segunda-feira, 31 de maio de 2021

Celso Rocha de Barros diz que Bolsonaro já matou quase 100 mil brasileiros


Colunista afirma que a sabotagem na compra das vacinas da Pfizer e da Coronavac, por decisão direta de Jair Bolsonaro, resultou nos óbitos

31 de maio de 2021

Celso Rocha de Barros e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | Reuters)


247 – "Dois fatos apurados pela CPI da pandemia, ambos documentados, mostram, sozinhos, que o número de brasileiros que comprovadamente morreram por culpa de Jair Bolsonaro durante a pandemia já se aproxima de 100 mil. Como calculamos duas colunas atrás, 100 mil mortos é mais do que a soma das vítimas de todos os assassinos brasileiros em 2019 e 2020", diz o sociólogo Celso Rocha de Barros, em sua coluna desta segunda-feira.

"A primeira decisão foi a de não aceitar a oferta de vacinas da Pfizer. Na estimativa do epidemiologista Pedro Hallal, utilizando parâmetros conservadores (isto é, desfavoráveis à hipótese de que a decisão de Bolsonaro custou vidas), 14 mil brasileiros (5.000 no mínimo, 25 mil no máximo) teriam sido salvos se a oferta da Pfizer tivesse sido aceita. Uma única decisão: 14 mil pessoas morreram por ela. A segunda decisão foi a de não aceitar a proposta do Instituto Butantan para entregar 45 milhões de vacinas da Coronavac ainda em 2020. A mesma conta feita pelo professor Hallal estimou em 81,5 mil (80,3 mil no mínimo, 82,7 mil no máximo) o número de brasileiros que não teriam morrido se a oferta do Butantã tivesse sido aceita. Somando as vítimas das duas decisões, já são, no mínimo, cerca de 90 mil mortes que Jair Bolsonaro, comprovadamente, causou sozinho. Se algum defensor do governo tiver cálculos diferentes, por favor, apresente-os", aponta o colunista.


Brasil 247

EUA espionaram Merkel e outros políticos europeus com ajuda de dinamarqueses, afirma imprensa


Os Estados Unidos espionaram políticos na Europa, inclusive a chanceler alemã, Angela Merkel, de 2012 a 2014, com a ajuda dos serviços de Inteligência dinamarqueses

31 de maio de 2021

Chanceler da Alemanha, Angela Merkel, durante reunião semanal do gabinete em Berlim 28/10/2020 (Foto: Kay Nietfeld/Pool via REUTERS)


247 - Os Estados Unidos espionaram políticos na Europa, inclusive a chanceler alemã, Angela Merkel, de 2012 a 2014, com a ajuda dos serviços de Inteligência dinamarqueses, noticiaram neste domingo(30) vários veículos de comunicação dinamarqueses e europeus. A reportagem é do jornal Estado de S.Paulo.

A TV pública dinamarquesa Danmarks Radio (DR) afirma que a Agência de Segurança Nacional (NSA) americana se conectou a cabos de telecomunicações dinamarqueses para espionar altos funcionários de Alemanha, Suécia, Noruega e França.

Para fazê-lo, a NSA aproveitou uma cooperação de vigilância que tinha com os serviços de Inteligência militares dinamarqueses FE. A DR revelou a informação após uma investigação realizada em conjunto com a emissora sueca SVT, a norueguesa NRK, as alemãs NDR e WDR e os jornais alemão Suddeutsche Zeitung e francês Le Monde.A ministra dinamarquesa da Defesa, Trine Bramsen, nomeada em junho de 2019, foi informada sobre o caso em agosto de 2020, segundo a DR. Consultado pela Agência France-Presse, o Ministério da Defesa dinamarquês não se manifestou, mas Bramsen declarou à DR que "a espionagem sistemática por parte de aliados é inaceitável". Não foi demonstrado que a Dinamarca estivesse a par de que os Estados Unidos usaram seu sistema de vigilância para espionar seus vizinhos.

A reportagem ainda informa que Angela Merkel, o então ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, e o então líder da oposição, Peer Steinbruck, estão entre as pessoas espionadas pela NSA, segundo a DR.

A NSA teve acesso a mensagens de texto, chamadas telefônicas e registros da Internet, incluindo pesquisas, chats e serviços de mensagem instantânea, segundo a DR.


Brasil 247

Repressão no Recife acende alerta sobre o bolsonarismo nas polícias nas eleições de 2022


Temor é que o bolsonarismo enraizado nas polícias e a consequente insubordinação contra governadores de oposição ao governo Jair Bolsonaro resulte em novas agressões e ainda mais graves que a de Pernambuco

31 de maio de 2021

(Foto: Hugo Muniz/Mídia NINJA | Reproduçaão/Twitter)


247 - A jornalista Malu Gaspar escreve em sua coluna no jornal O Globo que o comportamento da Polícia Militar nos protestos contra o governo Jair Bolsonaro neste final de semana e nas manifestações da semana anterior - favoráveis ao governo - “traz um alerta preocupante para as eleições de 2022”. Segundo ela, o temor é que o “bolsonarismo enraizado nas polícias e a insubordinação contra governadores de oposição ao presidente possa provocar ainda mais conflitos num ambiente político já polarizado e conflagrado”.

“Na motociata a favor de Bolsonaro, no Rio de Janeiro, havia mais de mil policiais militares, mas a única pessoa agredida foi um jornalista – e pelos próprios manifestantes, hostis à presença da imprensa. No ato em Recife, a escaramuça começou sem motivo aparente, e foi desencadeada pela própria PM - contra a orientação do chefe da polícia, o governador Paulo Câmara (PSB)”, observa.

A jornalista ressalta que “o governador afastou os comandantes da operação, abriu um procedimento disciplinar e já determinou que as vítimas da PM sejam assistidas e indenizadas. Paulo Câmara também gravou vídeos em que repudia a ação violenta da PM. Mas não dá entrevistas, por exemplo, para não melindrar a polícia mais do que o que considera que seria razoável”.

“Câmara tem diante de si um desafio pelo qual já passaram seus colegas de São Paulo, João Doria (PSDB), do Ceará, Camilo Santana (PT), e da Bahia, Rui Costa (PT) – todos de oposição ao presidente da República”, completa.

“A preocupação de especialistas e de governadores é que o caldo de insatisfação e de politização das tropas Brasil afora provoque ainda mais conflitos à medida que as eleições se aproximarem, com mais manifestações contra e a favor do governo”, afirma.

Pesquisa realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública no ano passado aponta “que 35% dos oficiais e 41% dos praças de todo o Brasil interagem em redes sociais bolsonaristas”, ressalta a reportagem.


