sexta-feira, 30 de novembro de 2018

VÍDEO – A Junta Militar de Bolsonaro. Por Joaquim de Carvalho


Publicado por Joaquim de Carvalho
- 30 de novembro de 2018




Diário do Centro do Mundo   -   DCM



Almirante das Minas e Energia é boa escolha de Bolsonaro



POR FERNANDO BRITO · 30/11/2018




Apesar da mais que justificável preocupação com a “ocupação militar” do Governo, a escolha do Almirante Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Junior, ex-diretor-geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, para o cargo de Ministro das Minas e Energia dá, à primeira vista, a ideia de que a Petrobras terá alguma defesa contra aqueles que pretendem desmontá-la.

Albuquerque Júnior sempre foi um defensor da capacitação do Brasil em desenvolver tecnologias e meios para defender-se, apoiou o Projeto Amazônia Azul, o programa de submarinos nucleares (o Prosub) e teve um comportamento digno quando os histéricos da Lava Jato arrastaram na lama o Almirante Othon Pinheiro da Silva, ao menos na entrevista que deu à CartaCapital, onde reconheceu que ele, já posto em desgraça, é o grande responsável pelo nosso domínio do ciclo nuclear.

O almirante sabe, e por experiência própria, como os nossos irmãos do norte são quando se trata de vetar o domínio e a posse de equipamentos e materiais de ponta por estas nossas bandas. E que se os gringos não deixam, melhor que os criemos nós.

Em matéria de pensamento de independência e desenvolvimento científico-tecnológico está a anos luz da tragicomédia Marcos Pontes.

Embora seja impossível esperar que ele assuma uma posição de completa resistência à alienação de nossas reservas do pré-sal – do contrário seria inimaginável que participasse de um governo como o atual – é provável que não concordará com o completo “depenamento” da Petrobras.

Num governo que bate continência à bandeira norte-americana é algum alívio que esteja, ao menos à frente da exploração das nossas riquezas minerais alguém que o faça para a bandeira brasileira.


Tijolaço

TEREZA CRUVINEL: EUA NÃO COSTUMAM VALORIZAR QUEM SE ENTREGA DE GRAÇA

A jornalista Tereza Cruvinel observa que apesar observa que apesar de ter usado símbolos "com maestria" durante a campanha eleitoral, o presidente eleito Jair Bolsonaro e seus filhos acabaram por produzir, em poucas horas, "dois gestos simbólicos de alto significado sobre a servidão voluntária do futuro governo aos Estados Unidos, que não costumam valorizar quem se entrega de graça" 

30 DE NOVEMBRO DE 2018 

247 - A jornalista Tereza Cruvinel observa que apesar observa que apesar de ter usado símbolos "com maestria" durante a campanha eleitoral, o presidente eleito Jair Bolsonaro e seus filhos acabaram por produzir ,em poucas horas, "dois gestos simbólicos de alto significado sobre a servidão voluntária do futuro governo aos Estados Unidos, que não costumam valorizar quem se entrega de graça". "Primeiro o deputado Eduardo Bolsonaro saiu de um encontro na Casa Branca usando um boné com a inscrição "Trump 2020". Ontem o pai bateu continência para o conselheiro de segurança nacional de Trump, John Bolton, gesto reservado às patentes superiores, na linguagem militar", observa.

"Agora que a campanha acabou, Bolsonaro e seus filhos mais aguerridos precisarão ter mais cuidado com os símbolos e também com as palavras. Anteontem, ao admitir que partiu dele as gestões junto ao Itamaraty para que o Brasil recuasse na oferta para sediar a reunião da COP-25, conferência da ONU sobre mudança climática, Bolsonaro insinuou que pode romper com o Acordo de Paris: não gostaria de fazê-lo numa reunião organizada pelo Brasil. Se a decisão não está tomada, não deveria mencioná-la", ressalta a jornalista em sua coluna no Jornal do Brasil.


"Palavras têm consequências. Se Bolsonaro, tal como Trump, romper o acordo, sobrará para o agronegócio brasileiro, hoje beneficiados, em suas exportações, pela boa reputação que o Brasil, nos últimos anos, angariou na questão ambiental. Este trunfo será jogado fora", ressalta. 

Leia a íntegra no Jornal do Brasil.


Brasil 247

DERRETIMENTO DO PSDB E ACORDO COM A CCR PODE PÔR FIM À BLINDAGEM TUCANA

O acordo firmado com a CCR (Companhia de Concessões Rodoviárias) pode dar início a uma investigação verdadeiramente republicana com relação aos político que se usaram seus cargos e poder para proveito próprio, diz o promotor de Justiça do patrimônio público José Carlos Blat. A denúncia de que os ex-governadores Alckmin e Serra (ambos do PSDB) receberam mais de R$ 30 milhões em propinas apontam para o começo do fim da blindagem tucana articulada há décadas por parte do poder judiciário brasileiro

30 DE NOVEMBRO DE 2018

247 - O acordo firmado com a CCR (Companhia de Concessões Rodoviárias) pode dar início a uma investigação verdadeiramente republicana com relação aos político que se usaram seus cargos e poder para proveito próprio, diz o promotor de Justiça do patrimônio público José Carlos Blat. A denúncia de que os ex-governadores Alckmin e Serra (ambos do PSDB) receberam mais de R$ 30 milhões em propinas apontam para o começo do fim da blindagem tucana articulada há décadas por parte do poder judiciário brasileiro. 

A reportagem da Revista Istoé destaca a aparente mudança de rumos da justiça paulista: "o promotor de Justiça do patrimônio público José Carlos Blat, do Ministério Público de São Paulo, afirmou nesta quinta-feira, 29, que o Termo de Autocomposição firmado com o Grupo CCR 'é o começo de uma grande investigação contra políticos'. A Promotoria fechou com a companhia um acordo em que é revelado caixa 2 de ao menos R$ 30 milhões para campanhas eleitorais de ex-governadores e deputados de São Paulo. Pelo menos 15 políticos são citados no termo, denominado Auto Composição para Ato de Improbidade, entre eles, os ex-governadores Geraldo Alckmin e José Serra, ambos do PSDB, e o deputado estadual Campos Machado (PTB)."

E informa os termos do acordo: "a concessionária se dispôs a pagar multa de R$ 81 milhões – R$ 44 milhões de multa por improbidade, valor destinado ao Estado, e R$ 17 milhões, na forma de doação, destinados à Biblioteca da Faculdade de Direito da USP, nas Arcadas do Largo São Francisco, mais R$ 15,427 milhões para os cofres do Estado por dano moral coletivo e R$ 4,6 milhões para o fundo de direitos difusos."


Brasil 247

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

STF julga Lula na 3ª-feira. Ou melhor, julgará (e absolverá) Moro



POR FERNANDO BRITO · 29/11/2018




Enquanto seguem adiando para as calendas o julgamento que interessa – a constitucionalidade de prisão em 2ª instância, aquela que a Ministra Rosa Weber ser contra, mas vota a favor – o STF anda rápido com outro processo de Lula, onde é certo que ele vai perder.

