Procurador geral da República, Rodrigo Janot, deve apresentar nesta quarta-feira, 19, ao Supremo Tribunal Federal, denúncia contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no âmbito das investigações da operação Lava Jato; base da denúncia são as acusações do empresário Júlio Camargo, que confessou ter pago propina de US$ 5 milhões para Cunha, para ele facilitar contratos de navios-sonda entre a Samsung e a Petrobras; opositor do governo sofreu outra derrota nesta quarta, quando o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, negou seu pedido para retirar da Justiça Federal do Paraná a ação penal sobre irregularidades na contratação de navios-sonda pela Petrobras
19 DE AGOSTO DE 2015 ÀS 14:01
247 - A Procuradoria Geral da República deverá denunciar ao Supremo Tribunal Federal o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no âmbito das investigações da operação Lava Jato. De acordo com reportagem do jornalista Jailton de Carvalho, do Globo, a denúncia será apresentada nesta quarta-feira, 19.
A base da denúncia são as acusações do empresário Júlio Camargo, que confessou em juizo ter pago US$ 5 milhões em propina para Eduardo Cunha, que nega participação nos crimes. Se o STF aceitar a denúncia, o parlamentar passará a ser réu no escândalo de corrupção.
Júlio Camargo teria pago o suborno para facilitar a assinatura de contratos de afretamento de navios-sonda entre a Samsung Heavy Industries e a diretoria de Internacional da Petrobras. Pelo aluguel de dois navios, a Petrobras teria desembolsado US$ 1,2 bilhão. O pagamento de propina para Cunha e outros envolvidos nas transações seria superior a US$ 40 milhões.
Além de Cunha, o senador e presidente nacional do PP, Ciro Nogueira (PI), também deve constar na lista do procurador geral, Rodigo Janot.
Também nesta quarta-feira, o ministro Teori Zavascki, relator das ações da Lava Jato no STF, negou pedido de Eduardo Cunha para retirar da Justiça Federal do Paraná a ação penal sobre irregularidades na contratação de navios-sonda pela Petrobras.
Na reclamação, a defesa de Cunha argumentou que houve tentativa de investigá-lo na ação em primeira instância, o que é vedado pela Constituição, já que Cunha possui foro privilegiado. Por isso, pediu a suspensão do processo no Paraná e a remessa dos autos ao Supremo. O ministro Teori, porém, afirmou que pedido não procede, uma vez que houve mera citação do nome de Cunha em depoimento e que já há inquérito instaurado sobre o tema no Supremo. Eduardo Cunha ainda pode recorrer ao plenário da Corte.
Brasil 24/7
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