4 de agosto de 2015 | 19:22 Autor: Fernando Brito
Assinado hoje o contrato de financiamento de US$ 803 milhões entre sete bancos internacionais e o consórcio Teekay Offshore (EUA) e Odebrecht Óleo e Gás para concluir a transformação do antigo petroleiro Navion Norvegia (este aí da foto, já em obras no estaleiro Jurong, na Coreia) no navio Plataforma Pioneiro de Libra, o primeiro a operar, a partir do final do ano que vem, no megacampo do pré-sal brasileiro.
Como quase todos os FPSO, o Pioneiro de Libra aproveita casco e maquinário de antigos petroleiros, onde os tanques recebem o petróleo processado dos poços e o transferem aos navios aliviadores, que o conduzem ao terminais. Este aí foi originalmente construuído em 1995, na Espanha, e está recebendo reforço do casco e equipamentos como oturret dianteiro, por onde se fará a transferência do óleo.
O navio será afretado ao consórcio liderado pela Petrobras (40%), Shell e Total (20%, cada) e CNOOC e CNPC, ambas chinesas, depois de ter concluído, sobre o casco reformado na Coreia, os módulos de geração de energia, compressão de gás, filtragem e demais equipamentos do chamado topside, no Estaleiro Rio Grande (RS).
O baque provocado pela decisão do juiz Sérgio Moro ao prender os executivos da Odebrecht não foi capaz de retirar dos planos dos investidores internacionais o ganho certo com o financiamento de um equipamento que vai gerar um lucro seguro, mesmo num mundo onde se movimenta bilhões de dólares, o da indústria naval de grande porte.
Afinal, serão 150 mil barris diários, durante os 12 anos de afretamento, uma coisinha “pequena” como 650 milhões de barris de petróleo, ao longo deste prazo. E isso em um navio-plataforma, no total mínimo de oito que serão instalados em Libra.
Isso, claro, só não serve para o BNDES, porque aí é favorecimento, não um bom negócio, não é?
Como diz o Serra, não podemos sacrificar a Petrobras, é melhor dar para a Chevron…
Tijolaço
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