25 de maio de 2015 | 11:13 Autor: Fernando Brito
O sempre atento Nilson Lage nos avisa pelo Facebook: as empreiteiras estrangeiras já estão tomando o mercado das empresas brasileiras.
Ontem à noite, o insuspeito Lauro Jardim, da Veja, publica uma nota informando que a Duro Felguera, mineradora e empreiteira de obras espanhola, abocanhou um “contratinho” de de 6,5 bilhões de reais para a construção de duas usinas termelétricas – – uma no Rio Grande do Sul e outra em Pernambuco.
O preço é salgadíssimo, embora os empreendimentos sejam de grande porte, com capacidade de 1,2 MW de potência máxima, já que usinas termelétricas são plantas industriais relativamente simples e rápidas de construir – pouco mais que um ano, seis, sete e até oito vezes mais rápido que uma hidrelétrica – exigem pouca movimentação de terra, muito menos obras civis e materiais.
Basicamente, uma usina termelétrica a gás é uma turbina como a dos aviões, acompanhada de estruturas de reaproveitamento do calor (ciclo combinado) para mais geração e dutos para circulação e resfriamento de vapor e água. Neste caso, haverá terminais para manejo de gás importado, liquefeito, por navios e regaseificado. Certamente está aí a diferença de custos para as que usam gás trazido via dutos.
Mas o mais interessante – ou trágico – é que a razão de ter sido escolhida uma empreiteira é, segundo Jardim, o fato de que a contratação da Felguera “é o efeito da Lava-Jato: as empresas estão fugindo de construtoras que são alvo de investigação da Polícia Federal.”.
Parabéns, Dr. Sérgio Moro.
O senhor é mesmo merecedor do Prêmio Faz Diferença.
Para as empreiteiras estrangeiras, já está fazendo.
Tijolaço
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