O ministro Ricardo Lewandowski, marcou para a próxima terça-feira, dia 4, o julgamento do caso onde o ex-presidente alega que houve “perda de imparcialidade” do ex-juiz federal Sergio Moro por ele ter aceitado ser ministro da Justiça e Segurança Pública do governo do presidente da República eleito, Jair Bolsonaro.

Ora, até as pedras do caminho sabe que Moro não perdeu a imparcialidade, porque imparcialidade, porque parcial ele é desde antes de o processo de Lula ter chegado a Curitiba. O que Moro perdeu, e definitivamente, foi o decoro. Mas querer decoro parece hoje , neste Brasil de poderosos selvagens, uma excentricidade.

Aliás, Janio de Freitas, hoje, é demolidor sobre isso, em seu artigo na Folha:

No mundo não atrasado, inexiste o país onde um juiz pusesse na cadeia o líder da disputa eleitoral e provável futuro presidente, e deixasse a magistratura para ser ministro do eleito por ausência do favorito.
O juiz italiano da Mãos Limpas [Giovane Falcone] tornou-se político, mas sua decisão se deu um ano e meio depois de deixar a magistratura. Moro repôs o Brasil na liderança do chamado subdesenvolvimento tropical, condição em que a Justiça se iguala à moradia, à saúde, à educação, e outros bens de luxo.

Nem o STF – perdoem-me as maiúsculas – nem qualquer instância judicial brasileira é capaz, hoje, de fazer frente ao homem que, neste momento, afia as baionetas de sua chefia da polícia politica do Brasil e prepara uma Lava Jato, agora com (mais) jurisdição nacional.

O resultado da ação de de Lula contra a parcialidade da qual todos sabem mas ninguém falará é, portanto, algo já definido.

Aliás, só por isso foi marcado, para dizer formalmente o que todo mundo sabe que é mentira.



Tijolaço

CULPA PELA FUGA DE LATINO-AMERICANOS DA 'MISÉRIA E HORRORES' É DOS EUA, DIZ CHOMSKY

Linguista e filósofo Noam Chomsky lembra que a maior parte dos migrantes na caravana é de Honduras — e há uma razão para isso. Ele explicou que, em 2009, um golpe militar derrubou um "presidente levemente reformista" em Honduras e o governo de Barack Obama se recusou a condenar a medida; "O governo Obama elogiou Honduras por realizar uma eleição, indo em direção à democracia e assim por diante. Agora as pessoas estão fugindo da miséria e dos horrores pelos quais somos responsáveis", declarou Chomsky

29 DE NOVEMBRO DE 2018 

Sputnik Brasil - Enquanto o presidente estadunidense Donald Trump tolera o uso de gás lacrimogêneo contra migrantes na fronteira mexicana, o linguista e filósofo Noam Chomsky disse que os ex-presidentes dos EUA são aqueles que tornaram as condições tão ruins na América Latina que obrigam as pessoas a fugir.

Falando ao programa Democracy Now, Chomsky culpou Washington por tornar as coisas terríveis o suficiente para que os moradores de certos países latino-americanos sintam que não têm outra escolha senão tentar partir para uma vida melhor – boa parte das vezes rumo aos EUA.


O renomado linguista e professor, que completará 90 anos no próximo mês, observou que a maior parte dos migrantes na caravana é de Honduras — e há uma razão para isso. Ele explicou que, em 2009, um golpe militar derrubou um "presidente levemente reformista" em Honduras e o governo de Barack Obama se recusou a condenar a medida.

"Uma eleição fraudulenta ocorreu sob a junta militar — mais uma vez, duramente condenada em todo o hemisfério, na maior parte do mundo, mas não nos Estados Unidos. O governo Obama elogiou Honduras por realizar uma eleição, indo em direção à democracia e assim por diante. Agora as pessoas estão fugindo da miséria e dos horrores pelos quais somos responsáveis", declarou Chomsky.

O filósofo de 89 anos acrescentou que os imigrantes da Guatemala e El Salvador também têm motivos para fugir. Esses países, juntamente com Honduras, "estiveram sob severa dominação norte-americana, muito atrás, mas principalmente desde os anos 80".


Ele prosseguiu explicando que há uma "incrível charada" acontecendo — "pessoas pobres e miseráveis" estão fugindo do terror e da repressão infligidos pelos EUA, "e em reação eles [governantes estadunidenses] estão enviando milhares de soldados para a fronteira".

Chomsky afirmou que o governo Trump tem uma "notável campanha de relações públicas", que assusta grande parte dos EUA em acreditar que está à beira de uma invasão de terroristas do Oriente Médio que entraram na caravana.

A coisa toda, ele diz, é uma reminiscência de um movimento feito pelo ex-presidente norte-americano Ronald Reagan, que usou uma retórica medonha em meados da década de 1980, quando procurava obter apoio para guerrilhas que combatiam o governo nicaraguense.

Mais de 7.000 migrantes estão atualmente esperando cruzar a América. Quase 6.000 desses estão sendo alojados em um complexo esportivo em Tijuana, no México. Enquanto isso, cerca de 1.000 imigrantes tentaram romper a cerca próxima a Tijuana no domingo, depois que a passagem da fronteira foi temporariamente fechada. Agentes de patrulha de fronteira usaram gás lacrimogêneo, um movimento que Trump apoiou.

Era uma "forma muito pequena do próprio gás lacrimogêneo", disse o presidente dos Estados Unidos durante uma manifestação no Mississippi, acrescentando que seu uso é "muito seguro".



Brasil 247

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

terça-feira, 27 de novembro de 2018

Quem paga a conta do mimo de Fux? Por Miguel Enriquez


- 27 de novembro de 2018

“Ô, da poltrona”

POR MIGUEL ENRIQUEZ

Sancionado praticamente na undécima hora pelo presidente Michel Temer, às vésperas do vencimento do prazo legal, o aumento salarial de 16,38% concedido pelo Senado aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), está sendo visto como um escárnio diante da situação de dificuldades pela qual atravessa o País, provocando a justa ira da população.

A indignação é maior quando se prenuncia um arrocho sem precedentes em desfavor dos assalariados, seja pelas ameaças em relação aos reajustes do salário mínimo, seja pela prometida reforma da Previdência, anunciadas pelo próximo governo.

O aumento, que terá um efeito cascata sobre a remuneração de todo o funcionalismo público, deverá produzir um impacto calculado em nada menos de R$ 4,1 bilhões anuais nos cofres da União e dos Estados, foi questionado pelo próprio futuro presidente, Jair Bolsonaro.

“Complica, quando fala em fazer reforma da Previdência, tirar dos mais pobres e aceitar um reajuste como esse”, afirmou em seu linguajar claudicante Bolsonaro, que defendeu que Temer vetasse a iniciativa.

Numa demonstração de fisiologismo, de retomada da velha prática do toma lá, dá cá, por parte de Temer e dos ministros Dias Tofolli, presidente do STF e seu colega Luiz Fux, com a preciosa participação dos presidentes da Câmara e do Senado, foi acertada também a revogação do escandaloso auxílio moradia, concedido monocraticamente em liminar pelo topetudo em 2014, que estendeu o benefício a todos os integrantes da Judiciário e do Ministério Público, em âmbitos federal e estadual.