Brasil 247

Líder do Centrão, Ciro Nogueira diz que Bolsonaro hoje não conseguiria se reeleger


O motivo é a péssima imagem de sua gestão na pandemia. Ele aposta, no entanto, que haverá espaço para uma recuperação até 2022, puxada pela economia

31 de maio de 2021

Jair Bolsonaro e o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI) (Foto: Agencia Brasil)


247 – Um dos principais aliados de Jair Bolsonaro no Congresso, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), admitiu, em entrevista ao jornal Valor Econômico, que hoje o atual governante não conseguiria se reeleger. "O governo não tem uma imagem positiva na pandemia. Essa mesma imagem se reflete na intenção de voto", afirma. Ciro, no entanto, pontuou que ele terá uma imagem positiva em 2022, alavancada pela economia, que deve crescer 5% neste ano. "Quem elege e reelege presidente é a economia".

Ciro Nogueira também deixou claro que a estratégia dos governistas será tentar estimular, mais uma vez, um sentimento antipetista. "Não há nada mais odiado no Brasil do que o PT", afirmou. Ciro Nogueira também disse que Bolsonaro e seus filhos não se filiarão ao PP.


Brasil 247

sábado, 29 de maio de 2021

Guardian destaca atos pelo 'Fora Bolsonaro' no Brasil: 'milhares nas ruas exigem impeachment'


"Protestos em mais de 200 cidades e vilas no Brasil provocados pelo tratamento do presidente da pandemia de Covid", diz um dos principais jornais da Inglaterra sobre as manifestações

29 de maio de 2021

(Foto: Reprodução)


247 - O jornal The Guardian, um dos mais prestigiados da Inglaterra, noticiou as manifestações contra Jair Bolsonaro que aconteceram em mais de 200 cidades do Brasil e do exterior.

Confira trecho da reportagem:

"Dezenas de milhares de manifestantes foram às ruas das maiores cidades do Brasil para exigir o impeachment do presidente Jair Bolsonaro por sua resposta catastrófica a uma pandemia de coronavírus que ceifou quase meio milhão de vidas de brasileiros.

(...)

As manifestações de sábado - que também ocorreram nas principais cidades, incluindo São Paulo, Belo Horizonte, Recife e a capital Brasília, bem como em dezenas de cidades menores - vêm com Bolsonaro em sua pior fase desde que assumiu o cargo em janeiro de 2019.

As pesquisas sugerem uma raiva crescente com a forma como o populista de direita está lidando com Covid, com 57% da população agora apoiando seu impeachment . Um inquérito do Congresso está atualmente dissecando a calamitosa resposta de Bolsonaro à crise de saúde pública, com revelações prejudiciais sobre a conduta de seu governo sendo transmitidas todas as noites no noticiário.

Bolsonaro parece particularmente abalado com o ressurgimento de seu rival político Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-presidente de esquerda que parece prestes a desafiá-lo à presidência na eleição do próximo ano. Em entrevista recente ao Guardian, Lula , cujos direitos políticos foram recentemente restaurados, disse que não tinha dúvidas de que o povo brasileiro se “libertaria” de Bolsonaro em 2022. “Ele poderia ter evitado metade dessas mortes”, disse Lula sobre a reação de Bolsonaro para Covid."


Brasil 247

Imagens aéreas mostram que o ato 'Fora Bolsonaro' na Paulista foi gigantesco (vídeos)


Com cobertura ao vivo boicotada por canais da mídia corporativa, a manifestação na Avenida Paulista deste 29 de Maio já se tornou histórica e vai aumentar a pressão sobre Jair Bolsonaro

29 de maio de 2021

(Foto: Reprodução)

247 - A manifestação pela saída de Jair Bolsonaro que ocorreu na cidade de São Paulo bloqueou no final da tarde deste sábado (29) os dois sentidos da avenida Paulista e reuniu milhares de pessoas. Ao menos sete quarteirões da Paulista foram tomados por manifestantes, que se concentraram na altura do Masp.

Em sua absoluta maioria utilizando máscaras contra o contágio da Covid-19, os paulistanos e paulistanas exigiram a saída de Bolsonaro, a intensificação da vacinação e o retorno do auxílio emergencial de R$ 600.

Imagens aéreas divulgadas nas redes sociais mostram o tamanho da manifestação, que recebeu cobertura tímida da Globonews e da CNN, dois dos principais canais de telejornalismo ao vivo do País.


Brasil 247

 

Movimentos sociais estimam que 400 mil saíram às ruas no Brasil contra o genocídio promovido por Bolsonaro


Número foi dado em primeira mão à TV 247 por Raimundo Bonfim, coordenador da Central de Movimentos Populares (CMP), uma das entidades que organizaram os atos deste 29 de Maio. Protestos ocorreram em 213 cidades do país e 14 do exterior

29 de maio de 2021

(Foto: Mídia Ninja)


247 - As manifestações contra Jair Bolsonaro, pela vacinação da população e pelo auxílio emergencial de R$ 600, que aconteceram neste sábado (29), foram um sucesso na avaliação dos movimentos sociais.

Em entrevista ao programa Boa Noite 247, da TV 247, o coordenador da Central dos Movimentos Populares (CMP), Raimundo Bonfim, afirmou que a estimativa é que os atos mobilizaram 400 mil pessoas presencialmente.

Segundo dados da CMP, que foi uma das entidades que organizaram as manifestações, os atos presenciais aconteceram em 213 cidades no Brasil e outras 14 cidades em diversos países do exterior, reunindo ao todo cerca de 420 mil pessoas.

Ainda segundo a CMP, apenas no Twitter, a hashtag #29MForaBolsonaro recebeu 1.828.048 postagens e 841 mil RTs.


Brasil 247

“Voto impresso é cloroquinismo eleitoral”, diz o jurista Lenio Streck ao DCM

 

 





Professor Lenio Streck concedeu entrevista ao DCMTV

O jurista Lenio Streck, um dos mais respeitados constitucionalistas do Brasil, concedeu entrevista nessa sexta-feira (28) ao DCM ao Meio-Dia no DCMTV aos jornalistas Kiko Nogueira e Pedro Zambarda.

Quando questionado sobre o projeto que pretende a volta do voto impresso, defendido tanto por bolsonaristas quanto pelo PDT de Ciro Gomes, o advogado gaúcho alertou para os riscos de tal ideia:“Quem está dando asa a esse negócio está colocando lenha na fogueira.”, disse Lenio. “Isso é negacionismo! Cloroquinismo eleitoral! Eu lamento que as pessoas acreditem tanto nas redes sociais. Sem redes sociais, o bolsonarismo não existiria.”

