segunda-feira, 1 de outubro de 2018

FOLHA DETONA FUX: AGIU FORA DA LEI E CONSAGROU PRÁTICA ODIOSA DA CENSURA PRÉVIA

A decisão tresloucada do ministro Luiz Fux em proibir a entrevista com o ex-presidente Lula abriu uma crise entre o jornal Folha de S. Paulo e o STF; em editorial, o jornal desanca Fux e clama pelo respeito à constituição na suprema corte: "numa deplorável sequência de erros, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, cassou decisão de seu colega Ricardo Lewandowski que autorizava esta Folha a entrevistar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva"

1 DE OUTUBRO DE 2018 

247 - A decisão tresloucada do ministro Luiz Fux em proibir a entrevista com o ex-presidente Lula abriu uma crise entre o jornal Folha de S. Paulo e o STF. Em editorial, o jornal desanca Fux e clama pelo respeito à constituição na suprema corte: "numa deplorável sequência de erros, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, cassou decisão de seu colega Ricardo Lewandowski que autorizava esta Folha a entrevistar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso após condenação em segunda instância por crime de corrupção passiva e lavagem de dinheiro".

O texto do editorial ainda destaca que "Lewandowski havia entendido que impedir a entrevista seria uma violação à decisão da corte quando julgou a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 130/DF, assegurando a plena liberdade de imprensa como categoria jurídica proibitiva de qualquer tipo de censura prévia".

E segue elencando o volume de argumentos disponíveis para que a tese da censura prévia de Fux seja amplamente aceita: "além disso, o Judiciário, em inúmeras oportunidades, já havia garantido o direito de pessoas custodiadas pelo Estado falarem a veículos de comunicação. Afora tratar-se de prerrogativa constitucional, a entrevista com Lula reveste-se de incontestável interesse público e jornalístico. Como se sabe, o petista é personagem relevante da disputa presidencial">

O jornal ainda sublinha a importância jornalística da entrevista: "mesmo preso, liderou pesquisas de intenção de votos e, uma vez impedido de concorrer, logrou transferir parte considerável de seu patrimônio eleitoral ao candidato de seu partido, Fernando Haddad. Este, como é notório, mantém-se em estreito contato com o ex-presidente, cujos conselhos admite que continuará levando em conta caso venha a assumir a Presidência da República".



Brasil 247

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