sexta-feira, 8 de abril de 2011

Analistas avaliam que Dilma está mais forte do que Lula

A presidente Dilma Rousseff está mais forte do que seu antecessor política e economicamente. A análise foi feita ontem por um grupo de economistas reunidos na Fecomercio, em São Paulo, para debater os cem primeiros dias de governo da petista. O diretor da Escola de Economia da Fundação Getúlio Vargas, Yoshiaki Nakano, avalia que atual gestão surpreendeu suas expectativas ao se apresentar mais técnica e menos ideológica.

Delfim: "Tombini está mais antenado com a moderna economia e com o que acontece no mundo do que os críticos"

Ex-ministro Delfim Netto deu nota 9,9 para o novo governo; especialistas listam acertos e desafios para os próximos quatro anosA presidente Dilma Rousseff chega, no próximo domingo, aos 100 primeiros dias na Presidência da República. Entre avaliações políticas e econômicas, o saldo é positivo, na análise de especialistas como Delfim Netto, Octavio de Barros, Paulo Rabello de Castro e Yoshiaki Nakano. Eles participaram nesta quinta-feira do debate “Uma análise dos 100 primeiros dias do governo Dilma”, realizado pela Fecomercio de São Paulo e foram praticamente consensuais: a gestão da presidente é mais técnica e pragmática que a do antecessor Luiz Inácio Lula da Silva.

“Estamos diante de um governo mais racional, pragmático e mais parrudo gerencialmente que o governo precedente”, disse o economista-chefe do Bradesco, Octavio de Barros. “O governo Dilma é uma ‘heterodoxia disciplinada’. É um governo pragmático que se vir que o carro corre o risco de bater no muro não hesita e muda de pista”, completou.

O ex-ministro da Fazenda Antonio Delfim Netto se disse otimista com o atual governo – e deu como praticamente certa a reeleição de Dilma Rousseff, ao considerar que ainda restam mais de 2 mil dias para a presidente no Planalto. “Estamos caminhando para uma situação muito melhor do que estava. É uma evolução muito positiva.”

Segundo Delfim, o governo da petista merece nota 9,9. O décimo que faltou para a nota máxima foi atribuído ao modelo “extremamente ridículo” do Banco Central na análise da economia. “Há uma consciência clara de que a economia não é tão simples como parecia. Será a maior vergonha quando, daqui a 20 anos, analisarem esse modelinho de três equações – da qual não consta o crédito - que se dizia capaz de explicar o que estava acontecendo.”

Valor Online

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