Ou seja, concedeu-se um aumento salarial inoportuno e impopular, em troca do cancelamento de uma vantagem indevida, que simplesmente não poderia ter sido criada, ainda mais pela decisão unilateral de um magistrado.

Patrocinador da farra do boi, Fux, que continua defendendo sua decisão anterior, justifica a revogação do auxílio moradia como motivada pela situação fiscal do país, que provocou um novo contexto “com amazônica repercussão.”

Contexto esse, diga-se, que contou com a bilionária contribuição de Fux, um juiz conhecido por se dizer capaz de “matar no peito” as situações mais complicadas e obrar em favor de interesses corporativistas.

Segundo a ONG Contas Abertas, o penduricalho universalizado, que favoreceu inclusive magistrados e procuradores proprietários de moradias nas localidades onde atuam, ocasionou gastos extras de R$ 5 bilhões, entre setembro de 2014 e fevereiro deste ano.

Na relação dos beneficiados pelo mimo, sobre o qual não incide tributação, estendido a 17 mil juízes, figuravam, além de uma filha de Fux, Mariana, desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e dona de dois apartamentos no bairro nobre do Leblon, estrelas da Lava Jato, como os juízes Sérgio Moro e Marcelo Bretas, cuja mulher também recebe o auxílio de R$ 4.300 mensais.

Moro, inclusive, chegou a classificar essa verba como compensação pelo atraso nos reajustes da magistratura, que estava desde 2015, ainda no governo Dilma Rousseff, sem correção. Como se fosse um supremo RH do Judiciário, Fux corrigiu por conta própria essa anomalia há quatro anos.

Tanta generosidade leva a uma indagação. Até que ponto a decisão de um único ministro do STF, capaz de causar uma sangria de recursos públicos dessa envergadura, em favor de uma categoria de funcionários, pode ser relevada, resolvida com um simples “foi mal”, sem nenhuma penalidade?

A gravidade do que se poderia definir como um caso de gestão temerária no âmbito do Judiciário é preocupante, sobretudo quando se sabe que Fux sentou em cima das liminares que discutiam o auxílio moradia e só as liberou no final do ano passado. Reconhecidamente lerdo nessas questões, o STF nem sequer marcou data para seu julgamento no plenário.

E não se pense que o assunto auxílio moradia foi soterrado pelo polêmico reajuste salarial sancionado por Temer. Ledo engano. Já desde a primeira hora, entidades como a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), a Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) e a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) saíram a campo criticando a decisão do “parça” Fux.

Essas entidades sustentam que o auxilio moradia é um direito legal, tese também defendida por Fux, que recuou por razões táticas, para viabilizar o aumento dos salários.

Na verdade, não sem antes determinar que a suspensão do seu pagamento só deverá ocorrer quando os contracheques de suas excelências registrarem o reajuste aprovado pelo Congresso, ele remeteu a decisão final para o Conselho Nacional de Justiça e para o Conselho Nacional do Ministério Público, que deverá definir quem tem direito de receber o auxílio moradia.

Um pirulito para quem acertar o que vai rolar.



Diário do Centro do Mundo   -   DCM

“QUEREM MATAR LULA”, DIZ PIMENTA, LÍDER DO PT

Em discurso na tribuna da Câmara, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) criticou duramente o Ministério Público de São Paulo pela nova denúncia contra o ex-presidente Lula, por supostas irregularidades que ocorreram anos após ele ter deixado a presidência; "Não basta destruir um legado, a história, a trajetória, eles querem destruir Lula fisicamente. Eles querem matar o presidente Lula. Eles querem ver o presidente Lula morto em Curitiba, sem jamais poder sair da condição em que de maneira criminosa ele foi lá colocado. Não há outra explicação", disse Pimenta

27 DE NOVEMBRO DE 2018 

247 - O deputado Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara, denunciou nesta terça-feira, 27, que há em curso uma perseguição política contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o objetivo final de levá-lo à morte. "Ele é vítima de uma perseguição perversa, odiosa e criminosa", denunciou.

Pimenta criticou a decisão do Ministério Público de São Paulo de denunciar o ex-presidente Lula por suposta lavagem de dinheiro em doação recebida pelo Instituto Lula, em atos que ocorreram quando Lula já não era mais presidente (leia mais). 

"Esse projeto de poder que levou à condenação ilegal do presidente Lula não se dá por satisfeito por ver Lula na condição em que se encontra numa solitária em Curitiba. Não basta, destruir um legado, a história, a trajetória, eles querem destruir Lula fisicamente. Eles querem matar o presidente Lula. Eles querem ver o presidente Lula morto em Curitiba, sem jamais poder sair da condição em que de maneira criminosa ele foi lá colocado. Não há outra explicação", disse Pimenta em discurso na tribuna da Câmara. 

Pimenta também criticou a atuação política do ex-juiz federal Sérgio Moro. "Quando Sérgio Moro autorizou de maneiro ilegal na semana da eleição o vazamento da delação de Palocci, fez isso sabendo que esse seu ato teria repercussão eleitoral e que ele estava ajudando na campanha daquele que já havia lhe aventado a possibilidade de lhe conceder o Ministério da Justiça como prêmio", disse. "Moro abandonou a toga para fugir da lei", completou.

O deputado anunciou que nos dias 10 e 11 de dezembro haverá um encontro no Brasil com personalidades de todo o mundo para denunciar a condição de preso político de Lula e iniciar uma campanha internacional por sua libertação. 

Inscreva-se na TV 247 e assista à declaração de Paulo Pimenta:

Boa Noite 247 (27.11.18) John Bolton, um visitante indesejado




Brasil 247

'Pode evoluir para uma guerra': analistas comentam situação no estreito de Kerch

SEG, 26/11/2018 - 17:43
ATUALIZADO EM 26/11/2018 - 17:44

Foto; © Sputnik / Aleksei Malgavko

da Sputnik Brasil


O dia de ontem (25) foi marcado por uma confrontação perigosa entre navios russos e ucranianos no estreito de Kerch, após os últimos terem entrado nas águas territoriais da Rússia sem avisar a parte russa. Qual foi o objetivo desta provocação? Os especialistas explicam.

Na noite do domingo, o Serviço Federal de Segurança russo comunicou que três navios ucranianos, Berdyansk, Yany Kapu e Nikopol, que tinham entrado na área depois de um incidente com um rebocador ocorrido antes, acabaram detidos por ignorar as advertências russas. Durante a detenção, foram usadas armas, o que resultou em ferimentos graves de três militares ucranianos. Estes, por sua vez, logo receberam assistência médica e não correm risco de vida.

A Rússia iniciou um processo penal por violação da sua fronteira marítima, enquanto o estreito de Kerch foi fechado temporariamente para navios civis como medida de segurança. Já o Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia votou pela introdução da lei marcial por um prazo de 60 dias no território do país, iniciativa apoiada pelo presidente ucraniano, Pyotr Poroshenko. Agora, a decisão final cabe à Suprema Rada, que votará às 16 horas locais de hoje (12h00 de Brasília).

Em opinião do analista militar e professor da Universidade de Economia Plekhanov, Andrei Koshkin, expressa ao serviço russo da Rádio Sputnik, a decisão de violar a fronteira russa foi provavelmente tomada pelo próprio presidente ucraniano.

