Relator da Lava Jato no TRF-4, o desembargador João Pedro Gebran Neto concedeu entrevista à revista Época, da Globo, grupo de mídia diretamente interessado na exclusão do ex-presidente Lula da corrida eleitoral; Gebran promete ser equânime, justo e imparcial, mas o fato de ter falado à Globo, que liderou o golpe e há três anos promete uma guerra judicial contra Lula, já levanta suspeitas; "Vou analisar o processo, vou discutir o processo. Tenho certeza de que não sou o senhor da razão. Não acho que estou sempre certo. Debato e escuto as pessoas", afirmou Gebran; "Vou fazer meu melhor e aplicar o Direito dentro das limitações da minha capacidade"
14 DE OUTUBRO DE 2017
247 - Relator da Lava Jato no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), o desembargador João Pedro Gebran Neto concedeu entrevista à revista Época, da Globo, grupo de mídia diretamente interessado na exclusão do ex-presidente Lula da corrida eleitoral.
Gebran promete ser equânime, justo e imparcial, mas o fato de ter falado à Globo, que liderou o golpe e há três anos promete uma guerra judicial contra Lula, já levanta suspeitas.
"Minha lógica é que tenho a minha frente processos de diversas ordens e tenho de fazer meu melhor. Tenho de ser justo, equânime e imparcial. Tenho de ser correto. Vou fazer meu melhor e aplicar o Direito dentro das limitações da minha capacidade", disse o desembargador.
Sem mencionar diretamente o caso do ex-presidente Lula, Gebran Neto disse que "não é o senhor da razão". "Vou analisar o processo, vou discutir o processo. Tenho certeza de que não sou o senhor da razão. Não acho que estou sempre certo. Debato e escuto as pessoas", afirmou.
"A minha decisão pode ser singular, embora bem debatida e refletida, mas a do tribunal é plural. Tenho certeza de que o tribunal tem atuado no melhor de suas forças para produzir uma boa jurisdição. Isso é fundamental. É entregar para a sociedade brasileira aquilo que aquele colegiado reconhece como justo, legítimo e legal. Essa é minha motivação", acrescentou.
Cabe ao magistrado e a outros dois desembargadores do TRF-4 confirmar ou não a condenação do petista, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, pelo juiz Sergio Moro. Se Lula for condenado por eles, será, em tese, impedido de concorrer nas eleições de 2018, em virtude da lei conhecida como Ficha Limpa.
Brasil 247
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