Na sequência de sua resposta, Streck reafirmou a segurança da urna eletrônica.”A urna não está ligada na internet, tão logo não dá para hackear.”


Diário do Centro do Mundo - DCM

sexta-feira, 28 de maio de 2021

#29M - Nando Motta

 



Brasil 247

Deputado do PDT critica Ciro e pede fim das agressões contra Lula


O deputado pedetista Túlio Gadêlha pede para Ciro parar de atacar Lula

28 de maio de 2021

Deputado Túlio Gadêlha (Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados)


247 - O deputado pedetista Túlio Gadêlha discorda da estratégia de Ciro Gomes, pré-candidato do PDT a presidente da República de atacar o ex-presidente Lula. Gadêlha também é crítico à falta de democracia interna no partido.

"Ciro tem que criticar Bolsonaro e parar de atacar Lula. Ciro não vai conquistar os votos de [eleitores de] Bolsonaro", afirma o parlamentar em entrevista à Folha de S.Paulo, nesta sexta-feira (28).

Ciro Gomes está em posição sofrível nas pesquisas eleitorais. Ele tem apenas 6% de intenções de voto no primeiro turno na mais sondagem do Datafolha, bem atrás de Lula, com 41%.

Perguntado pela Folha como vê a movimentação de Ciro e do PDT para 2022, o deputado foi enfático: "Não tenho achado que seja uma estratégia interessante os ataques ao Lula. No momento em que mais o país precisa de estadistas para vencer esta crise, vemos as nossas maiores referências entrarem em conflito. Isso tem me preocupado e me afastado desses projetos. Até o [Leonel] Brizola, para usar uma referência do PDT, dizia que o campo progressista dividido é escada para a direita conservadora subir. E é isso que está acontecendo".

Gadêlha põe em dúvida se o PDT deve ter candidatura própria na eleição presidencial de 2022.


Brasil 247

O Brasil real não está nos números de Guedes. Por Fernando Brito

 Publicado por Fernando Brito

27 de maio de 2021

Publicado originalmente no Tijolaço

Por Fernando Brito



Os números divulgados hoje pelo IBGE põem cada vez mais em descrédito os indicadores otimistas de emprego formal apresentados seguidamente pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

Ontem, Guedes mostrou supostos números que indicariam a criação de quase um milhão de empregos (958 mil) com carteira assinada de janeiro a abril, quase tantos quanto se criou nos melhores tempos de expansão da economia brasileira.

Hoje, o IBGE mostra que, ao contrário, o número de pessoas com carteira assinada caiu cerca de meio milhão entre o último trimestre de 2020 e os primeiros três meses de 2021.

Se considerarmos o período de um ano (antes e depois da pandemia, o número de trabalhadores registrados teve uma redução de 10,7%, ou menos 3,5 milhões de pessoas.

O argumento de Guedes que a “sensação de desemprego” vem do fato de que os informais estão sendo a origem dos índices de desocupação apurados pelo IBGE que indicam mais 880 mil pessoas desocupadas, totalizando 14,8 milhões na fila em busca de um trabalho no país.

É o maior número já apontado pela série histórica das pesquisas do IBGE: 14,7% dos brasileiros, quase um em cada oito, procuram emprego sem encontrá-lo.

É claro que alguns setores, como o e-commerce, podem ter gerado vagas pelas mudanças dos perfis de consumo nas classes alta e média, mas basta ir ao comércio convencional para ver quantas vagas foram aniquiladas. Idem no turismo, nos bares e restaurantes, no transporte e em todos os outros setores que sofrera, sofrem e estão sujeitos a sofrer mais com a possibilidade de uma nova onda.

O mundo otimista de Paulo Guedes se dissolve em qualquer estatística de calçada.


Diário do Centro do Mundo   -   DCM

Bolsonaro virou pajé. Por Fernando Brito

 Publicado por Fernando Brito

28 de maio de 2021

Publicado originalmente no Tijolaço

Por Fernando Brito



Jair Bolsonaro já não é só charlatão, agora é pajé.

Na sua live de hoje anunciou que os índios do Norte do Amazonas têm uma medicação infalível contra a Covid.

Na aldeia tribo Balaio, ninguém morreu; nos yanomamis só três, índios idosos , “provavelmente com comorbidades”.

Nenhum tomou cloroquina, mas beberam chá de “carapanaúba, saracura ou jambu”.

“Perguntei se algum tinha morrido. Responderam não. Foi antes da vacina? Disseram que sim. Perguntei por que não morreram. Eles tomaram chá de carapanaúba, saracura ou jambu.(…) Poderia essa querida CPI do Senado, que tem como presidente o senador Omar Aziz, convidar os índios para ouvi-los, para, quem sabe, levar os chás de carapanaúba, saracura ou jambu.”

Todos os três, há anos, são vendidos nas feiras de Manaus e em bancas de cascas e ervas do país inteiro.

A carapanaúba é casca de árvore de “amplo espectro” na cultura popular. Cura desde inflamações do útero e ovário, diabetes, problemas de estômago, câncer, é anticontraceptivo e age contra febre e reumatismo.

A “saracura” – que não é saracura, mas “sara-tudo”, ou murici (Bysonima intermedia) – serve para alívio de dor de dente e inflamações em geral.

E o jambu, é indicado como fortificante, estimulador de apetite, anti-inflamatório, remédios contra lombrigas, analgésico, diurético, anestésico bucal e estimulante sexual.

Não posso dizer que Bolsonaro é um Villas-Bôas porque, alem de ser uma ofensa aos irmão Orlando, Cláudio e Leonardo, três importantes indigenistas brasileiros e porque ele vai pensar que o nome é de seu patrono, Eduardo Villas Bôas, que enfiou o exército nesta encrenca.

Pensemos positivo, porém: Jair Bolsonaro salvou a humanidade! Podemos agora exportar os pacotinhos de feira mais caros que as bijuterias de nióbio que alimentam a mente (mente?) presidencial.

E encher as ruas de motoqueiros gritando: “O jambú é nosso”.


Diário do Centro do Mundo   -   DCM

A responsabilidade criminal de Bolsonaro na pandemia é evidente. Por Kakay

 


28 de maio de 2021

Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução


“Uma mão fria aperta-me a garganta e não me deixa respirar a vida. Tudo morre em mim, mesmo o saber que posso sonhar. De nenhum modo físico estou bem. Todas as maciezas em que me reclino têm arestas para a minha alma. Todos os olhares para onde olho estão tão escuros de lhes bater esta luz empobrecida do dia para se morrer sem dor”. Fernando Pessoa, Livro do Desassossego.