"Muito provavelmente, a violação da fronteira [russa] foi uma decisão do presidente ucraniano Pyotr Poroshenko e esta está relacionada com a agenda política interna, particularmente com a campanha eleitoral. Ele quer resolver o problema da sua falta de popularidade e, para ganhar as eleições, foi tomada essa decisão provocativa, que resultou na intenção de introduzir a lei marcial por 60 dias", argumentou ele.

Deste modo, destaca o especialista, Poroshenko tenciona ganhar mais um mandato "através da força".

"Entretanto, há um fator externo — a reunião do G-20 em Buenos Aires, onde haverá um encontro entre os presidentes russo e estadunidense. Provavelmente, Poroshenko quer chamar a atenção para a Ucrânia", disse Koshkin.

O cientista político Vladimir Kireev, que também falou com o serviço russo da Rádio Sputnik, acredita igualmente que a provocação foi orquestrada precisamente pelo líder ucraniano.

"Sim, foi uma provocação deliberada com o objetivo de declarar a lei marcial e ulterior agravamento do conflito. Eu acredito que esta situação pode levar a uma escalada imprevisível. Independentemente da forma como eles querem gerir a situação — anunciar a lei marcial, cancelar as eleições para ficar no poder, cumprir suas obrigações perante seus patrocinadores em Washington ou em algumas outras capitais, ou criar problemas para a Rússia — essa situação pode evoluir para uma verdadeira guerra", destacou.

Aliás, continuou, o número de envolvidos no conflito pode aumentar. Já caso os ucranianos aproveitem a lei marcial para reaver a região de Donbass, isso "pode provocar o envolvimento da Rússia e uma confrontação direta entre Kiev e Moscou", concluiu.


GGN

PT TEME USO DE DELAÇÃO DE PALOCCI PARA AÇÃO VIOLENTA CONTRA DILMA

Depois de delatar o ex-presidente Lula em troca da tentativa de liberdade, o ex-ministro Antonio Palocci, preso desde setembro de 2016, aponta sua 'moeda de troca' judicial para Dilma Rousseff, informa a jornalista Mônica Bergamo em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo. De acordo com pessoas próximas às negociações entre Palocci e a Justiça, dados novos devem aumentar o cerco a Dilma, já tornada ré em uma ação que corre em Brasília. PT teme ações violentas contra a ex-presidente

27 DE NOVEMBRO DE 2018 

247 - Depois de delatar o ex-presidente Lula em troca da tentativa de liberdade, o ex-ministro Antonio Palocci, preso desde setembro de 2016, aponta sua 'moeda de troca' judicial para Dilma Rousseff, informa a jornalista Mônica Bergamo em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo. De acordo com pessoas próximas às negociações entre Palocci e a Justiça, dados novos devem aumentar o cerco a Dilma, já tornada ré em uma ação que corre em Brasília. PT teme ações violentas contra a ex-presidente. 

A reportagem reforça a preocupação do PT: "as informações que circulam entre investigadores e advogados preocupam integrantes do PT que acompanham o assunto de perto. Há o temor de que ela seja alvo de alguma medida cautelar mais drástica."


Brasil 247

NA CASA BRANCA, EDUARDO BOLSONARO DIZ PRETENDER INVESTIGAR CUBA E VENEZUELA

Eduardo Bolsonaro viajou aos EUA e se reuniu com assessores do Conselho Nacional de Segurança da Casa Branca. O deputado disse que estuda parcerias com os americanos para pesquisar crimes financeiros das "ditaduras venezuelana e cubana". De acordo com Eduardo Bolsonaro, há precedentes para investigação dentro da chamada Convenção de Palermo contra o crime organizado que o Brasil poderia aplicar contra Caracas e Havana

27 DE NOVEMBRO DE 2018 

247 - Eduardo Bolsonaro viajou aos EUA e se reuniu com assessores do Conselho Nacional de Segurança da Casa Branca. O deputado disse que estuda parcerias com os americanos para pesquisar crimes financeiros das "ditaduras venezuelana e cubana". De acordo com Eduardo Bolsonaro, há precedentes para investigação dentro da chamada Convenção de Palermo contra o crime organizado que o Brasil poderia aplicar contra Caracas e Havana.

A reportagem do jornal O Globo relata a visita do filho do presidente eleito Jair Bolsonaro ao governo americano: "caminhando diante da Casa Branca, Eduardo Bolsonaro afirmou que está estudando parcerias com o governo americano com esse propósito. No Brasil, segundo ele, a ação poderá ser coordenada pelo Itamaraty e o Ministério da Justiça, que será comandado por Sérgio Moro."

A matéria destaca a fala do deputado: "existem diversos instrumentos que o Brasil por anos, de maneira proposital, não levou a sério. São instrumentos que estão à mão. O juiz Sérgio Moro sabe melhor do que ninguém sobre lavagem de capitais, combate ao crime organizado, Convenção de Palermo. E junto com a equipe do embaixador Ernesto Araújo, tem muita coisa nessa área. Se você for congelar tudo aquilo que remete e passa pelas ditaduras cubana e venezuelana, pode dar um calote muito grande nesses ditadores."



Brasil 247

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Boa Noite 247 (26.11.18): Perseguição não para




Brasil 247

Valentão, quem cheira a merda é você…



POR FERNANDO BRITO · 26/11/2018


O valentão marombado Daniel Silveira, policial militar que se elegeu deputado federal pelo partido de Jair Bolsonaro e que se exibiu como um dos vândalos que destruiu a placa em homenagem a Marielle Franco colocada na Cinelândia está de novo em evidência.

Agora, em um vídeo onde faz ameaças a outra mulher – ele parece especialista em ser valente com mulheres -, Andrea Nunes Constâncio, diretora do Colégio Pedro II em Petrópolis (que é da rede estadual), região serrana do Rio.

Ficou irritado porque, depois de ter ido, segundo ele, “fiscalizar” a escola, a diretora admoestou os funcionários que deram entrada a ele, policial militar, no estabelecimento escolar.

E está espalhando um vídeo onde faz ameaças.

“Se você tem medo, diretora, que um deputado federal esteja na sua escola, ainda mais um deputado com a minha vertente, conservadora, que combate a ideologia socialista comunista, frequente à sua escola, isso me cheira a ​merda. E se cheira a merda eu vou fazer um favor a você, e você será uma das primeiras que vou solicitar auditoria”.

Não, senhor Daniel, para usar a sua linguagem, quem cheira a merda e a burrice é você, porque é um prevalecido e um covarde.

O senhor não é deputado federal. Não foi diplomado pela Justiça Eleitoral e não tomou posse no cargo. Não é o “rei do pedaço”.

É o mesmo que um sujeito que passa num concurso para PM e quer sair direto dando carteiradas e pedindo documentos a torto e a direito. O senhor ou qualquer outra pessoa não pode entrar em um estabelecimento escolar – ou em qualquer outro – sem pedir autorização ao responsável e a responsável é a diretora.

Ela tem o poder e o dever de saber quem entra e sai no colégio e fez muito bem em repreender os funcionários que o teriam chamado, se é que chamaram, por sua entrada não autorizada na escola.

