Não é apenas um lugar comum dizer que a vitória de qualquer candidatura presidencial passa sempre por Minas Gerais. Aos exemplos mais recentes: em Minas, com cerca de 14 milhões de eleitores, em 2002, o candidato Luiz Inácio Lula da Silva venceu o 2º turno com 6.808.417 votos (65,19%). No 1º turno naquele ano no Estado, conquistara 4.990.985 votos e Serra 2.151.597.
Quatro anos depois, em 2006, o candidato Lula na 2ª etapa da disputa obteve 5.192.439 votos (50,80%), um crescimento de quase 15% do que os votos obtidos no 1º turno. Já o candidato tucano a presidente Geraldo Alckmin conquistou no 2º turno em Minas, 3.635.228 votos (34,81%), votação menor do que a alcançada no 1º, quando atingiu 4.151.507 (40,62%).
Como vemos a eleição pode ser decidida nas Minas Gerais. Daí o fato de que a decisão do PT (leia nota acima) não será fácil e o PMDB, ainda que os petistas possam vir a apoiar Hélio Costa, não pode fazer de Minas o centro da aliança com a nossa legenda e candidata Dilma Rousseff. Inclusive, porque indicará o candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por ela.
Em muitos Estados o PT é a legenda mais forte e está no governo
O PMDB já tem o nosso apoio em Estados como o Rio de Janeiro, ao mesmo tempo em que não nos apoia na eleição deste ano em Estados decisivos como São Paulo, por exemplo. Fora o fato de que disputa conosco no Acre, Bahia e, espero que não aconteça, no Pará onde não chegamos a um acordo ainda.
Em Sergipe e no Piauí, a tendência é de composição conosco, mas o processo ainda não terminou. Um detalhe: todos esses Estados são governados pelo PT. Temos ainda o dado de que não chegamos a um acordo com o PMDB nos Estados do Amazonas, Tocantins e Ceará, onde ainda não resolvemos a questão das candidaturas ao Senado. E, mais um ponto a ser considerado: em Pernambuco o PMDB é mais serrista que o próprio PSDB.
Vejam que são todos Estados decisivos para a vitória de Dilma e a partir dos quais podemos obter uma grande maioria na frente de Serra. Assim, o cenário para o acordo em Minas não pode se reduzir a si próprio, apenas as Geraes. Tem que levar em consideração o quadro nacional, para além da aliança mineira, mais do que necessária, e da vice-presidência já definida para o PMDB.
Do blog do Zé Dirceu
terça-feira, 4 de maio de 2010
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