É muito interessante observar a reação das pessoas quando se tem que lidar com a lógica dos fascistas negacionistas. Esses assassinos em potencial, cúmplices do extermínio, têm o desplante de criticar o uso de máscara, chegando ao cúmulo de dizer que elas aumentam o número de infectados. Sem nem ruborizar, gostam de pregar a necessidade da aglomeração, ridicularizando o isolamento.

São críticos fundamentalistas das vacinas e ainda receitam, e dizem tomar, cloroquina e tudo o mais que os amantes da imunização por rebanho apregoam. São os que aplaudem e entram em delírio com as sandices ditas pelo presidente da República ao desaprovar as orientações dos organismos internacionais da área da saúde. Um show de horrores deprimente.

Esse é o perfil dos apoiadores do governo Bolsonaro, um presidente que está sendo responsabilizado por especialistas das áreas médicas e da advocacia pela morte de milhares e milhares de brasileiros pela omissão. A responsabilidade criminal é evidente.

A sociedade espera, ansiosa, pela manifestação do sr. procurador-geral da República, que é quem constitucionalmente tem o direito e o dever de decidir sobre a apresentação da denúncia perante o Supremo Tribunal Federal. Várias entidades representativas fizeram sua parte e apresentaram o pedido de abertura do processo criminal, mas a palavra final é da PGR (Procuradoria-Geral da República).

Dentre os advogados, amadurece a ideia, já proposta por mim meses atrás, de procurar a responsabilização criminal do presidente ajuizando queixa-crime subsidiária, ante a inércia do procurador-geral. Depois de dizer isso numa live, recebi muitas manifestações de parentes de pessoas que morreram pelo abandono na crise sanitária com a intenção de serem os autores para a provável ação penal.

Da mesma maneira, há uma tremenda expectativa sobre o relatório da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid, realizada pelo Senado, que deverá apontar vários crimes de responsabilidade do presidente e seu bando. Nesse caso, o relatório tem que ser encaminhado à Câmara dos Deputados para a abertura da discussão sobre o afastamento do presidente.

A decisão de encaminhar ou não a proposta de impeachment para a votação pelo plenário da Câmara cabe, regimentalmente, ao presidente da Casa. Também nesta situação, como no caso da denúncia ao Supremo Tribunal, é necessário discutir os poderes imperiais do presidente da Câmara e do procurador-geral. É bom lembrar que a CPI da Covid só foi instalada após uma decisão do ministro Barroso, do STF, provocado pela inércia do presidente do Senado.

Todas essas relevantes e cruciais questões deságuam num debate oportuno e responsável: deve o cidadão sair às ruas para exigir um pingo de dignidade por parte do presidente da República, propondo a imediata retirada desse grupo de extrema direita do poder?

Será um grito, um apelo e um pedido desesperado pela vida contra a barbárie e as mortes desenfreadas. Mas, entre nós, com consciência das dores, nossas e dos outros, a discussão sobre participar ou não das passeatas de protesto é densa e sem resposta pronta. Vale nos amparar na genial Clarice Lispector:

“Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento”

A coerência da pregação pela necessidade do isolamento nos mantém em casa. Não somos bolsonaristas irresponsáveis, mas ficar em casa na companhia de 450 mil mortos é inquietante, frustrante e nos enche de profunda indignação. É como se nossa falta de ação representasse qualquer hipótese de concordância com a barbárie. Chega uma hora que a indignação já não cabe nos limites das nossas casas.

É na saudade e na certeza de que eles, os 450 mil que se foram, rondam nossas vidas que a hipótese de estar nas ruas em 29 de maio, próximo sábado, toma corpo.

A sensatez nos faz discutir caso a caso. Se a opção for ir às ruas, é imperioso tomar todos os cuidados. As caminhadas pelo Brasil afora já se iniciam com a presença, em todas elas, dos quase meio milhão de brasileiros que foram tragados pela postura desumana, covarde e cruel desse governo que é o representante e cultor da morte. Mesmo numa cidade pequena do interior, que consiga reunir apenas 100 pessoas no protesto, é bom que cada um saiba que existe uma presença invisível, que nos acolhe e nos abraça, daqueles brasileiros que foram vencidos pelo vírus e pela omissão criminosa do governo e que acompanham os protestos silenciosamente.

Como estou vacinado, estarei nas ruas, com máscara e respeitando o distanciamento, em solidariedade aos que não estão mais aqui e em protesto contra a barbárie. Entendo que o isolamento é necessário para enfrentar a cepa indiana, mas a democracia e as ruas são necessárias para vencer a cepa miliciana. Mas entendo e respeito os que optarem pela coerência da não presença. Cada um continuará a encontrar uma maneira de mostrar seu apoio e, ao mesmo tempo, seu descontentamento. Sabemos que é um ato pela vida e que os bolsonaristas sequer entenderão.

Como ficou evidente na CPI, esses irresponsáveis se alimentam da mentira e criaram um mundo imaginário no qual vivem. Fazem um papel ridículo, mas não se constrangem. Até para sentirem vergonha teriam que ter algum vestígio de humanidade, de integridade. Só se sente ridículo quem tem alguma noção do que é ser ridículo. Deveriam ler Manuel Bandeira, no Poema do Beco:

“O que importa a paisagem, a Glória, a baía, a linha do horizonte?
O que eu vejo é o simples beco.”

Não estaremos nas ruas por eles, os cúmplices do extermínio, mas pelo sonho de ter de volta uma vida digna. Sabemos todos que a pandemia é gravíssima e que milhares de mortes aconteceriam de qualquer maneira pelo vírus traiçoeiro. Só não queremos ter qualquer responsabilidade pela omissão, pelo escárnio com a ciência e pela falta de solidariedade ao não ver a dor do outro pelos olhos de quem sofre.

E como tenho dito, ainda irei na manifestação de verde e amarelo para mostrar para esses infames que eles querem nos roubar tudo: a esperança, o humor e até a nossa identidade, mas que continuaremos a resistir. Somos muito maiores do que este rasgo de obscurantismo que se abateu sobre o Brasil.

Por isso mesmo, cabe a cada um de nós responder com o solene desprezo que eles merecem. Vamos vencer essa praga que cultua o vírus. Já nos levaram muito, saquearam o país destruindo as instituições, seja na saúde, na educação ou na cultura. Mas marcharemos de mãos dadas, simbolicamente, com os que partiram e daremos aquele abraço afetuoso como se a saudade pudesse materializar o afeto.

Com o pensamento no poema Ausência, da grande poeta Sophia de Mello Breyner:

“Num deserto sem água
Numa noite sem lua
Num país sem nome
Ou numa terra nua

Por maior que seja o desespero
Nenhuma ausência é mais funda que a tua.”