Pode ser gente de mau caráter e perigosa para a educação de adolescentes, como o senhor prova que é espalhando um vídeo de ameaças. Imagine agora como se sentirá qualquer jovem com problemas de comportamento pode agir, depois do seu asqueroso exemplo, em relação a professores e diretores. Será que pode gravar e espalhar vídeos com ofensas aos que o senhor chama de “socialistas comunistas”?

Ainda que fosse, como alega, para saber como ajudar a escola – não parece que sistemas de lançamentos de notas e presenças seja algo a ir discutir com quem não tem poder administrativo na colégio – o mínimo que se exigiria seria ser recebido formalmente, após um telefonema, no mínimo, de contato.

Mas fica claro que quem o levou foi seu “assessor” (assessor pode ser substituído por “X-9”, porque Daniel, até agora, é só um PM) que confessadamente já entrou em choque com a direção escolar, pelo que se relata no vídeo.

Aí está um belo exemplo das “Comissões de Ética” a que deve estar se referindo o novo ministro da Educação, Ricardo Rodriguez. Estas hordas de microcéfalos vão intimidar e acabar por afastar das escolas todas as pessoas com consciência e brio. Para que ser diretor de escola se logo um marombado, com as costas quentes, virá lhe fazer ameaças? Para ganhar uma gratificação desprezível sobre um salário injusto? Para ficar à mercê de um boçal como Daniel?

Alexandre Frota terá companhia em Brasília, pelo visto. Só não se pode dizer que será boa companhia.


Tijolaço

A fábrica de acusações a Lula


POR FERNANDO BRITO · 26/11/2018




Como já se antecipara aqui, segue o clima de perseguição a Lula com acusações sem pé nem cabeça, mas com promotores dispostos a colocá-las nas primeiras páginas de jornais e de juízes prontos a aceitá-las, pela oportunidade de brilhar no mesmo palco de Sérgio Moro.

Agora, trata-se de um suposto “tráfico de influência” que Lula teria praticado ao fazer de um empresário portador de uma carta ao presidente da Guiné Equatorial. Lula já havia deixado há tempos de ser presidente e não ocupava nenhum cargo público, e não menciona nenhum negócio, exceto que Rodolfo Geo, era diretor da ARG, Rodolfo dirige “empresa que já desde 2007 se familiarizou com a Guiné Equatorial, destacando-se na construção de estradas”.

Nem uma vírgula a mais no que, no máximo, poderia ser uma “carta de recomendação”.

Como o crime prescreveu, arranja-se um jeito e de denunciar Lula por “lavagem de dinheiro”, uma vez que a ARG, como dezenas de empresas, fez uma doação de R$ 1 milhão ao Instituto Lula, devidamente registrada, declarada e tributada.

Se fosse para dissimular, como alega o MP, qualquer palestra serviria para encobrir a finalidade e, sabendo como Lula gosta de falar, problema algum seria.

Sem entrar no mérito dos fatos, até porque nem há qualquer prova além da carta de apresentação, a denúncia é absurda.

Não há o menor indicio de que Lula tenha interferido nas decisões de um governo estrangeiro e, muito menos, de que tenha sido uma interferência ilegítima.

Mas, contra Lula, não será de se espantar de que venha a ser aceita.

Afinal, algo tão “claro” como se apresenta, com cartas, e-mails e recibos, ficou dormitando no Ministério Público por dois anos e meio por que razão?

Evidente, esperando chegar a hora dos covardes.


Tijolaço

Xadrez da nova corte e a fragilidade de Bolsonaro, por Luis Nassif

DOM, 25/11/2018 - 22:02
ATUALIZADO EM 26/11/2018 - 07:45



Peça 1 – as fragilidades de Bolsonaro

Prosseguimos na tentativa de decifrar Jair Bolsonaro, juntando mais fragmentos do homem e do grupo trazidos por pessoas que transitam por lá. Como Bolsonaro é um ator político totalmente não-convencional, esses bastidores são mais reveladores do que a cobertura da mídia brasiliense, espremida por pressões dos veículos ou pela necessidade de construir boas relações com as novas fontes.

Ontem, no Twitter, o jornalista norte-americano Vincent Bevins – que foi correspondente no Brasil do Los Angeles Times – traçou um retrato cruel da cobertura sobre Bolsonaro.

Disse ele:

"Os jornalistas estão tão desesperados para parecer neutros que toda vez que Bolsonaro diz algo que não é uma mentira ou um incitamento ao genocídio, eles praticamente quebram os dedos tentando retwittar (...)


O cara pode falar por uma hora incentivando eliminar uma classe de pessoas, mas se o discurso incluir "2 + 2 = 4" jornalistas aparentemente têm que dizer "Ele pediu por extermínio, o que é controverso, mas, para ser justo, sua matemática passou na checagem (...).

Eu digo que, como um americano confortável que nem vive mais em tempo integral no Brasil, muitos jornalistas brasileiros estão sob séria pressão financeira que os levam a ficar com a cabeça baixa. Mas isso não é verdade para os grandes nomes e vozes que têm a liberdade de serem melhores, mas não são (...)

E o mais engraçado é que os fãs de Bolsonaro ainda pensam que os jornalistas que fazem isso são comunistas que provavelmente não deveriam poder escrever´´

Por isso mesmo, é mais produtivo tentar decifrá-lo através de olhos de terceiros, mais perspicazes, do que pela cobertura tradicional.

Uma primeira impressão, que tem chamado a atenção de pessoas que têm mantido contato com Bolsonaro, é sua fragilidade: física sim, devido à facada recebida; fragilidade intelectual óbvia, mas, principalmente, fragilidade social. Ele não fica à vontade quando confrontado com temas relevantes, se mostra incomodado presidindo reuniões ou se relacionando formalmente com pessoas de fora do círculo.

É significativo de ampla ignorância, o deslumbramento com o encontro agendado com John Bolton, assessor de Segurança Nacional dos Estados Unidos. Bolton não vem se encontrar com Bolsonaro. Ele vai a um encontro do G20 em Buenos Aires e fará uma parada no Rio para conhecer Bolsonaro. A notícia foi recebida por Bolsonaro com um autêntico êxtase cívico, divulgando seu deslumbramento pelas redes sociais.

Bolton é odiado da portaria à copa do Departamento de Estado. Só existe porque Trump o retirou da lata do lixo. Tornou-se inimigo declarado do Brasil quando fez o diretor geral da Organização contra as Armas Químicas, o diplomata brasileiro José Bustami, ser demitido do cargo porque recusou-se a endossar a informação de existência de armas químicas no Iraque.

Bustami estava certo e Bolton errado, o Itamaraty nunca esqueceu. Em Washington, sua credibilidade é nula. Na Europa é um paria diplomático. Que Bolsonaro de importância a Boulton diz muita coisa sobre seu nível de informação.

Peça 2 – os personagens da trama

Esse personagem socialmente inseguro está no meio de um jogo com vários personagens sem afinidade entre si, disputando espaço e comando de uma das sete maiores economias do planeta.

Personagem 1 – o apoio dos filhos

Bolsonaro demonstra necessitar da proximidade dos filhos. Estes, por sua vez, criam conflitos por todos os cantos com vários personagens da nova corte. Um dos filhos tem bom discernimento em análises de caráter, mas em nada ajudando para entender como trabalhar a lógica do poder.

