POR FERNANDO BRITO · 05/02/2018
No momento em que escrevo, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, cai 4%. Em três dias, cerca de 7%, anulando todos os ganhos desde o final de novembro.
4% em Nova York é como cair aqui o Bovespa em 10%, dado o tamanho dos mercados.
A Bolsa de São Paulo, que fechou uma hora antes da do centro financeiro do mundo – que, então, caía 3% – perdeu todos os suportes técnicos considerados normais em suas negociações e tem espaço para seguir caindo forte amanhã, portanto.
Bolsas em queda livre, escrevia a CNN. Dow Jones perde mais de 1000 pontos, mancheteava o Wall Street Journal. E o vetusto Financial Times dizia que o mercado tinha entrado numa queda de “montanha russa”.
Aqui, claro, muito pouco destaque. Só amanhã, quando os pregões abrirem.
Queda em bolsa forte assim é sinal de aversão ao risco e, portanto, um péssimo negócio para economias dependentes do fluxo externo de capitais como a nossa.
O céu de brigadeiro das finanças mundiais, que vinha desde meados do ano passado parece ter se turvado.
PS – Depois de um momento de pânico que levou as perdas a 5% na última hora do pregão, como é típico, a oportunidade de compra a bom preço das ações fez o índice ensaiar uma redução de perdas, a 3%, mas isso não se sustentou e o Dow Jones fechou a desastrosos menos 4,6%.
PS. Atualizando, manchete da CNN, logo após o fechamento da Bolsa de NY: Dow Jones cai 1.175, a maior queda em pontos da história.
Tijolaço
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