Diário do Centro do Mundo   -   DCM

Senador Jean Paul fala do depoimento devastador de Dimas Covas; PDT de C...



Diário do Centro do Munso   -   DCM

Bolsonaro planejou 1,4 milhão de mortes no Brasil, aponta artigo publicado no New York Times


Jornalista Vanessa Barbara, autora do texto, calculou uma taxa de mortalidade de 1% e de 70% da população infectada, na estratégia da "imunidade de rebanho"

28 de maio de 2021

Ato de ruralistas causou aglomeração enquanto País registra alta de mortes por Covid (Foto: Clauber Cleber Caetano/PR | Reuters)


247 - A jornalista e escritora Vanessa Barbara publicou um importante artigo no The New York Times, jornal mais influente do mundo, em que demonstra como a estratégia de imunização de rebanho, levada adiante pelo governo Bolsonaro com seu charlatanismo em torno da cloroquina, pode causar a morte de 1,4 milhão de brasileiros.

"Bolsonaro aparentemente pretendia levar o Brasil à imunidade de rebanho por infecção natural. Isso significa - assumindo uma taxa de mortalidade de 1% e infecção de 70% como um limite para imunidade de rebanho - Bolsonaro planejou pelo menos 1,4 milhão de mortes no Brasil", escreveu. (leia aqui a íntegra do artigo). Saiba mais em reportagem sobre a estratégia bolsonarista e vídeo da TV 247:

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro sugeriu em sua tradicional live de quinta-feira que se tome chás usados por indígenas para combater a Covid-19, após a defesa enfática da cloroquina e outros medicamentos sem eficácia comprovada contra o coronavírus que vem fazendo desde o ano passado.

Em sua transmissão pelas redes sociais a partir de Matucará, no Amazonas, Estado onde cumpriu agenda pública, Bolsonaro disse ter conversado com índios balaios. Segundo ele, nenhum havia morrido de Covid-19.

"Daí eu perguntei: foi antes da vacina? Foi antes da vacina, que já foram vacinados também. Não morreram por quê? Tomaram alguma coisa? Vamos lá, pessoal, anota aí: segundo eles, tomaram chá de carapanaúba, saracura ou jambu. Não tem comprovação científica, certo, mas tomaram isso", disse.

O presidente comentou que a CPI da Covid poderia convidar os indígenas para ouvi-los a respeito do uso desses chás. Disse ainda que também conversou com índios ianomâmis que tomaram chá também. De acordo com ele, houve três mortes nessa comunidade, sendo que todos eram idosos e, sem apresentar evidência, "com toda certeza deveriam ter comorbidade".

O governo Bolsonaro tem sido alvo de críticas e da investigação da CPI sobre possível desinteresse na aquisição de vacinas contra Covid-19 enquanto defendia o uso da cloroquina e outros medicamentos sem eficácia comprovada contra a doença.

Ainda assim, o presidente reforçou a sua defesa em favor da cloroquina, agora evitando falar publicamente o nome do medicamente. "Eu tomei aquele negócio que mostrei pra ema e no outro dia estava bom", disse.


Brasil 247

Gleisi: CPI já pode fechar relatório porque tem provas robustas contra Bolsonaro


"Depoimento de Dimas Covas foi a pá de cal para mostrar que houve dolo por parte do genocida", diz a presidente do Partido dos Trabalhadores

28 de maio de 2021

(Foto: ABr | Filipe Araujo)


247 – "No andar da carruagem, a CPI da Covid já pode fechar relatório responsabilizando Bolsonaro. Não só demorou como não quis comprar vacinas para proteger o povo por pura ideologia nefasta. O depoimento de Dimas Covas foi a pá de cal para mostrar que houve dolo por parte do genocida", postou a deputada Gleisi Hoffmann, presidente do Partido dos Trabalhadores, em seu twitter. Saiba mais sobre o depoimento e confira vídeo da TV 247:

BRASÍLIA (Reuters) - A falta de resposta a ofertas, atraso e paralisação em processo de compra da vacina CoronaVac foram apontados como destaques do depoimento do diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, até o momento, na avaliação da área técnica de assessoramento do relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL).

O relator é responsável pela produção de um parecer sobre as investigações promovidas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), a ser chancelado pelo colegiado e toma como base destaques, informações e divergências entre os depoimentos para construir sua linha de apuração.

"O Brasil poderia ser o primeiro país do mundo a começar a vacinação, não fossem os percalços que nós tínhamos que enfrentar durante esse período, tanto do ponto de vista do contrato, como do ponto de vista também regulatório", disse Dimas Covas em depoimento desta quinta-feira à CPI.

O diretor relatou que ainda em julho de 2020, pouco depois de o instituto iniciar os estudos clínicos da CoronaVac no Brasil, o Ministério da Saúde foi procurado, por meio de ofício, com uma oferta de entrega de 60 milhões de doses até o final do ano.

"Um pouquinho depois, como não houve aí uma resposta efetiva, nós reforçamos o ofício e, em agosto, nós solicitamos, além de reforçar o ofício, apoio financeiro ao ministério para apoiar o estudo clínico", disse.

"Um estudo clínico dessa dimensão custa muito caro. Nós tínhamos uma previsão de gastar em torno de 100 milhões de reais nesse estudo clínico. Então, nós solicitamos um apoio do ministério, no sentido de que permitisse a gente suportar esses gastos, e solicitamos também um apoio para reformar uma fábrica", relatou Covas, acrescentando que não obteve resposta positiva aos pleitos.

No caso da reforma da fábrica, explicou, foi sugerido que o instituto buscasse apoio por meio de programa para o desenvolvimento do complexo industrial da saúde. Segundo Covas, essa fábrica terá condições, se estiver pronta até o fim do ano, de funcionar a partir do primeiro trimestre de 2022 com capacidade de produção de 100 milhões de doses ao ano.

Ainda assim, relatou Covas, ministério e Butantan seguiram as negociações, em caráter técnico, que culminaram com a divulgação, em outubro de 2020, da compra de 46 milhões de doses da CoronaVac. O anúncio, feito pelo então ministro Eduardo Pazuello, teve como testemunhas governadores e parlamentares.

No dia seguinte, no entanto, o presidente Jair Bolsonaro desautorizou o ministro e garantiu que o governo brasileiro não compraria a "vacina chinesa".

"Isso mudou a perspectiva no próprio ministério. Quer dizer, todas essas negociações que ocorriam com troca de equipes técnicas, com troca de documentos, a partir desse momento elas foram suspensas. Quer dizer, houve, no dia 19, um dia antes da reunião com o ministro, um documento do ministério que era um compromisso de incorporação, mas, após, esse compromisso ficou em suspenso e, de fato, só foi concretizado em 7 de janeiro", relatou Dimas Covas, apontando a paralisação de ao menos três meses no processo de compra da CoronaVac e suspensão, inclusive, de negociação de uma medida provisória que facilitaria a aquisição.

