domingo, 17 de abril de 2011
Santos Futebol Clube - O Time que Desequilibrou o Mundo
# Postado por Laura Macedo em 17 abril 2011 às 1:26
post dedicado ao maridão Gregório Macedo.
Não sou muito ligada ao futebol, mas vivendo há mais de 34 anos com um torcedor do Santos e Fluminense era de se esperar, pelo menos, que eu assimilasse alguma coisa.
Mas definitivamente o futebol não é minha praia, por isso passo a bola para quem entende do assunto.
O texto abaixo é de Alceu Maynard e foi publicado no Portal de Música – Cultura Brasil – da Fundação Padre Anchieta.
A maior linha de ataque do futebol. Agachados as estrelas: Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe.
De um modo geral, todos os clubes de futebol tem uma boa história para contar. Luta, perseverança, superação, conquistas e glórias pontuam muitas delas. Porém, um clube conseguiu um feito único na história do futebol mundial: parar uma guerra.
Fevereiro de 1969. O Santos, bicampeão mundial, era a maior atração que se podia imaginar quando o assunto era futebol. Uma constelação de craques, capitaneados por sua estrela-maior, Pelé, excursionava pelos quatro cantos do mundo encantando multidões. O comércio fechava as portas e estudantes faltavam às aulas para ver “o maior espetáculo da Terra”.
Lamentavelmente, ao chegar no Congo Belga – atual República Democrática do Congo –, a equipe encontrou um país em guerra. Mas naquele dia, grupos rivais de Kinshasa e de Brazzaville interromperam o confronto para que as cidades pudessem assistir aos jogos dos “embaixadores do futebol”. Gilmar, Rildo, Lima, Pelé, Edu e companhia garantiram o espetáculo em terras africanas.
Em 1912, na cidade litorânea de Santos, a principal exportadora de café do mundo, três esportistas - Francisco Raymundo Marques, Mário Ferraz de Campos e Argemiro de Souza Junior - fundaram o Santos Futebol Clube.
A cidade onde Charles Miller aportou trazendo as duas primeiras bolas de futebol, vinte e dois anos depois, ganhava um clube que defenderia seu nome e divulgaria o talento brasileiro em todo o globo.
Quando Arnaldo Silveira marcou o primeiro gol em uma partida oficial do time, começava a se estruturar a agremiação que, dois anos após a profissionalização do esporte no país, conquistou o seu primeiro Campeonato Paulista, em 1935. Neste ano consagrou-se o primeiro artilheiro do Santos, Araken Patusca, irmão do atacante Ary, que anteriormente havia defendido o alvinegro praiano.
Vinte anos mais tarde, o Santos chegou ao seu segundo título paulista e, na sequência, o bicampeonato, em 1956. Manga, Zito, Tite, Ramiro, Del Vecchio e Pepe, o eterno “canhão da Vila”, iniciaram uma época de domínio no futebol brasileiro que duraria muitos anos.
Com a chegada do garoto Pelé, em 1956, a hegemonia do Santástico estendeu-se até o fim do seu reinado, em 1974.
Ainda em 1956, o cantor Francisco Egydio gravou pela Odeon "Viva o Santos", uma homenagem de Júlio Nagib à recente conquista estadual. Versátil, Egydio cantava boleros, sambas e marchas, o que garantiu sua popularidade no rádio daquela década.
Em 1958, Egydio gravou um compacto duplo dedicado ao seu time do coração. Lançado pela Odeon , o 78 r.p.m. trazia de um lado o samba "O Santos ganhou" (Nilo Silva, Marzinho e Nandinho) e do outro lado o hino oficial do clube, "Glória ao Santos F.C." (Carlos Henrique Paganetto Roma).
Embora considerado hino oficial do clube, a marcha mais popular entre os torcedores santista é a “Leão do Mar” (José Maugeri Netto e Antonio Maugeri Sobrinho), composta em 1956 para homenagear o time campeão.
Iniciada a “Era Pelé”, tornou-se monótono ver o time santista erguer taças. Torcedores de outros clubes sentiam um misto de emoções, admiração e ódio correr nas veias. Já o santista, ignorava discussões futebolísticas: seu time elevou-se a outro patamar esportivo. Rádio, televisão ou arquibancadas testemunharam extasiados a conquista de 22 títulos entre os anos de 1960 a 1969, nove deles consecutivos.
Flamenguista, Jorge Benjor dedicou diversas músicas aos ídolos e ao clube rubro-negro durante sua carreira. A única exceção surgiu em 2004, no álbum Reactivus amor est (Turba Philosophorum), com a faixa "O nome do rei é Pelé".
Blog do Luis Nassif
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