25 de Dezembro de 2017
Por Gleisi Hoffmann
Chegamos ao fim de mais um ano. 2017 foi um período marcado por perdas ao Pais. De retrocessos, retirada de direitos, da volta da fome e do empobrecimento às famílias e lares brasileiros. Um ano marcado pela desesperança e por ataques à liberdade de expressão e à democracia.
No Paraná e no Brasil, tivemos de amargar ver as políticas públicas serem congeladas pela emenda constitucional 95, os avanços e conquistas trabalhistas serem sumariamente desmontados, os parlamentares debaterem uma reforma previdenciária pautada na retirada de direitos do povo trabalhador e um governo sem legitimidade impor tantos e tão crueis desmandos, sob a enganação de um suposto combate à corrupção, que só favoreceu ao entreguismo, aos ataques à soberania nacional e contra a nossa própria economia, à perseguição política, seletividade e às agressões.
Mas também foi um ano de lutas e de muita resistência. Mobilizados nas frentes e coletivos populares, nas organizações sindicais e nos partidos de esquerda, demonstramos nosso descontentamento, nossa indignação, repúdio e nosso protesto diante dos sucessivos golpes contra a democracia, os direitos e as necessidades do povo brasileiro. Uma resistência contra essas injustiças sociais, movida também pela revolta de sabermos que esse caminho imposto e essa opção pela exclusão social não são as respostas eficazes e muito menos foram escolhidas pela população, não são frutos da vontade livre e democrática das pessoas. É um caminho de desesperança, desrespeito e de violências.
A militância do Partido dos Trabalhadores (PT) fez muita diferença, mantendo forte o brilho da nossa estrela e do nosso projeto de nação. Como dignas e dignos defensores do povo brasileiro, das necessidades e interesses do mais pobres e da classe trabalhadora, a militância petista inspirou e motivou a direção do Partido nas suas decisões e nos seus encaminhamentos.
É por isso que o PT agradece a cada um e cada uma dos seus mais de 1,8 milhão de filiadas e filiados em todo o Brasil. E, olhando para a frente, é com essa garra e militância que estamos contando para o enfrentamento dos embates que se desenham no horizonte de 2018, com a continuidade e os desdobramentos dos ataques golpistas que virão.
Vamos aproveitar o descanso e as festas de final de ano para refletir e renovar as forças, energias, desejos e as esperanças. Para continuarmos resistindo e, logo mais, revogando os retrocessos, retomando nossas conquistas e direitos e seguir transformando para melhor a realidade da nossa gente que mais precisa de governo, que carece da segurança trazida pela participação popular e que sofre com a falta das políticas públicas que oportunizam dignidade às pessoas.
Que sob a luz da esperança transformadora, própria dos balanços e projeções que fazemos no final do ano, possamos entrar em 2018 com o coração e a mente inundados pela determinação fraterna, cristã e solidária do cuidado com o outro. E que esse sentimento nos acompanhe ao longo de todo o ano como um compromisso fiel de que um mundo melhor começa todos os dias dentro de cada um de nós.
O desenvolvimento humano e inclusivo da sociedade brasileira precisa desse engajamento, desse compromisso coletivo e da responsabilidade social que a militância do PT carrega em sua alma revolucionária e aguerrida.
Que venha 2018!
Que seja um ano de reconquistas. Em que os ensinamentos cristãos da solidariedade, do respeito e do amor ao próximo possam prevalecer entre nós e não só nos nossos discursos.
Bom Natal! E um feliz, solidário, democrático e cidadão ano novo para todas e todos que semeiam direitos e conquistas coletivas e que constroem um país melhor, com sua luta, com seu trabalho, inspirados nos seus desejos de transformação da realidade e em favor do bem comum.
Brasil 247
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