Dimas Covas lembrou que o atraso na negociação em um contexto mundial de forte demanda e oferta limitada, acabou por resultar em um cronograma diferente do originalmente sugerido pelo Butantan.

ANTICHINA

As declarações do presidente e de integrantes do governo tendo a China como alvo, caso das que insinuavam que a vacina seria de baixa qualidade por conta de sua origem, afetaram os estudos que o Butantan promovia e também tiveram impacto na remessa de insumos, na opinião de Dimas Covas, pinçada pela assessoria de Renan no documento obtido pela Reuters.

O diretor do Butantan relatou que em reunião com o atual ministro de Relações Exteriores, Carlos França, da Economia, Paulo Guedes, e da Saúde, Marcelo Queiroga, o embaixador da China teria deixado muito claro que "posições que são antagônicas, que desmerecem a China, causam, obviamente, inconformismo do lado chinês".

Questionado por Renan se as posições políticas do governo haviam prejudicado a distribuição de CoronaVac no Brasil, Dimas Covas afirmou que "impediu a vacinação de milhões de pessoas num prazo anterior ao que começou".

"As pessoas da China têm grande orgulho da contribuição que a China dá ao mundo neste momento. Então, obviamente isso se reflete nas dificuldades burocráticas, que eram normalmente resolvidas em 15 dias, e hoje demoram mais de mês para serem resolvidas."

O diretor fez questão de dizer, no entanto, que com a saída de Ernesto Araújo do comando do Itamaraty a situação já melhorou. Covas também elogiou a atuação de Queiroga.

O diretor do Butantan também afirmou que campanha promovida em mídias sociais denegrindo a CoronaVac chegou a prejudicar seus estudos clínicos, dificultando o fluxo de voluntários para os testes.


Brasil 247

quinta-feira, 27 de maio de 2021

quarta-feira, 26 de maio de 2021

Defesa de Lula pede a Fux conclusão do julgamento sobre suspeição de Moro


No próximo dia 30 se completarão 30 dias da publicação da ata do julgamento da suspeição do ex-juiz federal Sergio Moro no caso do Triplex do Guarujá - prazo máximo previsto pelo regimento interno do Supremo para a devolução do processo

26 de maio de 2021
STF, ex-presidente Lula e Sérgio Moro (Foto: STF, Stuckert e ABR)


247 - O ex-presidente Lula (PT) pediu nesta quarta-feira, 26, ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, que marque a retomada do julgamento da suspeição do ex-juiz federal Sergio Moro no caso do Triplex do Guarujá. O plenário do STF já tem maioria para declarar Moro.

O julgamento foi interrompido em 22 de abril por um pedido de vista do ministro Marco Aurélio Mello.

Os advogados de Lula argumentam que Marco Aurélio devolveu o processo a julgamento uma semana depois de ter recebido os autos. No próximo dia 30 se completarão 30 dias da publicação da ata do julgamento, prazo máximo previsto pelo regimento interno do Supremo para a devolução do processo.

“Torna-se imperioso, com o devido respeito e acatamento, que seja o feito pautado para o ‘prosseguimento da votação’, como determina a norma regimental, a fim de que se possa aplicar as consequências jurídicas definitivas do quanto decidido”, argumentam.


A expectativa é que o ministro novamente devolva o processo, e que ele seja pautado - talvez nesta semana, de acordo com informação publicada pela coluna de Mônica Bergamo.

O Supremo também havia decidido que os processos contra o ex-presidente devem tramitar no Judiciário de Brasília (DF) e não no de Curitiba (PR).

A Corte já havia anulado, no dia 15 de abril, as condenações de Lula, que teve seus direitos políticos devolvidos e está apto para, eventualmente, disputar a eleição presidencial de 2022.


Brasil 247

Pesquisa feita durante a CPI mostra que rejeição a Bolsonaro volta ao recorde de 59%


Levantamento do PoderData mostra também que 35% dos entrevistados aprovam o governo - um ponto a menos em relação à última pesquisa. E recuo na proporção dos indiferentes (de 10% para 6%)

26 de maio de 2021

(Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado | Reuters)


247 - Fragilizado pela CPI e outros escândalos simultâneos - como o que envolve o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles - Jair Bolsonaro voltou a ser alvo do maior nível de desaprovação, segundo pesquisa PoderData realizada entre os dias 24 e 26 de maio.

É o maior nível desde junho de 2020, quando a pergunta passou a ser feita pelo instituto a cada 15 dias.

A pesquisa mostra também que 35% dos entrevistados aprovam o governo - um ponto a menos em relação à última pesquisa (empate técnico), há duas semanas.

O levantamento revela que há um recuo na proporção dos indiferentes - que respondem não ter opinião. Há 15 dias, 10% diziam não saber se aprovavam ou desaprovavam o governo Bolsonaro. Agora, são 6%.

A pesquisa inclui 2.500 entrevistas por telefone em 462 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.


Brasil 247

Atos contra Bolsonaro no próximo sábado estão confirmados em 75 cidades pelo país. Confira locais e horários


Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e partidos de esquerda convocam os protestos contra o governo Bolsonaro

26 de maio de 2021

(Foto: Reprodução | Mídia Ninja)


247 - Estão confirmadas as manifestações contra Jair Bolsonaro em 75 cidades de todas as regiões do país no sábado (29), segundo as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.

Os atos fazem parte das campanhas pelo impeachment de Bolsonaro, por mais vacinas e vacinação mais rápida e pelo pagamento de auxílio emergencial de 600 reais, informa o Painel da Folha de S.Paulo.

Os organizadores estão fazendo recomendações de normas de proteção sanitária contra a covid, com uso de máscaras e álcool em gel durante as manifestações.

