A esta altura, a nata do “jornalismo investigativo” – leia-se divulgadores de vazamento – está, como dizia a minha avó, com “cara de tacho”.
Com a revelação, pelo Valor Econômico, que no termo de delação premiada apresentado ao ministro Teori Zavascki não constam menções ao ex-presidente Lula e à presidenta Dilma Rousseff, deixa todos com cara de pateta por apresentarem ao país o vazamento criminoso do que diz um criminoso sem ao menos checarem as informações.
Engoliram um rascunhão onde Cerveró diz um monte de coisas que não aparecem na versão definitiva, entregue ao STF.
Como o fato de terem havido reuniões com Dilma para tratar da compra de Pasadena e “adiantamentos” para a campanha de Lula.
E não aparecem, obvio, porque Cerveró não tem qualquer indício material para sustentar o que afirmava e o ministro Zavascki não é um imbecil de aceitar reduzir a pena de um ladrão confesso na base do “ouvi dizer”, “ele disse que o outro disse”, “sei que deram, mas não sei quem” e outras coisas do gênero.
A imprensa brasileira colocou o povo brasileiro na mão, exclusivamente, do que dizem bandidos.
O bandido Cerveró, caçando histórias para se livrar de anos de cadeia e o bandido-vazador, que “dirigiu” os repórteres, que se entregaram docilmente em suas mãos, sem verificar, sem chegar datas, circunstâncias, elementos fáticos, nada.
E aos editores covardes que não têm a decência de escrever com a clareza que faz o portal Terra:
Muitos, nem chamada nos sites deram.
Não tem “problema”, abafa-se e poucos ficam sabendo do “mico” federal que pagaram.
E amanhã fazem outro.
Não é possível que o Judiciário brasileiro, o procurador-geral Rodrigo Janot e o ministro da Justiça não se interessem em apurar a origem deste estelionato feito com a delação de Cerveró.
Será que, também aí, o país está entregue a gente leniente com bandidos?
Tijolaço
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