em entrevista coletiva, nesta terça-feira (29), apresentou propostas alternativas para resolver o caos causado pela administração de Pedro Parente à frente da Petrobras. Durante a gestão golpista do tucano, a estatal adotou a prática de aumento constante e exorbitante do preço dos combustíveis. Para que o Brasil entre nos eixos e a Petrobras assuma seu papel de produtor de energia para o povo brasileiro, o petista defende a saída imediata do tucano Parente da presidência da empresa.

“Há uma posição muito forte dentro da Câmara, que pede o afastamento urgente de Pedro Parente da presidência da Petrobras. Não é uma posição só do PT. É uma posição de muitos parlamentares, dos mais diversos partidos. Muitos querem o afastamento desse presidente da Petrobras e a revisão da política de preços, uma política que levou a essa crise gigantesca que o País vive”, explicou Zarattini.

De acordo com o líder petista, a Petrobras foi criada na década de 50 para produzir energia à população a preços populares e não para ser empresa de mercado. “Ela não pode ser igual a Shell, Chevron, Exxon. A Petrobras tem de ser uma empresa para atender o povo brasileiro. Por isso, o nosso objetivo é tirar Pedro Parente da Petrobras”, anunciou Zarattini, que ainda ironizou o fato de o tucano ter mais estabilidade no cargo do que Michel Temer.

“Muita gente no Congresso Nacional fala em tirar o Temer, mas querem manter o Pedro Parente. Essa é a solução neoliberal que encontraram, à qual somos totalmente contrários”, reiterou o líder petista.

Política de preços – Carlos Zarattini explicou que a Petrobras adotou nova política de preços dos combustíveis, em outubro de 2016, seis meses após o golpe parlamentar. A consequência dessa adoção, de acordo com o deputado, levou o Brasil a viver o caos. O parlamentar ainda denunciou que com a política de preços do governo golpista, foram praticados preços mais altos que viabilizaram a importação pelas empresas concorrentes.

“A estatal perdeu mercado e a ociosidade de suas refinarias chegou a um quarto da capacidade instalada. A exportação de petróleo cru disparou, enquanto a importação de derivados bateu recordes”, comparou.

Com a entrada de Pedro Parente na direção da Petrobras, houve o anúncio em junho de 2017 da revisão da política dos preços de diesel e da gasolina. O deputado descreveu que o preço da gasolina nas refinarias subiu 57%, do diesel 57,8% e 70% foi o índice registado pelo gás de cozinha nas refinarias, em 2017.

“O que temos visto no governo Temer é a extrema volatilidade dos preços. A gasolina foi reajustada 225 vezes e o diesel 229. A política da Petrobras de reajustes gera revolta e preços internos mais elevados do que os internacionais”, denunciou.

Propostas – Zarattini adiantou que amanhã (30), a Bancada do PT vai apresentar na Câmara e no Senado dois projetos de leis que apontam o caminho que o País deve trilhar. A primeira proposta, segundo Zarattini, vai definir uma política de preços da Petrobras e diretrizes para essa política de preço. O deputado observou que o projeto visa a preservar o interesse nacional, proteger os interesses do consumidor em relação a preço, qualidade e oferta dos produtos, e vai contribuir ainda para a redução da vulnerabilidade externa da economia mediante estímulo à produção e a autossuficiência – o que significa retomar as obras das refinarias para que estas atinjam suas capacidades de produção.

“As refinarias brasileiras que já existem estão produzindo com cerca de 60% de sua capacidade. Se nós elevamos essa produção para 85, 90, 95%, com certeza nós poderemos produzir mais diesel barato, mais gasolina barata e reduzir a volatilidade dos preços internos, ou seja, a flutuação dos preços tem que ser amenizada”, assegurou.

Outra proposta citada por Zarattini diz respeito ao aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Segundo ele, para as empresas do setor financeiro a alíquota passará de 20 para 25%. Já para as empresas do setor de petróleo e gás natural – que hoje é de 9% – passará para 18%. “Vamos tirar o lucro daqueles que mais ganham que são exatamente as empresas como a Petrobras, Shell, Exxon Chevron, empresas que estão ganhando com essa alta do preço do petróleo, do óleo diesel, do gás natural, e também do setor financeiro que não para de aumentar os lucros”, finalizou Zarattini.

Leia a matéria no site O PT na Câmara.


Brasil 247