segunda-feira, 25 de abril de 2011

AIP já nasce posicionada contra o Brasil



"Trata-se de uma reação instintiva dos vizinhos. Formam um contraponto ao Brasil, que é a grande potência regional; é um movimento de defesa natural", disse à Folha de S.Paulo, Amado Cervo, professor de Relações Internacionais da Universidade de Brasília ao analisar o surgimento da Área de Integração Profunda (AIP), novo bloco latino-americano que surge no próximo dia 2.

"De certa maneira, o bloco vai contrabalançar o Brasil", disse claramente, numa entrevista ao The New York Times em março pp., o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos. Diante da resistência do Congresso americano em aprovar o acordo de livre comércio entre os dois países, Juan Manuel tem distanciado seu país dos EUA e o reaproximado da Venezuela.

A AIP reunirá os chamados países "liberais" da região - Chile, Peru, Colômbia e México - em oposição ao Brasil, MERCOSUL e à ALBA, esta com perfil mais à esquerda, e da qual participa a Venezuela do presidente Hugo Chávez.

Formada, a AIP representará 200 milhões de pessoas, 16 mil km de costa no Pacífico e mais de US$ 2,5 trilhão de PIB. Será três vezes maior que a ALBA. Os países que a formarão já mantêm acordos de livre comércio entre si, com a exceção de Peru e México e todos têm, também, tratados comerciais com os EUA, exceto a Colômbia.

Será, também, um bloco que se aproximará das dimensões do Brasil (sozinho), que tem aproximadamente 200 milhões de habitantes e US$ 2,2 trilhões de PIB.

Blog do Zé Dirceu

Nenhum comentário:

Postar um comentário