LIGADO 18 MAIO 2015
No dia 27 de maio, a partir das 19h, o ex-chanceler Celso Amorim lança seu novo livro – Teerã, Ramalá e Doha: memórias da política externa ativa e altiva (editora Benvirá) – no auditório do Sindicato dos Jornalistas (Rua Rego Freitas, 530, sobreloja - próximo ao metrô República). Além de abordar a obra, na qual relata momentos marcantes da diplomacia brasileira e da projeção do país no cenário internacional, com riqueza de detalhes de bastidores, Amorim falará sobre 'A mídia e o papel do Brasil no mundo'. A entrada é franca, mediante confirmação pelo formulário ao fim desta página. A atividade é promovida pelo Barão de Itararé, com apoio do GRRI - Grupo de Reflexão em Relações Internacionais.
Ministro das Relações Exteriores de Itamar Franco e dos dois governos Lula e ministro da Defesa na primeira gestão de Dilma Rousseff, Celso Amorim está na dianteira do processo de 'revolução' vivido pela diplomacia brasileira durante a era Lula, conforme avalia Paulo Vannuchi. O nome do livro, inclusive, faz referência a três grandes operações ocorridas enquanto Celso Amorim esteve à frente do Itamaraty.
Capital do Irã, a cidade de Teerã remonta à viagem de Lula, Amorim e outros diplomatas, ao lado de líderes turcos, para uma tentativa de acordo na questão nuclear, solicitada pelo recentemente eleito presidente estadunidense Barack Obama. Com a ausência dele, vetado por 'motivos misteriosos', como aponta Vannuchi, Lula ficou sem sustentação e a imprensa brasileira tratou o episódio como um grande 'mico'. Entretanto, a reaproximação entre Irã e Estados Unidos acontece justamente a partir dos termos de acordo firmados pelos representantes brasileiros. Ramalá, embora pequena, remete à virtual capital do território palestino, distando a apenas 15km de Jerusalém. Doha, por fim, faz referência à tentativa de uma negociação global, na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Em entrevista a Luis Nassif e Luiz de Queiroz, no Jornal GGN, Celso Amorim explica: “O livro é Teerã, Ramalá e Doha porque ele aborda aspectos ligados à declaração de Teerã, sobre o programa nuclear iraniano, aborda aspectos mais amplos do Oriente Médio, eu escolhi Ramalá porque é a sede do governo da Palestina, e Doha na realidade é até um mal entendido, proposital, porque na verdade é sobre a rodada de Doha, embora também fique no Oriente Médio”.
O subtítulo, acrescenta, simboliza a mudança de paradigma da diplomacia brasileira. “Ativa porque ela não se recusa a adotar posições. A não só alterar ou reagir à agenda internacional, mas ela procura contribuir pra fazer a agenda internacional”, disse.
Teerã, Ramalá e Doha: memórias da política externa ativa e altiva é o terceiro livro sobre a passagem de Amorim pelo Itamaraty. Os outros são Conversas com jovens diplomatas e Breves narrativas diplomáticas, lançados anteriormente pela mesma editora.
Repercussão na mídia alternativa
A nova obra de Amorim tem recebido elogios de blogueiros e jornalistas da mídia alternativa. Paulo Henrique Amorim, por exemplo, 'recomenda com entusiasmo' o livro em seu blog, destacando que o ex-chanceler foi protagonista da 'orquestra de Lula' que interpretou, mundo afora, a política externa 'ativa e altiva' presente no título da publicação. Leia a íntegra do que escreveu o blogueiro.
Luiz Carlos Azenha, do Viomundo, classificou a obra como uma 'saborosa' coleção de anedotas. A síntese de sua resenha é o título escolhido pelo jornalista: 'O doce triunfo de Celso Amorim sobre a mídia e os embaixadores de pijama'. Além do texto, o Viomundo também publicou uma longa entrevista dividida em diversos vídeos.
O Jornal GGN também produziu uma série de vídeos (que podem ser conferidos a partir daqui) de entrevista feita com o autor do livro, na ocasião de seu primeiro lançamento. Assista ao trecho em que Amorim aborda o tema da mídia:
O Cafezinho
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