segunda-feira, 25 de abril de 2011

Com fortes chuvas, Rio entra em estado de alerta e aciona sirenes em comunidades


Devido às fortes chuvas que atingem o Rio de Janeiro na noite desta segunda-feira (25), o Centro de Operações da Prefeitura decretou estágio de alerta na cidade às 21h30. Segundo informações das autoridades municipais, vários bairros estão alagados e previsões meteorológicas indicam que podem ocorrer pancadas de chuva forte ou moderadas ainda nas próximas horas, agravando os alagamentos.

Até o momento, a Defesa Civil registrou quatro deslizamentos na cidade (comunidade JK, Borel, Andaraí e Chacrinha), mas nenhum deles tinha vítimas.

Por volta das 23h30, as sirenes de algumas comunidades foram acionadas para que agentes comunitários orientem os moradores a deixarem suas casas e se dirigirem aos pontos de apoio pré-definidos em cada local. Foram avisadas as comunidades: Borel, Formiga, Chacrinha, Cotia, Arrelia, Encontro, Santa Terezinha, Dona Francisca e Cachoeira Grande. Nestas áreas, o índice pluviométrico ultrapassou os 40mm em uma hora e a previsão é de que a chuva continue durante a noite.

"O Centro de Operações reitera que a possibilidade de escorregamento nas áreas de risco da Grande Tijuca é alto. Nas últimas três horas, esta região registrou precipitação acumulada de cerca de 200mm, ou seja, choveu somente neste período mais do que o volume médio previsto para 40 dias", afirma o órgão.

A chuva é mais intensa nos bairros da zona norte do Rio, como Tijuca, Grajaú e São Cristóvão. O centro recomenda que pedestres evitem sair de casa e que motoristas não se aventurem pelas ruas, pois muitas estão alagadas.

O transbordamento do rio Maracanã, no bairro da Tijuca, causou transtornos na avenida de mesmo nome, na praça da Bandeira e na avenida Radial Oeste, que estão intransitáveis.

Há um ano, em abril de 2010, tempestades torrenciais paralisaram a cidade por completo por mais de 24 horas.

A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), localizada num dos principais pontos da zona norte do Rio, próximo a favela da Mangueira, e as avenidas que levam ao centro da cidade, como Radial Oeste e Maracanã, tornaram-se refúgio para estudantes que não conseguiram deixar a instituição e para moradores das proximidades que também não conseguiram chegar às suas casas.

“Não tem como passar, a porta do meu prédio entrou água. Eu moro em frente à UERJ, na rua São Francisco Xavier. Aqui o negócio está feio”, disse ao UOL Notícias Fernando Sobrinho, 21, que teve que abrigar-se na universidade. Com uma mala na mão, Fernando chegou da rodoviária do Rio de Janeiro às 20h30, exatamente na hora da tempestade, e teve dificuldades para conseguir táxi pois o centro já estava alagado. “A minha portaria está alagada, vou ter que esperar. A água está pelo joelho na rua onde nem passa carro ou ônibus. Tinha muita gente voltando para a universidade e até colocando o carro para dentro do estacionamento da UERJ para fugir do alagamento”, finalizou.

Em caso de emergência, a população deve ligar para a Defesa Civil no telefone 199, que funciona 24 horas.

Folha.com

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