FÁBIO GUIBU
da Agência Folha, em Ipojuca (PE)
Atualizado às 12h56.
O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, anunciou hoje que o Brasil bateu recorde nacional de produção de petróleo em abril. A produção diária média chegou a 2,078 milhões de barris.
Em março, a Petrobras já havia registrado produção recorde em um mês. Foram extraídos 1,992 milhão de barris/dia dos campos nacionais, alta de 2,68% frente aos 1,940 milhão de barris/dia observados em fevereiro.
Gabrielli participa hoje, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da cerimônia de lançamento do primeiro navio construído dentro do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), em Ipojuca, Pernambuco.
O navio do tipo Suezmax, com 274 metros de comprimento e capacidade para transportar um milhão de barris de petróleo.
Segundo a Transpetro, é o primeiro navio petroleiro construído no Brasil a ser entregue ao Sistema Petrobras em 13 anos. A embarcação será batizada de João Cândido.
Investimento
Nesta semana, a agência de qualificação de riscos Moody's divulgou relatório informando que a Petrobras, e as outras três principais companhias petrolíferas da América Latina, buscam investimento de capital e financiamentos para aumentar sua produção de petróleo e gás conforme aumenta a demanda de energia.
O relatório apontou que as diferentes petrolíferas latino-americanas aumentaram os investimentos nos últimos anos "motivadas pelos maiores preços do petróleo, as grandes descobertas recentes de petróleo e gás e a necessidade de reverter a redução de reservas e produção local".
A agência também afirmou que, perante o aumento dos preços do petróleo que poderiam acontecer este ano, "é provável que as companhias nacionais invistam maiores níveis de recursos e gerem fluxos de efetivo negativo em 2010 e em adiante".
"Estas companhias precisarão de acesso aos mercados de capital e deverão alinhar suas distintas fontes de renda como bancos, relações bilaterais e agências de crédito para exportação, de maneira que consigam cobrir suas necessidades de financiamento e estratégias a longo prazo", informa o relatório.
Ele destacou, no entanto, que as quatro maiores companhias nacionais da região latino-americana, a Petrobras (Brasil), Ecopetrol (Colômbia), Pemex (México) e PDVSA (Venezuela) têm bases de recursos diferentes, modelos de desenvolvimento e marcos políticos que representam uma série de dificuldades para cada uma delas.
O especialista acredita que a "Petrobras e a Ecopetrol são as melhor posicionadas para seguir adiante com seus programas de capital e planos de crescimento".
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