Confira as manifestações já confirmadas pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e que acontecem no sábado:

Norte

AM – Manaus – Praça da Saudade | 16h
PA – Belém – Praça da República | 8h
PA – Santarém – Praça de Eventos | 17h30
TO – Palmas – Av. Juscelino Kubitschek – em frente ao Palácio Araguaia | 9h

Nordeste

AL – Maceió – Praça dos Martírios | 9h
BA – Salvador – Largo do Campo Grande | 10h
CE – Fortaleza – Carreata Arena Castelão | 15h
CE – Fortaleza – Praça da Gentilandia | 15h30
CE – Juazeiro do Norte – Praça da Prefeitura | 8h
MA – São Luís – Praça Deodoro | 16H
PB – João Pessoa – Carreata Praça da Independência
(até Parque da Lagoa) | 09h
PB – Patos – Correios | 8h
PE – Recife – Praça do Derby | 9 h
PI – Teresina – Praça Rio Branco | 8h
RN – Natal – Em frente ao Midway Mall | 15h
SE – Aracaju – Praça de Eventos entre os Mercados | 8h

Centro-Oeste

DF – Brasília – Teatro Nacional | 9h
GO – Goiânia – Praça Cívica | 9h
MS – Campo Grande – em frente a UFMS | 8h
MS – Dourados – 9h
MS – Três Lagoas – 9h
MT – Cuiabá – Praça Alencastro | 15h

Sudeste

ES – Vitória – UFES | 15h
MG – Barbacena – Praça da Matriz | 10h
MG – Belo Horizonte – Praça da Liberdade | 10H
MG – Caratinga – Praça da Estação | 15 H
MG – Governador Valadares – Praça dos Pioneiros | 9h
MG – Juiz de Fora – Parque Halfeld | 10h30
MG – Uberaba – Praça Rui Barbosa | 11h
MG – Uberlândia – Praça Ismene Mendes | 10h
MG – Viçosa – 4 Pilastras | 9h30
RJ – Rio de Janeiro – Monumento Zumbi dos Palmares | 10h
RJ – Campos – Praça São Salvador | 10h
SP – Assis – Em frente ao Homem de Lata (Av. Rui Barbosa) | 10h
SP – Campinas – Largo do Rosário | 10h
SP – Ilha Bela – Praça da Mangueira (em frente ao colégio ACEI) | 9h
SP – Ribeirão Preto – Esplanada do Teatro Pedro II | 10h
SP – Santos – UNIFESP | 15h
SP – Santos – Estação Cidadania | 16h
SP – São Bernardo do Campo – Paço Municipal de SBC | 10h
SP – São José dos Campos – Rodovia Carvalho Pinto | 9h
SP – São Paulo – MASP | 16h
SP – Taubaté – Praça Dom Epaminondas | 10h

Sul

PR – Cascavel – Calçadão Av. Brasil | 10h
PR – Curitiba – Praça Santos Andrade | 16h
PR – Ponta Grossa – Praça Barão de Guaraúna | 16h
PR – Maringá – Praça Raposo Tavares | 10h
SC – Florianópolis – Largo da Alfândega | 10h
RS – Passo Fundo – Praça da Mãe | 8h
RS – Porto Alegre – Prefeitura | 15h


Brasil 247

Transmissão da Covid rompe teto em todo o país e terceira onda, a mais terrível, está chegando


A taxa de transmissão da Covid-19 ultrapassou o teto em todas as regiões do país, indicando uma nova aceleração da pandemia. A terceira onda está se aproximando e deverá ser mais terrível que as anteriores

26 de maio de 2021

Sepultador com trajes de proteção abre covas no cemitério de Vila Formosa em São Paulo em meio à pandemia de Covid-19 08/08/2020 (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)


247 - Pela primeira vez em dois meses, a taxa de contágio (Rt) da Covid-19 ultrapassou o teto em todo o Brasil. Isso indica que a terceira onda da pandemia está chegando e ela pode ser mais terrível que as anteriores, segundo o presidente do Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde), Carlos Lula. Os dados sobre a taxa de contágio são da Info Tracker, pesquisa da Unesp e USP que monitora a pandemia.

O teto da taxa de contágio é o índice 1, quando cada pessoa pode contaminar uma outra. Se for maior do que 1, cada doente poderá contaminar mais de uma pessoa. A taxa está agora em 1,12 em todas as regiões do Brasil. Isso indica que a cada grupo de 100 doentes, 112 pessoas podem ser infectadas. Essas, por sua vez,infectam ao menos 125 numa progressão exponencial.

Para que a transmissão do novo coronavírus seja contida e caia o risco de uma terceira onda de infecção, a taxa de Rt precisaria ficar abaixo desse patamar de 1.

O aumento da Rt "reflete as consequências da vacinação lenta, da flexibilização do isolamento social e das novas cepas do coronavírus", diz Marco Aurélio Sáfadi, infectologista e professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, entrevistado pelo UOL.

Segundo o médico, o país está "muito longe de ter a população imune. Se essa tendência de aumento no Rt se mantiver, é esperado na sequência aumento de novos casos e, em 20, 30 dias, aumento dos mortos". Ele prevê UTIs novamente cheias em breve.

Graças ao avanço da Rt e à manutenção de internações em alto patamar, o presidente do Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde), Carlos Lula, teme que "a terceira onda seja mais virulenta do que a do começo do ano", embora ela ainda pudesse ser evitada com uma aceleração da vacinação e adoção de medidas de restrição de circulação e incentivo ao uso de máscara e álcool gel. No entanto, a velocidade da vacinação está estagnada e corre o risco de diminuir nas próximas semanas, as medidas de restrição de circulação foram suspensas em quase todo o país e não há campanha governamental efetiva pelo uso de máscara e álcool gel.


Brasil 247

terça-feira, 25 de maio de 2021

PF fala em crimes 'já configurados' do presidente do Ibama e cita 'fortes indícios' contra Ricardo Salles


Eduardo Bim e o ministro do Meio Ambiente são investigados na Operação Akuanduba, que apura um possível esquema de exportação ilegal de madeira do Brasil

25 de maio de 2021

Ricardo Salles e garimpo em terras indígenas ianomâmis (Foto: Alessandro Dantas/PT | REUTERS/Bruno Kelly)


247 - Em documento enviado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, segundo o jornal O Globo, a Polícia Federal afirma já ter provas da prática de crimes de facilitação ao contrabando e advocacia administrativa (favorecimento de interesses particulares dentro do governo) praticados pelo presidente afastado do Ibama, Eduardo Bim.

A investigação sobre desvios no Ministério do Meio Ambiente, prossegue a PF, também mostra 'fortes indícios' da participação do chefe da pasta, Ricardo Salles, no esquema de desvios de verba do ministério. A participação de Salles, no entanto, segundo a instituição, precisa de maior apuração.

Salles e Bim são investigados no âmbito da Operação Akuanduba, que investiga um possível esquema de exportação ilegal de madeira do Brasil.

Dentre as provas obtidas pela PF, estão relatos de reuniões com madeireiros, alterações nas regras de fiscalização, mensagens de WhatsApp, depoimentos de testemunhas e movimentações financeiras atípicas.

