Um país que já fabrica aviões, produto que necessita de altas tecnologias para sua fabricação e até o momento não possui uma fábrica de veículos automotores chega a ser intrigante.
No modelo da ONU, o saldo da conta "Transações Correntes com o Resto do Mundo" é chamado de "Saldo em Conta Corrente". Representa o saldo do Balanço de Transações Correntes do Balanço de Pagamentos de um país. Basicamente, o Saldo em Conta Corrente expressa o resultado, em dólares, das transações do país com o exterior.
O Balanço de Transações Correntes inclui a Balança Comercial (exportações e importações), a Balança de Serviços (fretes, seguros, renda líquida de fatores de externos) e as transferências unilaterais. Se as exportações superarem as importações, há um superavit no Balanço de Transações Correntes.
Curiosamente no Brasil que enfrentou sem maiores dificuldades a maior crise econômica mundial dos últimos tempos, tem o seu saldo nas famosas transações correntes agravadas em função do fortalecimento do mercado interno o que apesar da queda das exportações em função do enfraquecimento econômico dos países desenvolvidos em importar produtos brasileiros, teve sua sustentação econômica no mercado interno, o que culminou na manutenção das vendas de automóveis e manteve os grandes lucros das multinacionais aqui instaladas. Ocorre que nesse quadro as empresas montadoras mantêm seus objetivos financeiros e remetem às suas matrizes a chamada remessa de lucros, agravando o balanço de transações correntes. São bilhões de dólares remetidos aos países de origem.
O que espanta é que o Brasil contando com todas as condições para criar uma empresa genuinamente nacional, não se preocupa em iniciar tais providências.
Além de desenvolver a engenharia nacional, fortaleceríamos ainda mais o país sob o ponto de vista econômico e social, gerando muitos empregos diretos e indiretos.
Construir caminhões, automóveis, vagões, locomotivas com a participação de técnicos de toda a América do Sul e com participação do governo no empreendimento a exemplo da Renault francesa em que o governo francês detem 15,7% do capital da empresa.
Está passando da hora. Temos que pensar seriamente no assunto.
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