As eleições realizadas neste fim de semana indicam uma possibilidade de mudanças no Chile, fruto da rebelião popular que eclodiu em outubro de 2019
17 de maio de 2021
Bandeiras do Chile (Foto: Ivan Alvarado/Reuters)
247 - Segundo relato de Rafael Calcines Armas, da Prensa Latina, as urnas deram vitória no Chile às forças da mudança lideradas pela esquerda e pelos independentes, enquanto a coalizão de direita e os partidos de oposição de tendência social-democrata foram derrotados.
A direita foi derrotada no Chile conservador. A Frente Ampla, independentes de esquerda e o Partido Comunista elegeram mais da metade dos governadores, prefeitos e vereadores.
Por volta das 23 horas deste domingo (16), hora local, ainda sem conhecer os resultados finais, o presidente Sebastián Piñera expressou em discurso do palácio de La Moneda que "não estamos em sintonia com o público e estamos sendo questionados".
O presidente admitiu assim a derrota do partido no poder e dos partidos tradicionais na eleição de constituintes, governadores, prefeitos e vereadores.
Para Piñera, “os cidadãos nos enviaram uma mensagem clara e forte ao Governo e também a todas as forças políticas tradicionais”, optando por novas lideranças, e expressou que “é nosso dever escutar com humildade e atenção a mensagem do povo''.
Na importante eleição dos Constituintes, a direita, que se apresentava com uma lista única, ficou muito aquém de obter um terço das 155 cadeiras da Convenção Constitucional indicadas pelas pesquisas.
Esse resultado abre possibilidades para a nova Constituição traduzir as mudanças exigidas por milhões de chilenos nas ruas.
Mas também outros resultados aos quais os analistas estiveram atentos marcam transformações substanciais no panorama político do país.
Assim, a região de Valparaíso, a segunda mais importante do país, torna-se um baluarte da esquerda, quando Rodrigo Mundaca, destacado líder social, foi eleito governador por ampla margem.
Brasil 247
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