"Esses mesmos elementos até então reunidos, a nosso ver, apresentam, também, fortes indícios de envolvimento do atual ministro do Meio Ambiente, Ricardo de Aquino Salles, autoridade com prerrogativa de foro perante essa Corte", afirma no documento o delegado responsável pela apuração, Franco Perazzoni. A PF descreve como "crimes já configurados" os atos do presidente afastado do Ibama.


Brasil 247

TSE determina quebra de sigilo contra chapa de Bolsonaro e Mourão


Corregedor-Geral da Justiça Eleitoral autorizou a quebra dos sigilos, junto a operadoras de telefonia, de usuários identificados como responsáveis pelo ataque hacker ao grupo virtual Mulheres Unidas contra Bolsonaro durante as eleições de 2018

25 de maio de 2021

Ódio do povo, não Mourão, poderá derrubar Bolsonaro (Foto: ABr)


Metrópoles - O Corregedor-Geral da Justiça Eleitoral, ministro Luís Felipe Salomão, autorizou a quebra dos sigilos, junto a operadoras de telefonia, de usuários identificados como responsáveis pelo ataque hacker ao grupo virtual Mulheres Unidas contra Bolsonaro durante as eleições de 2018.

A página reunia mais de 2,7 milhões de pessoas no Facebook e, na época, teve o nome alterado para Mulheres com Bolsonaro #17. Os responsáveis pela invasão também passaram a compartilhar publicações de apoio à campanha bolsonarista e mensagens ofensivas aos membros do grupo.

Salomão intimou empresas de telefonia a fornecerem dados cadastrais dos números de telefone identificados pela Polícia Federal e determinou que empresas de tecnologia levantem os registros de acesso ao grupo.


Brasil 247

Bolsonaro está em seu pior momento, e Lula no melhor, reconhece Lira


O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), admitiu ainda que a eleição de 2022 não terá espaço para uma "terceira via": "não houve desde 1989. Os dois vão convergir ao centro, e o centro vai escolher qual o melhor dos dois"

25 de maio de 2021

Arthur Lira e Lula (Foto: Agencia Câmara | Stuckert)


247 - O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), em participação na 22ª edição da CEO Conference Brasil, do banco BTG Pactual, na manhã desta terça-feira (25), de acordo com a Folha de S. Paulo, afirmou ver Jair Bolsonaro em seu pior momento no governo. Por outro lado, segundo Lira, o ex-presidente Lula, principal adversário do atual governo, está no ápice de sua popularidade.

"Nós estamos numa complicação de vacina, numa ausência que passou-se três meses sem o auxílio emergencial, com a população mais carente privada. Então, na minha visão, rapidamente, o presidente Bolsonaro está no seu pior momento e o candidato e ex-presidente Lula está em seu melhor momento", disse Lira.

Em pesquisa Datafolha divulgada em 12 de maio, Lula aparecia com 41% das intenções de voto para o primeiro turno de 2022, contra apenas 23% de Jair Bolsonaro.

O presidente da Câmara, no entanto, ponderou ao destacar que pesquisas eleitorais são um "retrato do momento". Ele disse ser difícil prever como estarão Bolsonaro e Lula na época do pleito no ano que vem. "Acho que as coisas têm que andar na sua normalidade. Acho que é normal de todo mundo discutir quem vai ser o próximo governante no Brasil, mas eu penso ainda que é momento de nós trabalharmos para estruturarmos o nosso país para qualquer um que ganhe a eleição tenha melhores condições de governar do que no momento".

O deputado admitiu que não deve surgir uma terceira via para a próxima eleição. "Não houve desde 1989. A terceira via ela chega ali...o mais próximo que ela chegou foi, se eu não me engano, numa eleição da Marina [Silva] e na outra ela já dissolveu como candidata, chegando atrás, inclusive, daquele ex-deputado Daciolo. Nessa eleição, com a polarização que existe, eu não acredito que vá haver terceira via, porque os dois vão convergir ao centro, e o centro vai escolher qual o melhor dos dois para governar em 2022".

Lava Jato

Ainda no evento, Lira reconheceu como positiva a atitude do Supremo Tribunal Federal (STF) de anular as sentenças da Lava Jato contra Lula e declarar o ex-juiz Sergio Moro parcial e suspeito. "Eu deixei claro que houve excessos na Lava Jato. Eu não sei, e ainda hoje tenho quase que certeza que o ex-juiz [Sergio] Moro, num país mais duro, teria uma pena muito rígida. Os erros que foram cometidos de parcialidade são inadmissíveis para uma justiça que tem a obrigação de ser parcial, que tem a obrigação de manter o direito de defesa, o direito do estado democrático intocáveis no Brasil e em qualquer parte do mundo”.


Brasil 247

Presidente da CPI, Aziz diz já ter prova de dolo de Bolsonaro contra vacina


Senador Omar Aziz afirmou que depoimentos na CPI já caracterizaram que Bolsonaro intencionalmente ignorou a compra de vacinas

25 de maio de 2021
(Foto: Reprodução)


Guilherme Amado, Eduardo Barretto, Metrópoles - O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz, do PSD do Amazonas, já vê elementos para responsabilizar Jair Bolsonaro por omissão no combate à pandemia, que já matou quase 450 mil brasileiros.

Aziz afirmou, em entrevista à coluna, que, em sua avaliação, os depoimentos prestados até agora já mostram que Jair Bolsonaro “nunca quis comprar vacinas”.

A avaliação de Aziz deu um passo além no que ele vinha afirmando nos últimos dias, em que ele criticara o governo, mas ainda não afirmara categoricamente ver que as primeiras semanas de investigações já provaram a responsabilidade de Jair Bolsonaro na tragédia da pandemia.




Brasil 247

Bom dia 247: Capitã cloroquina vai à CPI (25.5.21)



Brasil 247

Fachin alerta para ataques à democracia e diz que eleições de 2022 e existência do Judiciário estão ameaçadas


O ministro do STF Edson Fachin disse em reunião com o grupo Prerrogativas que se houver cedência aos ataques à democracia, não haverá Poder Judiciário no futuro

25 de maio de 2021

Ministro Edson Fachin (Foto: STF)


247 - O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin fez um alerta sobre o futuro da democracia e da integridade das eleições de 2022. Em determinado momento, o magistrado chegou a dizer que, “se concedermos” no “mínimo essencial” da democracia, “não haverá Judiciário amanhã”.

As informações são da jornalista Mônica Bergamo, que assinala os elogios e o apoio dos membros do grupo Prerrogativas às decisões de Fachin para tentar frear a violência policial durante a epidemia de Covid-19.​

Fachin afirmou que o “paciente” a ser defendido por todos é o sistema eleitoral e democrático. Para ele as eleições de 2022 estão ameaçadas pelo populismo autoritário.