Personagem 2 – os financiadores vorazes

O núcleo que deu base partidária e recursos para a campanha – o advogado Gustavo Bebiano, o dono do PSL, Luciano Bivar, e o lobista carioca Paulo Marinho – têm-se mostrado voraz, pretendendo controlar todos os grandes contratos do governo.

Personagem 3 – Onix Lorenzoni

O deputado Lorenzoni tem provavelmente a maior unanimidade contrária do Congresso. Ficou do lado da Lava Jato, mesmo tendo sido beneficiado por financiamentos de caixa 2. Hoje em dia é uma alma penada, sem trânsito algum no Congresso. E a ele está sendo conferido o papel de coordenador político.

Personagem 4 – o Imperador Paulo Guedes

Dia desses, houve uma reunião com Bolsonaro. Todos os presentes quedavam em atitude respeitosa normal. De repente, ouviu-se uma agitação. Era Paulo Guedes chegando, como se fosse o Imperador da Alemanha. Entrou, todos se levantaram para cumprimenta-lo, enquanto Bolsonaro permanecia quieto, em sua cadeira, observando. Parecia que Guedes era o presidente. 7Esses superpoderes sempre acabam se voltando contra quem os utiliza, sem deter o poder originário, a Presidência.

Peça 4 – a arbitragem de Mourão

Todos os personagens acima giram em torno de Bolsonaro. Mas há um componente extra-Bolsonaro na história: o vice-presidente general Hamilton Mourão.

Em sua coluna de hoje, na Folha, Jânio de Freitas traz mais algumas informações relevantes sobre seu papel (clique aqui). Segundo Jânio, há indícios (ainda não confirmados por ele) de que Bolsonaro foi ´´aconselhado´´ na área militar a ceder o lugar de vice para Mourão.

Jânio reparou, corretamente, que Mourão tem uma segurança afirmativa que não se assemelha mais a meros arroubos, como passava a impressão durante a campanha eleitoral.

Por exemplo:

"Tenho certeza absoluta de que nós não vamos brigar" [com a China]. A mudança da embaixada brasileira em Israel, de Tel Aviv para Jerusalém, já reafirmada por Bolsonaro, "é uma decisão que não pode ser tomada de afogadilho, de orelhada". Sobre o fim do Mercosul, também dado como decisão, "antes de pensar em extinguir, derrubar, boicotar, temos que fazer os esforços necessários para que atinja os seus objetivos".

Peça 5 – a lógica do Congresso

Congressos repetem indefinidamente os mesmos vícios e virtudes do Senado romano. Entram os cidadãos mais abonados, muitas vezes comprando os mandatos com campanhas caras e/ou herança política, com o objetivo de negociar com o Imperador os filtros a seus atos.

A lógica política demandaria um acordo com o Centrão, apoiando a eleição de Rodrigo Maia na Câmara e Renan Calheiros no Senador. Seria um acordo de sobrevivência, não de adesão. Mas há convicção de que os círculos íntimos de Bolsonaro farão tudo para impedir e partir para o confronto.

Na hipótese de Bolsonaro ganhar a presidência de uma das casas, os perdedores irão retaliar. Mesmo porque há um clima pesado, por conta da indicação do juiz Sérgio Moro para o Ministério da Justiça, entendida como tentativa do grupo de Moro de intimidar o Congresso.

O resultado da eleição para o Congresso mostrará melhor o rumo do governo. Entre velhas raposas há a convicção de que Bolsonaro sabe que o melhor caminho – para seu governo – seria o acordo de sobrevivência. Mas duvidam que ele tenha força para enfrentar os lobbies internos, constituído de um pessoal primário que acha que poderá domar o Congresso – algo que nem o governo militar de 1964 conseguiu, a ponto de fechar o Congresso pela impossibilidade de controla-lo.

Peça 6 – os primeiros conflitos

Os primeiros conflitos à vista provavelmente serão entre os filhos, contra a gana dos financiadores e de Onix Lorenzoni.

A eles se somarão os generais Hamilton Mourão e Augusto Heleno, agastados com a fritura a que foi exposta o general Ferreira por Onix e o grupo dos financiadores.

Conforme observamos semanas atrás, as únicas ideias consistentes, sistematizadas, que poderiam ser entendidos como um projeto de governo era o plano integrado de infraestrutura, preparado pelo general Ferreira, contemplando o curto, médio e longo prazo.

E nem houve espaço para falar do novo Ministro da Educação Ricardo Velez Rodrigues e do inacreditável chanceler Ernesto Araújo.


GGN

Altman fala sobre a nova etapa da caça ao PT




Brasil 247

RÚSSIA PEDE REUNIÃO DO CONSELHO DE SEGURANÇA DA ONU DEVIDO A PROVOCAÇÃO DA UCRÂNIA

Mais uma vez a Ucrânia é fator de tensões com a Rússia, com repercussões perigosas para a paz e a segurança internacionais; a Rússia solicitou uma reunião urgente dos membros do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para as 14h00 (horário de Brasília) desta segunda-feira (26) para discutir a situação tensa surgida a partir de ações da Ucrânia no Mar de Azov, disse o primeiro vice-embaixador russo na ONU, Dmitry Polyanskiy (foto)

26 DE NOVEMBRO DE 2018 

247, com Sputnik - Mais uma vez a Ucrânia é fator de tensões com a Rússia, com repercussões perigosas para a paz e a segurança internacionais. A Rússia solicitou uma reunião urgente dos membros do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para as 14h00 (horário de Brasília) desta segunda-feira (26) para discutir a situação tensa surgida no Mar de Azov, a partir de ações da Ucrânia, disse o primeiro vice-embaixador russo na ONU, Dmitry Polyanskiy (foto).

Em sua conta no Twitter, Dmitry Polyanskiy afirmou que a reunião foi marcada para discutir "provocações perigosas da Ucrânia no Mar de Azov e no estreito de Kerch, próximo à Crimeia, colocando em risco a paz e a segurança internacionais".

No domingo (25), três navios da Marinha ucraniana, em violação dos artigos 19 e 21 da Convenção da ONU sobre o Direito do Mar, cruzaram a fronteira marítima russa.

O navios entraram numa área temporariamente fechada das águas territoriais russas e se moveram no Mar Negro em direção ao Estreito de Kerch, de acordo com o Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB).

Um outro grupo de navios se dirigia para o Estreito de Kerch a partir do porto de Berdyans'k, no Mar de Azov. O Estreito de Kerch, que liga o Mar Negro ao Mar de Azov, foi fechado pela Rússia no domingo (26) para navios civis devido a razões de segurança.
No mesmo dia, o FSB informou que os três navios da Marinha da Ucrânia — Berdyansk, Nikopol e Yany Kapu — haviam sido detidos por violarem a fronteira da Rússia. Segundo observado pelo FSB, os navios ucranianos não reagiram às exigências legais dos navios que os abordaram e fizeram manobras perigosas.

