Arma-se no Ceará uma rebelião em torno do palanque que deveria servir à campanha presidencial de José Serra (PSDB).
No centro da encrenca está o grão-tucano Tasso Jereissati. Lideranças locais do DEM e do próprio PSDB criticam o senador.
Candidato à reeleição para o Senado, Tasso costura uma aliança com o governador cearense Cid Gomes (PSB).A movimentação de Tasso gerou uma onda de críticas. Vinham sendo pronunciadas nos subterrâneos. Mas começaram a ganhar o meio-fio.
Vice-presidente do diretório do DEM no Ceará, Ruy Câmara declara: “O Tasso terá de explicar claramente essa ambiguidade política.”
“...Como podemos ter uma oposição ao PT no plano nacional e, no plano estadual, dar apoio a um candidato da base de sustentação da Dilma?”
A manifestação de Ruy Câmara ganha o noticiário como um desafio ao colega de partido Chiquinho Feitosa, presidente do DEM-CE.
Chiquinho é amigo e aliado político de Tasso. Assiste passivamente à costura do acordo do senador tucano com Cid Gomes.
Algo que deixa o vice-presidente do DEM cearense ainda mais abespinhado. Ele diz que Tasso “não tem o direito de levar o DEM de reboque no seu projeto”.
Para Ruy Câmara, a articulação de Tasso conspira contra os interesses de José Serra, cuja candidatura o senador deveria fortalecer.
“É uma incoerência não ter um palanque sólido no Estado para o José Serra. Não podemos dar um palanque falso para ele subir”, afirma o líder ‘demo’.
Ruy Câmara não está só. Em declaração ao diário cearense “O Povo”, o presidente regional do PSDB, Marco Penaforte, clamou de “suicídio” a aliança com Cid.
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