POR FERNANDO BRITO · 05/05/2018
Ao longo da história, não é novidade que se cometam os piores crimes em nome da “pureza”.
Da pureza da submissão ao poder, como a que levou à fundação do cristianismo, à pureza da fé cristã, que levou ao massacre das Cruzadas e, depois, á Inquisição, à pureza racial que animou o hitlerismo e à que seria a islâmica, que trouxe o Isis.
No Brasil, às portas do fascismo, temos agora a “pureza” dos juízes a nos salvar da “imundície” dos políticos.
O mais novo retrato desta estranha fé é a “candidatura” Joaquim Barbosa, objeto de uma insólita adoração que fica exposta hoje, no Estadão, quando o governador Paulo Câmara, um dos líderes do PSB diz que ele “vai ter que dizer o que pensa em relação ao Brasil“.
Não será necessário, Governador. Neste país, nada mais existe senão a “moral”.
Ninguém precisa saber nada sobre Joaquim Barbosa, porque seu programa eleitoral é “a moralidade”.
Algo muito simples quando não se quer destruir a imagem de alguém.
Do contrário, alguém poderia querer saber porque Barbosa comprou um apartamento em Miami através de uma offshore, a Assas JB Corp, supostamente para pagar menos impostos. Ou alguém desejaria saber porque esta empresa doi registrada com endereço da sedeem um imóvel funcional do Supremo e com ele continuou, mesmo muito depois de Barbosa ter deixado o Tribunal, em 2014. Ou porque a empresa foi encerrada (não se esclarece o destino do apartamento) em agosto de 2017, conforme os registros oficiais da Divisão de Corporações do Estado da Flórida, EUA, disponível aqui.
Aliás, é imprudente perguntar a opinião de Barbosa sobre qualquer coisa, porque quando o jornalista Felipe recondo o fez, travou-se o seguinte e iluminado diálogo:
“Presidente, como o senhor está vendo…” E foi interrompido: “Não estou vendo nada. Me deixa em paz, rapaz! Me deixa em paz! Vá chafurdar no lixo como você sempre faz!”
Imagina se um jornalista for perguntar a ele por que fechou a empresa e que fim deu ao apartamento no condomínio de luxo?
Ainda se fosse no Guarujá…
Tijolaço
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