"Em conexão com o desenvolvimento perigoso da situação no Mar de Azov e os eventos que se seguiram, a Rússia solicitou a convocação urgente de uma reunião aberta do Conselho de Segurança na manhã de 26 de novembro para debater a "manutenção da paz e segurança internacional", disse Polyanskiy.



Brasil 247

HADDAD: CIRO SE NEGOU A FAZER A COALIZÃO QUE O LEVARIA À VITÓRIA

O candidato que disputou o segundo turno com Bolsonaro, Fernando Haddad, falou sobre Ciro Gomes à jornalista Mônica Bergamo do jornal Folha de S. Paulo. Ele disse: "o Lula foi preso e o Ciro não soube fazer a coalizão que o levaria à vitoria, que só poderia ser uma coalizão com o PT". Haddad diz que o guru de Ciro, o filósofo Mangabeira Unger, fez a previsão errada (que Ciro 'comprou'), a de que depois de Lula preso, o PT seria uma legenda 'decadente'

26 DE NOVEMBRO DE 2018 

247 - O candidato que disputou o segundo turno com Bolsonaro, Fernando Haddad, falou sobre Ciro Gomes à jornalista Mônica Bergamo do jornal Folha de S. Paulo. Ele disse: "o Lula foi preso e o Ciro não soube fazer a coalizão que o levaria à vitoria, que só poderia ser uma coalizão com o PT". Haddad diz que o guru de Ciro, o filósofo Mangabeira Unger, fez a previsão errada (que Ciro 'comprou'), a de que depois de Lula preso, o PT seria uma legenda 'decadente'.

À jornalista, Haddad disse: "ele [Ciro] não quis fazer [a coalizão]. Uma das razões foi declarada pelo [filósofo Roberto] Mangabeira [Unger, aliado de Ciro] nesta casa. Ele dizia: 'Nós não queremos ser os continuadores do lulismo. Não queremos receber o bastão do Lula. Nós queremos correr em raia própria'. Palavras dele. Eles não queriam ser vistos como a continuidade do que julgavam decadente. Apostavam que, com Lula preso, o PT não teria voto a transferir. Aconteceu exatamente o oposto."

Haddad destaca outro ponto das (não) conversas entre Ciro e PT: "não houve uma reunião entre o Ciro e o Lula. No final, [quando ficou claro que Lula não poderia concorrer], ele foi sondado por mim e por todos os governadores do PT. Eu sou amigo, gosto do Ciro. Mas ele errou no diagnóstico. E pode voltar a errar se entender que isolar o PT é a solução para o seu projeto pessoal."

E revela que Ciro ainda não sinalizou para uma conversa: "olha, eu não consegui falar com o Ciro até hoje. Sobre ele e o Fernando Henrique Cardoso [que também se recusou a dar apoio ao PT], eu diria, a favor deles: os dois tinham três governadores [em seus próprios partidos] disputando a eleição fazendo campanha para o Bolsonaro. O PDT [de Ciro] é um partido de esquerda, 'pero no mucho'."



Brasil 247



HADDAD: COM BOLSONARO, ELITE BRASILEIRA MOSTROU AO MUNDO O QUE DE FATO É

O candidato derrotado no segundo turno das eleições, Fernando Haddad, afirma que a classe dirigente brasileira perdeu a máscara com a eleição de Bolsonaro. Ele diz: "achava que a elite econômica não abriria mão do verniz que sempre fez parte da história do Brasil. As classes dirigentes nunca quiseram parecer ao mundo o que de fato são". Sobre Lula, ele destaca: "o Lula tem um significado histórico profundo. Saiu das entranhas da pobreza, chegou à Presidência e deixou o maior legado reconhecido nesse país. Ele teria força para conter essa onda"

26 DE NOVEMBRO DE 2018 

247 - O candidato derrotado no segundo turno das eleições, Fernando Haddad, afirma que a classe dirigente brasileira perdeu a máscara com a eleição de Bolsonaro. Ele diz: "achava que a elite econômica não abriria mão do verniz que sempre fez parte da história do Brasil. As classes dirigentes nunca quiseram parecer ao mundo o que de fato são". Sobre Lula, ele destaca: "o Lula tem um significado histórico profundo. Saiu das entranhas da pobreza, chegou à Presidência e deixou o maior legado reconhecido nesse país. Ele teria força para conter essa onda".

Na primeira entrevista após as eleições, concedida jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, Haddad retoma sua previsão de que a direita estava consolidando um espaço político inédito até então no Brasil: "há dois anos, eu te dei uma entrevista. E talvez tenha sido um dos primeiros a dizer: 'É muito provável que a extrema direita tenha espaço na cena política nacional'. Eu dizia: 'Existe uma onda que tem a ver com a crise [econômica] de 2008, que é a crise do neoliberalismo, provocada pela desregulamentação financeira de um lado e pela descentralização das atividades industriais do Ocidente para o leste asiático'."

Haddad avança na análise conjuntural: "os EUA estavam perdendo plantas industrias para a China. E a resposta foi [a eleição de Donald] Trump. Isso abriria espaço para a extrema direita no mundo. Mas a extrema direita dos EUA não tem nada a ver com a brasileira. Trump é tão regressivo quanto o Bolsonaro. Mas não é, do ponto de vista econômico, neoliberal. E o chamado Trump dos trópicos [Bolsonaro] é neoliberal. Trump apoia Bolsonaro. Ele precisa que nós sejamos neoliberais para retomar o protagonismo no mundo, e tirar a China. Está havendo, portanto, um quiproquó: os EUA negam o neoliberalismo enquanto não nos resta outra alternativa a não ser adotá-lo."

Sobre as articulações em torno da eleição sem Lula, Haddad afirma: "eu dizia: 'Tem que ver se vão deixar o Lula concorrer e como o Ciro vai se posicionar'. O Lula foi preso e o Ciro não soube fazer a coalizão que o levaria à vitoria, que só poderia ser uma coalizão com o PT. Ele diz que foi traído miseravelmente pelo partido. Ele não quis fazer [a coalizão]. Uma das razões foi declarada pelo [filósofo Roberto] Mangabeira [Unger, aliado de Ciro] nesta casa. Ele dizia: 'Nós não queremos ser os continuadores do lulismo. Não queremos receber o bastão do Lula. Nós queremos correr em raia própria'. Palavras dele. Eles não queriam ser vistos como a continuidade do que julgavam decadente. Apostavam que, com Lula preso, o PT não teria voto a transferir. Aconteceu exatamente o oposto."

Fernando Haddad ainda fala sobre o papel do PT no quadro político atual: "o PT elegeu uma bancada expressiva, quatro governadores, fez 45% dos votos no segundo turno, 29% no primeiro. É até hoje o partido de centro-esquerda mais importante da história do país. Outras legendas repetem que o PT não abre mão da hegemonia. O PT é um player no sentido pleno da palavra. É um jogador de alta patente, que sabe fazer política. Sabe entrar em campo e defender o seu legado."


