24 de maio de 2015 | 14:59 Autor: Fernando Brito
Quase sem registro na imprensa, a Vale se livrou de parte do problema criado com os meganavios que Roger “Queridinho da Mídia” Agnelli mandou construir na China e na Coreia.
A mineradora vendeu – e afretou em seguida – quatro navios de minério (VLOC – Very Large Ore Carrier) por US$ 445 milhões, o que representa uns 20% menos do que custou cada unidade, além do custo financeiro.
Com este, já são oito os megamineraleiros que a Vale deixa de operar. E, com isso, além de se livrar das restrições que os armadores chineses tinham criado para a atracação dos navios gigantes – 400 mil toneladas de porte bruto, os maiores do mundo – alivia seu caixa num momento em que os preços do minério estão baixos no mercado mundial.
E resolve o problema de subutilização de embarcações caríssimas.
Não foi mau negócio para a empresa, dados os problemas que tinham sido criados.
Mas foi um mau negócio para o Brasil, lá no seu nascedouro.
O volume da encomenda, mesmo que não pudesse ser atendido pelos estaleiros existentes no Brasil em 2009, era grande o suficiente para atrair para cá uma planta de construção de navios de grande porte.
Num cronograma de longo prazo, combinado com contratos de afretamento, poderia ter atendido à necessidade de transporte da Vale e permitido negociação com os chineses que, ao contrário do que acontece aqui, sabem defender seus interesses.
E gerando empregos e atividade industrial aqui.
Mas isso é pouco importante e a mídia não se interessa pelo desastre que foi a decisão de fazer aqueles navios do exterior, da forma que foi feita.
Tijolaço
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