Brasil 247

THE NEW YORK TIMES ESTAMPA: CHINA ULTRAPASSARÁ EUA

O jornalista Nelson de Sá destaca a surpreendente leitura do The New York Times sobre a economia chinesa, adentrando uma linha mais crítica ao ocidente. O trecho do diário americano é lapidar: "o Ocidente tinha certeza que a China fracassaria. As economias controladas por governos abafam crescimento. A opressão sufoca inovação. A internet não é uma força domesticável. Uma nova classe média vai demandar eleições. Nada disso se provou verdadeiro. A China é uma superpotência e logo poderá ultrapassar os Estados Unidos"

26 DE NOVEMBRO DE 2018 

247 - O jornalista Nelson de Sá destaca a surpreendente leitura do The New York Times sobre a economia chinesa, adentrando uma linha mais crítica ao ocidente. O trecho do diário americano é lapidar: "o Ocidente tinha certeza que a China fracassaria. As economias controladas por governos abafam crescimento. A opressão sufoca inovação. A internet não é uma força domesticável. Uma nova classe média vai demandar eleições. Nada disso se provou verdadeiro. A China é uma superpotência e logo poderá ultrapassar os Estados Unidos."

Em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo, Sá traz os detalhes da cobertura do jornal americano: "no título do texto final, 'O caminho até a confrontação', ouvindo Henry Kissinger, o ex-secretário que aproximou os EUA da China, e Steve Bannon, o ex-estrategista chefe que iniciou o afastamento."

E destaca mais sutilezas: "para evento sobre o material nesta segunda, o jornal anuncia que vai debater a relação entre Xi Jinping e Donald Trump 'a caminho do G20' —a partir de sexta-feira, em Buenos Aires."



Brasil 247

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Porque a imprensa perdeu para as fakenews




GGN

Cotado para Educação, Schelb delatava colegas, por Luis Nassif

QUI, 22/11/2018 
ATUALIZADO EM 22/11/2018



Foto: Antonio Augusto / Câmara


No Xadrez do Golpe na era da hipocrisia, no dia 10/07/2018, narrei um episódio ocorrido no Ministério Público Federal nos anos 90, que praticamente marcou a estreia do jogo de procuradores com a mídia. 

No episódio em questão, dois procuradores resolveram denunciar uma colega – vista por eles, na época, como muito conservadora. Eles passaram denúncias para o Correio Braziliense, sem nenhuma comprovação. Depois, com base na denúncia publicada, entraram com uma representação contra a subprocuradora Delza Curvello. 

Lá, o retrato antecipado das transformações pelas quais passou o MPF. 

Um dos procuradores, em questão, era Guilherme Schelb, cotado para o Ministério da Educação de Jair Bolsonaro. Junto com dois colegas, disparavam denúncias a torto e a direito. Chegaram até a conversar com o rei dos dossiês da época, Antônio Carlos Magalhães. 

Tempos depois, Schelb se queimou quando flagrado pedindo contribuições de empresários para um site que montou par difundir temas de fundamentalismo religioso e morais. 

Na época, em 9 de agosto de 2.000, recebi o e-mail abaixo da subprocuradora Delza, que divulguei em minha coluna na Folha 

"Prezado Luís, 


(...) "É certo que o Ministério Público não se resume às pessoas contra as quais representei. 

"A turma é grande e boa, mas está amedrontada -tanto quanto eu- diante da cobertura que essas ações temerárias vêm recebendo da mídia, colocando-os como "os salvadores da pátria" (como se nós outros -que não nos utilizamos da mesma "metodologia" por eles utilizada- fôssemos os "traidores"). 

"(...) Creio que ambos -imprensa e Ministério Público- necessitam se sentar e se repensar, pois são duas forças que, juntas, poderão, se assim desejarem, levar uma nação ao caos. 

"(...) Peço que você e a redação desse conceituado jornal façam uma reflexão profunda em torno do papel da imprensa na formação da opinião pública, não permitindo que ela seja manipulada, que seja um instrumento contra o indivíduo e em consequência contra a própria sociedade. 

"Tenho pensado muito sobre minha instituição -e sei que, da forma como ela vem se comportando em face do indivíduo, ela está muito mal. 

"Fique certo, Luís, que aqui fora não está nada fácil sobreviver. 



GGN

MOURÃO IGNORA BOLSONARO E PREGA PAZ COM CHINA, ÁRABES, MERCOSUL E VENEZUELA

Vice-presidente eleito, o general Mourão se mostra mais sensato do que o titular Jair Bolsonaro em vários assuntos; em entrevista publicada nesta sexta, ele nega a mudança da embaixada brasileira em Israel para Jerusalém, descarta qualquer risco de ataque à Venezuela, diz que não há hipótese de o Brasil se afastar da China e também defende o Mercosul, antes atacado por Paulo Guedes; na entrevista, sobrou até para o chanceler Ernesto Araújo: "não resta dúvida de que existe um aquecimento global. Não acho que seja uma trama marxista"

23 DE NOVEMBRO DE 2018 

247 - O vice-presidente eleito Hamilton Mourão vai se apresentando surpreendentemente como uma voz ponderada em meio às tensões que têm caracterizado a formação do novo governo. Ele tem protagonizado diversas conversas de bastidores no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), onde se dá a transição de governo. Investido dessa dicção apaziguadora, Mourão crava sua divergência com Bolsonaro de maneira sistemática e, dentre diversas outras questões, defende boas relações com Venezuela, China e Mercosul.

Em entrevista à jornalista Mônica Bergamo do jornal Folha de S. Paulo, Mourão comenta o alinhamento automático com os americanos: "a posição brasileira tem sido sempre marcada por um certo pragmatismo. A gente tem que buscar nossos objetivos e os países que fortaleçam a conquista desses objetivos. A posição dos EUA é inquestionável. É a potência hegemônica, que tem capacidade de travar guerra em dois locais diferentes ao mesmo tempo e grande projeção tecnológica. É um mercado a ser explorado e uma parceria estratégica.

Mourão, no entanto, destaca a importância da China: "mas não podemos descuidar dos outros grandes atores da arena internacional. Não podemos nos descuidar do relacionamento com a China".

E minimiza as críticas de Bolsonaro ao gigante asiático, com surpreendente independência política: "aquilo [a declaração] é mais uma retórica de campanha, né? Com as redes sociais, muita coisa flui e não é a realidade. E as pessoas compram aquilo como se fosse verdade absoluta."

Mourão praticamente dá o tom do novo governo: "o governo precisará ter uma posição equidistante. É óbvio que com os EUA, vamos colocar assim, tanto o presidente Bolsonaro quanto o presidente [Donald] Trump têm uma forma peculiar de lidar com o mundo exterior. Eles são meio parecidos nisso aí. Mas Trump comanda a maior economia do mundo e pode comprar certas brigas. Eu acho que o presidente Bolsonaro não vai poder. Exatamente. Nós podemos comprar as brigas que podemos vencer. As que a gente não pode, não é o caso de comprar."

Mourão ainda fala sobre a mudança da embaixada em Israel: "é óbvio que a questão terá que ser bem pensada. É uma decisão que não pode ser tomada de afogadilho, de orelhada".

Aquecimento global: "não resta dúvida de que existe um aquecimento global. Não acho que seja uma trama marxista".

E Mercosul: "então, antes de pensarmos em extinguir, derrubar, boicotar, temos que fazer os esforços ainda necessários para que atinja os seus objetivos. Tem que haver uma conversa maior com os nossos vizinhos. Principalmente com a Argentina."


Brasil 247